The Contract (Hiatos) escrita por nyazkywalker


Capítulo 26
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

Explicações no próximo capitulo ;3



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O sol já iluminava em abundante a quarto quando Atena abriu os olhos, com dificuldade. Sentia-se maravilhosamente bem... sentia-se confortável. Uma respiração em sua nuca a fez virar a cabeça rapidamente. Ela sorriu satisfeita. Era mesmo tudo verdade, ela concluiu feliz.

Olhou para os dois corpos nus, escondidos apenas por um lençol delicado de seda. Poseidon estava confortavelmente abraçado a ela de “conchinha” enquanto uma das mãos pousava possessivamente sobre um seio dela e a outra descansava em sua coxa.

Ela corou bancando a idiota quanto se pegou olhando para a masculinidade viril de Poseidon.

Olhou ao redor e viu o roupão da noite passada ainda jogado ao chão, e consciente de sua nudez, ela livrou-se dos braços de Poseidon tentando mexer-se o menos possível. Ficou de pé e com passos silenciosos abaixou-se e pegou o roupão colocando-o com pressa exagerada.

– O que está fazendo? - Poseidon agora perguntou de olhos abertos – Ou melhor, porque está fazendo isso? - ele se corrigiu

Ela perguntou-se a quanto tempo ele estava acordado, fingindo que dormia.

– Não sei. - ela admitiu confusa corando ainda mais.

Devia estar em seu pior estado - pensou consigo mesma -, havia dormido sem tirar a maquiagem e somando o acontecido com mais o seu rosto logo ao acordar... Devia estar mesmo horrível.

O sorriso que nasceu nos lábios desejáveis de Poseidon era quase zombeteiro.

– Pura perda de tempo.

– Oque? - ela perguntou alisando o cabelo como se quisesse ajeitá-lo

– Você ter se vestido. - ele disse ainda com o mesmo sorriso – Foi pura perda de tempo.

– Porque? - ela disse quase ofendida.

Indiferente com o fato de estar nu ou não, Poseidon levantou da cama e com dois passos terminou com a distância que havia entre eles, com a voz recheada de malicia ele sussurrou em seu ouvido:

– Porque você logo irá tirá-lo novamente. - ele disse se tratando-se do roupão.

Atena teve certeza que o nó que se formara em sua garganta, era culpa do seu coração que tentará fugir pela boca sem sucesso. Ela engoliu seco enquanto via os olhos de Poseidon percorrer o seu corpo ainda coberto pelo roupão.

Ela estava paralisada.

Poseidon deve ter percebido o pânico em seu olhar pois o sorriso zombeteiro dele se misturou com o desejo que começava a jorrar de seus olhos. Então ele a prendeu no calor de seus braços, enquanto a boca avida procurava pela dela. Exatamente como na noite anterior, a corrente elétrica que passara pelo corpo de ambos quando os lábios se tocaram, foi como uma dose de adrenalina. E como se tivessem imãs, as línguas logo trataram de se aproximar e iniciar o ritmo sensual.

Atena não soube dizer ao certo quando seus braços haviam abraçado o pescoço de Poseidon o trazendo mais para perto, mas soube dizer exatamente quando o roupão caiu e as mãos dele passaram a lhe estimular os mamilos eretos. Tudo tão sensual e delirante como na noite passada... A magia não havia terminado.

Poseidon nunca tinha tido tanto prazer e tanta vontade de beijar uma mulher. O gosto inebriante de Atena fazia qualquer homem delirar. Principalmente ele – teve de admitir. Logo sua ereção chocou-se contra o ventre já unido e quente, pronto para recebê-lo. Com um movimento ágil e rápido, ele a levantou-se pela cintura, descendo os beijos para o seu pescoço e colo, prensando-a contra a parede.

Pressionou cada vez mais sua ereção, e quanto novamente Atena arqueou o quadril em um pedido silencioso pela penetração ele obedeceu, enterrando o rosto na curva do pescoço dela e deliciando-se com o calor que ela emitia. Os movimentos se intensificaram a medida que o desejo os enlouquecia, e completamente malucos se entregaram a luxuria.

Ele com investidas rápidas e fundas, se concentrava em permanecer com as pernas firmes, sem deixá-las fraquejar. E ela, o envolvi-a pelo quadril, enlouquecida, mordendo o lábio inferior para não gritar de desejo, enquanto suas mãos incontrolavelmente arranhavam as costas dele... Céus, como podia ter ainda tanto desejo neles ?!

Atena jogou a cabeça para trás, ao encontro da parede enquanto apertava os olhos com força e tentava não gritar. Seus seios pulavam com as investidas frenéticas de Poseidon, chocando-se no peito musculoso que a sustentava e a prensava na parede. Como um míssil, ela atingiu o clímax e mordeu o lábio com mais força para não gritar, enquanto Poseidon lhe sussurrava coisas sensuais e eróticas no ouvido, a levando ainda mais alto. Ele explodiu dentro dela assim que ela suspirou extasiada.

Juntando toda a força que ainda lhe restava, ele permaneceu com as pernas firmes, e com passos precisos caminhou até a cama, deitando-a com cuidado.

Atena abriu os olhos, e os fechou quase ao mesmo instante, quando recebeu um beijo carinhoso de Poseidon. Assim que o beijo terminou ele lhe acariciou a testa suada, tirando os cabelos grudados e lhe disse com a voz baixa:

– Sinto por não poder passar o dia todo com você na cama.

– E porque você não fica? – ele sorriu.

– Eu adoraria acredite. – ele parecia sincero – Mas tenho uma reunião.

– Que pena então. – ela disse sem deixar de sorrir também

– Você ficará bem?

A preocupação desnecessária a emocionou:

– Sim. – garantiu.

Afinal, sabia que Poseidon tinha negócios importantes. Os canadenses não podiam esperar... nem Anfitrite. Oh, porque o nome dela não parava de girar em sua mente ?!

Ela ficou seria de repente.

– Aceita tomar banho comigo? – ele convidou com bastante entusiasmo

– Acho melhor não. – disse tentando esconder o tom de magoa da voz. Inútil.

– O que houve? Porque não quer tomar banho comigo?

– Nada de mais. – ela disse dando de ombros.

O olhar dele a estudou por um momento, parecendo querer enxerga-lhe a alma.

– Oh Atena! – ele disse sorrindo torto – Não precisa ficar com vergonha, querida. Você é linda demais para esconder seu corpo de mim. – ele disse traçando um caminho pelo vale dos seus seios desnudos.

– Não é isso. – ela retrucou corando de repente.

Definitivamente, ela não sabia lidar com elogios sem corar absurdamente.

– Então o que é?

– Estou … cansada. – ela deu uma desculpa qualquer, enquanto o maldito nome ainda girava em sua cabeça – E morrendo de sono.

Ele pareceu realmente acreditar.

– Se é assim, tudo bem. – ele disse se levantando – Afinal, tenho a impressão de que se aceitasse tomar banho comigo a última coisa que faríamos é descansar.

Ele deu uma piscadela para ela enquanto entrava no luxuoso banheiro. Desta vez ela não corou, pelo contrário sorriu. A ideia era tentadora, mas não queria fazer amor com Poseidon, tendo o nome de Anfitrite envolto em seus pensamentos.

– Maldita! – ela sussurrou enquanto ouvia o barulho do chuveiro

Pelo menos Poseidon havia lhe dito na noite anterior que entre eles a relação era de chefe e secretária, mas Atena era mulher. E como toda mulher sabia quando alguma outra tentava jogar seu jogo e ganhar. E assim como toda mulher, a desconfiança era a sua maior inimiga neste momento.

Poseidon sorriu divertido vendo as marcas vermelhas feitas pelas unhas de Atena em suas costas. O que ela faria se caso ele as mostra-se? Sem sombra de dúvida ela ficaria vermelha como um tomate...

A água quente caiu em sua cabeça, percorrendo lhe todo o corpo, e provocando uma pequena ardência incomoda nos arranhões. Ele não deu importância e começou a se ensaboar ainda tendo os pensamentos rodando em volta da mulher desnuda deitada na cama da sua suíte.

Ele não podia negar que a química entre ambos era forte e deliciosa, despertando o desejo mais profundo e insano que ele podia ter.

Se a viagem não tivesse sido adiada uma semana e meia, eles poderiam estar aproveitando a mais tempo … - ele pensou com uma careta. Decidido a não perder mais nenhum minuto dos cinco meses que ainda tinham de ficar juntos ele desligou o chuveiro e se enrolou em uma toalha. Barbeou-se e quando saiu do banheiro para trocar de roupa, Atena já havia voltado a dormir.

Ele sorriu. Ela definitivamente fazia um biquinho provocante quando dormia. Chegava a ser cômico. Os olhos fechados... a expressão calma e inocente... e a boca carnuda formando um biquinho provocante que parecia esperar um beijo.

Sem a intenção de acordá-la, ele depositou um beijinho rápido nos lábios provocantes e foi se vestir. Os canadenses o estavam esperando, e dessa vez ele não podia se atrasar como no avião.

Três batidas na porta, fizeram ele olhar rápido para cama para ter certeza que Atena não havia acordado. Ela se remexeu mas continuou dormindo, e ele se apressou em atender antes que mais batidas a acordassem de vez.

Ainda abotoando a camisa, ele abriu a porta.

– Bom dia. - Anfitrite foi logo dizendo e dando um espiada pelo quarto sobre o ombro de Poseidon.

– O que foi? – ele quis saber terminando com os botões

– Nada de mais, só vim ter certeza que não se atrasaria.

– Fale mais baixo. - ele pediu – Não quero que Atena acorde.

– Ela ainda está dormindo? - a morena disse com a voz mais baixa e arqueando uma sobrancelha.

Por algum motivo ele não gostou do comentário e muito menos do tom usado pela secretaria.

– Sim.

– Não pensei que ela bancasse o tipo dorminhoca. – ela disse com um pequeno sorriso.

– Digamos que a culpa é minha a causa do cansaço dela. – ele disse em um tom malicioso, sabendo que Anfitrite entenderia.

E realmente ela intendeu. Ele a deixou parada na porta e foi terminar de colocar os sapatos. Felizmente ela não fez mais nenhum comentário, e quando ele terminou se encaminhou a porta:

– Podemos ir. – ele disse fechando a porta.

Ela apenas sorriu e o seguiu em direção ao elevador. Quando as portas se fecharam e eles se viram sozinhos, ela perguntou:

– Você é fiel a Atena, Poseidon?

Ele a encarou com os olhos arregalados. Nenhuma outra pergunta poderia tê-lo deixado mais surpreso.

– Eu acho que isso não lhe diz respeito. – ele disse com a voz grave.

– Oh, não me leve a mal. – ela disse balançando as mãos – É apenas curiosidade. – ela fez uma pausa e continuou – É que eu costumava ler nas revistas de fofoca o quão sempre bem acompanhado você andava, então, de repente você casou, e não, sei um homem bonito e sensual como você … não sei, eu apenas fiquei curiosa. – ela disse de uma forma meio enrolada.

Ele continuou em silencio, deixando claro que não estava gostando do rumo da conversa. Porem para seu assombro ela insistiu:

– Você realmente parou de procurar amantes ou apenas está sendo mais discreto?

– Anfitrite, - ele disse frio – esses assuntos são pessoais. E ao que me diz respeito você só faz parte dos assuntos profissionais. Da empresa. – ele explicou – Portanto, não acho que devemos ter esse tipo de conversa.

Talvez por sorte, a porta do elevador finalmente se abriu e ele saiu apressado, não respeitando a etiqueta de “as damas” primeiro. Ela o seguiu em silencio. Por hora já tinha sido um avanço de bom tamanho.

Na hora do almoço Poseidon ligou a Atena, avisando que teria de ficar mais tempo do que pretendia com os canadenses. Porém, já deixou dito que assim que ele chegasse sairiam para jantar fora, e aconselhou-a a sair pelas ruas e conhecer um pouco de Toronto.

Ao desligar o telefone, Atena considerou o pedido de Poseidon... Afinal poderia sem dúvida ser uma aventura bastante interessante. Pediu serviço de quarto e almoçou, se deliciando com a comida. Logo que terminou pegou a bolsa e um casaco. Apesar de Toronto possuir um clima temperado com estações bem definidas, o noticiário da teve mostrava a média de 15 °C naquela tarde.

Logo que começou a andar pela cidade sem fazer ideia de onde estava, ela se deparou com uma boutique, que mostrava na vitrine um vestido branco, com um longo decote em “V” que parava na linha da cintura. Não resistindo, ela entrou na loja e pediu um do seu tamanho. Experimentou-o, e sorriu em frente ao espelho com o resultado. Aproveitando a “oportunidade”, comprou também um sapato e logo tratou de recusar quando a vendedora ofereceu uma bolsa para e mais alguns acessórios. Já havia gastado o bastante por um bom tempo...

A tarde havia passado tão rápido que ela só percebeu que estava na hora de voltar para casa quando uma fina garoa começou a cair.


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