Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 15
A mudança




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Sam, Freddie e Isabelle caminhavam numa praia de Los Angeles nas primeiras horas da manhã. Queriam evitar o sol mais forte para a pele da filha. A menina, vestindo um maiô roxo com babadinhos na ponta, dava pulinhos na beira do mar, gostando de espirrar a água.

Sentaram-se na areia e Freddie começou a ajudar Isabelle a fazer um castelo de areia. Sam observava a tudo, pensativa.

– Quem é a princesa desse castelo? – perguntou Freddie à pequena.

– Eu! – respondeu Isabelle levantando os bracinhos.

– É você sim! Princesinha Isabelle Puckett Benson – concordou Freddie, fazendo cócegas na filha, arrancando risadinhas.

Sam continuava com o olhar fixo no mar e Freddie percebeu:

– Quer tomar um banho de mar, amor?

– Pode ser – respondeu Sam, sem muito entusiasmo.

Freddie pegou Isabelle no colo, estendeu a mão para ajudar Sam a se levantar e foram para a água. Ele segurava a filha deitada de bruços, e a menina já batia as mãozinhas e os pezinhos, tentando nadar.

– Olha só a nossa peixinha, já gosta de água.

– Ela adora a praia. Vai sentir falta lá em Seattle, que não tem boas praias por perto – observou Sam.

– Eu acho que não é só ela que vai sentir falta de Los Angeles.

– Tem razão.

– Amor, eu sei que é difícil, mas vamos prosperar em Seattle e você pode visitar Los Angeles sempre que quiser.

– Eu sei. É besteira minha, amorzinho – falou Sam, acariciando o cabelo molhado de Freddie.

No dia seguinte, estavam prontos para partir. A pequena mudança já tinha partido pelo caminhão da transportadora para Seattle.

Dice, Goomer, Nona, Robbie, Jade e Beck (com o pequeno Richard) abraçaram Sam, Freddie e Isabelle e desejaram felicidades em Seattle, lamentando a partida deles e pedindo que retornassem para visita-los em breve.

Cat foi a última a se despedir.

– Ah Sam! – disse ela, já sem conseguir segurar o choro, abraçando a amiga – Eu não acredito que vai me deixar! Eu vou morrer de saudade. Como vai ser minha vida sem você? – soluçando.

– Para Cat, não faz isso – pediu Sam.

– Por que não? – perguntou Cat, soltando Sam e tentando secar as lágrimas que não paravam de cair pelo rosto.

– Porque eu não posso te ver desse jeito. Também estou com vontade de chorar – confessou Sam, deixando as lágrimas, até então contidas, rolarem – Oh minha amiga – foi a vez de Sam abraçar Cat – Eu não tenho palavras para agradecer tudo o que fez por mim.

– Não precisa agradecer, eu fiz de coração, porque te adoro. Você também fez muito por mim. É a melhor amiga que já tive.

– Ah é Cat? – perguntou Jade, enciumada.

– Você e a Jade – corrigiu Cat.

– Cat, você sempre será muito bem-vinda na minha casa em Seattle. Aliás, todos os meus amigos serão – falou Sam olhando para todos - Quero que me visitem logo – pediu Sam.

– Você também. Venha logo. Esta sempre será a sua casa. E vai ficar muito vazia e triste sem você, ou melhor, sem vocês – olhando para Freddie e Isabelle.

– Ai querida – disse Sam, secando as lágrimas de Cat com a ponta dos dedos – Eu vou com o coração partido. Eu fui muito feliz aqui.

– Promete que nunca vai se esquecer de mim?

– E como eu poderia? Eu te adoro. Vem aqui garota – disse Sam, puxando Cat para um abraço tão apertado, que foi a vez de Cat reclamar.

– Vai me sufocar Sam.

– Agora viu como é bom? – perguntou Sam, rindo para tentar descontrair o ambiente – Fica bem, qualquer coisa, tem o meu número.

Freddie já estava abrindo a porta, com Isabelle no colo. Goomer, Dice e Robbie ajudavam a carregar as malas. Sam caminhou até a saída, quando sentiu alguém grudar em suas pernas. Era Cat:

– Por favor Sam, não vá embora, não me deixe sozinha – chorando.

– Me solta Cat – disse Sam, tentando se desvencilhar dela – Não é um adeus, é um até logo, voltarei em breve, eu prometo.

Robbie tirou a namorada da perna de Sam e a abraçou:

– Calma querida, vai ficar tudo bem – disse ele em tom carinhoso – Eu estou aqui.

– E eu também, amor da vovó. Já disse que vou voltar a morar com você – falou Nona, acariciando os cabelos ruivos da neta.

Aos poucos ela foi se acalmando. Sam acenou para todos e entrou no táxi com o marido e a filha, angustiada. Olhava para trás, pensando nos mais de dois anos que viveu feliz naquele lugar.

Assim que desembarcaram em Seattle foram recebidos por Carly, Spencer e Gibby.

– Aahh, vocês chegaram! – disse Carly, contente, abraçando Sam, depois Freddie e pegando Isabelle do colo do pai – Como cresceu a boneca da dinda! – beijando a face da menina.

– Fizeram boa viagem? – perguntou Spencer depois de cumprimentá-los.

– Foi tranquila – respondeu Freddie.

– O apartamento de vocês tá maneiro. Colocamos tudo o que você pediu – informou Gibby a Freddie.

– Valeu rapazes – agradeceu Freddie a Gibby e Spencer.

– Até agora você não me disse onde vamos morar Freddie – observou Sam.

– Ora, no Bushwell Plaza – contou Gibby.

– Gibby!!! Era pra ser uma surpresa – disse Freddie, irritado.

– Seremos vizinhas, não é o máximo? – perguntou Carly.

– Seria, se naquele prédio também não morasse a minha querida sogrinha – falou Sam, com ironia – Freddie, não quero morar no mesmo lugar que a sua mãe. Arranje outro apartamento.

– Sem chance Sam. Eu já assinei o contrato de aluguel.

– Rasgue. A sua mãe vai transformar a nossa vida num inferno. Ela me odeia.

– A Senhora Benson, quero dizer, a Marissa, já que Senhora Benson agora é você... – disse Spencer, olhando para Sam.

– Não quero ser chamada assim. Não sou aquela megera – falou Sam, irritada.

– Que seja, ela anda muito deprimida desde que cortou relações com o Freddie. Duvido muito que tenha energia pra arranjar confusão com você Sam.

– Minha mãe está mal? – perguntou Freddie preocupado.

– Ela está bem de saúde, apenas triste, como o Spencer falou. Não se preocupe – disse Carly, tentando minimizar a situação.

Chegaram ao carro de Spencer e partiram para o Bushwell Plaza.

Freddie abriu a porta do apartamento 13-B, alugado. Falou satisfeito à esposa e à filha, no colo da mãe:

– E aí, o que as minhas princesas acharam?

– É sério que vamos morar nesse mausoléu mal assombrado? – perguntou Sam, frustrada.

– Sabemos por experiência própria que não há fantasmas aqui – respondeu Freddie lembrando-se do Halloween que passaram ali, quando crianças, tentando gravar o ICarly, depois de Lewbert ter mentido a eles sobre assombrações no local.

– Mas o que aconteceu com aquela velhinha e o filho esquisitão dela?

– A velhinha morreu, deixando muitas dívidas pro filho esquisitão dela. Então, ele resolveu se mudar para um apartamento menor e colocar esse pra alugar, pra ter uma renda.

– Então, agora pode ser que realmente tenha um fantasma nesse mausoléu. A velhinha morreu!

– Ela não morreu aqui. Estava no hospital. Nunca pensei que fosse medrosa Sam.

– E eu não sou. O bebê chorão aqui é você – respondeu Sam, finalmente entrando no apartamento e sentando-se no sofá com a filha – Pelo menos está limpo – observou.

– Está tudo limpo. Pedi ao Gibby e ao Spencer pra colocarem tudo em ordem. O Meião mandou uns primos dele pra ajudar.

– Menos mal. E o que tem pra comer?

– Nada, mas podemos pedir uma pizza. Que tal?

– A mamãe gostou.

Freddie pegou o celular para ligar.

O berço de Isabelle já tinha chegado, bem como todos os móveis do quarto de Los Angeles. Por isso, puderam montar um bonito quarto só para ela.

Sam fez Isabelle dormir, colocou a pequena no berço e foi para a suíte ao lado. Freddie estava lendo, mas fechou o livro assim que viu a esposa, perguntando:

– Ela já dormiu?

– Sim, hoje foi mais fácil. Ela se cansou da viagem.

– Então é a hora da mamãe e do papai se divertirem – falou Freddie puxando Sam para a cama.

Porém, com o peso dos dois caindo sobre a cama, esta cedeu e foi ao chão. Sam foi a primeira a se levantar.

– Esses móveis estão caindo aos pedaços Freddinardo! Será que não poderia arranjar coisa melhor pra sua família? – perguntou Sam, muito irritada.

– Precisa ficar tão nervosa por causa de uma cama? – perguntou Freddie, levantando-se.

– Não é uma cama! É essa cidade, é esse prédio, é esse apartamento! Nós éramos felizes em Los Angeles.

– Você é muito egoísta Sam! Eu fiz isso pensando em mim, mas também em você e na nossa filha. Aqui tenho um emprego melhor.

– Será que pensou em nós ou estava louco pra correr de volta pra barra da saia da mamãe?

Quando Freddie ia continuar a discussão, surpreenderam-se com Isabelle parada no meio deles, olhando para ambos com cara desconfiada.

– Como você desceu do berço princesinha? – perguntou Sam, preocupada.

– Eu puiei mamã – contou Isabelle, rindo.

– Isso é muito perigoso. Não faça mais isso princesa – pediu Freddie.

– Você acha que ela vai te ouvir? Ela só tem um ano e três meses. Vamos bonequinha, hoje você vai dormir bem juntinho da mamãe – falou Sam, pegando a filha no colo.

Freddie seguiu as duas até o quarto de Isabelle, mas Sam se deteve na entrada:

– Aonde pensa que vai nerd?

– Vou dormir com vocês, nossa cama quebrou.

– Não vai não. Vai dormir na sala, sozinho.

Sam fechou a porta na cara de Freddie.

Enquanto isso, no apartamento 8-D, Costela entrou no quarto de Marissa, que, como sempre, estava deitada, na penumbra:

– Senhora Benson...

– Já pedi pra não entrar aqui. Eu morri, me deixa em paz.

– Eu tenho uma coisa pra contar pra senhora.

– Se não for pra dizer que meu filho voltou pra mim não me interessa.

– É praticamente isso que vou lhe contar. O Freddinho voltou pra Seattle e está morando aqui mesmo, no apartamento 13-B.

– Não estou boa para brincadeiras Costela.

– Não é brincadeira. É sério!

De repente, Marissa sentiu uma súbita energia surgir em seu corpo fraco. Sentou-se na cama. Tinha vontade de correr para abraçar seu menino, mas o orgulho falou mais alto.

– Informe ao Fredward sobre o meu estado de saúde. Se ele tiver interesse virá me procurar – declarou Marissa a Costela.

Na manhã seguinte, Costela bateu à porta do apartamento 13-B.


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Notas finais do capítulo

Aceito opiniões, sugestões, críticas...



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