História sem Título escrita por Kat0203


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo para vocês. Comentem o que estão achando!



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A manhã seguinte foi uma correria. Amber estava acordada desde quatro horas da manhã para preparar as coisas para a viagem à Paris. Meu pai também havia acordado cedo para preparar as coisas, mas ele não contava que Amber acordasse cedo também.

O voo seria às 11:00 e meu pai e Amber estavam ansiosos demais para conseguirem se localizar na própria casa, o que me fez acordar cedo também para ajudá-los. Amber era a que mais estava atrapalhada. Ela andava de um lado para o outro na casa procurando tantas coisas que até eu me perdia.

—Amber, quer ajuda? - Perguntei quando ela se sentou no sofá da sala.

—Eu estou procurando o colar que o seu pai me deu no nosso primeiro aniversário juntos mas eu não o encontro em lugar nenhum! - Disse ela. - Você podia procurar para mim por favor?

—Claro. Deve estar no porão, eu já volto. - Depois da mudança, algumas caixas com coisas importantes foram para o porão. Talvez o colar de Amber esteja lá.

Desci as escadas que levavam ao porão embaixo da casa. Nele tinha várias caixas com coisas diferentes cada uma. O colar de Amber tinha que estar em uma delas.

Enquanto eu procurava na terceira caixa, achei uma carta que eu havia escrito para o André uma semana depois de conhecê-lo. Nela estava escrito tudo o que eu nunca tive coragem de dizer na frente dele; que eu o amava e que eu não iria decepcioná-lo. O estranho é que eu juro que a rasguei depois do meu aniversário de doze anos quando eu estava perdendo as esperanças. Guardo a caixa e continuo procurando o colar de Amber.

Depois de revirar caixa por caixa, finalmente achei o que eu queria. Subi para a sala e entreguei o colar a Amber.

—Obrigada Alicia. - Agradeceu ela. - Eu não sei o que eu faria sem você.

Meu pai entrou na sala.

—Tudo pronto querida? - Ele perguntou.

—Sim, tudo pronto. - Respondeu Amber.

—Então, está na hora de irmos. - Meu pai me deu um beijo em minha testa. - Lembre-se do que eu te falei.

—Ok pai. - Falei.

—Sentiremos sua falta. - Disse ele.

Amber me abraçou.

—A gente se vê daqui a dois meses. - Disse ela.

—Tenham uma boa viagem. - Falei.

E lá se foram eles. Para Paris, me deixando sozinha em casa. Já estava até com saudades. Mas por outro lado... EU PODIA FAZER O QUE EU QUISESSE!

A primeira coisa que eu fiz foi ligar para Nicki.

—Alô? - Atendeu ela.

—Oi Nicki, sou eu. - Falei.

—Alicia, você não sabe o que aconteceu! - Gritou ela.

—O quê? Me conta!

—Lembra do Harry? Então...a gente fez, de novo.

—Isso não é novidade, todos sabem que você é travessa. - Falei.

—Verdade, então...eu acho que eu não tenho nenhuma novidade.

—Eu tenho. - Falei.

Ela ficou em silêncio por um instante.

—Você só pode estar brincando. Você nunca tem uma novidade. Conta!

—Meu pai e a Amber se casaram e foram para a lua de mel. - Falei. - Agora vou ficar sozinha em casa por dois meses.

—Convida um garoto pra ficar ai com você ué! Chama o André.

—Se eu conseguisse. - Falei. - Ele continua sem responder as minhas mensagens.

—E você não encontrou nenhum garoto por ai? - Perguntou ela.

Suspirei.

—Encontrei, claro que eu encontrei.

—Qual é o nome dele?

—John, John Ramírez.

—Ele é bonito? Legal?

—Sim, ele é...

—E você gosta dele?

Aquela pergunta me fez travar. Eu estava a ponto de dizer que não quando outra resposta saiu.

—Talvez. - Eu não pretendia responder isso.

—Ui. Ele já te deu algum presente ou coisa do tipo?

—Não. - Menti. - Por que?

—Por nada. Se ele tivesse dado alguma coisa, é a prova de que... - Nicki se calou por um segundo. - Tenho que desligar, o Harry está vindo para cá. Tchau. - E ela desligou.

Ótimo, fiquei sem saber o resto da frase em que ela estava.

De repente, meu celular toca a música de mensagem. Quando vejo a mensagem, uma lágrima desce pelo meu rosto. Era de André; "Abra a porta".

Não era possível. Como ele sabe onde eu moro?

Vou até a porta, respiro fundo e a abro. André estava ali, na minha frente, com seus cabelos loiros e sua melhor roupa. Eu não conseguia me mexer, muito menos respirar direito.

—Eu não ganho um abraço? - Perguntou ele com um sorriso.

Dei um passo e o abracei. Era tão bom abraçá-lo novamente.

—Por que você não se comunicou comigo antes? - Perguntei.

—Eu estava procurando o seu endereço, estava vendo se o carro estava em boas condições para vir até aqui. Fiquei durante muito tempo pensando se eu devia mesmo vir. Meu primo mais velho não queria que eu viesse, disse para eu seguir em frente sem você. Mas eu não consegui.

Eu o soltei.

—Eu te amo. - Falei.

—Eu também te amo Alicia. - Ele me beijou bem forte. A sensação que eu tive na primeira vez que ele me beijou retornou mais forte. Ficamos ali nos beijando por uns dois minutos até entrarmos dentro de casa. - Cadê o seu pai e a Amber?

—Eles saíram em lua de mel. - Respondi.

—Eles já se casaram?! Que rápido!

Eu ri.

—Você está meio atrasado para o casamento.

—Percebi. Então você está sozinha?

—Sim, estou.

—Por quanto tempo?

—Dois meses.

André lançou um olhar travesso para mim.

—Então, temos o dia todo. Podemos, quem sabe, fazer alguma coisa... - Ele me pressionou contra a parede. - divertida. - Ele chegou perto do meu ouvido. - Você quer?

—Não André. Eu ainda não estou pronta. - Falei. - Você pode estar mas eu não.

André mordeu o lábio inferior.

—Eu te amo. - Disse ele.

—É só isso que você tem a dizer? - Perguntei rindo.

—Acho que sim. - Disse ele com um sorriso. - Quero te conhecer melhor, Alicia. Durante todo esse tempo, eu venho pensando em fazer coisas com você que ninguém pode imaginar. Eu te amo.

—Eu também te amo. - Falei dando um beijo nele. - Que tipo de coisas?

—Você sabe... - Ele colocou as mãos em minha cintura. - Você é tão linda. Queria poder tê-la inteira, só para mim.

—Você já tem. - Falei, acariciando o rosto dele. - Agora, tire as suas mãos da minha cintura.

Ele tirou as mãos da minha cintura e se sentou no sofá.

—O que faremos o dia todo sem ser "aquilo"? - Perguntou André.

—Eu estava pensando em ir ao parque passear. O que você acha?

—Eu irei à qualquer lugar com você. Principalmente se for para o seu quarto.

Eu ri.

—Você mudou muito. - Falei.

—É, acho que sim. - Concordou ele. - Eu acho que ficar sem você me deixou meio...

—Louco?

—Sim, louco. - Me sentei ao lado dele. Ele pegou a minha mão e a beijou. - Olha, eu te amo muito. Matheus queria que eu desistisse de você porque você é muito nova e que eu devia arrumar uma pessoa da minha idade. Eu disse à ele para ele parar de encher o meu saco e arrumar uma namorada. Se eu não tivesse feito isso, eu não estaria aqui. - Matheus, o primo de André. Eu não gostava dele desde quando eu o conheci. Ele era cinco anos mais velho que eu e era conhecido por André como "O Pegador de Todas".

—Eu não sei porque Matheus é contra a gente juntos. - Falei. - Você tem vinte e um e eu dezessete, quase dezoito. Isso não é motivo, é?

—Com certeza, não. - Ele me agarrou e me beijou. Era tão bom estar ali com ele. Enquanto nos beijávamos, André passava a mão em meus cabelos e colocava a mão em um lugar em que não devia enquanto eu, apenas cedia para ele.

Passou-se uns cinco minutos até percebemos que estávamos em meu quarto, deitados quase sem folego em minha cama.

André olhou para mim e riu.

—Eu acho que, pelos meus cálculos, esse foi o beijo mais longo de todos os outros. - Disse ele.

—Você está certíssimo. - Concordei. - E que beijo!

Nós rimos e começamos a nos beijar novamente. Meu coração parecia que ia explodir de tanta emoção. A sensação era ótima, viciante. André tornava tudo melhor. Ele era, sem dúvida alguma, bom de beijo. Mas ele queria mais, muito mais.

—Alicia, eu...

—Não diga nada. - Falei.

—Mas eu...

—Cale a boca André Renato Jr!

—Mas...

Beijei André mais forte. Ele ficou quieto depois disso.

—Eu te amo. - Disse ele, enquanto eu acariciava seus cabelos loiros e olhava em seus olhos verdes lindos.

—Eu também te amo. Podemos ir ao parque agora?

—Por que essa vontade toda de ir ao parque? - Perguntou ele.

—Estou sentindo o cheiro de ciúmes no ar. - Falei rindo.

—Estou brincando. - Ele me beijou. - Podemos ir ao parque a hora que você quiser.

—Então vamos agora. - Falei, me levantando. - Agora, saia do quarto e me deixe trocar de roupa.

André franziu a testa.

—Posso ficar aqui?

—Enquanto eu troco de roupa? Só em sonho.

Ele se levantou e me abraçou.

—Senti a sua falta.

—Eu também senti a sua falta, mas eu quero trocar de roupa.

Ele riu e saiu do quarto. Fechei a porta mas não a tranquei, o que resultou pouco tempo depois em uma discussão de brincadeira porque André entrou no quarto enquanto eu trocava de roupa.


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