Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 38
A Inauguração




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Sam estava deitada no sofá assistindo televisão. Isabelle se aproximou com uma boneca de borracha na mão:
– Binca comigo mamãe?
– Agora não Isabelle, mamãe tá assistindo televisão.
– Binca, vai – insistiu Isabelle, choramingando.
– Já disse não Isabelle Puckett Benson!
– Chata – falou a pequena batendo com a cabeça dura da boneca na boca da mãe.
– Aii! – gritou Sam, levando a mão ao lábio e vendo que sangrava – Olha o que você fez Isabelle! Arrebentou a boca da mamãe! Está feliz agora?
Isabelle começou a chorar, mas Sam manteve-se firme:
– Está de castigo. Vá para o seu quarto agora e só saia de lá quando eu mandar.
– Não! – desafiou Isabelle.
– Eu posso com isso? Você não tem nem 3 anos e já está me desafiando. Culpa do banana do seu pai que faz todas as suas vontades.
Nisso, a campainha tocou:
– Ah não, péssima hora, como sempre!
A loira foi abrir a porta e se deparou com Cat e Robbie.
– Eu não acredito, vocês vieram mesmo! – disse Sam abraçando Cat e depois cumprimentando Robbie – Entrem.
– Nós estávamos com saudade, como não viríamos? – perguntou Cat.
– Titia Cat! – falou Isabelle, empolgada, pulando no colo da ruiva.
– Olá Belinha! Quanta saudade! Como está linda e crescida a menina da titia. E esses olhinhos vermelhos, ela estava chorando? – indagou Cat à Sam.
– Os olhinhos vermelhos estão relacionados à minha boca vermelha e sangrando – respondeu Sam.
– Nossa! Sua boca está mesmo machucada, como foi isso? – quis saber Robbie.
– Desafiou outra campeã de MMA? – questionou Cat.
– Antes fosse, porque de onde veio esse nocaute eu não seria capaz de revidar. Isabelle me acertou com aquela boneca cabeçuda.
Cat começou a rir e Sam indagou:
– Qual a graça?
– A Belinha é muito sua filha mesmo, já tem seus instintos violentos.
– Isso não tem a menor graça.
– Tem sim – disse Robbie, rindo.
Sam olhou feio e ele se calou. Cat quebrou o clima tenso:
– Mudando de assunto, está muito ansiosa para a sua inauguração amanhã à noite? – perguntou Cat.
– E como!
No dia seguinte, Sam terminava de se arrumar na frente do espelho e Freddie observava:
– Uau meu amor! Você está linda! Nem sei se é prudente te deixar sair assim.
– Como se eu precisasse da sua autorização pra sair.
– Ah Sam, você seria perfeita se não tivesse a língua tão comprida.
– E você seria perfeito se não fizesse comentários tão bobos. Agora chega de papo e vem me ajudar a fechar o vestido.
Freddie se levantou e puxou o zíper do vestido prateado de uma alça só e muito justo ao corpo perfeito de Sam.
– Isso tá apertado demais Sam, acho que você deveria colocar outro.
– Tá me chamando de gorda?
– Claro que não amor, você é perfeita. Só acho que esse vestido tá mostrando demais toda a sua exuberância.
– O que é bonito é pra se mostrar.
– Eu prefiro exclusividade. Mostra só pra mim – disse Freddie, beijando o ombro nu dela.
– Deixa de ser bobo. Os outros vão ficar com inveja, porque sou só sua – disse Sam, virando-se e beijando a boca de Freddie.
Isabelle entrou e interrompeu o momento:
– Mamãe, o meu laço...
Sam se afastou de Freddie e foi amarrar o laço do vestido da menina:
– A mamãe já tinha amarrado, já te expliquei que não pode ficar puxando.
– O papai tá bonito Belinha? – perguntou Freddie, dando uma volta e mostrando o terno cinza que trajava.
– O papai é o mais binito do mundo – elogiou Isabelle.
– Viu só Sam? Aprenda com a sua filha. Você não me fez um elogio.
– Você já é metido demais, se eu começar a elogiar vai ficar insuportável. Agora vamos, não podemos chegar atrasados – disse Sam, pegando Isabelle pela mão e saindo do quarto, seguida de Freddie.
Na festa, Sam e Gibby recepcionavam os convidados, enquanto Freddie e Melanie cuidavam de Isabelle e Mabel.
Carly e Brad se aproximaram.
– Parabéns Sam! – disse a morena, abraçando a amiga – Estou muito feliz por você e pelo Gibby também – olhando para o amigo e o abraçando em seguida - vocês merecem.
– Valeu Carls – agradeceu Sam.
– Valeu mesmo Carlynha – agradeceu Gibby.
– Faço minhas as palavras da Carly e desejo muito sucesso aos dois – falou Brad.
– Valeu Brad. A propósito, nós queremos fazer negócio com você, vamos precisar de mais um cozinheiro. Você poderia ficar encarregado pelo menos da parte das sobremesas – propôs a loira.
– Eu vou adorar. Só me ligar quando quiserem fazer negócio – concordou Brad, animado.
– Ótimo, cara – disse Gibby – Podemos conversar agora mesmo – acompanhando Brad até o salão.
Em seguida, vieram Cat e Robbie.
– Olha só que legal Sam, isso aqui tá cheio! Podem ser seus clientes, já imaginou? – perguntou Cat, empolgada.
– A maioria vem comer de graça mesmo, mas o que vale é a divulgação – respondeu Sam.
– A comida é muito boa, gostei dos canapés – elogiou Robbie.
Depois, para a surpresa de Sam, ela viu Charles se aproximar:
– Boa noite, minha filha – cumprimentou o homem com ar tristonho.
– Boa noite – cumprimentou Sam, secamente.
– Fiquei muito feliz com o convite. Muito obrigado.
– Na verdade quem convidou foi a Melanie.
– Eu estou muito satisfeito em ver a realização do seu sonho.
– Como sabe que esse é o meu sonho?
– A Melanie comentou.
– Claro.
– Minha filha, eu sei que posso ter errado querendo te agradar em exagero. Mas, eu só peço que me deixe recomeçar, só peço mais uma chance de aproximação.
– Já me pediu isso antes.
– Mas falhei. Só que dessa vez vai ser diferente, eu prometo.
– Olha só, não quero promessa nenhuma. Mas, se quiser ser meu amigo, sem querer me comprar com seu dinheiro, tá de boa.
– Isso alegra o meu coração.
– Agora entra e fica a vontade. Não tem aquelas suas comidas francesas frescas, mas tem coisa muito mais gostosa.
Charles assentiu e entrou no salão. Foi se sentar com Freddie, Melanie e as netas.
Spencer e Verônica entraram a seguir:
– Olha só quem eu vejo: Sam, a mais nova sócia-proprietária de um restaurante. Parabéns garota! – cumprimentou Spencer, abraçando a loira.
– Valeu mesmo Spencer. Você sabe o quanto isso é importante pra mim. Eu sempre disse que largaria a escola para abrir um restaurante. Acabou que não larguei a escola e abri um restaurante.
– Isso foi ainda melhor – falou Spencer, sorrindo.
– Meus parabéns Sam! O lugar é lindo! – elogiou Verônica – Aliás, se estiver precisando de funcionária, eu tô querendo sair do meu emprego, o chefe é insuportável.
– Com certeza vamos precisar, depois pego o seu telefone com o Spencer.
– Muito obrigada.
O casal entrou e, para desgosto de Sam, ela viu Marissa se aproximar.
– Você veio mesmo – comentou a loira.
– E não era para vir? Você me convidou.
– Por educação.
– Como se você tivesse alguma.
– Já que veio, entra de uma vez, dispenso os parabéns forçados.
– Melhor assim.
Marissa se empinou e passou por Sam, indo para a mesa onde localizou Freddie.
– Freddie, acredita que a Samantha... – começou a falar Marissa ao filho, parando bruscamente ao ver Charles sentado à mesa – Quem é esse cavalheiro? – perguntou ela sem esconder o encantamento.
– Mãe, esse é Charles, o pai da Sam – apresentou Freddie.
– Muito prazer senhora – cumprimentou Charles, levantando-se e beijando a mão de Marissa – Qual a sua graça?
– É Marissa – respondeu ela, sem conseguir parar de sorrir.
– Bonito nome, combina com a senhora – elogiou Charles – Com todo o respeito, é claro – olhando para Freddie.
– Ah sem problema, eu sou viúva mesmo – informou Marissa, puxando uma cadeira e se sentando ao lado de Charles.
– Não me diga. Perdeu seu marido há muitos anos?
– Muitos, tantos que nem tem mais importância. E o senhor é casado?
– Não. Já fui, mas me divorciei há anos.
– Foi casado com a mãe da Sam?
– Não, com outra mulher. Por falar na Sam, o que a senhora ia dizer sobre a minha filha?
– Nada demais, eu ia dizer o quanto a Sam está linda hoje e no quanto teve bom gosto com esse restaurante. Ela tem mãos de fada, cozinha muito bem, tenho certeza de que o negócio será um sucesso.
Freddie olhou incrédulo para a mãe.
A festa foi um sucesso e já estava perto do fim quando Sam ouviu Isabelle chamar:
– Vovó Pam!
Pamela se aproximou e pegou a neta no colo. Sam foi ao encontro delas:
– Pensei que nem vinha mais.
– Tive um dia péssimo. Terminei um namoro.
– A senhora já devia estar acostumada.
– A gente nunca se acostuma a um pé na bunda Samantha... – Pamela parou de falar quando seus olhos alcançaram Charles – O que aquele infeliz tá fazendo aqui?
– Ele veio pra inauguração.
Pamela entregou Isabelle para Sam e caminhou com passos firmes até Charles:
– Muita cara-de-pau a sua de aparecer aqui!
– Pamela! Quanto tempo! Você não mudou quase nada.
– E você também não, continua o mesmo calhorda que eu conheci. Se tivesse o mínimo de vergonha na cara não impunha a sua presença às meninas.
– Pam, eu sei que você tem todos os motivos pra ter raiva de mim, mas eu sou o pai delas.
– Infelizmente, porque essa foi a maior burrada da minha vida!
Pamela estava falando alto e chamando a atenção dos convidados.
– Por favor, acalmem-se, aqui não é o lugar pra esse tipo de discussão – falou Freddie, preocupado.
– O rapaz tem razão Pam, podemos conversar sobre isso depois, em outro lugar – disse Charles.
– Qual foi? Tá com vergonha? Não quer que todo mundo saiba que você me abandonou grávida de gêmeas? – perguntou Pam, gritando.
– Mãe, está nos matando de vergonha! – interveio Melanie.
– Como ela sempre faz – concordou Sam – Mãe, a senhora não percebe que está acabando com a inauguração do meu restaurante?
Pamela viu o ressentimento nos olhos de Sam.
– Tudo bem. Já entendi que não me querem aqui. Fiquem com ele e esqueçam tudo o que eu fiz por vocês – falou Pam, saindo do local.
Gibby correu para o palco e pegou o microfone, a fim de desviar a atenção dos convidados:


– Agora eu vou cantar uma música especial pra vocês, ela começa assim: “amar você, é a minha coisa preferida a fazer...”.
Sam olhou para Freddie, segurando o choro:
– Já chega, vamos para casa.
– Como você quiser amor.
No apartamento do Bushwell Plaza, Sam deitou-se na cama, ainda com o vestido da festa, olhava para o teto sentindo a mágoa no peito e mil pensamentos na cabeça.
Freddie entrou:
– Minha mãe pediu pra levar a Belinha pro apartamento dela essa noite e eu deixei, até achei uma boa ideia. Tudo bem?
– Tanto faz.
– Sam, não fica triste. A inauguração foi um sucesso.
– Foi um fracasso, uma vergonha! – falou ela, já sem conter as lágrimas.
– Isso não é verdade.
– Você só diz isso pra me consolar. Está com pena de mim e eu odeio quando você me olha assim, por isso antigamente eu me recusava a chorar na sua frente.
– Não estou com pena, por que eu teria pena? Sam, você é uma mulher incrível! Eu tenho muito orgulho de você.
– É sério?
– Claro que sim. Você é linda, inteligente, uma ótima mãe, uma esposa companheira, e agora estudante de gastronomia e sócia de um restaurante. Você é uma mulher poderosa Sam e tenho orgulho que seja a minha mulher.
– Ah Freddie, você sabe mesmo como me agradar.
Os dois se beijaram e aproveitaram a noite a sós para momentos de luxúria.


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