Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira


Capítulo 10
A fúria da Sra. Benson




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578641/chapter/10

– Mãe! O que faz aqui? – perguntou Freddie, nervoso.

– Surpreso em me ver Fredward Benson? Pensou que ia se esconder de mim por quanto tempo? – falou Marissa Benson com aparente calma que assustou o rapaz muito mais do que seus ataques, aos quais ele já estava acostumado.

– Eu não estava me escondendo.

– Por acaso aqui é a feira de ciências? Não está parecendo – disse ela, passando pelo filho na porta, mesmo antes dele convidá-la para entrar.

Marissa largou a pequena mala de viagem no chão e começou a analisar o ambiente, virando-se para o filho em seguida:

– Então é aqui que aquela praga loura se esconde! Você mentiu pra mim novamente por causa dela Fredward! – já perdendo o autocontrole até então suportado.

– Como soube?

– Fácil, coloquei o Gibby contra a parede assim que soube da volta dele de viagem sem você.

– Mãe, eu posso explicar.

– Não quero ouvir suas explicações. Largue agora essa coisinha por aí e volte comigo para Seattle – ordenou ela, alterada.

– Não admito que fale assim da minha filha! Ela é sua neta! A senhora nem olhou para ela. Tem uma pedra no lugar do coração?

– Ela não é minha neta! Ela é nasceu das entranhas daquela desqualificada que só fez atrapalhar a sua vida.

Nisso, Sam adentrou a sala, secando os cabelos com uma toalha, pois havia acabado de sair do banho.

– Olha só quem eu tenho a honra de receber na minha humilde residência. Sra. Benson, estava com saudade? – falou Sam com ironia.

– Eu vou acabar com a sua armação, sua manipuladora! Meu filho pode ser idiota e cair nos seus truques, mas eu não! Vim aqui para protegê-lo, para levá-lo de volta para Seattle, onde ele tem um futuro brilhante, bem longe de você! – atacou Sra. Benson.

– Eu nunca prendi o seu filho aqui. Ele ficou, porque quis – respondeu Sam.

– Ele ficou porque você deu o golpe da barriga. Arranjou essa neném, sabe-se lá onde, para dizer que é filha dele e prendê-lo para sempre ao seu lado – acusou Marissa.

– O que está insinuando? – perguntou Sam.

– Eu duvido que essa coisinha seja filha do meu Freddie! Aposto que você se deitou com qualquer um por aí e depois quis largar a responsabilidade em cima do meu filho.

Sam levantou a mão para acertar Sra. Benson, mas Freddie a conteve, colocando-se entre as duas.

– Calma Sam! – pediu Freddie à loira – Para com isso mãe, não tem o direito de falar assim com a Sam – olhando para Marissa – Eu sei que a Belinha é minha filha, não tenho dúvidas disso.

– Como pode não ter? A Samantha vive sozinha por aqui, só Deus sabe por quantos homens já deve ter passado. Essa aí sempre foi solta na vida, não me engana! – atacou Marissa.

– A senhora pode me acusar de muitas coisas, mas não sou vagabunda! – defendeu-se Sam, tentando ir para cima da Sra. Benson novamente, sendo mais uma vez contida por Freddie.

No meio da confusão, Isabelle assustou-se e começou a chorar.

– Você tá apavorando a minha filha, sua bruxa! – falou Sam, enquanto pegava a bebê do colo de Freddie, tentando acalmá-la – Tire a sua mãe daqui agora Freddie, não quero nunca mais que ela chegue perto da nossa filha!

– Sam, vá lá pra dentro com a Belinha, eu vou conversar com a minha mãe, por favor – pediu Freddie.

– Eu vou, pela minha filha – disse Sam, saindo com a menina.

Freddie pediu à mãe que se sentasse e começou:

– Mãe, eu não quero brigar com a senhora...

– Nem eu, vamos logo pra casa, acabar de uma vez com isso.

– Eu não vou voltar com a senhora para Seattle, agora a minha vida está aqui, junto com a minha família.

– Eu não admito que você me troque por aquela safada da Samantha! Depois de tudo o que eu fiz por você, vai ter coragem de me abandonar? Eu te dei a vida, você foi a minha vida!

– A senhora desempenhou o seu papel de mãe com o todo o zelo, até demais. Agora sou um homem crescido e vou fazer o mesmo com a minha filha.

– Se quer assumir a menina, tudo bem. Faça o registro, dê uma pensão módica, já que ainda não trabalha, só estuda, e a visite nas férias. Tudo isso depois de um exame de DNA, é claro. Já está de muito bom tamanho, não precisa se casar com a Sam só porque ela te deu o golpe da barriga.

– Mãe, eu vou me casar com a Sam sim, mas não é porque ela me deu uma filha. Vou me casar com ela porque a amo, sempre amei, mesmo quando ainda eu nem sabia disso.

Sam ouvia a conversa atrás da porta, depois de ter conseguido acalmar a filha, fazendo-a se calar, e as palavras de Freddie tocaram o seu coração.

– Isso não é amor, é obsessão. Aquela lá deve ter feito uma macumba pra te segurar.

– Mãe, se a senhora algum dia amou o meu pai de verdade, deve entender o meu sentimento pela Sam.

– Não compare seu falecido pai com a Samantha!

– O coração não escolhe a quem amamos. E a Sam tem muitas qualidades, se a senhora se desse a oportunidade de conhecê-la melhor, sem atritos, logo descobriria.

– Eu quero distância daquela trombadinha, que desde pequena só fazia ir à minha casa pra quebrar as coisas e pra fazer bullying com você!

– A Sam cresceu. Hoje ela é uma mulher muito mais responsável e uma ótima mãe! Eu tenho orgulho dela ser a mãe da minha filha.

– Freddie, a paixão cega a gente. Um dia você vai acordar e se dar conta do quanto está iludido. Ouça a sua mãe e volte para Seattle comigo. Tudo o que sempre te falei foi para o seu bem.

– Mãe, nada que a senhora falar vai me fazer mudar de ideia. Meu lugar agora é aqui. Não vou voltar para Seattle, está decidido.

– Aahhh! – gritou Marissa, rasgando a manga da blusa – Você vai se arrepender Fredward Benson! A partir de agora vai ter que se virar sozinho. Vou cortar seu cartão de crédito e não me peça um centavo, porque eu não vou dar. Nem pense em voltar pra casa quando quebrar a cara, porque eu não vou abrir a minha porta pra você – esbravejou, furiosa.

– Não se preocupe mãe, eu vou me virar.

Sra. Benson começou a chorar, pegou a sua mala e saiu correndo porta a fora.

Freddie também não conteve as lágrimas. Sam, aproximou-se, tentando consolá-lo.

– Sai daqui Sam! Não quero que me veja assim – ordenou ele.

– Freddie – falou ela com delicadeza, sentando-se ao lado dele – Chorar não é sinal de fraqueza. Eu mesma nunca quis chorar na sua frente, pra não me mostrar frágil diante de você, afinal, vivíamos em guerra. Mas, hoje eu vejo que é besteira. Chora quem tem sentimento. Uma vez eu li uma frase que dizia: “Chorar não quer dizer que você seja fraco, mas que você passou tempo demais sendo forte”.

Freddie colocou a cabeça sobre o ombro de Sam e desabou, chorando sem parar. Ela o abraçou, com carinho, dizendo:

– Eu compreendo o quanto essa decisão foi difícil pra você. Sei o quanto você e sua mãe são apegados. Mas, foi lindo o que você fez. Depois disso, não posso mais duvidar do seu amor.

Freddie levantou a cabeça e começou a secar as lágrimas:

– Isso quer dizer que você aceita se casar comigo?

– Sim, eu aceito. Quero ser sua para o resto da minha vida.

Freddie abriu um sorriso depois da declaração de sua amada e a beijou.

Os dois ainda se beijavam quando Carly, Cat e as três crianças vizinhas que cuidavam entraram.

Sam e Freddie pararam o beijo com sorrisos bobos nos lábios.

– Hummm, vejo que se acertaram! – falou Cat, contente.

– Até que demorou – completou Carly.

– Nós vamos nos casar, ela aceitou – informou Freddie, contente.

– Meus parabéns – cumprimentaram os presentes, inclusive as crianças.

Naquela noite, Sam pediu a Carly e Cat que cuidassem de Isabelle, deixou mamadeiras com leite materno prontas e colocou a bebê para dormir no quarto delas.

Freddie ainda estava assistindo a televisão na sala quando Sam se aproximou:

– Vai querer dormir na sala hoje à noite?

– Só se você dormir aqui comigo.

– Acho que a minha cama é mais confortável.

Freddie se levantou, deu um beijo quente em Sam, depois a pegou no colo e a levou para o quarto, onde a deitou na cama, deitando-se por cima, beijando-a até perder o fôlego.

Freddie parou de beijá-la na boca, para começar a beijá-la no pescoço. Começou a abrir a blusa dela. Ela se sentou para facilitar a retirada da peça.

Ela começou a abrir a camisa de Freddie, distribuindo beijos e mordidinhas em seu tórax definido.

Não demorou para que um ajudasse o outro a se livrar das calças e das roupas íntimas. Por um momento, Freddie se afastou e fitou Sam com paixão.

– O que tá olhando? Eu sei que ainda não recuperei meu peso depois da gravidez.

– Tô te admirando. Você é linda Sam! Eu sou um cara de muita sorte.

Então ele se deitou sobre ela e, ali, unidos, envolvidos pela paixão, dando e sentindo prazer, eram um só.

No quarto ao lado, Cat começou a ouvir barulhos estranhos, levantou-se e foi até a cama ao lado, onde Carly dormia tranquilamente. Isabelle estava no carrinho, dormindo, no meio das duas.

– Carly, acorda, oh Carly – disse Cat, sacudindo a morena.

– Onde o Spencer colocou fogo dessa vez? – perguntou Carly assustada, sentando-se na cama.

– Quem é Spencer? – indagou Cat sem entender.

– Meu irmão, mas ele nem está aqui – respondeu Carly, dando-se conta de onde estava – O que foi?

– Eu estou ouvindo uns sons estranhos, parecem gemidos de monstro. Eu tô com medo – falou Cat assustada, sentando-se na cama de Carly e a abraçando.

– Deixa de ser boba Cat. Você já é bem grandinha para saber que monstros não existem.

– Não acredita? Então vá para a minha cama e escute bem perto da parede.

Carly levantou-se e foi até lá, encostando o ouvido na parede.

– Ouviu?

– Sim.

– Agora acredita que tem um monstro?

– Não. O som tá vindo do quarto da Sam.

– O monstro vai atacar a Sam? Temos que salvá-la! – disse Cat, tentando sair do quarto.

Carly colocou-se na frente, impedindo a passagem de Cat:

– Você não pode entrar no quarto da Sam.

– Por que não?

– O Freddie está lá com ela.

– Mas o monstro também pode atacar o Freddie.

– Não tem monstro nenhum. A Sam e o Freddie estão fazendo esse barulho.

– Estão com dor?

– Não Cat! – disse Carly batendo na testa – Eles estão tendo intimidades, de homem e mulher, você sabe – disse Carly sem graça, sentindo-se corar.

– Como assim?

– Cat, não é possível que você não saiba como se fazem os bebês! – falou Carly, perdendo a paciência.

– Ahhh! – disse Cat finalmente entendendo – Nossa, eles podiam ser mais discretos.

– Também acho. Mistério resolvido. Boa noite – desejou Carly, voltando para a cama.

Cat foi se deitar ao lado de Carly.

– O que está fazendo? Por que não vai pra sua cama?

– Não quero dormir ouvindo isso. Me deixa ficar aqui.

– Tá bom. Mas se me chutar dormindo como já fez da outra vez que estive aqui, já aviso que vou devolver.

– Tá bom.

No café da manhã Sam e Freddie eram só chamego e sorrisos.

– Como o dia está lindo hoje! – falou Freddie, exultante.

– Também acho bebê – concordou Sam, aproximando-se dele e o beijando mais uma vez.

Carly estava com Isabelle no colo e falou:

– A filha dos super contentes aí sujou a fralda e eu não vou limpar. Já cuidei dela a noite inteira. Ela puxou sua fome fora do normal Sam. Acorda várias vezes querendo leite.

– Vem cá princesinha da mamãe – disse Sam, com carinho, pegando a pequena no colo.

– Valeu Carly por cuidar dela – agradeceu Freddie.

– Imagina, eu sirvo pra isso mesmo. Sempre a disposição de vocês – falou ela, levantando-se da cadeira, sem esconder a contrariedade – Mas, infelizmente, vocês vão ter que se virar sem mim nos próximos dias, eu volto amanhã para a Itália.

– Mas já Carlynha? – perguntou Sam.

– Já vou tarde. Estou aqui há muito mais tempo que imaginei. Nem sei se vou conseguir salvar meu semestre da faculdade.

– Mas, queremos que você volte logo – disse Freddie.

– Mais precisamente, queremos que você volte mais ou menos daqui a um mês, para o nosso casamento – informou Sam.

– E eu vou ser a madrinha? – questionou Cat, empolgada.

– Sim, você e o Robbie serão os padrinhos do Freddie. Carly e Spencer serão os meus, se aceitarem, é claro – falou Sam.

– Claro que eu aceito amiga – disse Carly, abraçando Sam – Estou certa de que Spencer também vai aceitar. Pode deixar que, assim que marcarem a data, estarei de volta.

Nos dias que se seguiram, Sam só pensava nos preparativos para o casamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!