I Won't Give Up escrita por Lariisilva


Capítulo 33
Alívio


Notas iniciais do capítulo

Hey, loves.. Como estão?? Desculpe pela demora, não achei que o cap estava bom, então fiquei reescrevendo até achar aceitável!! Mas não se preocupem, o próximo já está quase pronto!!
Boa leitura!!!



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Abro os olhos e fecho rapidamente pela claridade entrando pelas janelas. Volto a abrir devagar e olho ao redor para descobrir onde estou. Minha cabeça dói ao ter flash's do que aconteceu.

Rha's.

Casa do Dig.

Luta.

Sangue.

Vômito.

Connor.

Sara.

Oliver.

Respiro fundo para diminuir a dor quando me lembro do resto dos detalhes.

Roy.

Laurel.

Thea.

Coma.

Me levanto devagar e caminho até a sala. Vejo as costas de Connor sentado na mesa e escuto sussurros vindos da cozinha. A pequena Sara está me olhando da sua cadeirinha e solta um gritinho animado ao me ver.

Connor olha para trás e vem correndo em minha direção.

– Mãe! - Diz ao me abraçar apertado. Gemo de dor, mas não ligo, ligo somente para a sensação do abraço de Connor. Em ele me chamar de mãe e estar bem.

– Oi meu amor. - Digo me inclinado contra a dor e dando um beijo nos cabelos dele.

– Bom dia. - Diz Oliver atrás de Connor e dou um sorriso para ele. - Connor, tem que ter cuidado com a Felicity. Ela está machucada.

– Desculpe. - Ele pediu de cabeça baixa.

– Está tudo bem. - Resmunguei.

Fui andando devagar até a mesa e dei um beijo na testa de Sara e fui até Dig e Lyla.

– Você nos deu um susto e tanto. - Lyla disse me abraçando.

– O Oliver parecia um leão enjaulado. - Olhei para Oliver que deu ombros. - Mas é muito bom ver você bem.

– É muito bom ver vocês bem, também. - Dei um sorriso e voltei para a sala para me sentar.

Todos vieram atrás de mim. Bufei com a preocupação execiva deles.

– Como está a Thea? - Perguntei preocupada.

Os olhos de Oliver assumiram uma tristeza que eu vi poucas vezes.

– Na mesma, sem resposta. Ela não perdeu muito sangue pela rapidez do Barry, mas foi muito ruim. Hemorragia, desoxigenação do cérebro. Ela deve ter sequelas quando acordar. - Disse num tom derrotado.

Tentei levantar do sofá e gemo quando sinto um puxão nas minhas costelas.

– Felicity. - Oliver me repreendeu e eu dei língua.

– Eu vou visitar a Thea. - Declarei.

– Não, não vai. - Ele retrucou.

– Sim eu vou e você não vai me impedir. - Respondi e ele faz uma careta.

– Não vai adiantar eu discutir, vai? - Perguntou olhando para mim.

– Nop. - Respondi com um pequeno sorriso.

– Então vamos em casa primeiro e depois ao hospital. - Assinto e abraço Dig, Lyla e Sara.

(...)

Chegamos em casa e Connor corre para o quarto.

– Connor. - Chamei e ele voltou no corredor. - Só 2 horas, ok?

– Mas... - Começou.

– Mas nada. Você faltou 2 dias de aulas, então só 2 horas hoje. - Ele assentiu e saiu andando de novo.

Me lembrei que já falei com todos hoje, menos Thea que está em coma, então seria impossível e Nyssa.

– Onde está Nyssa? Você falou de todos, menos ela. - Disse preocupada.

– Ela está em Nanda Parbat. - Abri a boca para falar e Oliver se adiantou. - Ela foi ver o que fazer com a liga e vai voltar.

– Vai voltar? - Perguntei com um pouco de medo.

– Sim. Ela disse que tem uma vida aqui. Ela até namora o Palmer. - Falou com uma careta e eu ri.

– Ela disse quando volta? - Ele negou.

(...)

Depois de comer, fui até o banheiro devagar com Oliver atrás de mim. Isso já está me dando nos nervos.

– Eu duvido que você consiga tirar o vestido só, então... Vai ter que segurar os nervos. - Sinto o calor subir pelo meu pescoço e aceno que sim.

– Está tudo bem. - Disse.

Oliver abre o meu vestido e tira com cuidado as alças para não machucar meu ombro.

Ele tira meu vestido e as sandálias de Lyla. Tira todas as minhas roupas e me puxa para debaixo do chuveiro devagar. Sinto a água cair pelo meu cabelo e Oliver começa a esfregar. Sinto as lágrimas encherem meus olhos.

– Como você consegue? - Pergunto com a voz embargada.

– Consigo o que? - Ele pergunta confuso.

– Me tocar, sabendo que eu matei dois homens. - Digo com as lágrimas descendo.

– Você é a única pessoa que eu quero tocar para o resto da minha vida. - Ele disse dando um leve beijo na minha testa e foi o que faltava.

Comecei a chorar. Um choro alto e com soluços.

(...)

Quando consigo me acalmar, me dou conta de que estou sentada na banheira, no colo de Oliver, que ainda estava com a cueca.

– Shh... - Ele dizia enquanto pentiava meus cabelos com os dedos.

– Foi horrível... - Sussurrei.

– Eu imagino. - Sussurrou de volta. - Mas você não pode simplesmente deixar isso se tornar o foco da sua vida.

– Eu te amo. - Disse.

– Eu sei. - Oliver disse de volta. - Eu te amo também.

Me levanto devagar e Oliver levanta também. Continuamos o banho como se eu não tivesse chorado compulsivamente.

(...)

Estou deitada na cama esperando Oliver sair do banho para me ajudar a vestir a roupa para irmos ao hospital.

Penso no soro e em como Cisco vai usar o sangue do Barry para ajudar a Thea.

Estou tão distraída que só me dou conta de que Oliver já estava pronto quando ele toca meu ombro.

– Precisa de ajuda né? - Pergunta.

– Sim. Parece que não tem como se vestir sozinha com um ombro deslocado.

Ele ri fraco e pega as minhas roupas em cima da cama e me ajuda a vestir.

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(...)

Estamos na porta do quarto do hospital, eu criando coragem para entrar e ver que então é real o estado da Thea e Oliver para ter mais uma dose de sofrimento ao vê-la aqui.

Quando estico a mão para a maçaneta, Roy abre a porta.

– Oi Fel. - Diz.

– Oi. - Digo e abraço ele da forma que posso com a tipoia.

– Como ela está? - Oliver pergunta devagar.

– Na mesma. Eles querem nos convencer a desligar os aparelhos. - Roy diz em tom derrotado.

– Sem chance. - Digo rápido e olho para Oliver que parece que viu um fantasma. - Vamos dar um jeito Oliver. Cisco vai fazer o soro e a Thea vai ficar bem.

Ele assente sem expressão e entra no quarto. Entro logo atrás dele e me sento na ponta da cama já em lágrimas.

– Você vai ficar bem Thea. Nós precisamos de você. O Oliver, o Roy, o Connor, eu, os Diggle's, enfim... Todo o team. - Ouço Oliver tomar uma longa respiração e sei que ele não quer chorar.

– Sr. Queen. - Uma médica chamou.

– Sim? - Pergunta.

– Nos gostaríamos de saber se você não acha melhor desligar os aparelhos? E enfim dar descanso a Srta. Queen? São pouquíssimas chances dela acordar de novo. - Disse a médica.

Oliver olha para fora da janela e uma lágrima escorre por seu rosto. Ele faz um pequeno aceno negativo com a cabeça e eu viro para a médica.

– Dra.? - Perguntei.

– Madison. - Respondeu.

– Bom, Dra. Madison. Não vamos desligar os aparelhos da minha cunhada. Ela vai ficar aqui até que acorde e vá para casa. - Disse sem ter certeza de quem estava tentando convencer.

– Ela tem pouquíssimas chances de acordar. - A Dra. respondeu num tom passivo.

– Eu não ligo. - Oliver falou virando para nós. - Eu não ligo para o que vocês acham. Estou pagando a droga do hospital e ela vai ficar viva até que um jeito seja encontrado.

– Isso é impossível. - Declarou já nervosa a Dra.

– Não para quem tem os meios e os fins. - Eu disse e ela saiu irritada.

(...)

Deixamos Roy no hospital e voltamos para o apartamento.

– Ela vai ficar bem Oliver - Disse fazendo carinho no pescoço dele.

– Eu preciso acreditar ou eu vou enlouquecer. - Me disse com falsa esperança.

(...)

Saio do banheiro e encontro Oliver olhando pela janela e me aproximo devagar sem saber ao certo o que falar.

– Oliver... - Comecei e ele me interrompeu.

– Eu sei, eu tenho que ter fé. Eu cansei de todos me dizerem isso. - Diz frustrado e vejo que todos dizem isso a ele, é verdade.

– Eu não ia te dizer isso. - Nego pensando em algo.

– Não? - Pergunta cético.

– Não. - Disse me aproximando dele. - Ia dizer que te amo.

Não espero uma resposta. Colo nossos lábios e seguro o pescoço de Oliver com a mão boa. Ele geme e segura minha cintura. Sinto algo macio atrás das minhas pernas e não sei como chegamos a cama. Não nos soltamos em momento algum.

Quando ele me puxa para si mais um pouco gemo com a pressão no ombro e Oliver me solta rápido. Passa as mãos pelo cabelo e solta várias maldições em voz baixa.

– É melhor você deitar Felicity. - Diz e vai andando até a porta quando já estou deitada.

– Não vai deitar Oliver? - Pergunto.

– Sim. Vou ver o Connor e volto. - Diz e caminha para fora do quarto.

Pego meu celular na cabeceira da cama e olho a hora. Faz 15 minutos que ele saiu e não voltou ainda, o remédio está quase me apagando.

(...)

Acordo e fico encarando o teto. Minhas roupas estão com o cheiro de Oliver, o que quer dizer que ele me abraçou depois que deitou, porém, não está na cama.

Me levanto devagar e vou até a cozinha.

– Cadê o Connor? - Pergunto.

Oliver se vira e sorri.

– Já está na escola.

– São que horas? - Pergunto confusa.

– 10:00. - Responde e eu me assustei. Dormi demais.

– Uau. Acho que foi o remédio. - Oliver assente concordando.

– Eu vou para a boate. Vai comigo? - Pergunta e assinto.

(...)

Oliver me mede com os olhos e dá um pequeno aceno negativo com a cabeça e fico confusa.

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Seguimos para a boate em silêncio.

Quando entramos, Dig e Roy estavam esperando por nós.

– Roy? - Perguntei indo dar um abraço nele.

– Eu meio que fui expulso do hospital pela Laurel. - Ele diz e dá de ombros.

– Laurel? - Pergunto cética.

– Sim. Nós conseguimos resolver as coisas, coincidência ou não, no mesmo dia da luta. - Assinto ainda sem acreditar e me sento na minha cadeira.

– O que vamos fazer aqui? - Dig pergunta.

– Achar alguns bandidos para bater. - Oliver falou.

Assinto e começo a procurar.

– Um roubo numa joalheria no Centro. - Digo e Oliver já está se trocando. Ele volta e vem até mim. - Se cuida.

– Eu vou. - Diz e me dá um beijo demorado na testa.

(...)

Oliver volta e se senta a uma distância de mim. Não sei porque essa distância.

Abro a boca para falar com ele quando os sensores das câmeras ao redor da boate apitam e um caminhão de bebidas está estacionando.

Oliver vai até o banheiro e troca de roupa, sobe com Roy sem nem olhar para mim.

– Não fica assim. - Dig diz e olho para ele com um sorriso falso. - Você não se viu quando entramos no apartamento, depois que você desmaiou... Ele parecia um animal ferido. Deve ser duro para ele te ver assim machucada.

– Eu estou bem. - Menti e Dig riu.

– Não, não está e Oliver sabe. - Diz determinado.

Suspiro já que não dá para mentir para ele.

– Está tudo bem, mas ele não quer nem passar muito tempo perto de mim. - Justifico sentindo enfim a mágoa se manifestar. Dig abre a boca para falar, mas continuo. - Eu sei que ele deve ter ficado desesperado, mas ele deveria estar perto de mim para ter certeza que estou sempre bem... Mas ele prefere estar longe.

– Eu não tenho resposta para isso. - Dig diz e eu me levanto. - Para onde vai?

– Não sei ainda. Vou andar por aí. Ir para casa, comer chocolate, assistir um filme. Estou proibida de trabalhar, então... Não tenho muitas opções.

Dig assente e eu saio por um caminho que não vou me bater com Oliver.

Pego meu celular e ligo para Nyssa.


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Notas finais do capítulo

E então???? O que acharam???
Bom, eu tive uma ideia na outra fic e sábado vou postar um cap para cada!!!
Beijos!!!



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