O legado dos heróis escrita por RL


Capítulo 13
Dormir sozinha é igual a não dormir.


Notas iniciais do capítulo

Amores não está engraçado, mas...
Gente vocês também acham o ciúme engraçado? Eu acho, principalmente o da Annabeth kkkkkkkkkkkkk Falando em coisas engraçadas não lembro o livro, mas lembro que chorei de rir quando Percy perguntou com qual menina ele deveria dançar para Annabeth e ela deu um beliscão (eu acho) em sua barriga e disse que lógico que era ela kkkkkkkkkkk



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A festa foi bem divertida. Os romanos se tornaram grandes amigos. Uma hora ou outra ficava um pouco constrangida principalmente perto da Reyna ou de algum dos sete, que estavam no acampamento romano. Crianças corriam até mim para perguntar se eu era Annabeth Chase que ajudou a salvar o Olimpo várias vezes. Não sabia o que fazer com elas, ficava sem reação. Zöe se divertiu muito, rindo quando isso acontecia. Damásen que me salvava nessas horas, levando as crianças, não sabia para onde e nem falando o que com elas.

Percy falou algo depois da festa, enquanto estávamos indo para nossos dormitórios, que eram separados, que me fez ficar pensando com esperança. Ele me perguntou se eu já sabia onde queria construir a nossa casa, afinal já podíamos começar.

Jason – que se tornou pontifex maximus – veio me agradecer, pois estava com muita saudade de Piper e do acampamento meio-sangue. Não via a hora de conseguir voltar. Depois que ele falou comigo ele partiu em seu cavalo de vento.

Todos ficaram sabendo da profecia e dos gêmeos na festa, mas ninguém se importou, pois era hora de comemorar segundo eles, um grande companheiro havia voltado. Os romanos possuíam grande afeto pelo Percy. Creio que era algo muito maior do que ele ter sido só pretor deles durante algum tempo.

O treino iria começar logo pela manhã depois do café. Admito que estava muito cansada, foi difícil dormi sozinha outra vez. Já estava muito bem acostumada com companhia na cama. Acho que Percy também estava, pois me sequestrou no meio do café e me levou em um lugar que eu não conhecia. Fomos para trás de alguns templos, construções na nova Roma. Não havia ninguém por perto. Sentamos encostados na parede, escondido nas sombras.

– Deveríamos estar treinando – disse olhando nos olhos dele. Estava com um sorriso malicioso até ver que havia algo errado em seu olhar, algo profundo – Percy o que aconteceu?

– Eu... Eu não quero falar sobre isso – ele passou os braços em minha cintura e me colocou em seu colo, como se eu fosse uma criança – só deixa eu te abraçar e sentir seu cheiro de limão. Por enquanto eu só preciso disso.

Eu passei a mão acariciando seu rosto. Examinava seus olhos verde mar, eles estavam tristes, desesperados e com medo. Puxei seu rosto para um beijo com ternura. Senti suas mãos subirem da minha cintura para meu pescoço. Depois acariciando meus cabelos, por fim enrolando com as pontas dos dedos minha mecha cinza.

– Com o que você sonhou Percy? – perguntei acariciando seu rosto novamente. Não me importando de estar parecendo um bebê, da forma em que estava sentada.

– Você não teve um pesadelo?

– Nem cheguei a dormi – disse sorrindo.

– Por quê? O que estava fazendo que não dormiu?

– Melhor pergunta o que não estava fazendo – disse lhe dando um selinho – senti sua falta cabeça de alga.

– Também senti a sua sabidinha – ele me beijou intensamente, um beijo desesperado, como se fosse o último – me prometa! Me prometa que você não vai tentar resolver nada sozinha. Que não irá partir sabendo que pode nunca mais me ver.

Saí do seu colo. Me ajoelhei ao seu lado. Peguei suas mãos e coloquei em meu peito, para que sentisse meu coração bater.

– Percy me conte o que aconteceu – olhei nos fundo de seus olhos que estavam com mais desespero e medo do que antes – eu preciso saber. Só assim posso ajudar.

– Eu sonhei que estava debaixo de um rio frio e sem vida. No fundo do rio havia uma grande parede que cobria toda extensão que meus olhos conseguiam olhar. Era uma parede de sombra, extremamente escura, preta. Ela avançava lentamente, mas a cada passo que ela se aproximava era mais difícil respirar, não era como se eu estivesse afogando era como se não tivesse ar para respirar.

“Na minha frente, na sombra, começou a se materializar um corpo humano, mas não era estável. Apareciam os membros, braços, pernas, mas logo sumiam nas sombras. Mas a cabeça se mantinha, com um sorriso extremamente cruel e branco. Essa sombra começou a falar comigo.”

“Perseu Jackson seu trabalho em tentar me impedir vai ser inútil. Mesmo tendo que admitir que são os semideuses mais poderosos. Sua familiazinha não conseguirá me deter. Irei me reerguer e vou me vingar por todos aqueles que vocês e os deuses destruíram. Principalmente por terem me jogado aqui. Para que você entenda o que estou falando, mas uma vez você poderá vivenciar o futuro.”

“Annabeth, ele me mostrou eu e os gêmeos lá, e você correndo para a parede de escuridão mesmo com nós gritando não. Você soltou minha mão que segurava seu pulso e me deixou. Quando você desapareceu houve uma grande explosão. Logo que começou a explosão a visão acabou e eu voltei a falar com a sombra.”

“Eu disse, que minha familiazinha é a prova que tudo vai acabar bem. Pois se não meus filhos não iriam vim do futuro. Ele me chamou de tolo, e falou que os gêmeos é só uma das possibilidades do futuro. Que ele muda conforme as escolhas das pessoas. Nada é garantido que aconteça, a não ser a morte de todos que eu amo.”

– Percy...

– Me prometa!

– Percy – comecei a dizer voltando assentar ao seu lado. Encostando a cabeça em seu ombro. Entrelaçando nossos dedos encima de nossas pernas encostadas – não posso prometer o que não posso cumprir. Não foi ele mesmo que disse que no futuro nada é garantido? Então essa visão não vai ocorrer. Não é o futuro. É só a mesma coisa que Gaia fazia mostrando nossos acampamentos destruídos. Querendo nos manipular para podermos desistir.

– Não quero te perder – ele disse um sussurro – de novo.

– Nunca mais vamos nos separar – respondi também em um sussurro. O beijei com carinho e ternura. Mostrando que eu estava ali ao seu lado e continuaria sempre assim. Nos beijamos até escutarmos uma explosão e sentirmos uma grande força de água.

– Você também está sentindo a água? – ele me perguntou.

– Estou. E desconfio quem esteja por trás disso.

– Netuno?

– Não. Seus netos da forma grega.

Todos estavam assistindo o treinamento dos gêmeos. Pessoas pararam o que estavam fazendo e para ficarem em volta assistindo. Zöe estava ao lado de Reyna que olhava com a expressão de surpresa. Era Damásen que estava treinado, ele estava duelando com alguns filhos de Marte. Sete contra um.

– Zöe o que está acontecendo? – perguntei ficando ao seu lado, seguida por Percy.

– Duvidaram que nós destruímos aqueles monstros. E ainda perguntaram quem de nós dois era mais poderoso. Então mandamos eles virem com força total e quem fosse mais rápido ao passar pelos desafios era o mais poderoso. Alguns filhos de Marte também querem entrar na brincadeira achando que podem ser melhores que nós. Mas para eles digo só uma coisa. Só lamento.

– E aquela explosão? – perguntei meio atordoada. Muita informação de uma vez só.

– Aquilo? Foi só um aquecimento do Damásen. Um estralar dos dedos antes de começar.

– Reyna não creio que isso seja seguro – falei olhando aflita para ela.

– Não se preocupe. Ninguém vai machucar seu filho.

– Eu sei disso. O problema é com os outros que vão se ferir.

– Está duvidando do nosso treinamento? – ela me perguntou com a sobrancelha erguida e a voz de brincadeira – se não tivesse fugido com o Percy saberia como o nosso treinamento é duro.

– Reyna é sério. Eu não consigo derrota-los usando meus poderes – Percy disse com a voz séria – um desafio como esse pode machucar muitas pessoas.

– Não encham. Só vamos mostrar um pouquinho do que sabemos fazer – Zöe retrucou.

– Se eles querem não temos escolha – Reyna disse me olhando. Ela havia entendido, só não podia parar no meio do desafio. Principalmente agora que todos estavam assistindo.

O duelo terminou rápido. Ninguém havia se machucado seriamente. Os sete semideuses só tiveram pequenas fraturas e hematomas. A próxima fase era contra filhos de Apolo. Que iriam usar o arco e flecha no combate. Damásen podia usar o que ele quisesse.

Os sete filhos de Apolo se alinharam e atiravam em uma sequência. Eles se comunicavam entre si através de assobios. Damásen para meu desespero só ficou parado na frente deles. A cinco metros de distância. Ele não se mexia. Só olhava sorrindo presunçosamente para os arqueiros, apoiado na espada que estava com a ponta fincada no chão.

Todos estavam impressionados não por Damásen estar parado sorrindo, mas por nenhuma flecha o acertar. Sempre nos últimos instantes as flechas mudavam de direção.

– Eu já vi vocês fazendo isso antes. Na batalha contra o exército de monstros – falei olhando para Zöe que parecia entediada – como vocês fazem isso?

– Informação sigilosa – ela me disse. Eu a encarei com as sobrancelhas juntas – Okay! Não precisa me ameaçar com olhar. É um dos poderes de Atena. Não me pergunte mais porque não posso responder. Você vai precisar descobrir sozinha depois.

– Poderes de Atena? – perguntei com a sobrancelha erguida. Nunca tinha ouvido falar que filhos de Atena possuíam poderes.

– Eu já disse – ela reclamou e acrescentou em uma pequena voz só para que eu escutasse – não se preocupe você será a primeira a descobrir e usar.

– Agora fiquei entediado – Damásen falou indiferente. Girando a espada em sua mão – hora do refresco – ele cortou o ar com espada e um jato de água voou encima dos arqueiros. A água saiu da espada. Porém eu consegui ver que ela percorreu seu braço antes de passar pela espada.

Uma flecha quase o acertou na cabeça, se ele não tivesse desviado. Ela veio de cima de alguma construção ou colina. Damásen que já estava brilhando desde o duelo com as espadas, ficou com o brilho mais extenso e da cor verde. Aos poucos o brilho foi transformando em um amarelo claro muito intenso. Damásen largou a espadano chão e jogou a mãos para baixo. Em um instante ele explodiu para cima. Estava a vinte metros do chão, na ponta de um tubo d’água. Se mantinha lá olhando para direção de onde saiu à flecha. Parecia estar procurando a pessoa que havia atirado.

– Frank, Frank eu gostava de você. Sabia que é muito feio atirar escondido? – Damásen falou olhando para a cúpula de uma construção. Sua voz estava diferente. Não era a voz de Damásen. Era imponente, cortante e grave – vou ter que ensinar boas maneiras para você?

– Damásen pare com isso agora! – gritei correndo para perto do tubo d’água. Possuía uma pressão muito forte. Damásen parecia nem ter escutado – argh! Quem você puxou em ser tão cabeça dura?!

– Annabeth volte. Você vai acabar se machucando – Percy gritou para mim correndo em minha direção.

– Cale a boca! – disse irritada – Zöe corra aqui agora! – ela veio e parou ao meu lado. Passei meus braços em sua cintura – nos erga agora! – falei para ela. No mesmo instante subimos. Estávamos ao lado de Damásen que estava com as mãos e braços estendidos para frente preste a jogar jato d’água em Frank, que eu não sabia onde exatamente ele estava na cúpula.

Me joguei em cima de Damásen antes que ele pudesse atirar. Pulei em sua direção agarrando sua cintura. O puxei para queda junto comigo.

Meu corpo caia em queda livre até sentir uma dor horrível. Uma pancada ardente. Nas minhas costas, a parte que estava virada em direção ao chão. Meus olhos estavam embaçados e pareciam entrar embaixo da água. Por fim não via e escutava mais nada. Deixei meus pensamentos de lado e mergulhei no escuro.


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Notas finais do capítulo

Sem ameaças dessa vez. Agora é sério!
Como posso saber se estou escrevendo mal ou bem, se não estou fugindo da personalidade dos nossos heróis se quase ninguém fala nada?
sério gente mande suas opiniões...
Seane você continua acompanhando a fic né?



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