Como sobreviver aos Weasleys, por Lily Potter

By Allison Reynolds

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Durante toda a minha cansativa década de vida, ouvi meu pai falar sobre a importância da família e como ter diversos familiares com quem contar nos momentos difíceis era bom. Isso vindo do bruxo que foi criado pelos tios psicóticos. Eu, sendo filha do cara mais paparicado do mundo mágico, não achava uma família grande lá grande coisa, afinal ter trocentos familiares apenas servia para aumentar o número de presentes de aniversário.

Segundo cálculos estatísticos, é muito provável que, caso você encontre um ruivo na rua, há nove em dez chances dessa pessoa ser um Weasley. Sem brincadeiras. Somos existentes em diversos gêneros e subgêneros, quase como se formássemos um ecossistema próprio e esculhambado: existem os legais (Como eu), os chatos (Como meus primos) e os extremamente insuportáveis (Como meus irmãos).

Assim como existem as regras, suas exceções estão ali para colocar ordem na coisa toda. Confesso que alguns primos quase conseguem dividir o meu posto exclusivo de pessoas legais da família. Quase, repito. Rose é a que está quase lá - talvez ela já poderia compartilhar do meu pedestal se não fosse uma enciclopédia ambulante na maior parte do tempo.

Hugo, irmão da prima-quase-legal, está há uma vírgula de cair algumas posições e se encaixar nos extremamente insuportáveis apenas pelo fato de respirar. (Tenho que abrir uma nota e lembrar de revisar este texto antes de mostrar ao Hugo. Não pretendo perder meu parceiro de crimes pela minha sinceridade)

Tem também meus tios que estão em uma constante movimentação pelas classificações supracitadas. Em datas como páscoa, aniversário e Natal eles são quase legais (amo presentes). Quando me obrigam a parar de jogar a goles na cabeça de Alvo durante um jogo de quadribol ou parar de esconder os livros de Rose pela casa, descem para uma posição intermediaria. E nos extremamente insuportáveis, apenas tio George conseguiu alcançar tal posição.

Em meio a tanta movimentação, cabeças ruivas e insanidade, decidi por mim mesma – com um pouco da ajuda de Hugo – criar um manual de sobrevivência à família Wesley. Um item básico para qualquer Bruxo corajoso que goste de desfrutar dos perigos do desconhecido – Como o pudim de fígado da tia Hermione – e do caos que apenas a minha família pode proporcionar.