O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 2
Reencontros e reconciliações sempre terminam em golpes de judô


Notas iniciais do capítulo

A intenção é boa... (vou reescrever passando o tempo para o passado... erro de principiante XD )



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Não consigo entender, sequestram meu namorado, roubam sua memória, caímos no Tártaro, sempre tentam nos separar ou simplesmente nos matar, mas agora querem nos obrigar a casar?!

– Estão tentando nos obrigar a casar? – pergunto contrariada, por mais que eu ame o Percy e realmente queira me casar com ele, nunca pensei em me casar antes de terminar o ensino médio e ainda por cima, forçada.

– Então você não quer casar comigo? – pergunta Percy com a voz e olhar magoado atrás de mim, ele tinha acabado de voltar do quarto e estava com o cabelo todo bagunçado.

– Não foi isso que perguntei

– Mas foi o que se deu a entender – diz ele com raiva na voz – Se você não quiser não precisa ser a descendente de Atena da profecia.

Levanto-me rapidamente da cadeira quando escuto as palavras de Percy, eu vou em sua direção, cega de raiva e me preparando para entrar em um combate corpo a corpo. Como ele ousa dizer que irá se casar com outra filha de Atena? Sou forçada a parar poucos centímetros de Percy, cordas feitas de água prendem minhas mãos para trás de meu corpo e outra corda prende minha cintura. Zöe e Damásen estão me segurando.

– Sinto lhe informar que por causa desses dois que estão impedindo que eu quebre a sua cara, terei que ser a desentende de Atena da profecia – digo com voz de indiferença e com prazer de quebrar qualquer plano que Percy tinha com outra pessoa que não fosse eu. Sim, estou morta de ciúmes – Eles são MEUS filhos.

“Soltem-me agora, irei para meu chalé estudar a profecia, Quíron quando descobrir algo voltarei para lhe contar”.

Quando as cordas de água se dissolveram não fico molhada nos lugares que elas estavam, saio da casa grande trombando o ombro em Percy o fazendo andar alguns passos para trás.

Na ala de chalés em vez de ir em direção ao chalé de Atena vou para o chalé de Afrodite, preciso desabafar com alguém e Piper se tornou minha grande amiga e conselheira não só em assuntos do cotidiano, mas também na guerra. Não preciso nem chegar ao chalé de Afrodite, Piper quando me vê caminha em minha direção, nós fomos à praia e nos sentamos de baixo de uma árvore, onde consigo ver o rancho que guardam as canoas uma em baixo da outra formando duas colunas, fazendo um corredor entre elas, quando queremos ter um pouco de privacidade eu e Percy sempre vamos ali conversar, se beijar para que outros não comecem a fazer brincadeiras e nos deixem em paz. Também vejo o mar em minha frente, onde querendo ou não representa o Percy e o começo do nosso namoro. Conto a Piper tudo que aconteceu, falo sobre a profecia, sobre meus gêmeos e sobre minha briga com Percy. Conversamos um pouco sobre tudo e depois nós voltamos para os chalés.

Zöe entra no chalé de Atena me procurando para perguntar o que se deve dizer para os campistas, porque logo todos farão perguntas, digo para falarem que são legados de Atena e Poseidon e que foram mandados para o acampamento, mas não sabem o motivo e nem por quem e para omitirem por enquanto quem são seus pais e de que tempo vieram. Estamos a sós no chalé.

– Quero pedir... – começo, mas Zöe me interrompe.

– Entendemos o que você quis dizer – ela dá risada - o papai fica menos lerdo com o tempo.

– Ainda bem – agora sou eu que dou risada – como são vocês?

– Bom, sabe alguém sempre me diz que apesar da minha aparência sou igualzinha meu pai na maneira de agir e Damásen igual a você.

– Então é a menininha do papai? – digo com a voz acusadora de brincadeira.

– Espero ser a menininha dos dois – ela diz mostrando a língua, percebo que apesar de terem 17 anos são ainda crianças de espírito igual à Percy.

– Não posso perguntar como são as coisas no seu tempo - digo em uma forma de afirmação, mas procuro em seu olhar a confirmação – cadê seu irmão?

– Com o papai – ela pensa um pouco - odeio admitir, mas ele explica as coisas melhores que eu.

– Entender as coisas é mais complicado – digo puxando ela que estava sentada em minha cama ao meu lado para um abraço. Nunca pensei que pudesse sentir amor maternal com 17 anos e que esse sentimento fosse tão bom.

Estávamos no refeitório jantando as crianças, minhas crianças, estavam sentados com Percy na mesa de Poseidon e eu estava com meus irmãos na mesa de Atena, agora os gêmeos estavam vestindo as nossas roupas, pareciam muito mais crianças usando camisetas do acampamento e calças jeans, comecei a me perguntar se só eu que achava isso por ser a mãe deles afinal eles tinham a minha idade. Percy eu não nos falamos e nem nos olhamos depois da nossa briga e não sou eu que vou me desculpar, não fui eu que entendi as coisas errado. Depois de oferecer mais da metade da minha comida aos deuses e principalmente a minha mãe mal encostei no resto que sobrou no prato e fui direto para minha cama. Zöe insistiu para dormir comigo, não só no chalé de Atena, mas como também na minha cama, eu deixei não importei com que os outros iriam pensar ninguém ousaria dizer alguma coisa para mim mesmo, esse é uma das poucas vantagens de voltar do Tártaro. Damásen foi para o chalé do pai.

Estava dormindo e no sonho estava lembrando quando comecei falar para Percy imaginarmos no acampamento Júpiter vivendo juntos, quando estávamos no Tártaro, me desperto quando de repente jogam um pouco de água no meu rosto. Levando no susto, mas ainda bem que não acordei a Zöe que estava no canto da cama e ninguém do chalé. Vejo um menino de cabelos moreno e olhos verdes me olhando através da porta, vou até ele pronta para xinga-lo pela a água, mas mal abro a porta ele me puxa pela mão até o nosso corredor das canoas.

Eu estava com meu pijama de verão, um shorts e uma camisa a cima do umbigo do bob esponja. Ele estava apenas de cueca samba canção azul. Paramos no centro do corredor estávamos em pé um olhando nos olhos do outro.

– Me perdoa – diz ele com sinceridade nos olhos e na voz – eu fiquei com ciúmes quando entendi tudo errado, na verdade não sabia nem o por que tínhamos que casar, achava que poderia considerar um e o outro, Damásen me explicou tudo o que aconteceu quando estava desmaiado – ele pensa um pouco, faz uma cara de envergonhado e continua – na verdade o que mais me irritou foi lembrar quando você estava enfeitiçada pelo canto das sereias e você tinha a ilusão e o desejo de estar com o Luke, seu pai e sua mãe juntos.

– Não sabia que você tinha visto – digo – na verdade não lembrava mais dessa ilusão, já faz tanto tempo, foi antes de começarmos a namorar.

– Não estou te julgando ou algo do tipo, mas não consegui lidar bem com o fato da possibilidade de você não querer casar comigo.

Caminho até ele, o beijo e interrompo o beijo com um golpe de judô, igualmente como eu fiz no acampamento Júpiter quando nos reencontramos, caímos no chão eu o prendo com as mãos em cima da cabeça e com um dos joelhos em seu peito o outro me apoiando no chão.

– Cabeça de alga se você insinuar mais uma vez que eu não sou a mulher da sua vida e que não vamos ficar juntos, eu te mato – disse dando lhe um beijo que aos poucos começou a ficar desesperado até sermos interrompidos.

– Você ainda pode se tornar uma caçadora minha filha – saio instantaneamente de cima de Percy e me levanto fico olhando incrédula para Atena, morrendo de vergonha e aposto que muito vermelha.

– Me... me desculpe mãe – digo criando coragem – mas não posso.

– Querida nunca há apenas uma opção – Atena diz com voz acolhedora – Lembra o que Zeus disse? Por isso que existem três Parcas em vez de uma.

– Não digo isso pela profecia, mas porque o amo e quero ter os gêmeos – pensamentos começam a me ocorrer – Espera! É por isso que você mandava o Percy ficar longe de mim.

– Nós deuses não podemos demonstrar favoritismo ou interferir nas profecias, mas podemos aconselhar.

– Melhor dizendo influenciar – diz Percy, o mando calar a boca com o olhar se não quiser ser evaporizado.

– Posso dizer que essa vai ser uma guerra que não depende de forças físicas e batalhas... – Atena parece se perder em pensamentos, mas logo troca de assunto – Como forma de reconhecimento por ter encontrado a estátua e – ela diz me dando um sorriso de satisfação – de orgulho por ter atravessado e saído das profundezas do Tártaro irei planejar e fazer o casamento de vocês daqui três dias no acampamento – antes de Atena se transformar olhamos para baixo e eu a escuto dizer em um sussurro – mesmo sendo contra minha vontade...


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