Puzzle escrita por Siaht


Capítulo 4
Plataforma 9 ¾


Notas iniciais do capítulo

Olá, amantes do Olívio!!!
Tudo bem com vocês, florzinhas? Espero que sim e aproveito para desejar um feliz 2015 para todas vocês!!!;D
Bom, dessa vez demorei um pouco mais, mas estava nessa loucura de festas de fim de anos. Além disso, descobri uma obsessão chamado Belo Desastre/Desastre Iminente e, apesar de toda raiva, ressalvas, xingamentos e todas as vezes que os livros foram parar na parede, não conseguia parar de ler! Haha
Antes que me esqueça quero dedicar esse capítulo à linda Mrs SC que fez várias capas lindas para minhas fics. Muito obrigada, flor!!!*--*
Espero que gostem!!!



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A primeira vez que Maggie e Olívio se encontraram foi desastrosa. Aconteceu em primeiro de setembro de 1987 e era difícil mensurar qual dos dois jovens estava mais empolgado para começar seu primeiro ano em Hogwarts. O garoto nem conseguia acreditar que o dia por que tanto esperava havia finalmente chegado. A menina, por sua vez, quicava de empolgação e não parava de falar por um segundo. Passara três anos ouvindo Trenton, seu irmão mais velho, contando sobre as maravilhas de Hogwarts e agora era sua vez de importunar Dylan, o caçula. É claro que ela sequer tinha uma história realmente sua, mas incomodava o pequeno e os pais narrando tudo o que pretendia fazer e contando, pela milionésima vez, a emoção que sentira ao receber sua carta. Em meio a tudo isso, havia as provocações de Trenton, mas anos de experiência tornaram Maggie imbatível quando se tratava de ofensas e provocações.

De qualquer forma, é na plataforma 9 ¾ , localizada na estação de King’s Cross, que nossa história começa oficialmente. Faltavam alguns minutos para que o Expresso Hogwarts seguisse seu curso e Olívio observava tudo a sua volta encantado. Internamente contava os segundos para embarcar na locomotiva, mas, de certa forma, se sentia culpado ao observar a expressão preocupada e levemente triste de sua mãe. Ele era filho único e assim que fosse para a escola seus pais ficariam sozinhos.

Maggie, no entanto, corria saltitante pelo lugar. Após tantos anos levando o irmão até ali, já conhecia totalmente o local e não perderia uma oportunidade de se mostrar independente. Sua mãe gritava para que ela parasse de correr, mas a menina era muito boa em se fazer de surda. Isso irritava Sarah mais do que qualquer outra coisa! A garota continuou a correr sem se importar com a repreensão materna e só parou quando sentiu seu corpo colidir com o de alguém um pouco mais alto. Ela não o viu parado ali, olhando para tudo com um misto de fascínio e expectativa, e quando percebeu já estava caída no chão. Olívio sentiu apenas o baque contra suas costas e imediatamente se virou encarando a menina loira estatelada no chão.

— Oh! Me desculpe! –ele disse educado, lhe oferecendo a mão para ajudá-la a se levantar. Seus pais conversavam com alguns amigos não muito longe dali.

Maggie o enviou um olhar cheio de ódio. Ignorou completamente sua parcela de culpa enquanto se perguntava o que aquele garoto idiota estava fazendo no meio do caminho. Manteve a expressão irritada e o nariz em pé enquanto ignorava a mão estendida em sua direção e se levantava sozinha. Não precisava da ajuda daquele idiota.

— Você deveria prestar mais atenção enquanto fica parado como uma estátua no meio do caminho. – ela disse presunçosa, tentando limpar as roupas.

Olívio estreitou os olhos. A menina viera correndo como uma maluca, se chocara contra ele, ignorara totalmente sua tentativa de ser prestativo e gentil, lhe lançara aquele irritante olhar de superioridade e agora vinha falando com a voz cheia de presunção como se ele fosse o único culpado. Aquilo era um absurdo, mas ele suspirou tentando manter a calma.

— Talvez você devesse prestar mais atenção quando sair correndo por aí.

— E talvez você devesse deixar de ser um idiota deslumbrado. – ela disse enquanto seu olhar mortífero se intensificava.

Bastaram dois segundos para que ela não gostasse de Olívio. Primeiramente ela nutria um profundo desprezo por todos aqueles imbecis que ficavam encantados com a plataforma 9 ¾ e todo o resto. Era apenas uma porcaria de estação, pelo amor de Merlin! O que eles fariam quando chegassem à Hogwarts? Sem falar que já tinham 11 anos, não eram mais crianças e, na opinião da loira, deveriam parar de agir como tal. Além disso, todo o jeito mauricinho do menino a incomodava.

Ela havia conhecido muitas crianças em sua vida e havia se tornado muito boa em detectar “filhinhos de papai” . Para a Duchannes não havia nada mais desprezível que essas criaturas mimadinhas, sem personalidade e super protegidas. Ela havia entrado em brigas com vários deles e quanto mais os conhecia, mais os odiava. Mas, pensando bem, talvez o garoto estivesse mais para um “filhinho de mamãe”. Ela podia sentir os cinco dedos de uma mãe por trás daquele cabelo penteado e do suéter ridículo. O menino era engomadinho da cabeça aos pés e aquilo a fazia querer vomitar.

De qualquer forma, a reciproca foi verdadeira, pois o Wood também a odiou de cara. Primeiro havia toda sua grosseria desnecessária e todos os motivos, já elencados, que o irritaram. Além disso, ele não podia deixar de franzir o cenho para aquela criatura descabelada e grosseira a sua frente. Seus grossos cachos loiros e despenteados pareciam formar uma juba de leão em sua cabeça, seu rosto era inteiramente pintado por sardas e, por trás do sorriso superior, seus dentes eram levemente tortos. Isso sem mencionar suas roupas. Os jeans rasgados, a camiseta preta, que trazia a estampa da banda The Wolves, e o casaco, que era muito maior que se corpo, a faziam parecer mais um garoto que uma garota.

O pior, no entanto, eram os olhos azuis da menina, eles estavam cheios de tanta ira que Olívio se perguntava o que havia feito de tão sério para irritar garota de tal forma. Seu pensamento apenas deixava claro que ele não a conhecia. Afinal, qualquer um que conhecesse minimamente Maggie Duchannes saberia que não era preciso muito para irritá-la e que a jovem adorava criar confusão por pouca coisa. Trenton costumava dizer que a irmã era a rainha do barraco e da baixaria.

De qualquer forma, é importante saber que o primeiro sentimentos que surgiu entre Olívio e Maggie foi uma antipatia mútua. O santo “não bateu” de imediato e qualquer um que observasse a pequena discussão que se seguiu perceberia isso. Basicamente, um tentava colocar a culpa pela pequena colisão no outro. Uma briga bastante infantil e Olívio tinha consciência que nem estaria em meio aquele debate inútil se outra pessoa houvesse esbarrado nele. Qualquer ser humano normal aceitaria seu pedido de desculpas, que nem era exatamente necessário, também se desculparia e ficaria tudo bem. Mas de todas as pessoas do mundo ele tivera a sorte de esbarrar naquela sardenta irritante e encrenqueira.

O bate boca continuou até que Maggie, perdendo o último fio de paciência que lhe restava, reuniu todas as suas forças e empurrou Olívio para o chão. Como a menina não era exatamente sortuda sua ação impulsiva ocorreu no exato momento em que sua mãe finalmente conseguiu lhe encontrar em meio à plataforma lotada.

— Margareth Elizabeth Duchannes! O que diabos você pensa que está fazendo? – a mulher berrou, enraivecida. A garota fez uma careta ao ouvir o nome.

Toda a gritaria fez o senhor e senhora Wood se voltarem para a cena e correrem para acudir o filho, que se levantava irritado. Sua vontade era estrear sua nova varinha produzindo uma azaração contra aquela loira desagradável, mas, infelizmente, ele ainda não conhecia nenhum feitiço.

Sarah Duchannes continuou a gritar com a filha e a obrigou a pedir desculpas para o garoto. Depois de alguns minutos, vários berros, dois ou três beliscões e um milhão de ameaças, Maggie, muito a contra gosto e quase inaudivelmente pediu desculpas a Olívio, que não querendo protelar aquela situação, as aceitou com um aceno de cabeça. Após isso Sarah, ainda gritando, saiu arrastando a filha pelos braços, sendo seguida pelo marido e os outros dois filhos. Muitas pessoas encaravam a cena e Trenton tentava fingir que não conhecia aquelas pessoas. Suspirou irritado. A irmã ainda nem havia pisado em Hogwarts e já estava lhe causando constrangimento!

Quando a família se afastou Vivian Wood franziu os lábios, evidenciando seu descontentamento, e passou os próximos dez minutos comentando como algumas crianças poderiam ser mal-educadas e advertindo o filho a nunca agir daquela forma. Olívio não prestou muita atenção no discurso da progenitora. Seu sangue fervilhava e ele não conseguia deixar de pensar em como havia sido derrotado por uma garota. Uma garota louca, encrenqueira e irritante, é verdade, mas que havia o humilhado e acabado com seu momento de completa felicidade e glória. Ele inspirou fundo. Margareth podia ter vencido a primeira batalha, mas nesse instante também iniciara a guerra. Uma guerra que Olívio não estava disposto a perder.


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Notas finais do capítulo

Bom, não sei se ficou muito bom, mas espero que tenham gostado!
Sim, o fato do irmão da Maggie se chamar Trenton tem tudo a ver com o Trenton Maddox. Haha
Acho que por enquanto é isso!
Até o próximo!
Beijinhos...
Thaís



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