Dinamistas escrita por Rob Sugar


Capítulo 3
Poder da Natureza




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/577341/chapter/3

A primeira morte da guerra está preste a acontecer.

O grandioso Mirra está com sua grande lança apontada para o pescoço de Sheeva, o esquilo-voador representante das Florestas Místicas do Oeste, que está caída e assustada.

Nada que eu não estivesse pronto para lidar. pensou Mirra. Mirra é o líder do famoso e temido Exército que leva seu nome. Comandando seus guerreiros até o mais amargo dos fins, diversas vezes brigou pela vitória com a própria morte, e sempre saiu vitorioso.

Seu braço direito nas batalhas é sua lança de ferro, construída por ele mesmo, e cravejada com os diamantes da coroa de sua primeira vítima. Não confiava em nenhum de seus homens com aquela lança, ela era sua.

A lança, sempre afiada, possui um cabo curto, que serve apenas para que Mirra possa segurá-la, todo o resto é composto da lâmina de ferro fatal. Marcada por sangue e arranhões de armaduras, é a companheira fiel de Mirra.

Sheeva procura por saída, mas não consegue ver nada além da ponta da lança de Mirra. Temendo um final horrendo para o povo que veio defender, ela pede ajuda aos espíritos que sempre acreditou. Uma energia começa a se mover em suas patas.

Enquanto Mirra se vangloria de como a morte da pequena e inútil criatura servirá para a glória de seu exército, Sheeva se concentra na energia da floresta que circula por suas patas.

Sheeva recebe uma ideia. Rapidamente, ela urina na lança de Mirra, fazendo o recuar com nojo e repúdio.

Livre, Sheeva corre por sua vida e seu povo enquanto pode. Sem perceber, deixa um rastro de energia que corrompe todo o caminho atrás de si. O chão começa a rachar e as rasteiras plantas morrem.

Indignado e furioso, Mirra corre o mais rápido que pode atrás do animal, apenas com a palavra assassinato em mente. Sua raiva o impede de ver o que se tornou a estrada de grama calma e tranquila que mancharia de sangue alguns momentos atrás.

Pequenos fios de energia rondam o esquilo-voador que corre para um galho de árvore sem notar que a mesma apodrece conforme ela escala. Segurando no galho, uma azia começa a incomodá-la. É então que Sheeva percebe toda a energia fluindo diante de seus olhos e toda a destruição que causou.

Mirra dizima árvores em busca de seu alvo. Com o balançar da lança, a árvore está caída no chão. Esse desmatamento sem lógica enfurece o coração de Sheeva e a azia se intensifica.

Os olhos de Sheeva começam a brilhar num amarelo vivo. Os raios resplandecentes chamam a atenção de Mirra. Preparando sua lança, ele ri enfurecido e com deboche. Ainda em posição de combate, mas devagar, avança em direção ao animal.

O que o instinto marcial de Mirra não esperava, era o poder que aquele brilho continha.

A luz se torna muito mais intensa do que os olhos humanos de Mirra podem suportar e ele é obrigado a recuar e tapar a visão até conseguir olhar para seu alvo.

A visão seguinte é surpreendente. O pequeno e frágil esquilo-voador se transformou num gigantesco monstro. A criatura desce do galho, quebrando-o, e solta um rugido perturbador na direção de Mirra.

–Mas que... – Mirra estranha a situação. O monstro é três vezes maior que ele, e parece com muito mais raiva – Pode vir com tudo!

Mirra corre rapidamente com a lança em prontidão. O monstro agarra uma árvore e a dispara na direção de Mirra, que a fatia sem muito esforço. Um outro projétil é disparado e acerta Mirra em cheio, empurrando-o para longe.

O monstro arremessa outras três árvores e uma enorme pedra, esta última quebrando a lança e o braço esquerdo de Mirra. O grito do general perturba a criatura.

Esta forma... Sheeva pensa, É a resposta que eu pedi. Ela encara seu adversário, confusa.

–Não acaba aqui monstro horrendo! – Mirra tenta se livrar da pedra e das árvores, mas a dor no seu braço é excruciante e ele desiste.

Sheeva se aproxima de Mirra e retira a pedra de cima dele.

–Se sobreviver, deixe a natureza em paz. Você já aprendeu o quanto ela pode ser vingativa. – os pensamentos de Sheeva são enviados para a mente em decadência do general e ela vai embora.

Sentindo novamente a azia, a energia começa a fluir para longe de seu gigantesco corpo. Sheeva compreende que ela não vai mais agir a favor da natureza naquele momento e não luta. Em alguns segundos, ela já é novamente um esquilo-voador num tamanho normal.

Dando uma última olhada no seu inimigo devastado, ela vai embora.

Isto é o sinal que eu precisava. A natureza está comigo. Trarei a paz para todos. As Florestas Do Oeste reinarão! Os pensamentos infligem um sorriso no rosto peludo de Sheeva.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dinamistas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.