The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 29
Atração


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!



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Pelo fato de vovô Cyrus e vovó Lisbeth estarem passando o feriado conosco também, Francis (para a minha grande surpresa e alívio) não fez nenhum comentário sobre meus trajes. Mas de certa forma eu sentia que isso não iria ficar assim; Francis não admitiria que eu passasse por cima de suas ordens. Ele esperaria a hora certa para agir.

Mudando de assunto. Ganhei muitos presentes de Natal, inclusive de Ernest e Adrian. Ernest havia me mandado um bracelete de prata e Adrian me mandou uma linda echarpe de seda azul escuro.

O Natal e o ano novo passaram em um piscar de olhos, e logo eu já estava me despedindo de meu pai na plataforma 9¾ , pronta para embarcar novamente no Expresso de Hogwarts. Disse a ele que provavelmente não voltaria para casa na Páscoa.

Quando entrei no trem, a primeira coisa que me passou pela cabeça foi procurar por Annelize, mas supus que ela estivesse com Draco Malfoy então achei melhor não correr o risco de atrapalhar os dois e fui procurar um compartimento vazio. Não foi muito difícil de achar, já que poucos alunos tinham ido para casa.

Me sentei apreciando o silêncio instalado em meu compartimento, esse era sem dúvida o lado bom de ficar sozinha em um trem. Afrouxei um pouco a echarpe, que Adrian me dera, e fechei os olhos, apoiando a cabeça no vidro da janela.

Não havia adormecido, mas voltei a abrir os olhos com rapidez quando ouvi batidas no vidro da porta do compartimento. Virei meu rosto para olhar quem era e vi ninguém mais ninguém menos que Adrian Pucey. Por um momento pensei que o garoto estivesse me perseguindo, primeiro no Beco Diagonal e agora no Expresso de Hogwarts? Mas senti um sorriso surgindo em meus lábios quase inconscientemente.

Acenei com a mão para que Adrian entrasse e foi o que ele fez. Entrou e se sentou de frente para mim.

– Eu vim agradecer pelo livro. Achei muito interessante e as táticas para evitar Balaços são muito úteis e simples. – ele sorriu. Eu sabia que seria uma boa ideia dar a ele o livro de Kennilworthy Whisp, Como evitar Balaços – um estudo de estratégias defensivas em Quadribol.

– Assim que eu vi esse livro na Floreios e Borrões eu pensei em você. – falei sorrindo, mas senti meu rosto enrubescer – Obrigada pelo echarpe – toquei com a ponta dos dedos o tecido em meu pescoço – Azul é minha cor favorita.

– Eu sei. – falou ele, em voz baixa. Sorri um pouco surpresa.

– Como foi o seu Natal? – perguntei, quebrando o silêncio depois de um tempo.

– Foi bom. Mas senti falta de Hogwarts e do Quadribol. – ele olhou para a janela – Senti falta de ver as profundezas do Lago Negro pelas janelas do meu Salão Comunal.

– Também senti falta de Hogwarts. – disse pensativa – O Salão Comunal da Sonserina tem janelas? – perguntei do nada. Lissie nunca havia me contado como era o Salão Comunal da Sonserina.

Adrian Pucey sorriu.

– Sim. Muitas pessoas pensam que não possui janelas, já que fica escondida nas Masmorras, no mesmo nível do Lago Negro. Mas nós temos uma bela vista e algumas vezes até vemos a Lula Gigante passar. – ele respondeu – Mas é relaxante ouvir as águas do Lago bater nas paredes.

O jeito que Adrian falava fazia parecer que o seu Salão Comunal era a melhor coisa do mundo. Fiquei me perguntando se me sentiria assim caso o Chapéu Seletor tivesse me colocado na Sonserina. Será que me sentiria completa lá, como me sentia quando entrava no Salão Comunal da Corvinal?

– Como é a Corvinal? – ouvi Adrian me perguntar e voltei a olhar para ele.

– É maravilhosa. – respondi automaticamente e ele sorriu – O Salão Comunal é bastante diferente do seu. As janelas são em arco e dão vista para o Lago, o Campo de Quadribol, a Floresta Proibida e as estufas de Herbologia. A entrada para o Salão Comunal não é escondida, muito menos temos senhas. Mas mesmo assim, nunca ninguém que não seja um Corvinal já entrou.

– Como assim vocês não tem senha? – perguntou Adrian, confuso.

– A cada vez que precisamos entrar, a aldrava de bronze em forma de águia de minha Casa recita um enigma para darmos uma resposta. Se a resposta for satisfatória é permitido nossa entrada. Se não, dormimos do lado de fora. – respondi rindo e Adrian riu junto.

– O Chapéu Seletor cogitou me mandar para a Corvinal. – disse ele, e eu o encarei surpresa – Mas acabou se decidindo pela Sonserina.

– O Chapéu Seletor também quis me colocar na Sonserina. Quero dizer, ele ficou em dúvida entre todas as Casas. – falei, um pouco envergonhada, já que Adrian não desviava os olhos de mim – Se me lembro bem, ele disse que eu era leal e justa como uma Lufa – Lufa, corajosa e nobre como uma Grifinória e tinha ambição e muita astúcia como Sonserina. Mas no fim disse que, com certeza, eu era uma Corvinal, como a minha mãe.

– Você é uma perfeita Corvinal. – ele disse, mas então seu rosto se avermelhou um pouco – Quero dizer, você é inteligente, criativa, bonita... Como todos diziam que Rowena era. – ele correu a mão pelos cabelos.

– Obrigada. – agradeci, sentindo que não somente ele estava com o rosto vermelho, mas eu também estava.

Ficamos em silêncio por um tempo, até eu decidir ir procurar Lissie, com quem eu conseguiria conversar assuntos que garotos não entendem.

– Eu acho que vou procurar a Lissie, você a viu? – perguntei a Adrian.

– Sim, ela estava com o Malfoy perto de onde eu estava. Vem – ele se levantou – eu te levo.

Sorri para ele e me levantei, mas uma coisa muito constrangedora aconteceu. Quando me levantei, enrosquei meu pé em minha capa de viagem e tropecei, perdendo o equilíbrio. Adrian ergueu os braços e conseguiu me segurar, mas bateu com as costas na janela para não cair comigo.

Agora, vamos analisar a situação. Adrian praticamente estava me abraçando enquanto eu estava sobre ele, segurando seu ombro firmemente e nossos narizes quase se tocavam. Eu sentia nossas respirações se misturarem. Eu não sabia o que estava sentindo nem o que deveria fazer. Não sabia mais nem o que havia significado o beijo de Ernest antes do feriado do Natal.

Senti Adrian subir uma de suas mãos até minha nuca, o que me fez ficar petrificada. Ele tocou nossos narizes e eu senti um arrepio correr todo o meu corpo, desde minha cabeça até a ponta de meus dedos dos pés. Senti todo o meu rosto arder quando o Artilheiro aproximou ainda mais seu rosto do meu e me beijou.

Foi diferente de quando eu havia beijado Ernest. Quando beijei Ernest, tinha sentido frios na barriga; mas enquanto Adrian me beijava, eu sentia como se todo o meu corpo estivesse em chamas. Não parecia que neve caia lá fora, parecia que estávamos em um verão com o sol brilhando com um calor incomparável. Sentia Adrian tocar meus cabelos com delicadeza enquanto me beijava de modo apaixonado, de um jeito como eu nunca havia sido antes. Ao contrário de quando beijei Ernest, Adrian me abraçava para que eu ficasse próxima a ele, como se não quisesse que ninguém me tirasse dali nem que eu fosse embora.

Quando comecei a sentir falta de ar, Adrian afastou um pouco seu rosto, mas permaneceu com nossos narizes se tocando. Nos encaramos, ambos ofegantes e eu juro que nunca vi ninguém olhando para alguma pessoa com tanta paixão quanto Adrian me olhava agora.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!



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