Às 10 horas da manhã, Jill acordou primeiro que Carlos. Olhou pela janela redonda e viu o contraste do azul do mar com o azul do céu. Catou seu vestido no chão e o vestiu antes que Carlos acordasse, ou Barry batesse na porta. Foi no banheiro e lavou o rosto. Pensou em escovar os dentes, mas lembrou que não estava em seu quarto. Pensou em quanto queria tomar banho, mas também só queria fazer isso em seu quarto. Voltou para o quarto e viu Carlos dormir com um dos braços caído sobre seus olhos. Achou a cena bonitinha, mas preferiu voltar para seu quarto. Pegou seu sapato, deixou os pendurados pelos dedos, recolheu mais pertences e abandonou o quarto de Carlos. Andou para seu quarto e largou o sapato ao lado da cama. Entrou no chuveiro, tomou um banho e depois escovou os dentes.

Voltou para o quarto enrolada numa toalha e foi até a mala, que estava num canto específico do quarto. Pensou em qual roupa usar e pegou um short branco e uma blusa vermelha. Vestiu a roupa e ouviu alguém bater na porta do quarto.

Ela abriu a porta e viu que não era Carlos, e sim Barry.

– Oi, Barry! Quer entrar?

– Bom dia, Jill. – Barry entrou e analisou o quarto de Jill. Os lençóis da cama estavam arrumados.

– Eu acabei de tomar um banho. Na verdade, acabei de acordar também. Estou morrendo de fome. Vamos comer no Nautilus hoje?

– Podemos comer em qualquer lugar, vamos falar com Carlos depois. – Barry olhou para o sapato de Jill ao lado da cama e segurou o riso. – Jill, posso te fazer uma pergunta?

– Lá vem... Que pergunta, Barry?

– É uma pergunta simples... Você e Carlos, o que aconteceu ontem? Vocês saíram para jogar poker, jantar e sei lá o que mais... Foi um encontro, né?

Jill colocou a mão direita no rosto. “Quem diria que Barry perguntando essas coisas pra mim seria mais vergonhoso que cantar naquele karaokê?” ela pensou.

– No começo, eu não tinha percebido que seria um encontro, mas acabou sendo. Jogamos poker, e, ah, eu ganhei dele! Fomos jantar no Neptune’s Waters e fomos cantar no karaokê. Foi vergonhoso, mas foi divertido.

– Eu tenho quase certeza que houve algum tipo de beijo no meio disso tudo, estou certo?

– Barry! – Jill ficou de costas para o amigo, tentando conter a vergonha, olhou para Barry de lado e voltou a dizer. - Sim, nos beijamos mais de uma vez. Na verdade, aconteceu coisas a mais... Eu nem dormi no meu quarto.

Barry soltou um riso e começou a coçar a barba.

– Então vocês estão namorando?

– Não sei, Barry. Vamos ver como Carlos irá agir hoje.

– Eu acho que ele vai querer namorar você. É só olhar para a cara dele que dá pra perceber o quanto ele tem uma quedinha por você.

– E o que você acha dele, Barry? – Jill estava um pouco apreensiva, como se Barry fosse algum tipo de pai

– Eu gosto dele. Eu acho que vocês fazem um belo casal. E vocês tem mais quatro dias pra saber se esse relacionamento irá ter rumo ou não.

Jill se aproximou de Barry e o abraçou.

– Barry, você é um amigo e tanto.

Barry sorriu e disse:

– Aaaah!

Enquanto ele abraçava Jill, ele pensou: “Imagina como Chris irá reagir a isso...”

Barry disse que iria tomar um banho e então voltou para o quarto. Poucos minutos depois, Jill ouviu outra batida na porta

– Barry? – Jill perguntou numa distância de 2 metros da porta.

– Não, sou eu – Carlos respondeu por trás da porta.

Ela abriu a porta, abriu um sorriso e disse:

– Oi! Bom dia...

– Bom dia. Eu tenho que dizer que achei que você tinha fugido de mim logo depois que acordei. – Carlos andou pelo quarto de Jill e sentou numa poltrona

– Eu pensei em ficar, mas queria escovar os dentes. Não queria que você sentisse meu bafo de ressaca.

Carlos riu e disse:

– Você acha que meu amor por você iria morrer por causa de um bafo?

Fim (?) :)