– Lu, você vai se atrasar para aula! – gritou minha mãe do lado e fora do meu quarto.

Olhei para o relógio. Seis e trinta e três, mas minha aula começaria as sete e quinze. Levantei bem rápido e fui para o banho. Arrumei meu cabelo, escovei os dentes, e “reboquei a cara”, como dizia minha mãe, mas como uma garota de dezesseis anos iria para a escola sem um rímel? Desci as escadas com a mochila nas costas e entrei na cozinha. Me sentei em uma baqueta e engoli o café que minha mãe tinha preparado. Minha mãe estava preparando o café do meu irmão.

Meu irmão, Pedro, desceu as escada bem devagar, ainda de pijama, bocejando.

– Mas que porra é essa, moleque? Sua aula começa daqui dezenove minutos. – gritei. Eu nunca estava de bom humor essa hora, principalmente com ele.

– Seu irmão não vai para aula hoje, Lu. Ele tem que estar descansado para o jogo de hoje a noite. – disse minha mãe

Meu irmão sentou do meu lado e eu baguncei ainda mais seu cabelo. Tínhamos puxado a minha mãe. Cabelo castanho e olhos verdes.

Meu pai morava em outra cidade devido ao seu trabalho. Ele era empresário. Tem trinta e nove anos. Minha mãe era dona de um restaurante, aqui na cidade mesmo. Ela é jovem, tem trinta e sete anos, mas cara de trinta e dois no máximo. É muito amiga tanto minha quanto do meu irmão, portanto sabe tudo. Meu irmão estudava no mesmo colégio que eu, tinha quatorze anos e era o pegadorzinho da sala dele.

– Pedro, vou levar a Luisa para o colégio e depois vou para o restaurante. Vá dormir mais um pouco, meu anjo. – disse ela, pegando a chave do carro.

Nós tínhamos uma Range Rover 2014 branca. Entrei no carro e liguei o som. Nada como ir para a escola encima da hora, ouvindo “Rude” da banda MAGIC!

– Quer que eu venha te buscar hoje? – perguntou minha mãe.

– Não, mãe. Obrigada mesmo assim. – respondi

– Tá legal, então tchau. Te amo, Lu.

– Também te amo, mãe. Tchau.

Passei pelo portão do colégio e logo avistei minha melhor amiga, Eduarda. Uma garota linda, ruiva, olhos azuis e pele clara. Popular, inteligente, linda, rica... Deu para entender. O melhor de tudo é que ela não exibia nenhum de seus “status naturais” como eu digo.

– Nega, que saudade! – as vezes ela me chama de nega – Parece que faz um mês que agente não se vê...

– Pois é, mas não faz nem um dia, duda. – lembrei ela

– Tanto faz. Tenho que te contar umas coisas que rolaram ontem entre Gabriel e eu... – disse ela já rindo

– Tá, kkkkk – concordei

– Ai, mas me conta o que você e guto conversaram ontem.

– Guto... guto... ah sim! – fingi só então lembrar quem era – É, ele é legal.

– Ai que fofa que você fica quando está apaixonada! – observou duda

– O que? Não estou apaixonada pelo Gustavo, eu nem sequer o conheço pessoalmente. – aquilo foi realmente ridículo. Porquê eu gostaria de um cara que eu comecei falar ontem de manhã e parei de falar as quatro da madrugada? Tá legal, ele é gato, querido... mas isso não importa, por que ele é um garoto mais popular e pegador da antiga escola de duda, talvez até da cidade.

– Não conhece AINDA – então ela me deu um sorriso malicioso – Meus pais viajaram ontem e só voltam semana na sexta que vem, então eu estou sozinha em casa.

– E a Cida? – Cida é a empregada da “casa” da duda.

– Ela arranjou um namorado, então se eu quiser uma festa é só deixar ela vazar no dia seguinte as dez da manhã e voltar as oito da noite. Fácil. – explicou ela.

– Hum...

– Hoje a noite, na minha casa as sete horas. Festa do pijama para garotos e garotas...

– Tá, vou tentar ir... – respondi

– Você vai! – disse ela

– E se minha mãe não deixar?

– Ela vai deixar, porquê hoje seu irmão tem jogo!

– Tá bom, você venceu, hahaha.

O sinal tocou e fomos para sala. Na primeira e na segunda aula teríamos prova de química, na terceira teríamos educação física, na quarta e na quinta teríamos biologia e na sexta e ultima aula teríamos inglês. O problema é que eu não estudei nada porque fiquei a tarde inteira conversando com o guto, e química era meu fraco...

Na aula de educação física eu cai e me machuquei feio. Na verdade acho que quebrei o pé, por isso fui dispensada mais cedo. Leo, meu melhor amigo fugiu para me levar para casa. Leo é meu amigo desde que me conheço por gente, então ele disse que ficaria a tarde toda na minha casa. Abri o portão e ele entrou com o carro – não que tivesse idade para dirigir – então ele me ajudou a descer do carro. Meus cães vieram dar boas-vindas.

– Abóbora, minha linda! – Essa era a fêmea, cor de abóbora - Ai, para de me lamber Pocoyo! – e esse era o nosso velho que temos desde que o Pedro nasceu. Foi ele que escolheu o nome.

Destranquei a porta e nós dois entramos. Estávamos rindo quando eu ouvi um barulho. Meu irmão não estava sozinho. Alias, pelo que me pareceu, muito bem acompanhado.

– Tem alguém na sua casa, Lu? – perguntou leo.

Ouvimos uns gemidos.

– Era para ter só o meu irmão. Para o bem dele, tomara que isso seja só a televisão num canal pornô. – falei

Subimos a escada em silencio absoluto. Chegamos na porta e contei até três com os dedos. No três eu abri a porta e vi uma coisa que era bem desnecessária.

– Mas que porra é essa Pedro? Não posso deixar você sozinho nem por meia manhã que quando eu volto tem uma garota com a mão no seu pênis? – gritei

A garota levantou e meu irmão colocou o negócio para dentro da calça. Eu fui até ele e lhe dei um puxão de orelha.

– Ai, para com isso, Luisa! Mas que merda! A mão é dela e o pau é meu, então nos deixa em paz. – gritou ele – Sem contar que você tinha que estar na escola. Eu já estava em casa, mas você, fugiu da escola para ficar com o leo. E ainda vem me dar lição de moral?

– Você cala a sua boca por que você não sabe de nada – gritei.

– Luisa se machucou e eu vim trazê-la. Eu fugi da escola, mas sua irmã não. – disse leo, calmo como sempre.

– Lívia, acho melhor você ir embora... – disse Pedro para a garota. Eu já a conhecia, já sabia que meu irmão ficava com ela e tals, mas isso? – Agora vamos conversar como gente normal. Vou abrir a porta para Lívia e já volto.

Me acalmei nesse meio tempo. Eu tenho dezesseis anos e ainda ou virgem, mas o meu irmão... ele tem só catorze anos!

– Lu, me desculpa. Não queria ter sido grosso com você. É que eu estava sem nada para fazer e dai a Lívia me ligou e disse que passaria aqui. Ela veio me dar um “oi” e dizer “boa sorte” mas dai acabou nisso.

– Eu vou te matar, Pedro. Se eu visse a carolis fazendo isso eu ia ficar bem de boa, mas era a Lívia! – carolis é a garota que meu irmão estava ficando. O nome verdadeiro dela é Carolina – Mamãe sempre ensinou que você podia fazer qualquer coisa, mas que nunca machucasse uma garota, nem física nem psicologicamente, que fosse sempre romântico, que sempre demonstrasse seu amor por ela e que seria compreensivo.

– Eu sei, eu errei, mas Lívia é minha amiga colorida, você sabe disso, é como leo para você. – justificou ele.

– Carolis é apaixonada por você, e você sabe disso – joguei contra ele. – Além do mais, eu sou garota e entendo tanto Lívia quanto carolis, e até entendo você, mas cuidado, Lívia é perigosa na palavra, ela pode virar você contra carolis se ela quiser.

– Mas ela não quer isso, elas são amigas. – disse Pedro

– Eu sei disso, Pedro, mas se Lívia se apaixonar por você... Pedro, não é legal ser traída, O.K.?

– Eu prometo que isso não vai se repetir.

Abracei meu irmão bem forte e depois sai do quarto. Eu mancava e sabia que não conseguiria descer as escadas sem cair novamente. Leo me viu e subiu para me ajudar. Me pegou em seus braços para descermos as escadas mas então eu o olhei, ele me olhou e fomos para o quarto. Leo me colocou delicadamente na cama e tirou meu tênis e se deitou por cima de mim delicadamente. Ele me beijou. Leo e eu já havíamos nos beijado, mas nunca fora um beijo tão quente como este. Seus lábios se encaixaram perfeitamente com os meus. Eu não estava pronta para perder a virgindade, mas eu queria um pouco mais. Tirei a blusa de leo e depois tirei a minha. Eu o abracei, o beijei, e beijei mais e mais. Acho que depois disso peguei no sono...