Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 40
Quem vai ficar com a Belinha?


Notas iniciais do capítulo

Isabelle brincando com a tinta: http://www.hbrasilimoveis.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/07/Tinta.png



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Cat e Robbie voltaram para Los Angeles. O restaurante de Sam e Gibby continuava movimentado.
Freddie deixou Sam no Gibby's. Isabelle acenou para a mãe, sentada na sua cadeirinha no banco traseiro do carro, quando a loira desceu. A menina iria com o pai para o trabalho dele.
Quando Freddie entrou com Isabelle no colo, na Pera Store, os funcionários se aglomeraram em volta deles:
– Que linda! - elogiou uma funcionária.
– Ela é muito fofa! - disse outra.
– Realmente uma gracinha - concordou um funcionário.
– Qual o seu nome bonequinha? - perguntou uma funcionária.
– Beinha - respondeu Isabelle, pra dentro, envergonhada.
– É Belinha? - perguntou a mesma funcionária a Freddie.
– O nome dela é Isabelle, mas a chamamos de Belinha - explicou Freddie.
– O nome combina com ela, porque é realmente bela - observou uma das funcionárias.
– Que trabalho que vai dar pro papai quando crescer - falou um dos funcionários, rindo - Já imaginou como vai ser quando ela aparecer com o primeiro namorado?
– Minha filha nunca vai namorar - respondeu Freddie, enfático.
– Pobre Belinha, que papai ciumento que foi arranjar - disse uma funcionária rindo.
Freddie pediu a Isabelle para ficar sentada, brincando com a boneca, enquanto o papai ia trabalhar. Mas, assim que ele se afastou, chamado por uma funcionária para resolver o problema com a compra de uma cliente, Isabelle aproveitou para alcançar o ipad dele, deixado em cima do balcão.
Apesar da pouca idade, Isabelle era tão fascinada por tecnologia quanto o pai. Então, puxou uma cadeira sem dificuldade, pois herdara a força além da média para uma garota da mãe, subiu e pegou o ipad.
Quando Freddie voltou, deparou-se com a filha mexendo no aparelho e se desesperou:
– Largue isso agora mesmo Isabelle Puckett Benson! - determinou exaltado, puxando o ipad da mão da menina, que começou a chorar - Eu não acredito que apagou a minha lista de tarefas!
– Eu queio a minha mamãe - choramingou Isabelle, assustada por nunca ter visto o pai nervoso.
Uma das funcionárias foi acudir a menina, pegando-a no colo:
– Tadinha, ela tá chorando! - olhou recriminando Freddie.
Mais tarde, Freddie e Isabelle foram almoçar no restaurante de Sam:
– Sem condições de levar a Belinha pro meu trabalho. Ela quer mexer em tudo!
– Culpa sua.
– Minha? - perguntou Freddie irritado.
– Claro, quem mandou passar seus gens de nerd pra ela? Ela não pode ver uma tecnologia que quer pegar.
– Mas a culpa é sua dela ser tão desobediente.
– Ela tem personalidade, igual a mamãe.
– Chame do que quiser, mas você fica com ela no trabalho.
No dia seguinte, Isabelle puxou a toalha de uma das mesas do restaurante, derrubando e quebrando toda a louça que estava em cima, chamando a atenção dos clientes do restaurante lotado.
Naquela noite, Sam foi conversar com Freddie:
– Também não tem condições da Belinha ficar comigo no restaurante.
– Então o que sugere? Vamos contratar uma babá?
– Nem todas as babás são confiáveis. Eu já estive nesse ramo, então sei do que estou falando. Uma vez vi um serviço de babás que colocava os bebês pra fazer alpinismo. Eu juro que matava o infeliz que fizesse isso com a minha filha. Sugiro deixar a Belinha com a Carly e o Spencer.
– Mas a Carly faz faculdade de manhã.
– Mas o Spencer sempre fica em casa.
– Acha o Spencer confiável?
– Ele criou a Carly e cuidou de nós dois muitas vezes quando éramos crianças.
– É, você tem razão.
Na manhã seguinte, quando Freddie foi buscar Isabelle no apartamento de Spencer deparou-se com a filha toda suja de tinta, pintando num papel no chão, e com um enorme sorriso no rosto.

– Ela já me ajudou a pintar essa escultura e agora tá fazendo um desenho - informou Spencer apontando para uma grande escultura de elefante no meio da sala.
– Essa tinta é anti-alérgica né Spencer? - perguntou Freddie, preocupado.
– Como é que eu vou saber?
– Ai meu Deus! - disse Freddie, desesperado, pegando a filha no colo e correndo para o apartamento da mãe, na frente.
Freddie colocou a filha em baixo do chuveiro e a esfregou até tirar toda a tinta, depois pegou uma toalha e a levou para o quarto para secá-la e vesti-la. Marissa foi atrás:
– Como vocês deixam a menina com o irresponsável do Spencer?
– A senhora me deixava com ele quando eu era pequeno.
– Porque eu precisava trabalhar.
– Eu e a Sam também temos que trabalhar.
– Você já era mais crescido que a Belinha, e não precisam deixar ela com o Spencer quando têm a mim.
– Não precisa se incomodar mãe.
– Não é incômodo nenhum... Eu já entendi tudo, a Sam não quer que eu cuide da filha dela.
– É que a senhora é um pouco exagerada.
– Eu cuido de quem eu amo. Comigo a minha neta estaria protegida, mas, se preferem deixar a menina com qualquer um por pura implicância, problema de vocês.
No jantar, Freddie tentou convencer Sam a deixar Isabelle com Marissa, mas ela recusou veementemente. Resolveu que Melanie poderia ficar com a sobrinha no dia seguinte.
Sam foi buscar Isabelle na casa da irmã somente no final do dia, depois da faculdade, e a menina correu para a mãe chorando.
– O que aconteceu? - perguntou Sam à irmã.
– Ela bateu na minha bebê e eu a deixei de castigo o resto do dia - respondeu Melanie.
– Você não tem o direito de castigar minha filha.
– Se eu cuido dela eu tenho esse direito sim.
– Não cuida mais - decidiu Sam, saindo irritada com a filha no colo.
Sam e Freddie estavam deitados na cama, fitando o teto:
– O que faremos? - perguntou ele.
– Não faço ideia - respondeu ela - Talvez um colégio em período integral.
– Isso é muito caro.
– Sempre pão-duro.
– Então paga você.
– Ainda estamos recuperando o investimento no restaurante.
– Minha mãe pode cuidar dela.
– Nem pensar, prefiro até fazer uma experiência com a minha.
– Está certa disso?
– Não custa tentar.
Isabelle foi para a casa da vovó Pam na manhã seguinte.
Sam estava terminando o pedido de um cliente quando o celular começou a tocar e viu que era Pamela, então parou o que estava fazendo e atendeu:
– Oi mãe, tá tudo bem com a Belinha?
– Eu estou com um probleminha...
– Fala logo, já tá me deixando nervosa.
– Eu perdi a Belinha no shopping.
– O quê??? - perguntou Sam, furiosa - Me diz qual shopping, tô indo pra aí agora - jogando o avental e pegando a bolsa.
Para alívio de Sam, quando chegou ao shopping encontrou a filha com a avó na sala de segurança. Pam foi pedir ajuda aos seguranças do local e encontraram a menina pelas câmeras, correndo pelo parque de diversões.
Sam deu um sermão na mãe e jurou que não deixaria mais a filha com ela.
Mais tarde, chateada, Sam desabafou com Freddie:
– Acho que vou ter que levar a Belinha comigo pro restaurante e amarrá-la numa cadeira enquanto eu trabalho.
– Aí você vai ser presa por maus-tratos à criança.
– Então o que sugere?
– Minha mãe se ofereceu pra cuidar dela...
– Já disse não.
– O que custa? Podemos fazer um teste. Deixa ela lá uma manhã, apenas, e vamos ver no que dá.
– Uma manhã e nada mais.
Freddie tocou a campainha da mãe na manhã seguinte com a filha no colo. Marissa sorriu satisfeita ao abrir a porta:
– Sabia que viriam - pegando a neta no colo.
No final da manhã, Sam e Freddie foram ao apartamento de Marissa pegar a filha, desconfiados.
– Aqui está ela! - disse Marissa, orgulhosa - De banho tomada, alimentada e tranquila depois de montar quebra-cabeça com a vovó e assitir desenho.
Isabelle olhou para os pais e sorriu, tinha uma calma no semblante.
Sam pegou a filha no colo e perguntou à sogra:
– O que deu pra ela comer? Aquelas coisas verdes gosmentas que dava pro Freddie?
– Não, preparei macarronada, que sei que é o prato favorito dela. Comeu muito bem, ela puxou seu apetite Samantha.
– E não deu nenhum legume a ela? - estranhou Freddie.
– Hoje não, que mal faz comer o que se gosta de vez em quando? - perguntou Marissa.
– A senhora não pensava assim quando eu era pequeno - reparou Freddie.
– Acontece que eu não sou a mãe da Belinha, sou a avó, então tô desempenhando meu papel de mimar.
Sam e Freddie trocaram um olhar surpreso.
Isabelle gostou de ficar com a avó Marissa e os pais começaram a deixar a pequena lá todas as manhãs.
Algum tempo depois, Marissa disse a Freddie que não precisava se preocupar em levar Isabelle para o colégio, ela mesma faria isso.
Certo dia, Marissa estava entrando no colégio com a neta pela mão, quando avistou Charles, o homem se aproximou simpático, pegou a mão da senhora e a beijou:
– Muito prazer em revê-la Marissa.
– O prazer é todo meu Charles. Agora nós vamos nos ver sempre, estou encarregada de trazer nossa neta ao colégio.
– Será uma honra vê-la todas as tardes.


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