Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 3
Connor... Is back?




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Acordei, pela primeira vez no mês depois do despertador, mas estava com preguiça e sono demais pra levantar. Concedi-me mais meia hora de sono. Quando acordei novamente, tinha mesmo que me levantar e fui para o banheiro me arrumar. Escolhi um vestido longo, rosa claro, um blazer branco, acessórios dourados, meu bracelete e saltos nude. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, deixei a franja solta e me maquiei. Um pouco de rímel, gloss, blush e estava pronta.

Quando cheguei ao prédio, por volta de 7:30hrs, Matt estava entrando também.

“Bom dia.” Ele falou tirando os óculos escuros Ray Ban que o deixava mais sexy e gostoso ainda e aquela droga de barba mal feita que ficava perfeita nele.

“Bom dia Matt.” Sorri em resposta. Coloquei meus óculos de grau e comecei a ler uns e-mails no celular enquanto caminhava para o elevador. Fomos o percurso em silêncio, eu estava concentrada no que estava lendo e ele perdido em pensamentos. Finalmente o elevador parou e as portas se abriram.

“Gostei dos óculos.” Ele sorriu e saiu em direção a sua sala, eu sai atrás dele.

“Obrigada.” Falei sem graça. Que droga, faziam anos que ninguém me deixava sem graça.

“Bom dia Srta Trammer, Sr Davis.” Emily disse vindo em nossa direção e me entregando alguns papéis com recados. “E isso aqui veio com um buquê.” Ela me entregou um cartão vermelho.

“E cadê o buquê?” Matt perguntou.

“A Emily some com qualquer flor que chega aqui pra mim, só pego os cartões pra saber a quem agradecer depois.” Falei abrindo o cartão, Matt começou a rir. No cartão vinha a seguinte mensagem:

Adorei nossa noite e iria adorar que me ligasse. Meu número está logo abaixo, ficarei aguardando ansioso. Paul.

“Quem é Paul?” Olhei pra Emily confusa.

“Eu acho que era aquele médico da semana passada.” Ela falou pensativa. “Devo responder algo?”

“Não vai ser preciso.” Olhei envergonhada para Matthew. “Pode jogar fora.” Entreguei o cartão para ela.

“Certo, como quiser. O vôo do Sr Hudson está atrasado, então ele não irá mais chegar na hora do almoço como previsto.”

“Ele deve ter amado...” Falei irônica. “Avise-me assim que souber que horas o avião pousa, não importa o que eu esteja fazendo, me interrompa. Se eu não for buscá-lo no aeroporto, ele irá me matar e sabemos como Luke pode ser dramático.”

“E como sabemos.” Ela sorriu. “Sr Davis uma Srta chamada Lindsay Willians ligou para o senhor, ela pediu que entrasse em contato assim que chegasse, pois não estava conseguindo falar com o senhor no celular.”

“Ah, claro... Obrigada Emily, eu esqueci o meu carregador aqui ontem e acabei ficando sem carga no celular. Bom, espero que tenham um bom dia.” Ele disse indo para sua sala.

“Emily vou precisar de café. Urgente.” Falei indo para a minha.

Entrei no meu escritório, tirei meu blazer e liguei o computador. Alguns minutos depois, ouvi barulhos vindo da sala de Matt. Umas risadas, conversas altas... Decidi ver o que estava acontecendo.

“Mas que merda de tanto barulho...” Abri a porta e vi Matthew e Brian rindo e conversando. “Ah, tinha que ser.” Revirei os olhos.

“Ora, ora... Minha irmãzinha.” Brian se levantou e veio correndo me abraçar me tirando do chão.

“Me solta seu Shrek.” Falei batendo nas costas dele. “E não sou sua irmã, sou quase meia-irmã.” Ele me pôs no chão e foi sentar ao lado de Matt de novo.

“O bom humor matinal da Sophie é contagiante.” Brian disse rindo, Matthew começou a rir também.

“Nem me fale...” Ele disse.

“Isso é roupa que se venha trabalhar Sôsô?”

“Sôsô?” Matthew disse rindo virando a cabeça pra trás.

“Não me chama assim retardado, sabe que eu odeio.” Joguei uma das almofadas nele. “E o que tem de errado com meu vestido? É Gucci querido. Impossível errar com um Gucci. Claro que uma criatura sem nenhum senso igual você, não iria saber apreciar uma peça de bom gosto."

“Nada de errado, a não ser o fato das suas costas estarem toda do lado de fora.” Ele cruzou os braços. “Foi essa educação que eu te dei?”

“Eu vim de blazer imbecil...”

“Ta bem, ta bem!” Brian levantou as mãos em forma de rendição. “A gente tava planejando ir almoçar juntos hoje, ta afim de ir?”

“Deus que me livre! Prefiro passar fome que sair com vocês dois.” Cruzei os braços. “E, por favor, moças, façam menos barulho, tem gente que trabalha aqui.”

“Sôsô tá bravinha hoje...” Brian disse rindo. “Aliás Matt, Sôsô tá bravinha todo dia não é?”

“Ah, vá se ferrar...” Falei saindo pela porta.

Voltei pra minha sala, mas não consegui me concentrar mais. Fiquei imaginando o que Brian e Matt conversavam. Será que ele falava sobre a noiva com ele? Será se eles tinham problemas como um casal ou eram aquele tipo de casal ‘Felizes pra sempre’? Apoiei a cabeça nas mãos, eu precisava deixar essa história para lá, definitivamente.

Senti minha barriga se manifestando, já eram quase 14hrs e eu não tinha comido nada, apenas tomado um café, mas não queria sair pra comer, preferia ficar no escritório para que quando soubesse a hora que Luke iria chegar, poder ir buscá-lo. Acabei pedindo pra Emily comprar meu almoço e iria comer no escritório mesmo.

Já era fim de tarde e enfim o vôo do Luke estava prestes a pousar. Peguei minhas coisas, meu blazer e fui até a sala do Matt. Bati na porta e quando ouvi o “Entre”, assim o fiz.

“Eu estou indo ao aeroporto buscar Luke, quer vir comigo?”

“Sophie eu adoraria, mas eu tenho um encontro agora a noite.” Ele disse se levantando.

“Um encontro? Achei que você estava noivo.” Falei confusa.

“É justamente com ela.” Ele sorriu.

“Ah... Então ela já está na cidade?”

“Não. Vai ser um encontro via skype...” Ele franziu a testa. “Sabe como é né?”

“Não sei...” Falei mordendo o lábio. “Então ta bem, tenha um ótimo encontro ou seja lá o que for. Ah e amanhã de manhã tem aquela reunião com os investidores, não sei se Emily já te disse algo”

“Sim, ela me informou. Nos vemos amanhã então.” Acenei com a cabeça e sai em direção ao elevador. Ótimo, vai ter um encontro com a noivinha... Nem conheço essa criatura e já não gostei dela. Sabe aquela história de ódio gratuito? Pois é, tipo isso.

Cheguei ao aeroporto e fui comprar um chá gelado enquanto esperava o vôo.

“Sophie?” Ouvi alguém me chamando e me virei para ver quem era.

“Connor?” Fiquei boquiaberta.

“Quanto tempo não é?” Ele falou sorrindo e me deu um abraço forte, que me deixou bastante desconfortável.

“É mesmo...” Tentei soltar-me dele de forma educada. “Está chegando ou indo viajar?” Pelo amor de Deus que esteja indo embora para nunca mais voltar.

“Estou indo a trabalho, volto em alguns dias e você?”

“Eu...” Eu não conseguia raciocinar direito com a presença de Connor ali, tão perto. “Eu vim buscar o Luke, ele está chegando de viagem.”

“Faz tempo que não o vejo também. Vocês como sempre, não se desgrudam.” Ele passou a mão em meu braço.

“Pois é, eu preciso ir por que o avião já vai pousar e eu não vejo a hora de ir pra casa.” Me afastei discretamente.

“Claro, eu entendo. Foi muito bom te ver Sophie, você está linda.” Ele deu um beijo em meu rosto. “Espero te encontrar novamente por ai.” Ele sorriu.

“A gente se vê Connor.” Me virei e fui andando para a área de desembarque.

Esperei alguns minutos, presa em pensamentos e lembranças devido ao recente encontro, até que vejo Luke, automaticamente um enorme sorriso fica estampado em meu rosto. Saiu andando em direção a ele e sou envolta no abraço mais apertado que já recebi na vida.

“Sua piranha, como eu senti sua falta!” Ele disse me dando um longo beijo no rosto.

“Eu senti mais. Vamos pegar suas coisas e ir pra casa.” Saímos de mãos dadas e após pegar as bagagens, que pesavam no mínimo uma tonelada cada, fomos embora. Era um alivio ter ele em casa de novo.

“Você está esquisita... Aconteceu alguma coisa?”

“Nada Lu, besteira.” Tentei sorrir e coloquei a mão em seu joelho enquanto a outra estava no volante.

“Pra cima de mim? Acho bom tratar de me contar logo.” Ele se virou no banco em minha direção. Respirei fundo.

“Eu encontrei com Connor no aeroporto.” Disse sem tirar os olhos da avenida.

“Connor? Qual Connor? O seu Connor?” Ele disse surpreso.

“Não é‘meu’ Connor e sim é ele, ou a gente conhece mais algum?”

“Caramba...” Ele se virou para frente de novo. “Como ele estava?”

“Muito bonito. Estava viajando a trabalho... Quem diria, o Connor trabalhando.”

“Tá ai uma coisa que não se ouve todo dia...” Ele riu. “Mas e você? Está bem?” Ele pôs a mão em meu ombro, eu o olhei e sorri.

“Tô sabe, quero dizer, é só estranho. Eu daria minha vida por aquele homem anos atrás e vê-lo depois de tanto tempo...”.

“Fez renascer algum sentimento?”

“Não, definitivamente não. Nossa história já teve um ponto final. Só fiquei surpresa, apenas isso.”

“Eu entendo, o que vocês tiveram, principalmente pra você, foi muito intenso é normal que fique se sentindo assim. Mas relaxe está bem? Já passou, isso faz muito tempo, não merece que você fique se remoendo.” Ele beijou meu pescoço.

“Você tem razão, deixa isso pra lá. Quero saber de coisas mais interessantes... Como por exemplo, como estava Paris?”

Luke contou um resumo da sua viagem, que havia feito duas campanhas ao invés de só uma e que todos amaram o trabalho dele, o que me deixava muito contente. Disse que ficou totalmente apaixonado pelo fotógrafo que tirou suas fotos e que depois de alguns encontros, parecia que a coisa ia decolar.

“Mas eu achei que a gente ia se casar!” Fiz beicinho.

“Só nos seus sonhos querida você iria ter um marido tão fodidamente gostoso e perfeito como eu!” Ele bagunçou meus cabelos. “Eu estou um lixo de cansado... Quase 12hrs pra conseguir voltar para casa, preciso dormir urgente!”

“Eu te deixo em casa, vou para a academia e te acordo para jantar. Certo?”

“Por mim está maravilhoso!”

Chegamos em casa, Luke foi tomar banho e eu me trocar. Eu ainda estava mexida por ter encontrado com Connor, mas não queria mais tocar nesse assunto, pelo menos não em voz alta. E como já fazia um tempo que eu estava praticando Muay Thai, decidi que dar socos e chutes poderia aliviar minha tensão. Coloquei um short saia rosa, regata preta, tênis e prendi os cabelos novamente. Tomei um copo de suco e quando me despedi de Luke ele já estava deitado quase dormindo e dirigi até a academia.

“Trammer! Está sumida!” Carlos, meu personal veio sorrindo em minha direção.

“Estava um pouco ocupada, mas voltei cheia de vontade!” Disse animada.

“Ótimo! Assim mesmo que eu gosto. Vamos começar com o que? Alguns localizados?”

“Na verdade hoje eu estava realmente muito afim de lutar...”

“Dia difícil?” Ele pôs a mão no queixo.

“Você nem imagina!” Revirei os olhos. Fomos indo para o segundo andar, onde ficava as salas de aulas de lutas.

Tirei o meu tênis e comecei a me aquecer, Carlos colocou minhas luvas e começamos a fazer algumas sequências de chutes. Ele usava protetores nas mãos, enquanto colocava-as para o alto eu as acertava com chutes e socos.

Após uns vinte minutos assim, ele pendurou o saco de areia e comecei a bater nele enquanto Carlos o segurava para não sair do lugar. Como um bom personal. Carlos falava palavras de incentivo como ‘Mais forte’, ‘É só isso que consegue?’, ‘Você está batendo igual mulherzinha Trammer’.

“Por que eu acho que sua cabeça tá em qualquer lugar menos aqui?” Ele ficou entre mim e o saco de areia. “Se concentra Sophie, você veio pra cá por um motivo. O que te irritou? Se foca nisso e imagina que esse saco de areia é tudo o que te fez ficar brava e bate pra valer dessa vez.” Respirei fundo e visualizei a cara de Connor, 10 anos mais jovem. O mesmo cabelo preto, olhos castanhos claros, sorriso bonito. Dei o primeiro soco bem no meio da sua cara. “Boa, tá melhorando...” Carlos falou voltando a segurar o saco. Lembrei do rosto dele quando nos beijamos a primeira vez e mais outro soco. Lembrei de quando disse que me amava e mais um soco. Quando fomos pra cama a primeira vez e finalmente, quando ele me traiu e depois terminou comigo. Socos e socos e mais socos... Bati com tanta força, uma força que nem eu sabia que tinha e que acabou arrebentando a costura do saco, fazendo cair areia pelo chão. “Então essa é a Trammer com raiva.” Carlos pegou uma fita preta e colocou no rasgo para fazer com que a areia parasse de cair, eu respirava pesado, cheia de adrenalina. “É disso que tô falando! Não queria ser a criatura que você imaginou aqui pra bater desse jeito.” Ele tirou o saco do gancho de onde estava pendurado. “Sente-se um pouco e se hidrate, eu só vou limpar aqui rapidamente e vamos fazer uns exercícios de alongamento.” Acenei com a cabeça e fui sentar na pequena arquibancada. Peguei minha garrafa d’água, tomei uns bons goles e senti minha barriga protestando de fome... Claro, esqueci de comer antes de ir pra academia.

“Foi um belo soco...” Ouvi uma voz conhecida atrás de mim. Virei-me e vi Matt, de roupa de ginástica descendo a arquibancada e sentando do meu lado.

“Que susto! O que tá fazendo aqui?”

“Vim conhecer a academia, eu costumava malhar na Califórnia, não queria perder o hábito. Que tipo de luta é essa?”

“É muay thai. Já ouviu falar?”

“Treinei box por uns tempos, mas só utilizamos os punhos para ataque e defesa. Faz tempo que pratica?”

“Como que uns três anos, mais ou menos... Você deveria tentar, faz muito bem pro corpo e principalmente pra mente.”

“Opa, parece que temos um novo aluno.” Carlos se aproximou secando as mãos em uma toalha. “Sou Carlos, personal da Sophie, prazer.” Ele estendeu a mão.

“Muito prazer, sou Matt.” Eles apertaram as mãos.

“Matthew é nosso novo vice presidente Carlos.” Disse sorrindo, ainda um pouco sem ar. Não sei se por ter batido muito forte ou por que Matt ficava muito gostoso de camiseta.

“Boa sorte então meu filho, vai precisar pra trabalhar com essa daí.” Ele jogou a toalha em mim.

“Muito engraçado...” Fiz careta.

“Então temos um novo aluno ou não?”

“O que acha? Faz uma aula experimental!” Disse animada.

“Claro, gostei do que vi. Mas ainda vou na recepção me inscrever, só estava dando uma geral na academia.”

“Não precisa se inscrever cara...” Carlos riu. Matt o olhou meio confuso.

“A academia é minha.” Pisquei pra ele. “Pode pegar pesado com ele Carlos. Eu vou comprar uma vitamina e já venho.” Levantei e deixei os dois se aquecendo.

Caminhei até o refeitório e ignorei os olhares dos rapazes da academia para mim. Comprei uma vitamina de morango e menta e quando voltei a sala, Carlos mostrava Matthew a forma certa de chutar o saco de areia.

“É mais difícil do que parece...” Matt disse rindo. “Se até você consegue...” Ele apontou pra mim. “Eu consigo também.” Comecei a rir também.

“Ela tem mais flexibilidade que nós dois juntos cara.” Carlos deu um tapinha em seu ombro consolando.

“Não tenho culpa se eu fui bailarina e vocês não!” Dei um gole na minha vitamina, que estava deliciosa.

“Bailarina?” Matt me olhou surpreso. “Você é tão esquisita. Como pode ir de bailarina a lutadora?” Ele disse com diversão.

“As pessoas mudam.” Virei-me mordendo meu canudo e fui sentar para assistir a aula dele. Impossível não reparar em como a bunda do Matthew ficava perfeita naqueles shorts quando ele levantava a perna para chutar. Acho que comecei a olhar descaradamente e continuei mordendo meu canudo, Matt se virou pra mim e me pegou no flagra olhando sua bunda. Ele me olhava como se não estivesse acreditando, mas ao mesmo tempo com diversão. Eu comecei a rir e me levantei. “Eu já vou indo, boa aula ai pra vocês.”

“Amanhã às 8hrs?” Matthew perguntou ainda sem tirar o riso divertido do rosto.

“ÁS 8hrs. Tchau Carlos e desculpe pelo saco, eu vou mandar alguém vir ajeitar.”

“Certo Trammer. E não some mais!” Ele piscou e voltou a dar as instruções dos exercícios para Matt.

Passei num restaurante e comprei minha janta e de Luke. Ele amava comida japonesa então ia gostar da surpresa. Depois passei no mercado, comprei seu sorvete e chocolates preferidos e pipoca. Estava planejando uma mini festa do pijama particular. Quando cheguei, ele ainda estava dormindo. O acordei e chamei para a sala para jantarmos, Separei nossos filmes preferidos, As Branquelas, Miss simpatia e As patricinhas de Bervely Hills.

“Meu Deus olha o corpo da Sandra Bullock! Tomara que ela engorde 30 kg. Por que eu não sou magra assim?” Estava deitada de barriga pra baixo e com o queixo apoiado nas mãos. Luke estava deitado do meu lado.

“Meu amor se você me disser que é gorda, eu vou dar na sua cara.”

“Gorda não, mas olha a diferença da bunda dela pra minha...” Falei desanimada.

“Tem uma enorme diferença mesmo, a sua é gostosa.” Ele deu um tapa forte na minha bunda que me fez gritar.

“Não vou conseguir sentar por uma semana.” Comecei a massagear a parte que ele bateu.

“Para de frescura e me atualiza logo dos babados.” Ele veio se deitar de barriga pra baixo igual a mim.

“Basicamente o que tem de novo é que Richard arranjou um novo vice presidente.”

“Novo? Ele contratou um homem? Até que enfim... Não aguentava mais ver tanta mulher naquele prédio.”

“Imagina trabalhar com elas todas de TPM.” Revirei os olhos.

“Vamos ao que importa... É gostoso?”

“Se é gostoso?! Meu amor, o que tem além do gostoso? Sério, vai morrer quando o vir.”

“É tão bom assim? Já quero conhecer!”

“Amanhã a gente vai ter uma reunião de manhã, passa lá pra gente ir almoçar junto.” Sentei e comecei a comer o sorvete.

“Já pegou?” Ele me olhou de lado.

“Não!”

“Vai pegar?” Ele disse animado.

“Claro que não!” Bati em seu braço. “Além do que, ele é noivo...”.

“Isso nunca a impediu de nada.” Ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Resolvi mudar de assunto. Quis saber mais sobre o tal fotógrafo que o deixou tão apaixonado, segundo Luke, ele iria vir para Nova Iorque no próximo mês já que depois de Paris, ele continuou viajando fazendo outros trabalhos. Luke parecia realmente animado e isso me deixava contente, por que pelo menos um de nós iria ter sorte no amor. Ele já tinha namorado mulheres, mulheres lindas aliás, mas ele prefere o seu lado homossexual. Eu o amo de qualquer forma e todos os seus lados.


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