- Cidade de São Paulo – Dezembro – 18:00 –

Cá estou eu, me chamo Eduardo Santos, moro aqui na grande cidade de São Paulo, uma das maiores cidades do mundo aproposito, mas com um cenário um pouco convincente para uma cidade grande...

Tenho dezessete anos, estou ainda no primeiro ano do colegial, já que fui retido duas vezes na escola, moro em um apartamento com as minhas irmãs, a mais velha Alice, 20; e a Júlia, 14, eu a Júlia estudamos na mesma escola, Alice trabalha com comércio e raramente fica em casa, apenas nos acolheu temporariamente enquanto nossos pais faziam viagens a negócios, coisa que raramente dá certo.

Entre tudo, tenho uma vida confortável.

Estava na casa do meu melhor amigo, o Gustavo, junto com a namorada dele a Paola e sua amiga a Talita, também estava outro amigo meu e do Gustavo o Matheus, que do nosso grupo, é o mais covarde que tem.

Todos estavam reunidos na sala da casa de Gustavo, exceto Gustavo e Paola que preparavam algum lanche para nós.

- Que saco de férias – Falei enquanto me espreguiçava no sofá que estava.

- Nem para acontecer algo nessa cidade – Talita falou, ela era meio exagerada as vezes – Uma tragédia sabe, daquelas bem fodidas para destruir tudo...

- Para Talita... – Matheus falou incomodado fazendo todos nós rirmos, deixando ele constrangido – Acho desnecessário falar isso, no fim sempre dá alguma merda.

- Como se a gente nunca tivesse passado por alguma merda – Falei lembrando de algumas confusões que havíamos nos metido alguns tempos atrás.

- Sem lembrar aqueles momentos desnecessários – Júlia falou rindo – Vamos fazer alguma coisa interessante...

- Tipo o que? – Gustavo apareceu na sala junto com Paloma, que colocou uma bandeja com alguns lanches e sucos.

- Vamos na Avenida Paulista... lá tá tendo shows da época de verão ou alguma coisa assim – Júlia falou enquanto comia um lanche.

- Não acho uma boa agora, já vai dar oito da noite – Paola falou – Sabe que essa hora é perigoso ir para lá.

- Paola – Guilherme deu selinhos repetidos na namorada, fazendo-nos nos incomodar – A gente fez cada coisa junto, dar um passeio a noite não é tão ruim...

- Além disso – Me intrometi – Tá calor pra caralho e eu não aguento ficar aqui um segundo se quer, eu vou saindo – Falei abrindo a porta de acesso à rua e sai imediatamente.

Passou alguns segundos e Júlia apareceu na calçada, assim como Matheus e Talita, Paloma saiu junto com Guilherme, que trancou a porta de sua casa e se juntou a nós.

Começamos a caminhar até a região da Avenida Paulista, demoramos apenas alguns minutos para chegar ali, e, literalmente, aquele lugar estava lotado de pessoas, como parte da avenida estava fechada por causa de alguns shows de um festival que estava acontecendo, até as duas vias estavam lotadas de pessoas, assim como as lojas e os prédios que estavam com lotação.

- Tá mais lotado que estádio de futebol – Disse Júlia segurando minha mão para não se perder.

- Vamos entrar em alguma lanchonete – Falei apontando para uma – Aqui está muito cheio e os lanches do Gustavo não puderam me encher.

Entramos na lanchonete, nos sentamos em uma mesa afastada, Matheus e Gustavo faziam os pedidos, as garotas começaram a fofocar e eu comecei a olhar meu feed de notícias, comecei a achar um pouco estranho, pois só falavam de alguma coisa que estava assustando São Paula, as pessoas não sabiam o que era, só que parecia alguma coisa enorme que estava destruindo tudo.

Devia ser algum trote para assustar os outros.

De repente, tudo havia parado, as luzes se desligaram e o solo inteiro começou a se mover violentamente, fazendo algumas coisas caírem no chão e as pessoas gritarem sem parar, não conseguia andar, fui levado para trás e bati as costas na parede e vi pela vitrine as pessoas na rua se apoiando em carros, guias e etc.

Minha cabeça estava doendo pra porra, me apoiei na quina de uma das mesas e me levantei, Talita e Paola conseguiram se levantar enquanto Matheus se aproximou de nós e ajudou Júlia a se levantar.

- O que foi isso?! – Perguntei indo até a janela vendo várias pessoas assustadas.

- Deve ter sido um terremoto – Talita falou assustada se sentando em uma mesa.

- Não tem terremoto aqui sua anta! – Falei pegando meu celular debaixo de uma cadeira e botei no modo para gravar – Tenho que registrar isso...

Enquanto gravava o ambiente, ouvimos um estrondo muito alto na rua e as pessoas começaram a sair dos edifícios correndo, que estranhamente eram atingidos por explosões.

- JÚLIA! – Corri até minha irmã desesperadamente e peguei seu braço a levando para fora da lanchonete.

- ESPERA EDUARDO! – Gustavo gritou ao fundo enquanto o resto do grupo corria para fora da janela.

- NÃO, GUSTAVO! – Uma das explosões havia atingido a lanchonete matando meu melhor amigo, dei outro grito mas Júlia me segurou impedindo que eu voltasse para a tentar salva-lo.

- ELE TÁ MORTO EDUARDO! NÃO VOLTA LÁ! – Júlia gritou enquanto corria comigo até o meio da rua junto com o resto do grupo.

Em meio a rua as pessoas corriam em uma direção só, parecendo que fugiram de alguma coisa, havia tumulto em saídas de edifícios, os carros haviam parados por seus donos que os abandonavam.

- O que diabos está acontecendo?! – Matheus perguntou assustado segurando em Talita para não ser levado pela multidão.

Olhei para trás e ao fundo havia uma enorme fumaça preta, destacando algo muito estranho, parecia um enorme objeto se movendo na rua destruindo as janelas dos prédios da avenida, dei zoom na câmera do celular e o que vi era surpreendente.

Era um monstro enorme

- Meu Deus! – Talita falou segurando na mão de Matheus que olhou aquilo muito assustado.

- Paola! – Júlia gritou ao ver a loira tentando sair da lanchonete, devido o excesso de pessoas que saiam de uma vez. Várias coisas começaram ser lançadas pelo que parecia ser o monstro, comecei a correr junto com Júlia, Talita e Matheus foram obrigados a abandonar Paola, que acabou sendo morta por um carro lançado ao tentar

- Que merda é essa! – Falei atrás de um dos prédios com Júlia, Matheus e Talita.

- Aquilo é um monstro – Matheus exclamou extremamente assustado – Temos que sair daqui agora...

- Avá que é um monstro – Falou Talita olhando de lado para a avenida – Vamos sair dessa porcaria antes que aquela coisa pegue a gente.

- Júlia – Mencionei o nome da minha irmã e ela me olhou – Segura minha mão o tempo inteiro, não solta de mim até sairmos daqui – Ela assentiu.

Saímos de trás do prédio e nos juntos a multidão que tentava de sair da Zona Central da cidade.