Realeza em tanto escrita por Li


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Genoveve entra no recinto do palácio sendo seguida por todos.

–Naquelas duas mesas estão etiquetas marcadas com a indicação do quarto em que vão ficar. A mesa da direita tem as etiquetas para os quartos femininos e a direita para os quartos masculinos. Vocês chegam, tiram uma à sorte e esse será o vosso quarto ao longo do tempo que estejam cá. Os quartos são de quatros pessoas e situam-se no sétimo andar, ou seja, o último do palácio. Estão dispensados, amanhã quero-vos aqui às sete horas da manhã. – diz Genoveve.

Após as palavras de Genoveve todas as pessoas correm para escolher o quarto. Sinceramente não sei qual a pressa se primeiro, eles não sabem qual o quarto melhor (provavelmente eles são todos iguais) e segundo, são pessoa de todo o reino, quase ninguém se conhece por isso não há a necessidade desta pressa. Quando finalmente consigo uma etiqueta com o número do meu quarto (245) sigo até ao sétimo lugar. Mas como era de esperar, o sétimo andar estava uma confusão por causa da procura de quartos. Uma rapariga passa por mim e consigo ver a etiqueta dela que tem exatamente o mesmo número que a minha.

–Desculpa. – agarro o braço dela, assustando-a.

–Precisas de ajuda? – pergunta.

–Reparei no número da tua etiqueta e é igual ao meu e era para saber se já descobriste onde era o quarto.

–Sim já descobri! Anda! Já agora o meu nome é Malia. E o teu é…

–Alexia. – apresento-me. Malia encaixava-se no grupo das raparigas simples como eu. Era mais ou menos da minha altura, cabelos cor de caramelo e olhos negros.

–Bonito nome.

–Obrigada.

–Vamos depressa, quero conhecer o resto das nossas companheiras de quarto.

Quando chegamos nem queria acreditar quem seria uma das minhas companheiras de quarto ao longo destes dois anos (pelo menos). Aquela loira do comentário estúpido. Sim, essa mesmo. Quanto sorte eu tinha.

–Olá meninas, o meu nome é Malia e vosso qual é?

–O meu nome é Alison – disse a loira oxigenado do comentário desnecessário. Uma coisa é verdade, ela é bonita (cabelo loiro, olhos azuis e 1,80m de altura) mas daí até conseguir seduzir o príncipe vai uma grande distância, além que, pelo que sei o príncipe Killian já estava comprometido com uma princesa estrangeira.

–Sou a Yara. – disse a outra rapariga que estava com a Alison. Yara é mais baixa que eu (e eu só tenho 1.62m), cabelos castanhos-escuros e olhos da mesma cor.

–Alexia. – disse.

–Agora que as apresentações já estão feitas, Malia e Alexia nós já escolhemos as nossas camas, que vão ser estas – aponta – as vossas são aquelas.

–Está obrigada. – digo seca

Aproximo-me da minha nova cama pousando a mala para começar a desfazê-la (pouca coisa, visto que usarei farda).

–Já agora nós já arrumamos as nossas roupas e deixamos o espaço para vocês duas. – diz Alison com um sorriso falso.

Quando abro o armário nem quero acreditar. Elas ocuparam-no quase todo. Havia duas prateleiras disponíveis, uma para mim e outra para a Malia.

–Obrigado pelo espaço que deixaram. – digo irónica – vai chegar porque eu, ao contrário de outros trouxe só a roupa necessária.

–Não sei para quem é que estás com boquinhas desnecessárias, eu também só trouxe a roupa necessária – disse Alison.

–Claro! – digo com um sorriso falso.

–Yara vamos para baixo. Diz aqui que a hora do nosso almoço é ao meio-dia, faltam quinze minutos.

E com isto, Yara seguiu Alison para fora do quarto.

–Isto vai ser uma animação! – diz Malia.

–Por favor diz-me que não és como aquelas cabeças ocas, por favor. – digo.

–Achas? Aliás eu vim com a casa às costas, com os meus cinquenta casacos, quinhentos pares de calçado, tudo. – ironiza.

–Nem sei como vamos aguentar isto durante tanto tempo. Que sorte a nossa.

–Temos de ignorá-las, pode ser que se não falarmos com elas, elas não falem connosco. Agora é melhor irmos andando, pois como disse senhorita Alison o nosso almoço é ao meio dia. – rio com a ênfase que Malia faz à palavra senhorita.

Seguimos para a cozinha (que se situa no andar -1). Quando chegamos procuramos um lugar para nos sentarmos. Pelo caminho sinto alguém agarrar o meu braço. Quando me viro nem quero acreditar.

–Ethan! – abraço-o. Ethan é o filho mais velho dos meus vizinhos. Quando fez dezoito anos alistou-se no exército e desde então nunca mais o vi (já lá vão três anos). Ethan é o melhor amigo, eu adoro-o e é o único que sabe tudo sobre mim (incluindo o que o meu pai faz com a minha família).

–Então pequenina isso são tudo saudades?

–Bem sabes que sim, já não estava contigo ao tempo. Estás diferente! – e realmente estava. Ethan já era bonito por natureza com o seu cabelo loiro e olhos azuis claros, iguais aos meus, mas agora ele estava musculado, todo o corpo definido (pude sentir quando o abracei).

–Espero bem que para melhor.

–Claro que sim.

–Então se eu já era irresistível imagine-se agora. – rio com o comentário dele.

–Continuas o mesmo convencido de sempre.

–Que tu adoras. Tu também estás diferente, estás mais mulher, mais sexy! – coro com o comentário. Não pode dizer que sou a pessoa mais feia à face da terra. Os meus cabelos são negros, tenho 1.62m, peso ideal e olhos azuis-claros, da cor do oceano.

–Obrigada, acho! Tenho de ir, se não passa a minha hora de almoço. Foi bom ver-te novamente. Temos de arranjar um tempo para por a conversa em dia. – digo, despedindo-me com um abraço e dirigindo-me para o lado de Malia.

–Quem era aquele bonitão que estava a falar contigo? – pergunta-me Malia mal chego à mesa.

–É o Ethan. – digo.

–É o Ethan – diz ela imitando-me. Reviro os olhos. – Eu quero saber de tudo.

Acabamos de almoçar e dirigimo-nos ao quarto enquanto eu lhe contava como conheci o Ethan e assim.

–Ethan e eu nos conhecemos desde sempre. A família dele é minha vizinha. Ele é o meu melhor amigo e antes que perguntes, não ele não é meu namorado é só meu amigo, eu o vejo como um irmão. – conto-lhe já sentadas na minha cama.

–E tu nunca sentiste mais nada por ele sem ser amizade?

–Não! Como te disse ele é como um irmão para mim.

–Pronto, está bem! – diz desanimada – e eu a pensar que tinha aqui um grande romance em mãos.

–Então escolheste a pessoa errada para ser tua amiga porque a minha vida de romance não tem nada. – digo.

–Então tu é que conheceste a pessoa certa para ser tua amiga porque a partir de agora a tua vida vai estar cheia de romance. – rio. Realmente acho que escolhi a pessoa certa para ser minha amiga.

Passamos horas na conversa que, quando demos conta já era hora de jantar. Descemos, jantamos e voltamos.

–Estive a pensar. – disse a Malia – Vamos explorar o palácio.

–Estás maluca? E se nos apanham? Parece que nem ao primeiro dia de trabalho queres chegar.

–Claro que não vamos ser apanhadas! Anda lá vai ser divertido. – disse Malia ajoelhando-se ao pé de mim fazendo uma cara de anjinho.

–Está bem. O que pode correr mal? Só sermos despedidas antes de começar a trabalhar. – ironizo.

Ela puxa-me pelo braço e quando dou conta já estamos a explorar os corredores do palácio. Cada vez ficava mais maravilhada com este sítio.

–É lindo. – digo.

–Mesmo, vou adorar trabalhar aqui mesmo que seja cansativo e…

–Shiu! Vem aí alguém, devem ser os guardas. – sussurro.

–Anda, temos de correr para não sermos apanhadas.

Corremos, corremos e quando dei por mim já não sabia onde estava. Pior, Malia tinha desaparecido. Continuei a correr para chegar o mais depressa ao meu quarto, quando ao virar uma esquina bato contra alguém. Olho para ele e nem quero acredito, acabo de bater contra o príncipe.


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