Objeto Perdido escrita por Alfa Stark


Capítulo 12
Capítulo onze


Notas iniciais do capítulo

Como prometi fazer de tudo para não sumir, cá estou para postar mais um mero capítulo dessa trama maluca. Obrigada, novamente, à Katherine por não abandonar e continuar sempre me motivando. Espero, de coração, que jamais decepcione vocês, amados leitores [mesmo os fantasmas]. Confesso que o capítulo foi escrito a um tempinho atrás, então me perdoem por qualquer erro gramatical ou de concordância, não tive tempo de revisá-lo. Ótima leitura à todos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578216/chapter/12

– Melanie?! – escuto Erick me chamar, enquanto vou retomando a consciência. – Fala comigo, pelo amor de Deus.

– Erick... – sussurro ainda com os olhos fechados. Sinto-me completamente exausta, não consigo acreditar que Alan está fazendo isso comigo novamente. Como ele já conhece Erick? Estou completamente assustada, a cada devaneio tudo parece mais real, um vazio ainda maior se apodera de mim.

– Por favor, me fala o que você está sentindo, - percebi que estava deitada em seus braços.

– Eu não sei... – menti, quando na verdade eu sei perfeitamente o que está acontecendo comigo. Para ser completamente sincera, desejo com todo meu ser Jessie ao meu lado nesse momento para me ajudar a lutar contra esse efeito infinitamente poderoso de Alan.

– Não pare de falar comigo, por favor, Mel... – sinto os lábios de Erick beijar minha testa e me senti mais viva, mais em realidade naquele momento. Havia me esquecido no modo como Erick sempre cuidou de mim perante todo esse tempo. Apenas ele ainda me chama de Mel, desde nossa infância.

– Estou bem, bobo. – tento sorrir, mas até mesmo os músculos do meu rosto estão doloridos. – Acho que só um pouco cansada.

– Isso não pareceu um cansaço... – ele me ajeitou em seus braços. – Me pareceu mais um desmaio. Sem contar, que você estava se debatendo sem parar, murmurando coisas e soando frio.

– Sonambulismo. – brinco, tentando aliviar a preocupação que exala de seu corpo.

– Idiota. – consigo escutar seu sorriso e sinto ele arrumando o cabelo que estava em meu rosto. Com toda a força do mundo, tento abrir os olhos, e aos poucos acabo conseguindo.

– Me promete uma coisa? – sorrio, olhando diretamente para seus olhos. – Promete que nunca mais vai me deixar?

– Como se isso fosse possível, dona Melanie. – ele ri e me abraça de um modo tão apertado, e ao mesmo tão aconchegante, que me faz esquecer todo aquele devaneio por um segundo, um mero segundo... – O que foi? – ele pergunta quando o solto repentinamente e me sento com toda a dificuldade ao seu lado, meu corpo dói.

– Só uma dor de cabeça... – minto mais uma vez, quando na verdade minha mente foi invadida por um pensamento tão sombrio e torturante, um pensamento que envolve Erick, Alan, Jessie e toda essa maluquice do anel... De repente, a ideia super afirmativa me veio à mente, Erick corria perigo, Alan já o conhecia e segundo Jessie, era capaz de qualquer coisa para conseguir o que procura, inclusive matar.

Todo meu interior gela, me sinto vazia e extremamente culpada por todos estarem correndo risco de vida. Sinto a mão de Erick segurar a minha, ele me diz algo que não consigo entender, respiro fundo para não acabar sendo alvo de mais um ataque psicopata de Alan.

– Melanie, o que você acha de eu ir arrumar meu quarto e você ir repousar um pouco no seu? – finalmente consigo entender o que ele tenta me falar. Apenas afirmo com minha cabeça e logo sinto ele me segurando em seus braços e me conduzindo até meu quarto. Pelo caminho, não consigo manter meus olhos abertos, a fraqueza me domina. – Melanie, pelo amor de Deus, fala comigo! – escuto Erick praticamente gritar, isso faz com que meus olhos obrigatoriamente se abram.

– Desculpa... – respondo em um sussurro fraco. – Eu estou muito cansada, meus olhos não se abrem.

– Tudo bem, descanse Mel. – ele beija minha testa, acaricia meu rosto e sorri. – Mas eu te imploro, qualquer coisa me chame, por favor.

– Pode deixar meu super herói. – sorrio e beijo sua mão, de modo muito fraco. Ele apenas sorri e se retira do meu quarto, encostando a porta. Com muita dificuldade, me viro para olhar a hora, os ponteiros marcam 16h27.

Sinto a brisa que entra levemente pela janela, ela me traz o cheiro de Jessie e eu sorrio sem motivo algum, apenas com sua recordação. Fecho os olhos e deixo aquela fragrância entrar por minhas narinas, deixo-a invadir por completo minhas vias aeras.

– Vejo que arrumou um amigo novo. – escuto a voz mais angelical de todas, literalmente. Meus olhos se abrem e lá está ele, sentado em aos pés de minha cama.

– Eu tenho que dar um jeito de trocar essa janela. – brinco em um sussurro, pois cada barulho pode ser motivo de Erick vir até meu quarto. Jessie ri e apenas me observa. – Ele é o Erick, meu melhor amigo desde a infância, veio morar aqui.

– Eu sei... – ele diz se sentando mais perto de mim, com seu típico sorriso no canto dos lábios. – Sou um anjo, esqueceu?

– Digamos que às vezes me dá esse branco repentino. – sorrio, tentando me levantar, mas tudo é em vão com a fraqueza que sinto.

– Ele te atingiu novamente, não é? – ele acaricia meu rosto e seus olhos brilham de um modo extremamente lindo.

– Sim. – sussurro, me sentindo cansada. Olho fixamente para seu rosto e percebo que o canto de sua boa está um pouco machucada. – Andou brigando, anjo fajuto? – me sinto preocupada com o que pode ter acontecido a ele, mas não posso deixar de brincar.

– Sim, digamos que eu briguei com o mesmo responsável por você estar com uma preocupante fisionomia de morta no momento. – ele responde colocando sua mão delicadamente em meu pescoço, causando-me um arrepio. – Acho que terei que infligir a mesma regra novamente... – com seu toque, todo aquele cansaço foi desaparecendo lentamente, e só o que sinto é paz e calmaria em minha alma. Jessie está de olhos fechados, suas mãos tremem e percebo que seu semblante é de alguém que sente dor.

– Jessie, para. – sussurrei tirando sua mão do meu pescoço. – Me responde, você sente alguma coisa quando tenta aliviar o efeito dele sobre mim?

– Eu meio que transfiro para mim o que você sente. – ele sussurra, pois sabe que Erick pode entrar a qualquer momento. – Mas não é nada que possa me ferir bruscamente, ou até mesmo me matar.

– Não quero que faça isso se lhe faz mal. – sussurro, ainda segurando sua mão. – Ninguém merece sofrer por isso, eu me sentiria culpada.

– Melanie, - mais uma vez ele sorri com o canto de seus lábios. – Eu não sou um humano, não precisa se preocupar comigo.

– Fica quieto, Jessie. – digo, lhe dando um tapa fraco no braço. – Se é um anjo, porque saiu aos tapas com outra pessoa?

– Primeiro, ele não é uma pessoa. – seu sorriso é completamente contagiante. – Segundo, eu apenas agi em legítima defesa, nada mais.

– Desculpa esfarrapada. – não perco a oportunidade de brincar com ele e ver seu sorriso. – Ah, e mais uma pergunta, o que o senhor faz aqui tão cedo?

– Bom... – ele se aproxima mais um pouco, não podemos parar de sussurrar. – Eu vim livrar você da influência de Alan, então, por nada. – não consigo controlar o riso com seu modo de falar. – E também vim te avisar que consegui encontrar o anel.

– Onde?! – quase grito, mas Jessie coloca sua mão em minha boca antes que Erick consiga ouvir.

– Está na casa da Thalia. – ele sussurra o mais baixo possível.

– Como assim? – não consigo entender como pode estar com Thalia. – Ela nem se aproximou de mim hoje, não é poss...

– Ele estava no seu bolso, pode ter caído pelo colégio, e justamente ela achou. – ele não me deixa terminar a frase. – Agora, nós temos um problema.

– Mais um? – digo quase em tom de brincadeira, causando-lhe um sorriso.

– Sim. – seu semblante fica sério novamente. – Temos que planejar um jeito de pegá-lo de volta, antes de Alan.

– Vamos roubá-lo. –digo, mas Jessie arqueia sua sobrancelha, seu olhar altamente irônico já diz tudo. – Ah é, esqueci que você é um anjo e jamais faria isso.

– Exato! – ele sorri. – Apesar de ser um completo monstro, Alan precisa de você para fazer o ritual que lhe contei. – seu sorriso desaparece aos poucos. – Então, tecnicamente temos amanhã para pensar no que fazer. Ele vai agir na festa de Thalia, é nossa única chance de pegá-lo de volta, Melanie. – ele tosse ao terminar de falar, uma tosse pesada, e posso perceber alguns pingos vermelhos em suas mãos.

– Jessie, está tudo bem? – realmente me preocupo ao ver isso.

– Só preciso me fortalecer, esse é um sinal de que estou usando demais alguns poderes, nada demais. – ele sorri com o canto de seus lábios.

– Você tem que parar de fazer isso. – me levanto um pouco. – Eu estou falando sério, porque não adiantara de nada lutar com Alan estando fraco.

– Eu levando lições de uma mera mortal, quem diria... – ele brinca e me faz sorrir. – Mas, o plano é o seguinte, amanhã combinaremos o que fazer na festa de Thalia.

– Mas até amanhã pode ser tarde demais. – eu sussurro sentindo um nó em meu peito. Já estou me acostumando com esse tipo de sentimento.

– Não podemos nos arriscar aqui, e você tem que descansar. – ele se levanta e já se encaminha para a janela. – Te prometo que exatamente nada acontecerá essa noite. – sem dizer mais nada e nem ao menos me dar o direito de resposta, ele desaparece através de minha janela, me deixando mais uma vez sozinha com meus pensamentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mais uma vez, peço perdão pelos erros ortográficos ou de concordância. Agradeço de coração a você que chegou até aqui, e mesmo que eu ache chato cobrar, comentário sempre são muito bem-vindos, além de deixar a escritora extremamente feliz, é um tanto motivador... Enfim, nos encontramos no próximo capítulo. Beijos!