I Won't Give Up escrita por Lariisilva


Capítulo 26
Herdeiro


Notas iniciais do capítulo

Hey, loves!!
Como prometido, capítulo novo e fresquinho para vocês..
Vamos ter dois narradores nesse cap FELICITY e o outro, só lendo para saber..
Desculpem qualquer coisa, me forcei a escrever para cumprir minha palavra para vocês!!
Gente.. Passamos de 100 comentários e chegamos a 13 favoritos!!
Boa leitura!!



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Oliver está calado desde que saímos da Verdant. Estou com medo de perguntar a razão exata disso. A curiosidade me vence.
– Por que você está calado?– Pergunto prevendo uma briga.
– Você sabe que poderia ter matado a Laurel certo?– Pergunta sem tirar os olhos da rua.
Eu não sei se fico triste ou chateada.
– Eu nunca seria capaz de arriscar algo assim. Eu só lancei o dardo por que eu tinha certeza de que não a machucaria.– Falei sentindo a raiva tomar conta de mim.
– Mas poderia ter errado.– Oliver falou também irritado.
A tristeza passa por cima da raiva e eu tenho vontade de chorar. Olho para janela e fico quieta tentando não chorar. Paramos numa sinaleira e eu salto do carro em direção a uma mercearia.
– Felicity! Onde você vai?– Ouço ele me chamar ao longe, continuo andando e entro indo direto à seção de doces.
Estou em dúvida entre dois chocolates, quando sinto ele perto de mim, juntamente com a raiva.
– Você está maluca?– Oliver pergunta baixo. – Por que saiu do carro assim?
– Não. Por que quero chocolate e você não ia me deixar sair vestida assim.– Falo ainda olhando para os chocolates.

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– Claro que não. A calça é muito justa e você está com a barriga de fora.– Falou quase gritando.
– Claro que a calça é justa, eu uso para treinar e é só um pedaço da barriga.– Falei abrindo um chocolate e mordendo. Oliver tomou e colocou de volta nas prateleiras.
– Você está comendo muito chocolate.– Falou sério. – E está fugindo da nossa conversa. Você podia ter causado um ferimento grave na Laurel.
Meus olhos encheram de água de novo e fui saindo para a parte de sorvete.
– Se você realmente está tão preocupado com ela. Não deveria estar perdendo seu tempo comigo.– Falei sentindo as lágrimas descerem. – Eu nunca jogaria o dardo sem saber o que estava fazendo. Nunca.– O empurrei e saí da loja.
– Ei, Loirinha. Eu não quis dizer que estou preocupado com a Laurel, mas sim com você, se a acertasse, você ai ficar mal por isso.– Cruzei os braços e olhei para meus pés. – É você que eu amo, ok?– Falou dando um beijo na minha testa e me abraçando. Não resisti e o abracei de volta.
– Eu só não podia deixá-la ficar acusando a Thea. - Falei já caminhando juntos para o carro.
– Você não tinha dito que ela não culpava a Thea?– Oliver perguntou confuso.
– É o que ela tinha me dito. Acredito que pelo fato da Laurel não poder acusar o Merlyn, transferiu a culpa para a Thea.– Expliquei.
– Pode ser. Vamos aproveitar já que essa noite o arqueiro teve folga.– Ri e fomos para o apartamento deles, que não seria mais deles amanhã, agora que venderam a mansão e cada um comprou um.
Entramos e eu larguei a bolsa no chão e fui para o banheiro.
– Vou tomar banho.– Avisei a Oliver que estava indo para cozinha.
– Por mais que eu queira te acompanhar. Eu vou procurar algo para comermos.– Ele falou sorrindo.
Fui tomar banho e vesti uma camisa dele e uma calça rosa. Já que tinha várias roupas minhas junto com as coisas dele.
Oliver estava colocando os pratos na mesa quando a campainha tocou. Desci do balcão onde estava sentada e fui abrir. Me deparei com um garoto de no máximo uns 9 anos, que juraria ser meu namorado que está na cozinha quando era pequeno só que com cabelos pretos, reparei que estava de boca aberta e fechei.
– Posso te ajudar?– Pergunto com um pequeno sorriso, tentando engolir o caroço que se formou na minha garganta.
– Sim, sou Connor Hawke. Gostaria de falar com meu pai.– Respondeu sério.
– Seu pai?– Questiono devagar, pedindo para não ser Oliver.
– Sim, Oliver Queen.– Responde e então ouço algo caindo na cozinha e num instante Oliver está ao meu lado.
Merda. Oliver tem um filho.

P.O.V. CONNOR

Eu nunca imaginei que em 8 anos, eu passaria por tudo isso. A morte da minha mãe, descobri que meu pai é Oliver Queen, e agora estar aqui em frente ao apartamento de meu pai e minha tia. Bato na porta e espero que ele esteja acordado, afinal já são 1 da manhã.
Uma loira muito bonita de olhos azuis abre a porta, fica boquiaberta e logo fala.
– Posso te ajudar?– Pergunta com um sorriso.
– Sim, sou Connor Hawke. Gostaria de falar com meu pai.– Digo fingindo uma coragem que não tenho.
– Seu pai?– Pergunta devagar.
– Sim, Oliver Queen.– Assim que falo, ouço algo quebrar e rapidamente ele está atrás da moça bonita.
– Como é que é garoto?– Ele pergunta nitidamente assustado. – Que história é essa?
Respiro fundo. Vai ser uma longa noite.
– Posso entrar?– Questiono e a moça bonita abre espaço para que eu passe.
Uau, esse lugar é incrível, me sento no sofá e observo meu pai se sentar na mesinha a minha frente e a moça bonita fica em pé.
– Vá em frente garoto.– Ele me diz.
– Meu nome é Connor Hawke, tenho 8 anos e nasci em Central City. Minha mãe é Sandra Hawke, ela morreu ontem, mas antes me deu uma carta que contava sobre você e por que não esteve presente na minha vida. Me mandou vir te procurar, e te achei é claro.– Meu pai estava pálido, quando olhei para moça bonita parecia que ia desmaiar. – Moça bonita, você está bem?
Meu pai se vira preocupado.
– Felicity, você está bem?– E a faz sentar.
– Não.– Ela diz respirando fundo.– Você tem um filho Oliver. Como assim um filho? Eu sei como se faz um filho, mas... Por que você não me contou? Eu surtaria, mas não desistiria de você. Você não aceitou, não foi? Oh meu Deus... Eu...
A moça bonita que se chama Felicity estava andando de um lado para o outro. Ela falava sem dar tempo para respostas. Ele a interrompe segurando seus braços.
– FELICITY!– Ela olha para ele com os cheios de água. Não quero ver a moça bonita chorar, então começo a falar.
– Ele não sabia moça bonita.– Ela me deu um pequeno sorriso, que retribuí. - Quando minha mãe estava doente, me deu três cartas. Uma pra mim, uma pra meu pai e outra para a mulher que ele ama. Eu só abri a minha ó.– Falei tirando as três cartas da mochila para mostrar a eles. Meu pai pegou a sua e a minha e começou a ler com a moça bonita. Me lembrei de como foi difícil chegar aqui.

FLASHBACK ON

Faz três meses que minha mãe está doente, hoje é dia de visita e a Júlia me trouce para vê-la após a escola e o reforço. Eles acham que não sei que ela não está melhorando, finjo que não sei, tenho que ser forte.

Chegamos ao hospital e eu entro no quarto dela. Me jogo na cama e a abraço. Ela ri e beija meu cabelo.
–Oi meu amor.
– Oi mamãe. Como a senhora está?– Pergunto para ver sua resposta.
– Preciso te contar uma coisa, eu não estou...– Eu imagino o quanto deve doer nela me dizer isso, então falo.
– Eu sei mãe, eu sei.
Ouço ela começar a chorar e me apertar com o resto de sua força. Sinto o choro na minha garganta, o impeço de sair. Tenho que ser forte, não por mim, por ela.
– Connor...– A olho e vejo ela se acalmando. – Eu tenho uma coisa para você.– Me estica três cartas. – Uma para você, uma para seu pai, e outra para a mulher que ele ama.
Como assim meu pai?
– Mas mãe, eu não sei quem é o meu pai.– Respondo ainda sem pegar as cartas.
– Quando ler saberá.– Aceno que sim. – Prometa-me que só lerá quando eu, eu...
Minha mãe começa a chorar de novo e a abraço e pego as cartas.
– Eu prometo mãe.
– Eu sinto muito Connor, eu disse que ficaria bem, mas não fiquei. Eu sinto muito.
– Shiu. Está tudo bem mãe. Não é você que diz que tudo sempre será o que tem que ser?– Pergunto e ela assente.
– Te amo filho.
– Também te amo mãe.
O resto foi muito rápido. Os monitores apitando freneticamente, medicoa entrando no quarto e me tirando de lá. Me fizeram sentar na sala de espera, não sei quanto tempo se passou, os médicos saem do quarto de cabeça baixa e eu sei que ela se foi.
Corri para fora do hospital, corri até meus pulmões doerem e minhas pernas travarem, me sentei numa praça e peguei a minha carta para ler.

" Meu filho,

se você está lendo isso, eu não estou mais com você. Sinto muito. Você deve estar se perguntando com quem você vai ficar, com seu pai.
Não o culpe por ele não ter estado até agora ma sua vida, ele nunca soube sobre você.
Eu sabia que esse dia ia chegar, mas nunca imaginei que tão cedo e dessa forma. Então aqui vamos nós.
Eu tinha 18 anos quando conheci seu pai, ele tinha dado um tempo com a namorada e ficamos juntos po um tempo. Não estávamos mais juntos quando eu descobri a gravidez, fui até sua casa para contar, mas só encontrei sua vó. Ela era uma mulher intimidadora, contei a ela, foi horrível, ela não acreditou. Eu não a culpo, eu não era exatamente uma santa naquela época, mas sei o que digo.
Me mudei para Central e o criei aqui. Connor, seu pai não rejeitará, tenho certeza disso, o qie vai acontecer é que ele vai ficar em choque e entrar em negação.
Quando você ia fazer um ano, o levei para Starling, queria contar a verdade, mas ao chegar lá descobri que ele tinha sofrido um acidente e que tinha sido dado como morto, voltamos à Central e nunca mais voltei a pensar nisso.
Tempos depois, ou melhor, 5 anos depois ele voltou, no entanto, você não tinha perguntado por ele até então. Nao vou mentir e dizer que ia te contar por que não ia, pretendia esperar você perguntar e ia enrolar até não dar mais, deve ser por isso que fiquei doente, escondi você do seu pai.
Filho, não tenho direito mas peço que me perdoe. Depois de toda essa história, tenho que te dizer quem é o seu pai. Bom, ele é Oliver Queen. Sobre sua avó, Moira, não a culpe, ela tinha todo o direito de não acreditar em mim.
Não deixe nada te impedir de achar o seu pai, lute por ele, vai valer a pena. Você uma copia dele, só puxou de mim a cor dos cabelos. Ele não vai te abandonar. Nem eu, estarei sempre com você.
Com amor, mamãe."

Terminei de ler a carta, chorando. Todo esse tempo, eu achando que ele não me queria e ele nem sabia que eu existia. Vou para casa e arrumo minha mochila, pesquiso tudo que posso sobre meu pai e como chegar até ele. Quando anoitece e já está bem tarde saio pelo quintal e vou andando até a estação que é perto da minha casa. Levo 20 minutos para chegar lá, vou ao guichê para comprar a passagem.
– Uma passagem para Starling, por favor.– Peço torcendo para que não desconfie de nada.
– Por que um garoto quer uma passagem para lá sozinho?– Pergunta o atendente. Olho ao redor e vejo uma moça sentada esperando o trem e tenho uma ideia.
– Minha mãe...– Sinto um nó na garganta, ao pronunciar essas palavras. Aponto para a moça. – Perdeu minha passagem e mandou eu comprar outra.
Ele assente e me vende a passagem, o trem chega assim que me sento no banco da moça. Embarco e me afundo no banco.
Desembarco em Starling às 00:30 e pego um táxi com o dinheiro que achei em casa, me recuso a chorar com as lembranças e dou o endereço de meu pai. Levo meia hora para chegar lá, subo escondido e bato na porta.

FLASHBACK OFF

Olhei para eles, estavam brancos. A moça bonita vai até a cozinha e pega uma bolsa em cima da mesa. Meu pai correu até ela.

– Sem chance Felicity.– Falou sério.

– Sem chance? Você tem um filho. Eu mereço ar.– Ela diz quase gritando.
– Exatamente. Eu sei, acabei de saber que tenho um filho. Eu deveria estar querendo ar. E nem temos certeza se é meu filho.– Fala sem conviccão e sei que ele está em negação como minha mãe falou.
– Como não Oliver? Ele é você com cabelos pretos. Eu não sei como te ajudar. Eu não vou te abandonar, não vou desistir de nós. Mas ao mesmo tempo, não posso me meter entre vocês e não vou. Por Deus, como poderia? Ele precisa do pai agora, e não de uma garota no meio disso. Ele precisa de atenção e não posso te pedir para escolher.– Ela diz chorando, enquanto meu pai a abraça. – Eu não tenho esse direito.
Me levanto e vou até eles devagar, seguro a mão dela e começo a falar.
– Está tudo bem moça bonita. Podemos ficar os três, eu não me importo. Se meu pai gosta de você, eu também. Já perdi minha mãe, não quero perder mais ninguém.
Digo tentando segurar o choro, não consigo. A moça bonita me abraça e senta no chão comigo em seus braços junto com meu pai. Ela tem cheiro de morango e chocolate. Choro, antes de cair no sono ouço os dois falarem.
– Você não vai me perder filho.– Diz meu pai.
– E nem a mim Connor, nem a mim.– E com a voz da moça bonita, dormi.


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Notas finais do capítulo

Yeah!! Connor chegou gente!!! E então??? Capítulo agora só sábado!!
Beijos!!



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