The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 25
Sorvetes e Conversas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!



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Fui com Adrian Pucey para a Sorveteria Florean Fortescue. O lugar estava cheio de crianças, em sua maioria mais novas que eu. Apesar de ser inverno, ninguém perdia a chance de tomar um bom sorvete de Sr. Florean. Florean era um homem simpático que tinha cabelos castanhos já grisalhos.

Adrian e eu nos sentamos em uma mesa ao lado da janela. Ficamos em silêncio enquanto saboreávamos nossos sundaes. Me lembrei que sempre que Annelize e eu nos encontrávamos no Beco Diagonal vínhamos aqui. Ela adorava tudo que era doce, desde criança.

– Há algo errado? – a voz de Adrian me tirou de meus pensamentos. Olhei para ele que sorria, parecendo um pouco desconcertado.

– Eu só estava pensando. – sorri para ele – Annelize e eu sempre tomamos sorvete aqui no verão, ou quando comprávamos nossos materiais.

Ficamos em silêncio durante mais alguns minutos.

– Você jogou bem, aliáis. – falei de repente e Adrian me encarou sem entender - Na partida de Quadribol contra a Grifinória. Marcou várias vezes.

– Obrigado. – ele sorriu – Mas foi uma pena não termos ganhado. E foi desnecessário a rima que Malfoy fez sobre o Weasley. – ele franziu o lábio.

– Foi o Draco que estava por trás disso? – arregalei os olhos.

– Acho que sim, não tenho certeza. – ele acenou com a mão em um gesto de descaso – Praticamente todos da Sonserina maldizem os Weasley.

– E você? – perguntei, olhando para meu sorvete – Também maldiz os Weasley?

Como não estava olhando para ele, não pude ver sua expressão, mas o ouvi suspirar levemente e se inclinar na mesa.

– Nem todos os sonserinos são maus e preconceituosos, Amélia Knight, você já deveria saber disso. – ele falou seriamente, mas quando encarei seus olhos, percebi que estavam brilhando com divertimento.

– E eu sei disso, Adrian Pucey, mas você eu não conheço bem. – imitei seu tom de voz e ele sorriu.

– Então vamos mudar isso. – falou – Eu não sou preconceituoso, mas entendo que minha família queira manter o sangue puro. – ele olhou para a janela, observando os leves flocos de neve que caiam – Provavelmente terei um casamento arranjado. – ele voltou novamente seu olhar para mim – É um pouco estranho, entende? Casamentos arranjados.

– Eu entendo. – respondi pensativa – Entendo completamente.

Até porque meu avô talvez me arranje um casamento com você.

Ficamos em silêncio mais um pouco.

– Seus pais... eles arranjarão casamento para você? – Adrian perguntou, me pegando de surpresa.

– Não eles, mas meu avô, pai do meu pai, com certeza irá. – minha voz saiu amarga e levemente raivosa – Sabe, meus pais se apaixonaram aos quinze anos, antes da idade de os pais começarem a procurar puros sangues para casar com seus filhos. Tanto a família da minha mãe quanto a família de meu pai aceitaram o namoro, contanto que se casassem. – suspirei – Minha família paterna é complicada. Minha tia foi deserdada e afastada da família simplesmente por se casar com um Lufano que era considerado... como foi que meu avô Francis disse mesmo? “Um traidor de sangue”. Meu pai não é extremista, mas não pode fazer nada. Minha mãe sempre acha melhor não discutir.

Parei de falar; achei que Adrian não iria querer saber dos problemas que enfrentava com minha família, mas senti a mão dele segurar meu pulso suavemente. Na verdade ele apenas havia pousado sua mão por sobre a minha, de forma gentil. As mãos dele eram suaves e lisas, não eram brutas como eu achei que seriam por causa do Quadribol.

– Tenho certeza de que você ficará com quem ama. – ele pareceu sem graça por dizer aquilo. Não posso culpa-lo. Um garoto sendo tão sensível assim, na Sonserina e no Quadribol, poderia não ser muito bem visto. Aliás, eu mesma estava surpresa! Adrian Pucey, o sério Artilheiro da Sonserina e sextanista, estava conversando comigo sobre casamentos arranjados?

Aonde está Lissie quando se precisa falar com ela?

Ah, lembrei! Ela está na Mansão dos Malfoy, passando o Natal.

Sorri para Adrian.

Nos quinze minutos seguintes, conversamos sobre Quadribol. Eu não era muito fã, mas, como já tinha comentado, meu pai era, então eu sabia bastante coisa sobre esse esporte. Até mesmo sobre os times. Mas eu olhei para o relógio na parede e vi que precisava ir encontrar meu pai no Caldeirão furado. Adrian se ofereceu para ir me acompanhando, mas eu recusei. Me despedi dele e sai da sorveteria.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!



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