Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 107
Em busca das crianças


Notas iniciais do capítulo

Capítulo tenso...



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– Cadê as crianças Freddie? - perguntou Sam, nervosa.

– Te faço a mesma pergunta: cadê as crianças Sam?

– Eu me distrai porque pensei que você estivesse de olho nelas.

– E eu me distrai pelo mesmo motivo.

– Que tipo de pai você é?

– Que tipo de mãe você é?

– Vai ficar repetindo tudo o que digo enquanto sabe-se lá o que aconteceu com as crianças? Faz alguma coisa nerd?

– Você é tão esperta, por que não tem uma ideia?

– Chega! - gritou Carly, irritada – Nossas crianças desapareceram e vocês só sabem trocar acusações? Não foi culpa de ninguém e ao mesmo tempo foi culpa de todo mundo. Nos distraímos alguns minutos e as crianças sumiram, agora temos que tentar ficar calmos e procurar por elas.

– Falou a voz da razão – elogiou Gibby.

Eles procuraram nas imediações sem sucesso. O parque já estava fechando e os seguranças queriam colocá-los para fora.

– Pra expulsar a gente daqui os armários aí servem! Mas para encontrar as nossas crianças não! - falou Sam irritada.

– Acalme-se senhora, podem nos acompanhar à central de segurança e faremos uma análise das imagens do local no horário em que as crianças sumiram – propôs um dos seguranças.

Na análise das câmeras de segurança puderam ver o exato momento em que dois grandalhões colocaram algo num lenço para as 3 crianças cheirar e os pequenos desmaiaram instantaneamente, sendo carregadas por eles.

– As crianças foram sequestradas! - disse Carly, desesperada – E agora?

– Vai ficar tudo bem, vamos encontrar nossas crianças – falou Gibby, abraçando a namorada, também nervoso.

– Eu quero ver a cara desses infelizes! Aproxima mais! Eu vou caçá-los até no fim do mundo! - pediu Sam, nervosa.

– Não dá senhora, perde a qualidade da imagem aproximando mais que isso – explicou o chefe da segurança.

– Pensei que isso aqui era o maior parque de diversões do mundo, mas tem um serviço de vigilância pior que o boteco da esquina – falou Sam.

– Melhor acionarmos a polícia – propôs Freddie.

Foram todos para Delegacia mais próxima, registraram Boletim de Ocorrência e voltaram ao hotel, onde Freddie publicou na internet a foto das crianças, solicitando todo tipo de informação. Os fãs foram os primeiros a se solidarizar e garantir que ajudariam nas buscas.

Carly chorava sem parar, amparada por Gibby:

– O que pode estar acontecendo com eles? Eu tenho tanto medo só de imaginar! Eu prefiro morrer a nunca mais ver as crianças.

Sam também chorava, mas descontada a raiva amassando cada vez uma latinha de refrigerante:

– Se eu pegar esses sequestradores eu mato com requintes de crueldade! Eu arranco os olhos, depois corto cada parte do corpo deles ainda vivos! Não sabem com quem mexeram.

– Respira meu amor. Você tá até vermelha, se te der um troço não poderemos ir atrás das crianças – falou Freddie, abraçando Sam – Também estou com muito medo do que possa estar acontecendo às crianças, mas temos que ser fortes, esfriar a cabeça e pensar em quem poderia ter sequestrado os três e por qual motivo.

Sam levantou-se abruptamente, dizendo:

– Nevel e Nora ainda estão na cadeia?

– Faz sentido. Eles adoram nos sequestrar e agora podem ter levado as crianças para se vingar da gente – concordou Carly.

– Eu vou ligar para a Penitenciária onde estão encarcerados – disse Freddie, pegando o celular.

Pouco depois o moreno informou:

– Nora continua presa, mas Nevel fugiu.

– Eu sabia! Como podemos encontrá-lo? - perguntou Sam, aflita.

– Ele fugiu com um outro detento, o Robson e me passaram o endereço da família dele, para a nossa sorte, fica aqui na Flórida mesmo, há poucos quilômetros daqui – informou Freddie.

– O que estamos esperando? - indagou Sam.

Alugaram um carro e pegaram estrada ainda de madrugada. Bateram na porta de uma casa simples e aconchegante. Para a surpresa de todos quem abriu a porta foi o próprio Nevel.

– Olá ICarly's! Sentiram saudade a ponto de virem me procurar no meio da madrugada? - ironizou o vilão.

– Onde escondeu as nossas crianças? Fale agora ou eu te arrebento – ameaçou Sam, segurando Nevel pelo colarinho.

– Eu não sei de criança nenhuma.

– Mentira! Vai falar por bem ou por mal!

– Me solta Samantha Puckett!

– Eu juro que te dou até um beijo se devolver as nossas crianças – prometeu Carly.

– Carly! Eu estou aqui! - falou Gibby, enciumado.

– Eu não acredito que está com o Gibby, Carly – observou Nevel.

Sam empurrou Nevel contra a parede, fazendo-o soltar um grito. Um rapaz bonito, forte, moreno, aparentando pouco menos de 30 anos apareceu e perguntou:

– Por que estão machucando o Nevinho? - livrando-o das mãos de Sam – Tá tudo bem com você? - acariciando o rosto de Nevel.

– Tá tudo bem gatão. Esses são os meus velhos amigos do ICarly. Eles pensam que eu sei algo que eu já disse que não sei – explicou Nevel.

– Vocês dois? - perguntou Sam, rindo maliciosamente.

– Robson mudou minha vida. Nos conhecemos na cadeia e a paixão falou mais alto. Resolvi sair do armário de uma vez. Não se preocupe Carly, não quero mais te beijar – disse Nevel para a morena.

– Ainda bem – disse Carly, aliviada.

– E também não quer mais se vingar da gente? - indagou Freddie.

– Claro que não. Se não fosse por vocês eu não teria ido para a cadeia e não poderia ter conhecido o amor da minha vida: Robson – falou Nevel.

– É, faz sentido – concordou Freddie.

– Mas se não foi você, então quem foi? - perguntou Sam.

– Não é a toa que você é loura Sam – zombou Nevel.

– Você tá realmente querendo que eu te arrebente hoje – ameaçou Sam.

– Se me arrebentar não darei a vocês uma amostra grátis da minha mente brilhante – falou Nevel.

– Para com isso Sam – pediu Carly à amiga – Fala logo Nevel, não temos tempo a perder.

– Quem gostaria de se vingar de vocês? Coloquem a cabeça para funcionar ICarly's.

– Os primeiros da lista eram você e a Nora, que ainda tá presa, e... espera aí! O Brad! - concluiu Sam.

– É veradade! O Brad! Ele já deve saber do meu relacionamento com o Gibby e deve estar enlouquecido de ciúme – concordou Carly.

– E Brad jurou se vingar de mim quando eu o demiti – recordou-se Sam.

– Brad tinha motivos para se vingar de todos nós. Qual a melhor maneira de fazer isso que levando as nossas crianças? - concluiu Freddie.

– Puxa, o Brad tá se saindo o pior vilão da história – comentou Gibby.

– Como vamos encontrar esse doente? - questionou Carly, nervosa.

– Uma dica: se ele sequestrou as crianças por vingança, ele vai dar um jeito de fazer contato pra jogar isso na cara de vocês. Então, a polícia pode rastrear se for feito um contato via telefone – disse Nevel.

– Boa dica – assentiu Freddie.

Voltaram todos para o hotel. Apenas os gêmeos conseguiram dormir. Os celulares estavam nas mãos dos quatro adultos, apreensivos e ansiosos.

– Eu não aguento mais essa espera – disse Sam, virando mais uma garrafa de refrigerante.

– Já bebeu muito refrigerante amor, isso pode te fazer mal – observou Freddie.

– O que pode ser pior que o sequestro das crianças? - perguntou Sam, indignada.

O celular de Carly tocou. Ela atendeu e todos foram em cima dela, querendo ouvir a conversa. A morena colocou no viva-voz.

– Brad! Cadê as crianças? O que fez com elas? São três anjinhos inocentes que não têm culpa de nada. Se quer se vingar leve a mim, isso é justo! - falou a morena nervosa.

Do outro lado da linha, Brad começou a rir, dizendo:

– As crianças já foram encaminhadas para adoção. Sinto informar que nunca mais as verão, porque um sheik árabe vai levá-las para o outro lado do mundo. Pensaram que poderiam zombar de mim e viver felizes para sempre? Eu avisei! Estou vingado! - desligando o telefone.

– Ele não pode ter feito isso! - falou Carly, desesperada, começando a chorar.

– Eu vou ao outro lado do mundo se for preciso atrás das crianças – disse Sam, não contendo o choro.

Gibby abraçou Carly e Freddie à Sam.

– Pelo menos a polícia pode rastrear o Brad – observou Gibby.

– Boa Gibby! Nem tudo está perdido, temos que confiar que encontraremos as crianças antes delas serem mandadas para o outro lado do mundo – disse Freddie, secando as lágrimas que teimavam em cair do canto de seus olhos.

A polícia conseguiu rastrear o local da ligação de Brad e se deslocou pra lá. Gibby ficou no hotel cuidando de Eddie e Nick, enquanto Freddie, Sam e Carly foram atrás da polícia. Brad foi preso em Cabo Canaveral, perto da base de lançamento de foguetes da NASA.

Sam teve uma ideia e agiu rápido. Aproveitou o descuido dos policiais e tirou Brad de dentro da viatura, carregando-o sobre o ombro até as instalações da NASA. Carly e Freddie observaram tudo sem entender, resolveram ir atrás.

Encontraram Sam e Brad dentro de um foguete de exposição, aberto para a visitação do público.

– O que está fazendo Sam? - perguntou Freddie, sem entender.

– Eu quero saber onde estão as crianças e ele vai nos contar – explicou a loira.

– Nao vou não! Já as despachei. Tarde demais – zombou Brad.

Sam deu um tapa na cara de Brad que o fez virar o pescoço:

– Ou me conta espontaneamente ou eu vou te torturar até me contar. Posso começar arrancando as suas unhas.

– Tortura é crime – falou Brad.

– E sequestrar crianças não é? - perguntou Sam, dando outro tapa em Brad, fazendo o seu pescoço virar para o outro lado.

Brad resistiu, enquanto Sam continuou o esbofeteando e já espirrava sangue da sua boca, fazendo Carly sentir arrepios e abraçar Freddie que também estava nervoso com a cena.

Sam pegou um canivete de sua bota e Brad se rendeu:

– Está bem! Não me machuque com isso! Eu falo! Eu mandei as crianças para Miami Beach, onde um sheik árabe, Salim Abdul, e suas duas esposas, Sarah e Khadija, na sua mansão de verão, vão recebê-las para adoção. Ele é estéril e não pode gerar filhos, então resolveu adotar atendendo ao pedido de suas esposas que sonham em ser mães.

– E por que ele simplesmente não fez um cadastro para adoção? - perguntou Sam.

– Ele não queria esperar numa fila, enfrentar burocracia e também queria crianças especialmente bonitas. Comprando seria mais fácil...

– Você vendeu as nossas crianças?! - preguntou Sam, exaltada, acertando um soco tão forte no nariz de Brad que chegou a estalar, jorrando sangue, fazendo-o desmaiar em seguida.

– Olha o que você fez Sam! Ele desmaiou antes de nos dar o endereço da casa de verão do sheik – observou Freddie.

– Acorda aí! - gritou Sam, sacudindo Brad – Dá o endereço da casa do sheik, agora!

– Só se jurar que vai me soltar e que não vai me matar.

– Ok, eu juro. Até porque não sou assassina e prefiro ver você vivo para pagar pelo o que fez.

Brad deu o endereço e Freddie anotou no celular.

– Só um aviso: se o endereço for falso, você morre quando cair na cadeia. Tenho parentes que moram lá e que não são tão generosos quanto eu – ameaçou Sam.

– Não sou nem louco – disse Brad.

Carly foi chamar os policiais que levaram Brad praticamente arrastado, sobre os ombros deles, de tão machucado.

Algumas horas depois, Sam, Carly, Freddie, Gibby e os gêmeos chegavam a Miami Beach. O dia já amanhecia e o cenário era paradisíaco com tanto sol e a beleza das praias, dos prédios e dos iates. Era “a cara da riqueza”, mas ninguém estava muito disposto a apreciar.

Foram direto para a mansão do sheik, mas viram que estava cercada por seguranças. Não conseguiriam entrar tão fácil. Decidiram ir para um hotel e bolar um plano.

O celular de Carly tocou, era Spencer, preocupado.

– O que ele disse Carls? - quis saber Sam.

– Que o “Meião” tem uns amigos que podem dar o sumiço no sheik e nas esposas pra impedir que levem as crianças. E que ele teve uma premonição há anos, no dia da mentira, sobre os nossos filhos estarem precisando muito de nós no futuro – explicou Carly.

– Aff. O Spencer é doido de pedra! Ele inventou essa história no dia da mentira e agora quer encaixá-la em algum lugar – observou Sam, rindo – Mas, eu gostei da ideia dos amigos do “Meião” darem sumiço nos árabes.

– Como o “Meião” tem tantos contatos para tantas coisas? Ele parece chefe de máfia – comentou Freddie, pensativo.

– “Meião” faz aquelas meias legais que brilham e que o Spencer usa, todo mundo sabe que ele é um meiógrafo – falou Gibby.

– Isso não existe Kibby – disse Sam.

– É Gibby! E meiógrafo é uma palavra bacana – defendeu-se Gibby.

– Enquanto vocês discutem sobre a existência ou não de uma palavra, as crianças podem estar sendo transportadas para o outro lado do mundo – falou Carly, nervosa.

– Carly tem razão. O que faremos? Sumir com os árabes pode mesmo impedir que as crianças sejam mandadas para o outro lado do mundo? Quem garante que algum empregado não pode ter sido encarregado de fazer isso para não levantar suspeita? - indagou Freddie.

– E se após o sumiço dos árabes eles fossem substituídos por outras pessoas? - questionou Sam.


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