Meu Amável Vizinho escrita por Sweet Of Style


Capítulo 21
Choros e bebidas


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas lasanhas!! Como vão? Queria agradecer a Sometimes que recomendou a fic! E agradecer aos lindos comentários!
Muitos de vocês tiveram vontade de esganar o Rafael, certo? E acho que vão querer fazer pior...
Bom, esse capítulo já estava pronto a uns dois dias. Sempre que eu posto um, no mesmo dia começo a escrever outro. Mas posto 1 a cada semana.
Mas enfim... Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578614/chapter/21

No capítulo anterior...

— Começamos a namorar mais ou menos três dias atrás. Como você disse, eu estou apaixonado por ela, lembra?

— SAI DAQUI RAFAEL! AGORA!

Então... Rafael Worthy está namorando. Mas, ele não disse que gostava de mim? De uma hora pra outra ele simplesmente se apaixona pela lambisgoia loira? Justo agora que eu decidi dar uma chance pra nós? Ah Jullia! Deixa de ser idiota! Não existe nós

— Alô?

— Ju? Hey! Faz tempo que não nos falamos. Como vão as coisas?

— Hm, oi Bia! Pode vir aqui em casa? Preciso te contar algumas coisas.

— Claro! Eu tô aqui no supermercado, daqui a pouco passo aí.

— Tudo bem, beijos.

— Beijos.

É impressão minha ou a Bia que quer me contar algo? Ela não é de ligar do nada. E ainda perguntar como vão as coisas? Não, essa não é a Bianca que eu conheço. Tem farinha nesse angu!

Levantei ás... 08:00 da manhã, e me dirigi até o banheiro, fiz minhas necessidades e voltei pro quarto, colocando uma roupa qualquer.

Desci lentamente a escada e procurei algo comível, já que sou sedentária e estou com preguiça de cozinhar. Peguei apenas uma maçã e me joguei no sofá.

Quando escuto... Gemidos.... Altos... Cada vez mais altos... Vindos do... Corredor?

Me levanto depressa e subo as escadas, onde o barulho parece estar mais alto. Aquela lambisgoia e o Worthy estão... Não acredito! Olhei por uma pequena brecha que tinha na porta e pude ver. Ela estava com uma cara de hiena mal trepada enquanto ele... Fazia sei lá o que com ela. Não deu pra ver ele... Ah vi! A cabeça dele está entre... Suas pernas.

Se eu vou chorar? Ah sim, sim, eu vou! Aliás, já estou chorando! Como ele pode fazer isso? Engraçado, e quando achamos que tudo pode melhorar, o pior não está nem começando. Antes de gostar de alguém, certifique-se de que esta pessoa realmente serve pra você. Sabe como é ruim quando você simplesmente quebra a cara? Descubra! Ou melhor, evite!

Novamente entrei em meu quarto. E comecei a chorar. Estava encostada na porta ouvindo os gemidos vindos do quarto em frente ao meu. Eu estava me torturando, mas não me importo. Precisava cair na real. Precisava perceber que não valia a pena. Precisava colocar na cabeça que a realidade é outra!

Rapidamente pego meu celular e ligo pra Bianca.

­— Oi Ju, estou indo para o caixa agora. Espera só mais...

— Não. Olha... Posso ficar na sua casa? Eu... — comecei a soluçar — Não quero ficar aqui.

— Claro! O que aconteceu? Está chorando? Jullia! Onde está?!

— Não estou chorando... Estou a caminho de sua casa. Lá te conto tudo, ok? Beijos.

— Beijos.

Tomei coragem para me levantar e coloquei uma roupa qualquer, pegando minha bolsa e saindo do quarto, rumo a casa da Bianca.

(...)

— Agora pode me falar o motivo desse chororô todo?

— O Rafael... Disse que gostava de mim. E ontem eu acabei descobrindo que ele está namorando com uma lambisgoia a quase uma semana! Hoje de manhã eles estavam... — Comecei a chorar novamente.

— E qual o problema disso? Você... Gosta dele?

— Muito. Eu... Amo o Johnathan. Mas também gosto muito do Rafael. E... Ele me pediu uma chance, estava tão diferente comigo... Tudo tão bem entre nós...

— Ah Ju... Quando eu ver aquele vagabundo eu arranco as bolas dele e enfio uma em cada olho! Ele vai ver só! Ninguém faz minha amiga chorar, muito menos um filho da puta desses! — Comecei a rir e a abracei.

— Obrigada Bia... Não sei o que seria de mim sem você.

— Eu sei. — Jogou o cabelo pro lado. — Agora... — Lá vem! — Nós duas vamos a uma festa!

— Hã? Não é nem meio dia e eu não quero ir pra festa nenhuma!

— Jullia, sei que está triste por causa do Rafael, mas, precisa se divertir! Amanhã vamos para a universidade e ele provavelmente estará lá. Não quero que fique com essa cara. Por favor...

— Tudo bem, tudo bem. Agora vamos fazer alguma coisa pelo amor! Amanhã vamos voltar para a luta! Precisamos aproveitar!

— Concordo! Partiu shopping!

— Não! Já fomos tantas vezes naquilo que minha vontade é de mandar demolir! O que acha de passarmos o dia assistindo filmes?

— AH NÃO! Que chato! Eu não estou chorando por uma desilusão amorosa. Vamos a nova loja de roupas que abriu no centro! Dizem que é magnífica!

— Tudo bem...

Sempre gostei desse jeitinho da Bia. Ela sempre sabia me fazer sorrir. Sempre me convence a fazer o que ela quer. Sabe todas as minhas manias, o que a torna mais especial ainda. Para mim ela é insubstituível! É minha irmã.

Assim que chegamos na tal loja, me surpreendi! Cada roupa... Nossa! Eram todas simplesmente perfeitas! Não eram daquele tipo patricinha e mostra a poupa da bunda e nem aquele tipo roqueira com calças rasgadas e tudo preto. Eram todas.... Diferentes.

Nossa, eu aqui me encantando com roupas! Mas sério, sabe aquelas roupas que você vê em novelas que são perfeitas, mas você nunca acha em lojas? Bom, parece que aqui é o camarim de alguma atriz muito famosa!

Assim como eu, a Bia olhava para todas aquelas roupas sem saber qual escolher primeiro. Com certeza ela não sairia dali apenas com uma sacola! Essa loja acabou de abrir, então é um tanto pequena. Mas aposto que em uns 6 meses ou menos, estará gigante com mais e mais roupas! Ok, chega de falar em roupas!

— Hey Ju! Olha essa blusa! Ficaria perfeita com aquela saia que te dei! Toma, experimenta!

Horas e horas depois...

— Chega! Pelo amor! Acho que nem tenho espaço para guardar tanta roupa! — Reclamei com a Bianca que não parava de experimentar roupas e mais roupas. Imagina a cara da mão dela quando souber o que a Bianca gastou.

— Ok, ok! Você venceu! Vamos ao caixa.

Eu estava com mais ou menos 15 sacolas e a Bianca com umas 25. No total, eu paguei um valor de quase três mil. E a Bianca cinco eu acho. Caramba! Não acredito que torrei todo esse dinheiro e nem precisava de roupas novas!

Mas o que eu não faço pela Bianca?

Assim que voltamos para sua casa, jogamos todas as sacolas em cima da cama. Mentira, não coube nem metade das minhas, imagina as dela. Nós jogamos tudo no chão, separadamente. Em um canto as minhas e em outro as delas.

— Agora escolha uma roupa para você e eu escolherei uma para mim! Essa festa será A festa!!

— Tá, tá! Mas vai ser meio que impossível escolher uma roupa aqui.

— Usa aquele vestido preto super perfeito que eu escolhi pra você!

— Aquele hipercurto? SEM CHANCES!

— Jullia! Qual é?! Usa vai! Eu te empresto um sapato que comprei, já que você não pegou nenhum. Burra. E você usa! Ficará perfeito!

— Ok, mas como vamos saber em qual sacola está o vestido?

— Fácil! Eu organizei as roupas! Sim eu sou demais! Nas sacolas azuis estão as de praia, nas brancas as de usar no dia a dia, nas amarelas as de festas de aniversário, casamento, etc... Nas vermelhas as de usar em eventos importantes e nas pretas... As roupas mais provocantes! Que serão as que a senhorita irá usar hoje! E não aceito um não como resposta! Agora ande!

— A que horas começa essa tal festa?

— Ás 23:00h. Temos duas horas até a festa começar. Mas não se preocupe! As festas só começam realmente depois da meia noite! Então temos tempo suficiente para nos aprontarmos! Vá para seu banho que irei preparar sua roupa!

— Tudo bem.

Assenti e fui ao banheiro. Enquanto a banheira enchia, coloquei um pouco de sabão para espuma. Um de morango e o outro de cereja. Misturei um pouco a água e conforme a banheira ia enchendo, criara uma grande quantidade de espumas. Assim que ela enche totalmente, tiro meu roupão e me sento na banheira.

Passei levemente uma esponja com um tipo de óleo pelo meu corpo, sentindo o aroma dos perfumes misturados. Após uns 40 minutos, tiro todo o sabão do meu corpo e coloco novamente o roupão. Saindo do banheiro encontro a Bianca olhando nervosamente para três roupas.

— Não sabe o que usar? — Perguntei e ela assentiu. — Posso ajudar.

— A escolha é sua! Vou tomar banho.

Assenti e dei-lhe um sorriso. Sempre era assim. Mas vejamos... Um vestido vermelho justo tomara-que-caia, um cropped cinza com um short branco e uma saia jeans justa com uma blusa estampada. O cropped cinza com o short branco venceu! Sério está perfeito!

Separei sua roupa em um canto da cama e fui fazer minha maquiagem. Coloquei alguns cremes, corretivo, base, pó, fiz uma maquiagem pesada para os olhos e um batom vermelho bem escuro fosco. Ótimo!

Observei a Bianca entrar e pegar a roupa e um sapato e ir ao banheiro se trocar. Coloquei delicadamente meu vestido e o sapato que a Bianca separou para mim e uma boa exagerada no perfume.

Peguei uma bolsinha de lado prateada e coloquei uma quantia de dinheiro e meu celular. Fiquei sentada na cama usando o notebook da Bianca enquanto a mesma terminava de se arrumar.

Assim que ela acabou, partimos para a festa!

(...)

— Vamos Jullia! Precisa se animar! — Ela dizia enquanto me obrigava a tomar mais um copo daquela bebida que não sei o nome. — Viemos aqui para curtir!

— O Rodrigo que não vai curtir nada quando souber que viemos pra cá!

— Eu vou traí-lo por acaso? Escuta, só por que estou namorando não quer dizer que eu não possa viver minha vida! Eu tenho o direito de ser feliz assim como ele! E você também tem!

— Mas não vamos beber muito! Temos que ir para a universidade amanhã e...

— A universidade é de noite! Precisamos aproveitar! Qual é?! Toma só mais essa e vamos pra pista de dança! Quero inaugurar meus sapatos novos com algo que realmente faça diferença!

Tomei mais um copo daquela bebida e acho que está fazendo efeito. Até me amei um pouco.

Fui até a pista de dança com a Bianca e começamos a nos movimentar de um lado para o outro, conforme a música tocava. Peguei mais um copo de bebida e voltei ao local onde a Bianca estava.

Começamos a dançar novamente e de 10 em 10 segundos pagávamos mais bebidas. Acho que chegamos a tomar umas 4 garrafas cada. Eu não estava bem. Sentia uma leve vontade de vomitar, mas ignorei.

Quando menos esperei já estava em cima de uma mesa dançando com vários homens em minha volta aplaudindo. Dei uma olhada na Bianca pra ver onde a mesma estava. Opa! Tem um cara se esfregando nela! Melhor eu tirá-lo dali.

Desci da mesa e vi alguns dos homens me pedirem pra voltar, outros me chamarem de gostosa ou algo do tipo, mas não liguei. Andei na direção da Bianca e afastei um pouco o cara de perto dela.

— Hm, Bianca? Vamos para o outro lado?

— Não! Eu quero conversar com ele. — Apontou para o cara. — Ele vai me levar para um lugar muito legal. Quer vir conosco?

— Não. Bianca, vamos sair daqui. Vem. — Tentei puxar seu braço, mas não consegui. — Pode deixa-la por favor? -

Perguntei ao homem que estava agarrado a Bianca. Mas apenas recebi um empurrão e ele a levou para outro lugar. Tentei correr atrás deles, mas aquela multidão de pessoas não me deixava passar e a vontade de vomitar foi maior.

Passei alguns minutos procurando o banheiro e quando achei... Bom... Eca.

Lavei minha boca com um pouco de água e voltei a procura da Bianca. Tentei ligar para seu celular, mas só dava fora de área. Onde será que ela se meteu?

A bebida já estava perdendo o efeito e a dor de cabeça estava aparecendo. Mas não podia deixar isso me impedir de procurar a Bianca. De jeito nenhum! Ela pode me matar depois, mas tenho que fazer a coisa certa.

Peguei meu celular e liguei pro Rodrigo. Chamou, chamou, mas ele não atendeu. Liguei novamente e nada. Mais uma vez... E ele finalmente atende.

— Jullia? Pode me dizer por que está me ligando as quatro da manhã?!

— Rodrigo... A Bia...

— O que aconteceu?

— Nós viemos pra uma festa e...

— E...? — Me incentivou a continuar. Como posso dizer que ela saiu com um cara qualquer? Ele vai terminar com ela e não virá aqui.

— E ela sumiu. Rodrigo por favor me ajuda. Eu... Eu não tenho ideia de onde ela possa estar. Ela pode ser estuprada ou... MORTA! Por favor! Preciso que venha!

— Tudo bem. Já estou indo. Onde você está?

— É uma balada que está sendo inaugurada hoje pelo que ela me disse.

— Sei onde é! Ela me falou que talvez fosse. Eu já estou chegando. Me aguarde no portão da frente.

— Tudo bem. Não demora.

— Já estou chegando!

Desliguei e fui até o portão esperá-lo. Comecei a ficar nervosa. O que será que aconteceu com a Bianca? Estávamos tão animadas. Nos divertindo tanto! Onde ela pode estar agora? O que será que aconteceu? Será que aquele cara está forçando a Bia a fazer alguma coisa?!

São tantos pensamentos dolorosos. Ah, por que aceitei vir? Por que não fiquei em casa?

— JULLIA! — Ouvi a voz do Rodrigo e rapidamente me virei e sorri ao vê-lo ali. — Pode me contar o que houve?

— Não fica bravo por favor... Nós bebemos muito. Estávamos aqui só pra aproveitar o último dia de férias. Mas exageramos e ela meio que saiu com um homem. Não o reconheci. Ele não me deixou levar a Bia! Eu só... Me desculpe Rodrigo!

— Procurou nos quartos?

Aqui tem quartos? Rapidamente respondi:

— Não. Me esqueci completamente! Vamos procurar!

Então entramos novamente na boate. Demoramos uns cinco minutos para chegar as escadas por conta da grande quantidade de pessoas. Assim que chegamos a um corredor cheio de quartos, o Rodrigo foi abrindo a porta de cada um.

Eu estava com medo. Tinha medo dele abrir uma porta dessas e encontrar a Bianca. E foi isso que ele fez, para minha infelicidade! Lá estava a Bianca. Aos amassos com o tal homem. Ele estava prestes a tirar a sua roupa quando nos viu.

— Você de novo loirinha?

— Bianca! — Rodrigo gritou e foi tirá-la dos braços daquele imundo. Mas o mesmo o impediu, levando um grande soco no meio da cara. — Jullia, me ajude a tirá-la daqui.

Peguei as coisas da Bianca e o Rodrigo a levou em seus braços. Fomos em direção a seu carro e ele colocou a Bianca deitada no banco de trás.

— Você está com seu carro ou com o dela?

— Com o meu. Melhor a levarmos para meu apartamento. Os pais dela não vão gostar nada de vê-la nesse estado.

— Tudo bem. Consegue dirigir? — Ele perguntou e assenti. — Nos encontramos em seu apartamento.

— Ok. E teremos uma conversa depois.

Então fui em direção ao meu carro e entrei no mesmo. Dirigi atrás do Rodrigo e chegamos quase juntos em frente ao meu apartamento. Já estava amanhecendo e eu estava muito cansada. Precisava urgentemente da minha cama. Mas ainda haviam coisas a serem resolvidas.

Entrei junto com o Rodrigo e a Bianca que estava em seus braços, dormindo. Ele a colocou na minha cama e eu a cobri com um edredom, ligando o ar-condicionado.

Verifiquei se o Rafael estava em casa, mas não havia ninguém em seu quarto. Provavelmente deve ter saído com a lambisgoia.

Sentei em um dos sofás e o Rodrigo sentou em outro, de frente pra mim. Suspirei e o encarei. Ele olhava diretamente pra mim.

— Rô, melhor conversarmos amanhã. Já está tarde.

— Tudo bem, eu... Estou cansado.

— Só me garanta que... Não vão terminar.

— Jullia...

— Olha, entendo que esteja chateado, mas, não faça nada antes de conversarmos por favor. É um pedido.

— Tudo bem. Não vou tomar decisão alguma.

Levantou-se e foi em direção a porta. Abri e ele passou lentamente por ela, indo em direção ao elevador.

— Obrigada. — Sussurrei, recebendo um sorriso em troca.

Dei um longo suspiro, fechei a porta e fui em direção ao meu quarto me preparar para dormir. O dia amanhã será longo e muito cansativo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

DEIXEM SEUS COMENTÁRIOS!!