P.O.V. FELICITY

Quando eu cheguei a caverna os meninos já estavam lá. Passei direto sem olhar pra sua roupa, seu arco, sua barra, as coisas que mais me trazem memórias dele, e fui direto para minha cadeira. Sem levantar os olhos comecei a falar.

– Eu acho que a Thea merece saber. Deveríamos contar a ela, ela merece saber.

Falei rápido e baixo, mas nem bem fechei a boca Dig disse que não, quando perguntei o por que, foi o Roy que respondeu.

– Não podemos trazer ela pra isso Fel, ele não ia gostar. Oliver queria proteger ela, se contarmos não vai dar.

Já frustrada, comecei a gritar com eles, comigo, com ele, como se ele pudesse me ouvir.

– Ela merece saber! Se ele não gostaria que contássemos, devia estar aqui pra me impedir! Ela deve saber o que aconteceu, e não achar que ele sumiu de novo, e como ela vai ficar se ele não voltar? Como ela vai chorar se ela não sabe se deveria, se ele não estiver... Quando ele voltar eu vou ouvir seus gritos com um sorriso no rosto.– Terminei meu discurso com as láfrimas correndo pelo meu rosto, em meio à soluços e sem voz.

– Está tudo bem Barbie, ok, nós vamos contar a Thea, você tem certeza? - Assenti. - Ela não vai reagir bem a notícia dele ser o arqueiro, acho que só você e o Roy reagiram bem, então você tem que estar firme.

Dig terminou de falar me abraçando e fazendo carinho no meu cabelo, e eu com tentativas inúteis de tentar secar as lágrimas que teimavam em cair.

– Vocês que sabem, a Thea não vai reagir bem, ela não vai gostar de ser a última a saber.

E assim Roy deu as costas e foi embora.