O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 14
Acho que foi uma das estratégias mais rudimentares e falhas que já vi.


Notas iniciais do capítulo

Naquela frase "seja meu Romeu", no meu caso, seria "seja meu Tobias (4)", no da Annabeth "seja meu Percy" (como se ninguém soubesse), no da Zöe "seja meu ... (não vejo a hora de saber a opinião de vocês quando for revelado) kkkkkkk
Oi meus queridos leitores.
Obrigada pelos comentários do último capítulo!
Rose, é muito bom saber que você se importa com os gêmeos.



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Estava em pé em um lugar escuro. Não conseguia ver nada. Parecia estar sozinha. Tentei caminhar, tentar sair daquele lugar, mas não conseguia me mexer. Meu corpo não obedecia meus comandos. Era como estivesse amarrada com cordas invisíveis, que me deixavam com a postura ereta, braços caídos e pés juntos.

Por mais força que eu fizesse não conseguia me mexer. Continuava parada.

– Meu doce, não se esforce, você vai se cansar sem precisão – uma voz grave falou. Tentava suar carinhosa. Ela não parecia vir de uma direção certa, mas sim de todas. Ela saia da própria escuridão.

– Érebo? – perguntei.

– Sim – ele continuava falando com voz carinhosa.

– O que você quer de mim? – perguntei irritada – Por que eu não consigo me mexer?

– Pois a escuridão que lhe circunda impede seus movimentos – tom carinhoso dele me irritava cada vez mais – e eu quero você.

– Você o que? – gritei incrédula.

– Ainda não estou personificado por completo. Meu corpo ainda não está instável. Mas quando estiver quero que você seja a mulher do meu lado reinando o mundo.

“Poderei ter a formar que você quiser. Lhe darei o mundo. Você o reconstruirá da maneira em que quiser, desde que seja preto.”

“A éons estou sozinho no fundo do rio sem vida e gelado. As trevas também pode ser a ignorância. Mas para onde vem todo o conhecimento quando as trevas se instalam? Vem para mim, o seu criador. A sabedoria, inteligência, me fascinam. A Força, determinação e persistência eu admiro. Onde posso encontrar todas essas virtudes em uma única mulher? Só em você.”

“Você parece muito com sua mãe. Pena que ela prometeu ser sempre uma donzela. Agora você, pode ser minha. Acompanho sua vida, você sempre foi esplendida desde pequena”.

– Não sou um objeto para ser de alguém! – estava gritando transbordando raiva – Eu realmente pereço minha mãe! Ela nunca ficaria com alguém como você! Nem ela e nem eu!

“Não posso ser comprada com promessas e devaneios! E nem por uma voz melosa, na verdade ela me dá ânsia!”

– Não é verdade! – agora ele gritava com a voz grave e amarga – Você só está iludida por aquele moleque! Que por sinal não é digno de sua sabedoria.

– Faça me rir – disse dando uma risada seca – Você sabe muito bem o que nós dois fizemos juntos. E você pode ter a ciência que você será o próximo a se juntar em nossa lista.

“Bela tentativa, mas não vou cair nessa! Um deus primordial apaixonado por uma semideusa?! Se você realmente me conhecesse saberia que sou orgulhosa e não uma tola apaixonada”.

“É uma ofensa para mim. Você achar que cairia nessa. Faça-me o favor, né!”

– Finalmente! – disse uma voz feminina e familiar. Um clarão tomou conta de tudo e eu podia voltar a sentir meu corpo sob meu comando.

Estava em uma biblioteca enorme. Com infinitos livros por todos os lados. As paredes eram muito altas e abarrotadas de livros de cima a baixo.

Era ambiente claro, com a luz amarela aconchegante para os olhos. Estava impressionada. Parecia um parque de diversão especialmente para mim.

– Gosto de descansar aqui – alguém falou atrás de mim. Quando me virei confirmei minhas suspeita. Atena.

– Finalmente?

– Mesmo sendo uma espécie de sonho, eu preciso esperar você ter a consciência do que está acontecendo para poder interferir – ela disse um pouquinho chateada por ter que explicar.

– Ou seja, você achou que eu demorei muito para ver que era uma estratégia?

– Uma péssima estratégia, diga se de passagem, e também sem levar em conta seu relacionamento com o filho do Poseidon.

– Você sabe que não é só um simples relacionamento – não disse com agressividade e nem na defensiva. Mas procurando um certo conforto.

– Você sabe que não sou Afrodite – ela revirou os olhos. Foi muita ingenuidade da minha parte tentar falar isso com Atena, ou qualquer outra deusa.

– Eu lhe trouxe aqui não só para lhe tirar daquele encontro, – pude ver um pequeno sorriso em seus lábios quando ela disse isso – mas também queria lhe mostrar algumas histórias pessoalmente. Apesar de ter quase certeza que você já sabe – em um tom mais brando ela acrescentou olhando nos meus olhos – Preciso de mais filhos como você. Extremamente interessados na história da mãe. E não só nos grandes inventores e semideuses.

– Sou interessada em todas as histórias, menos de Hera. Essa realmente quanto mais longe melhor.

– Você conhece Guerra dos Sete Chefes contra Tebas? – ela perguntou nem levando em consideração o que eu disse – de Tideu? Para ser mais exata.

– Sim, ele foi um dos sete chefes. Foi muito vitorioso e você sempre o acompanhou e o protegeu – estava tentando lembrar por que ela se voltou contra ele – mas você retrocedeu em relação a ele, pois quando ele estava à beira da morte, você iria lhe dar o cálice da bebida da imortalidade. Só não deu por que ele... Estava tentando abrir o crânio do adversário para pegar seu cérebro nas mãos. Um ato que o desonrava.

– Exatamente.

– Mas o que essa história tem a ver?

– Nada.

– Atena você está me subjugando! – tentei controlar minha raiva – Como você pode me perguntar algo sem nenhuma intenção por trás?

– Só queria ter certeza que você sabia que eu acompanho meus heróis – ela parecia impaciente – mesmo que eles não saibam – enquanto ela falava eu fiquei me perguntando se era tipo uma reconciliação aquilo – seu boné ainda pode ser útil se você ainda o quiser.

– O experimentava todos os dias – disse coma voz baixa desviando o olhar para o chão.

– Está na hora de acordar – ela falou estralando os dedos. Em uma voz baixa, quando tudo virava um clarão, escutei – Tudo tem hora certa para acontecer, até recompensas.

Abri meus olhos, logo reconheci. Já estive ali antes. Era enfermaria do acampamento Júpiter. Percy estava dormindo em uma cadeira ao meu lado. Ele estava pálido, com a barba rala por fazer. Por quanto tempo eu havia desmaiado? Ele parecia ter emagrecido.

– Percy... – o chamei. Ele abriu os olhos me deu um grande sorriso. Mas logo o sorriso se perdeu e ele ficou com a expressão triste.

– Annabeth, precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Desculpa, eu também achei que ficou um pouco forçado, mas foi a forma que eu encontrei para explicar algumas coisas...
Vocês já sabem... kkkk
Mas por favor dizem o que acharam, um deus primordial cantando Annabeth kkkkkkk



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