Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
A fic completou 9 meses dia 30/09 e eu não pude postar por estar muito atarefada. Mas, registro isso agora. Apesar de todo esse tempo, vejo que os leitores continuar gostando da fic e fico muito feliz com isso. Espero conseguir continuar mantendo um bom nível. Não tenho mais postado com frequência, porque com pouco tempo eu acabaria escrevendo "qualquer coisa" e meus leitores não merecem isso. Agradeço as novas favoritações e aos novos leitores que estão acompanhando! Espero que gostem do capítulo.
Isabelle viu os meninos cercarem Eddie, que escondia o rosto com as mãos assustado.
– Agora vamos dar uma lição nesse bebê chorão – ameaçou um dos garotos.
– Ninguém vai fazer nada com o meu irmão! Eu não vou deixar! - disse Nick, colocando-se a frente de Eddie.
– Você é forte Benson, mas estamos em maioria – alertou outro garoto.
– Vamos mergulhar a cara desses manés dentro da privada – falou um menino.
Os cinco garotos em volta de Eddie e Nick agarraram os gêmeos pelos braços e ameaçaram arrastá-los, mas Isabelle se meteu:
– Não vão levar os meus irmãos a lugar nenhum!
– Tô morrendo de medo da Cachinhos Dourados – zombou um dos meninos, rindo e sendo acompanhado pelos demais.
– A Cachinhos Dourados não teve medo de entrar na toca dos ursos e eu não tenho medo de encarar um bando de pirralhos – rebateu Isabelle, tirando a meia de pilha da bolsa e passando a acertar cada um dos garotos, derrubando-os no chão.
– Eu venci! - comemorou ela, levantando os braços, mas alguém a segurou.
– Muito bonito Puckett! Já para a sala do Diretor – disse Srta. Briggs.
– Você já não devia ter se aposentado, é muito velha – falou Isabelle, enquanto era arrastada pela professora em direção à sala de Ted Franklin.
– Eu já devia era ter cortado a ponta da sua língua!
Depois de ouvir Isabelle, Ted resolveu chamar Sam e Freddie ao colégio. Eddie ficou muito nervoso antes da reunião e foi procurar a irmã, que ouvia música deitada em sua cama rosa.
– Belinha, precisa armar alguma coisa pra impedir a mamãe e o papai de ir ao colégio falar com o Diretor.
– Por que?
– Eu não quero que eles saibam que eu sou um perdedor. Eu tenho vergonha! - começando a chorar.
– Você não é um perdedor. Você é um príncipe. Aqueles bobões é que têm que sentir vergonha.
– Acha mesmo isso?
– Claro.
– Mas você é minha irmã e me ama, por isso diz isso.
– Tem razão, eu te amo, mas sou sincera até com as pessoas que amo. Você tem um futuro brilhante garoto. É o mais nerd e quando crescer vai ser um grande nerd assim como o papai, que vai se formar na semana que vem e já tem emprego garantido na Microsoft.
Eddie sorriu satisfeito e Isabelle o abraçou.
Sam ficou enlouquecida de raiva quando soube do bullying com Eddie. Na reunião com o Diretor, teve que ser contida por Freddie para não invadir a sala de aula e pegar os meninos pelo colarinho.
– Quero ver os pais desses meninos! Vão ter que se entender comigo! - ameaçou Sam, nervosa.
– Acalme-se senhora Benson – pediu Ted Franklin.
– Não me chame assim! É Sam! Só Sam!
– Está bem, Sam. Nós vamos resolver o problema sem violência.
– Fica calma amor – pediu Freddie.
– Como quer que eu fique calma sabendo que o nosso filho está sendo maltratado no colégio? Ninguém mexe com os meus filhos!
– Você fazia muito bullying quando era pequena – recordou-se Freddie.
– Ótimo momento pra me jogar isso na cara Freddorento.
– Viu?
Sam deu um tapa no marido, que soltou um gemido.
– Por favor, fiquem calmos. Eu vou chamar os pais dos garotos e reportar a eles o que está acontecendo. Prometo não deixar esse assunto sem uma solução. O bullying é algo sério e que deve ser combatido na escola. Sou Diretor há décadas e sempre busco fazer o melhor aos meus alunos. Vocês já foram meus alunos e sabem disso. Peço um voto de confiança – falou Ted.
– Ok. Um voto de confiança. Se o senhor não resolver do seu jeito, eu resolvo do meu – concluiu Sam.
Naquela noite, Sam acabou adormecendo abraçada a Eddie, na cama do garoto, quando foi contar uma história para ele dormir. Freddie foi chamá-la e ela encaminhou-se sonolenta para a suíte do casal.
– Sabe Freddie, eu nunca levei a sério as brincadeiras que eu fazia com as crianças quando eu era pequena. Sempre achei um exagero essa história de bullying. Foi preciso que atingissem o meu filho, o mais doce dos meus filhos, pra eu me dar conta de tudo. O Eddie tá pagando por mim.
– Não pense assim. Eu fui a maior vítima do seu bullying e me casei com você – falou Freddie, rindo.
– Tô falando sério nerd. O Eddie tá sofrendo, eu posso ver nos olhos dele e isso me parte o coração.
– O meu também. Mas, eu sou experiente em sofrer bullying, vou conversar com ele, ajudá-lo a superar isso.
– Como conseguiu superar isso?
– Uma espécie de Síndrome de Estocolmo. Eu me apaixonei por aquela que me maltratava – contou Freddie, rindo.
– Eu tô nervosa e você brincando.
– Tá bom. Eu não levava tão a sério as suas provocações, porque, no fundo, era o nosso jogo, então ninguém saía machucado. Já com o Eddie é diferente. Mas, ele tem a nós e vai superar isso.
Os dois se abraçaram.
Alguns dias depois, Diretor Franklin chamou Sam e Freddie ao colegio novamente, contando:
– Falei com os pais dos garotos que praticam bullying com Eddie. São famílias, digamos assim, com problemas. Os meninos são o reflexo disso. Aconselhei encaminhamento psicológico, mas nem todos os pais concordaram...
– Em resumo. Os garotos têm problemas, descontam no meu filho, e deve ficar por isso mesmo – disse Sam, indignada.
– Vamos reforçar a vigilância. Os inspetores estão avisados. Eles não vão permitir que os meninos voltem a importunar Eddie.
– Até porque bullying dá ensejo a indenização por dano moral – observou Freddie.
– Não é essa a questão! Não quero meu filho mais traumatizado do que já está! - falou Sam.
– Os senhores podem ficar sossegados. Estaremos atentos – garantiu Ted Franklin.
Eddie não tocou mais em assunto de bullying com os pais, mas estava se tornando cada vez mais uma criança fechada e de semblante triste. Freddie conversava bastante com o filho, contava histórias da sua época de colégio, mas o menino não se abria. Ao ser questionado pelos pais se ainda sofria bullying, ele simplesmente negava.
Chegou o dia da formatura de Freddie. Ele estava pensativo, pouco antes de saírem para o Clube onde seria feita a colação de grau e o baile.
– No que esse gato tanto pensa? - perguntou Sam, aproximando-se do marido.
– Na vida.
– Pensa na vida que a morte é certa – disse ela, rindo.
– Eu já imaginava que esse dia nunca iria chegar. Foram tantas dificuldades.
– Mas chegou, amorzinho.
– Chegou e graças a você.
– A mim?
– Você – puxando Sam pela cintura para si – Sam, você foi uma grande companheira esses anos todos. Nos casamos muito jovens, tivemos a Belinha muito cedo, depois vieram os gêmeos, e nossos planos tiveram que mudar. Mas, nós vencemos! Muito obrigada por ser essa esposa tão incrível.
Sam sorriu e Freddie a beijou. Isabelle interrompeu o momento:
– Vocês vão ficar aí namorando ou vamos pra festa? Tô louca pra ver o que vão servir de comida!
– Vamos nessa princesa! - disse Freddie, caminhando de mãos dados com Sam para fora do quarto – Eu sei que digo isso o tempo todo, mas você está linda! - sorrindo para a esposa.
– Você também não tá nada mal – respondeu Sam, sorrindo de volta.
Durante a colação de grau, Freddie teve uma surpresa: recebeu um troféu pelo primeiro lugar no curso de engenharia da computação. Ele ficou emocionado. A esposa, os filhos, a mãe e os amigos estavam muito orgulhosos.
Depois do jantar, começou o baile e Isabelle dançou com o pai.
– Você está crescendo tão rápido Belinha – comentou Freddie com a filha, durante a dança – Me prometa que sempre vai querer dançar com o seu velho pai?
– Eu prometo papai.
– Essa é a minha garotinha.
Coronel Shay aproveitou o evento festivo para pedir um minuto de atenção aos convidados da mesa:
– Pamela Puckett – falou ele, ajoelhando-se diante da dama – Aceita se casar comigo? - abrindo uma pequena caixa de veludo vermelha e mostrando uma aliança.
– Olha só mamãe, mais uma para a sua coleção – comentou Sam, em tom de brincadeira, mas todos olharam para ela em reprovação, principalmente Pam.
– É claro que eu aceito Steven – concordou Pam, pegando a aliança e colocando rapidamente no dedo.
– Espera meu bem, eu quero fazer isso – disse Steven, tirando a aliança e a reolocando, depositando um beijo em seguida.
Todos os presentes aplaudiram.
Melanie, também presente na ocasião, alertou Sam:
– Você poderia ser menos cruel com a mamãe.
– Por acaso alguma vez ela foi doce comigo?
– A mamãe já sofreu muito na vida, por isso se tornou essa pessoal amarga. Coronel Shay tá fazendo muito bem pra ela, tornando-a uma pessoa melhor, fazendo-a acreditar que a vida pode ser bela. Dê a você mesma a chance de conhecer a melhor versão da nova Pam, e tire a mágoa do seu coração para aceitar a velha Pam com um coração machucado.
– Fácil pra você falar isso... a filha preferida!
– Sabe o que mais incomodava a mamãe em você?
– Não.
– O fato de você ser o reflexo dela. Pense nisso.
Griffin quis aproveitar a ocasião para dizer à Carly:
– Nós dois poderíamos aproveitar o casamento do seu pai e nos casarmos também. Seria demais um casamento duplo...
– Griffin... não vai dar... é recente ainda a morte do Gibby...
– Está bem, não precisa repetir isso, vou parar de te pressionar.
Algumas semanas depois, Eddie chegou em casa com os olhos marejados e passou a querer usar apenas blusas de manga comprida. Sam desonfiou e levantou a manga da blusa do filho, constatando o hematoma.
– Eddie, quem fez isso com você? - indagou Sam, nervosa, ao filho.
– Eu bati na porta.
– Mentira! Eddie, sou sua mãe, tem que me falar a verdade.
– O que vai fazer?
– Isso é comigo.
– Vai me envergonhar na escola.
– Prometo não fazer isso, só quero te proteger.
– Tá bom, foi o Bruce, um garoto que rouba meu lanche. Eu não quis dar o lanche pra ele e ele me bateu. Nick tava no banheiro e não me defendeu dessa vez.
– Edward, você tem que reagir! O sangue dos Puckett corre nas suas veias. Não é possível que só tenha herdado os gens do Benson!
– Eu não sei brigar mamãe, sempre apanho.
– Eu vou te ensinar uns golpes. Você vai dar uma surra no garoto. Ele vai aprender a não mexer com um Puckett.
Freddie estava chegando em casa e ouviu a última fala de Sam, dizendo:
– Não pode incentivar o nosso filho a ser violento. Isso tá errado.
– Então eu cruzo meus braços e deixo um garoto fazer isso com ele? - levantando a blusa do menino e mostrando o hematoma.
– Violência não se resolve com violência.
– O grande nerd aí tem um plano melhor?
– Devemos procurar os pais desses garotos, conversar...
– Conversa até agora não resolveu nada.
– E violência também não vai resolver...
– Chega! - gritou Eddie – Vocês dois já vão começar a brigar, e por minha causa! - chorando e correndo para o quarto.
Os dois se calaram, evergonhados. Freddie quebrou o silêncio:
– Temos que parar de brigar na frente das crianças. Eddie pode estar se tornando inseguro com isso.
– Lá vem você com sua psicologia de botequim. Vou ver meu filho – disse Sam, saindo da sala.
O bullying com Eddie não saía da cabeça de Sam e ela resolveu tomar uma atitude drástica. No dia seguinte, ela foi ao Ridgway.
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Look da Sam para a formatura do Freddie: http://thumb9.shutterstock.com/display_pic_with_logo/751606/280226666/stock-photo-las-vegas-may-jennette-mccurdy-at-the-billboard-music-awards-at-the-mgm-grand-garden-280226666.jpg