Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 19
Culpados


Notas iniciais do capítulo

Não é só de Seddie que vive o ICarly...



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– Sam, Belinha! – disse Freddie, contente, largando Carly e correndo para pegar a filha.
– Não Freddie! Ela está doente e você tá todo molhado – falou Sam, afastando a filha.
– O que ela tem? Por que não me avisou?
– E como? Seu celular estava fora de área. Aliás, o seu e o da Carly, agora entendo.
– Sam, nós saímos para conversar, o Freddie tava arrasado com a separação, não aguentava de saudade da Belinha – explicou Carly.
– Tanto faz. Bom, Isabelle já viu o pai. Me leve de volta pra casa da minha avó Spencer – pediu Sam.
– Não! Você não pode me afastar da minha filha, de novo – falou Freddie, desesperado.
– Eu não vou! Você pode vê-la quando quiser.
– Mas, vamos ao nosso apartamento. Precisamos conversar.
– Já falamos tudo o que tínhamos pra falar. Pra mim, ficou tudo muito claro.
– Mas pra mim não. Por favor Sam, não custa nada. Faça isso pela Belinha e por nós, pela nossa história.
Sam concordou, então foram conversar no apartamento, após Freddie trocar de roupa e de colocarem Isabelle para dormir na sua cama infantil.
– Sam, eu sei que peguei pesado com você.
– Pegou pesado? Você duvidou de mim! Pensei que me conhecesse o suficiente. Sempre foi o único a perceber quando eu mentia.
– Sim, você desvia o olhar quando mente.
– Então, por que não acreditou em mim?
– Eu fiquei nervoso vendo a minha mãe caída no chão, com a perna quebrada. Mas, agora eu entendo que foi um acidente, que você não quis machuca-la.
– Não foi um acidente, eu nem encostei nela. Ela se atirou.
– Sam, eu vi.
– Viu demais. Vai duvidar de mim, de novo?
– Sam, quer saber, não importa. Já passou. Eu te amo, vamos voltar?
– Daqui a pouco sua mãe apronta de novo e você vai acreditar nela e ficar contra mim. Depois, vai sair correndo atrás da Carly pra ela te consolar. Eu já tô de saco cheio disso.
– Está enganada. Eu faço o que você quiser, mas me aceita de volta.
– Tá bom, então vamos nos mudar daqui.
– Não podemos fazer isso.
– E por que não?
– Temos um contrato de aluguel.
– Pagamos a multa e pronto, você tá ganhando bem melhor agora.
– Não é bem assim. Sam, minha mãe ainda não se recuperou, precisa de mim por perto.
– Eu sabia. Chega Freddie, já disse tudo o que queria. Agora tchau.
Freddie abaixou a cabeça, abriu a porta, olhou para o rosto enraivecido de Sam, e saiu.
Já era tarde, Spencer e Carly ainda assistiam a um filme na televisão, tomando vinho para aquecê-los no frio daquela noite chuvosa, quando a campainha tocou. Spencer foi atender:
– Oi Freddie, algum problema?
– A Carly tá acordada?
– Oi Freddie, entra aí – disse Carly, do sofá.
Freddie entrou:
– Nós podemos conversar?
– Ah, claro. Vamos para o meu quarto.
Os dois subiram. Carly pegou a garrafa de vinho e lá em cima serviu a ela e a Freddie. O moreno contou à Carly tudo o que havia se passado com Sam.
– Eu acho que perdi o amor da Sam para sempre. Ela tá arranjando desculpa pra não voltar pra mim – falou ele, virando mais uma taça de vinho.
– Não é bem assim Freddie. A sua mãe atrapalha bastante o casamento de vocês.
– Mas, esse não é o único problema.
– Ah não?
– Não, a Sam tem muito ciúme de você.
– É, eu já tinha percebido. Mas, isso é bobagem – falou Carly, virando mais uma taça.
– É, é bobagem.
– Você não sente absolutamente nada por mim. Eu sou uma irmã pra você, ou mais que isso, eu sou como um homem, o seu melhor amigo – falou Carly, rindo.
– Isso não é verdade. Eu enxergo a mulher linda que você é Carly.
– Mentiroso! Você disse que aquele beijo não significou nada, que veio numa hora que nem fazia diferença.
– Só seu fosse louco pra achar que não significou nada! Quem não se sentiria lisonjeado de ganhar um beijo de um mulherão que nem você? Você não quer me dar outro? Daí eu falo o quanto gostei.
– Freddie, não podemos fazer isso – falou Carly, rindo a toa, da bebida.
Freddie não ouviu, beijou Carly com paixão e a morena cedeu.

Ele deitou-se sobre ela, no sofá do quarto, tirando o roupão de flanela que ela vestia sobre o pijama e passando os beijos para o pescoço.
– Não Freddie, para, não – dizia Carly, sem, contudo, tentar se soltar, muito pelo contrário, acariciando os cabelos do moreno e apertando seus braços fortes, o que o excitava ainda mais.
Os dois foram parar na cama, em meio a beijos quentes, onde a troca de carícias continuou, até que roupas foram arrancadas e atiradas pelo quarto.
– Você vai ver como te desejo Carly Shay! – disse ele, consumando o ato sexual.
Na manhã seguinte, Freddie e Carly despertaram com os primeiros raios de sol.
– Aahhh!!! – gritaram os dois ao perceberem que estavam nus, um ao lado do outro, na cama.
Os gritos chamaram a atenção de Spencer, que subiu correndo.
– O que é isso aqui??? – perguntou ele assustado ao presenciar a cena – O que você fez com a minha irmãzinha? – perguntou a Freddie, furioso.
– Eu não fiz nada. Eu não sei como vim parar aqui. Caramba, estamos nus! – disse Freddie, olhando por baixo do lençol – Mas, nós bebemos demais, não houve nada, apenas dormimos nesse estado, não foi Carly?
– Acho que não Freddie – disse Carly puxando um pouco o lençol e mostrando uma mancha de sangue.
– Eu não fiz isso! Carly, você era virgem? Eu tirei sua virgindade?
– Você merece isso daqui – falou Spencer dando um soco no olho de Freddie.
– Eu mereço mesmo, não vou revidar – disse Freddie segurando o olho dolorido - Agi como um canalha, não sei como isso foi acontecer. Carly, me perdoe.
Carly começou a chorar, pedindo ao irmão:
– Spencer, saia, por favor, eu e o Freddie precisamos conversar.
– Mas Carly...
– Mas nada, saia Spencer.
Spencer saiu e ela falou:
– Não foi culpa sua Freddie, no fundo, nós dois tivemos vontade de fazer isso, juntos – passando a mão no rosto para secar as lágrimas.
– Eu não queria te magoar desse jeito Carly. Você está chorando. Não queria que sua primeira vez fosse tão ruim assim.
– Não estou chorando porque foi ruim. Na verdade, eu sempre tive certo medo da minha primeira vez, por isso, nunca me senti segura para me entregar a nenhum dos meus namorados, até porque meus namoros nunca duraram muito mesmo. Mas, se eu me entreguei a você, ainda que bêbada, foi porque me sinto bem e segura contigo. Nós nos conhecemos há muito tempo e, no fundo, não sou indiferente a você, muito pelo contrário, eu sinto algo forte por você, que não sei explicar.
– Carly, eu...
– Não precisa dizer nada. Sei que ama a Sam. Você é homem, sente desejo por mim, sem dúvida, mas ama a Sam. Eu também a amo, como irmã, e é por isso que estou chorando, nós nunca vamos ter paz em nossa consciência depois de tamanha traição! A Sam não merecia isso – falou Carly, chorando mais ainda, agora de soluçar.
– Oh Carly – disse Freddie, abraçando-a.
– Vai embora Freddie – pediu Carly.
– Eu vou. Espero que um dia você possa me perdoar.
– Eu não tenho que te perdoar. A Sam tem que nos perdoar.
– Vai contar a ela?
– Não, mas não conseguirei mais olhar pra cara dela. Vai estar escrito na minha testa: culpada!
Nos dias seguintes, Freddie não apareceu para visitar a filha, como havia prometido. Sam desconfiou. Carly também tinha se afastado. Sam foi procura-la várias vezes no seu apartamento, mas Spencer sempre dizia que ela não estava.
Certo dia, Sam retornava da pracinha com Isabelle quando viu Marissa saindo com a irmã, então aproveitou a oportunidade para ir visitar Freddie.
– Sam?! O que veio fazer aqui? – perguntou ele, com a cabeça baixa, quando abriu a porta.


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