Segredo Descoberto escrita por Caah Stoessel


Capítulo 29
Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores! Sentiram minha falta? Demorei muitoooooooooo... dessa vez, desculpa. Eu realmente não vou inventar nada como desculpa, por quê não tenho motivos para a demora dessa vez... Acho que só um ataque de preguicite e desânimo mesmo ksks
Beeeem... espero que eu ainda tenha leitores para ler isso, hein! Feliz ano novo atrasado para quem tá aí do outro lado da telinha lendo essa nota totalmente sem sentido hahaha...
Agradeço imensamente pelos comentários anteriores, desculpa se não os respondi ainda, assim que der respondo...
Não tinha a intenção de postar hoje, só me deu vontade de escrever, e, cá estou eu! Haha
Esse capítulo é um pouco triste, bem, muito triste. Tenho certeza de alguns vão querer me matar, mas, fazer o quê né? Kkkk
Mas não é só coisas ruins, tem umazinha que é boa, então...
BOA LEITURA!
Espero que gostem!



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Violetta Castillo

Me levantei bruscamente do chão, o que me causou uma tontura momentânea. Não iria aguentar ficar mais nem um minuto ali. Clement não tinha o direito de ficar falando besteira, principalmente sabendo que eu e León estávamos juntos novamente. Mesmo eu sabendo do que ele supostamente sentia por mim, eu nunca dei esperanças à ele em relação à isso. Isso já estava passando dos limites.

— Espera, Violetta! O que foi? — Ele perguntou levantando-se também.

— O que foi? Ah, por favor! Você sabe o que foi! — Respondi irritada. Apressei o passo caminhando para longe dele, mas ele veio atrás — Pare de me seguir! — Gritei frustrada.

— Vai ser assim então? Eu falo o que eu sinto e é assim que voce me trata? Francamente...

— Francamente nada, você sabe perfeitamente que eu e León estamos juntos! Pra que vir falar isso agora?! Pra mim ter dó de você? — Parei de caminhar e me virei para ele com a sobrancelha arqueada e com um sorriso debochado nos lábios.

Clement me encarou por alguns instantes, em seguida, observou algo por cima do meu ombro, e, quando eu ia me virar para ver o que ele observava, ele simplesmente me puxou para si e me beijou. Eu não pude fazer nada, não tinha forças suficiente contra ele, sabia disso. Então nem tentei me debater, minha única ideia era um pouco nojenta, principalmente por ser com Clement, mas... fazer o quê? Era o único jeito de ele me soltar.

— Ai! — Ele exclamou. — Você me mordeu? Violetta, você me mordeu! — Ele disse aproximando a mão do lábio, que sangrava um pouco.

— Parece que mordi... opss! — Respondi cínica.

— Você se acha tão esperta, não? Mas nem imagina que enquanto nos "beijávamos" seu principezinho perfeito nos assistia! — Ele riu alto.

— O quê...? — Demorei um pouco para entender à quem exatamente ele se referia, e, quando isso aconteceu, me desesperei — O León nos viu?

— Parece que sim. — Ele deu um sorriso sarcástico.

— Seu... seu... idiota! Imbecíl! — Gritei nervosa. Clement pareceu nem ligar para os insultos, afinal, ele já havia conseguido concluir seu objetivo, que era, provavelmente, me separar de León.

Me virei e saí correndo para o lado onde Clement estava olhando antes, enquanto isso vasculhei os bolsos da calça à procura do meu celular...

— Droga! — Gritei para quem quisesse ouvir. Acabei por tropeçar e por pouco que não vou de encontro ao chão.

Quando finalmente encontrei meu celular, fui nas chamadas recentes e apertei no nome de León. Chamando. Chamando. Chamando. Mas em nenhum momento ele atendeu.

— Atende, León, deixa esse orgulho bobo de lado... Droga! — Suspirei tentando conter as lágrimas. Maldito Clement!

Comecei a correr ainda mais, deixando o celular de lado. Corri o suficiente para ver León colocando Melissa no banco de trás. Corri mais. Quando estava mais próxima gritei novamente:

— León! Espera!

Ele virou o rosto e nossos olhares se encontraram, nele eu vi magoa, decepção, parecia que meu coração estava sendo esfaqueado enquanto ele me olhava.

— Me espera!

Ele não deu ouvidos e abriu a porta do carro para entrar.

— Você não pode dirigir assim, está muito alterado! Deixe as gêmeas comigo pelo menos, nem que não queira conversar comigo agora! Por favor, León! — Gritei enquanto me aproximava, agora caminhando; não tinha mais forças para correr.

— Eu não sou um irresponsável igual você, Violetta! Jamais machucaria minhas filhas! — E entrou no carro dando partida.

— Eu sei... — Sussurrei, permitindo que as lágrimas caíssem livremente agora.

Eu já estava fraca de tanto correr, nunca havia me sentido tão fraca. Por alguns segundos pensei que iria desmaiar ali mesmo, no meio do parque. Minha vista ficava preta e voltava, como se eu estivesse fechando os olhos... como se estivesse sonhando.. como se em segundo em segundo eu acordava e dormia novamente... mas eu nunca tive um sonho aonde tudo era só escuridão... meus olhos abriam e fechavam com o restante de força que eu tinha... então a escuridão venceu...

*******

Quando acordei, imediatamente agradeci por ainda estar viva, em seguida, recompondo-me, observei ao meu redor. Eu não estava em um hospital; aonde eu imagina que estaria. Estava em casa, ou melhor, na casa de papai e Angie, especificamente no meu antigo quarto. Sentei-me na cama, e uma tontura veio com tudo, naquele instante pensei que colocaria tudo o que eu havia comido para fora, mas não, eu aguentei.

— Está se sentindo bem? — Perguntou Angie, entrando no quarto com Clara adormecida em seu colo.

Observei-a por alguns minutos, estava vendo tudo borrado, como se estivesse olhando através de um vidro molhado pela chuva. Angie parecia um borrão no meio do quarto praticamente branco - tirando as listras e desenhos roxos nas paredes.

— Não sei como me sinto. Estou tonta, vendo você como um borrão...— Franzi a testa e Angie riu. — O que aconteceu?

— Encontraram você desmaiada no parque — Ela disse sentando na beira da cama — Uma senhora achou seu celular e ligou para mim. Seu pai quase teve um ataque, foi correndo pra lá. Então ele te trouxe para cá e chamou um médico. — Ela disse sorridente. Eu só não conseguia entender o porquê do sorriso. Uma pessoa supostamente doente era motivo de alegria agora?

— Hmm... e... o que eu tenho? Por que desmaiei? — Questionei sem muito interesse. Meus únicos pensamentos no momento era o olhar de León, tão decepcionado...

— Você está grávida, Vilu!

León Vargas

Quando deixei o parque, após presenciar aquela cena que eu, particularmente, achei ridícula, só pensei em andar por aí sem rumo, mas então me lembrei de que não estava sozinho: minhas filhas estavam comigo, num silêncio estranhamente reconfortante. A última coisa que eu queria fazer no momento era responder sua milhares de perguntas que, sem dúvidas surgiriam. O silêncio era a única coisa que me manteria calmo no momento. Como se lendo meus pensamentos, e agindo totalmente contra, Melissa resolveu se pronunciar:

— Aonde estamos indo, papa? — Ela perguntou, com a voz cheia de medo. Como se por instinto, enterrei mais o pé no acelerador.

— Não iríamos encontrar a maman no parque? — Angel indagou, claramente confusa. Meu pé afundou ainda mais com àquela frase dela.

— Papa! Por quê você não nos responde?! — Mel perguntou chorando. E meu pé ia afundando.

— Papa, está tudo bem? Papa, eu tô com medo, deixa eu e minha irmã descer do carro? Por favor, papa! — Angel gritou nervosa.

— Papá! — Elas gritaram em uníssono e então veio o estrondo.

Foi uma batida forte, um caminhão que vinha da rua à direita bateu com tudo na lateral do nosso carro. Não consegui pensar em mais nada naquele momento, apenas nas duas pessoas que eu dizia serem as mais importantes para mim, mas a real situação dizia exatamente o contrário. Com dificuldade, olhei para o banco de trás, e chorei. Só poderia fazer àquilo naquele momento, não conseguia me mover, estava todo dolorido, mas isso não me impediu de virar o rosto para o banco traseiro e avistar minhas filhas, agora desmaiadas no banco de trás, ambas sangrando. Muito.

Então a escuridão me venceu.


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Notas finais do capítulo

Então...? Gostaram? Estão querendo me matar por voltar do nada e ainda com um capitulo triste?(risos)
Comentem, viu? Se tiver bastante comentários prometo não demorar...
Beijos, anjos!



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