Por você mil vezes - Se não fosse amor escrita por Suy


Capítulo 26
De volta em seus braços.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite lindas! Mais um capítulo para vocês e a tão esperada volta do Matt! Deixem seus reviews, beijão!



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Estava no quarto me arrumando e trocando de roupa pela vigésima vez. Matthew iria chegar hoje de viagem com Megan e eu estava ansiosa demais e morrendo de vontade de vê-lo, por isso eu queria estar impecável. Depois de horas tentando decidir o que vestir, decidi por um vestido preto com, de um ombro só, meus saltos de costume, deixei meus cabelos ondulados e prendi em um rabo de cavalo com uns fios soltos e me maquiei. Quando finalmente estava pronta para ir, sai do meu quarto indo em direção à porta.

“Você está maravilhosa, ele vai morrer quando te ver.” Luke disse do sofá sorrindo.

“Eu espero isso mesmo.” Sorri também.

“Sério que ele não sabe que vai buscá-lo no aeroporto?”

“Não, vou fazer uma surpresa. Ele nem desconfia.”

“Ele vai adorar Sophie, eu estou tão feliz por vocês dois.” Ele se levantou e me abraçou. “Parece que finalmente você se acertou com alguém!”

“Eu sei, incrível né? Mesmo morrendo de medo de me decepcionar outra vez, eu sinto agora que é ele. Sempre foi, mesmo quando eu negava para mim mesma.”

“Diga isso á ele, ele vai amar ouvir.” Ele sorriu de novo e beijou minha testa. “Agora vá logo se não você perde o desembarque.” Assenti sorrindo e saí de casa.

Entrei em meu carro e comecei a dirigir á caminho do aeroporto. O dia anterior tinha sido bem monótono na verdade, ficamos nós quatro em casa vendo filmes e eu já tinha me acostumado a ter esse tanto de gente em casa comigo, eu começava a achar estranho quando eu ficava sozinha, até sentia falta da companhia de Luke, Kenny e de Ethan também. No fim das contas, ele era um bom amigo, sempre me fazia rir, o que eu gostava bastante. Cheguei ao aeroporto e comecei a ficar mais nervosa ainda, parecia que os minutos não passavam, se arrastavam. Olhava impaciente para todos os lados, tentando achar uma distração, enquanto o vôo de Matthew não desembarcava. Olhei para o relógio, eram 19hrs, a previsão de chegada era 19h20min, só mais 20min para poder, enfim, abraçá-lo.

Depois de uma espera quase interminável, finalmente o vôo de Matthew pousou, andei rapidamente para a área do desembarque e fiquei procurando, desesperadamente, por ele. Meu coração começou a bater mais forte do que já estava e era como se eu pudesse sentir que ele estava ali perto, continuei procurando e enfim, o avistei, de blusa branca, calça jeans, um casaco apoiado no braço, aquela barba ridiculamente perfeita e os cabelos mais perfeitos ainda. Nossos olhares se encontraram e um sorriso enorme se formou em nossos rostos. Eu ignorei quem quer que estivesse ao meu redor, saí correndo e literalmente pulei em seus braços o abraçando com toda força que eu tinha e ele retribuiu da mesma forma.

“O que você tá fazendo aqui?” Ele disse quando me soltou, me olhando pasmo.

“Surpresa!” Falei sorrindo, ele sorriu também e me abraçou de novo, beijando meu pescoço, minha bochecha, minha testa e finalmente, minha boca. Era só eu encostar os lábios nos seus pra sentir a intensidade do que tínhamos. Será que sempre vai ser assim?

“Eu senti sua falta.” Ele disse sem fôlego, quando nos separamos. “Parece que eu passei um ano fora. Senti sua falta todos os dias, todas as horas... Eu preciso que você acredite no que eu estou dizendo.” Ele parecia tenso.

“É claro que eu acredito.” Alisei seu rosto e o beijei levemente. “Por que eu senti sua falta do mesmo jeito, mas agora você está aqui e não vai mais embora.” Sorri e ele respirou aliviado. Olhei para os lados sentindo falta de alguma coisa, aliás, de alguém. “Cadê a Megan?” Disse olhando ao redor a procurando.

“A Megan?” Ele repetiu franzindo a testa.

“Sim. Ela disse que viria passar o ano novo com a gente...”.

“Ela vem ainda. Só não quis vir comigo.” Ele contraiu a mandíbula.

“Por que ela não quis vir com você?” Perguntei confusa.

“Não, não que não queira vir comigo ela só...” Ele gaguejou. “Ela queria passar mais uns dias em casa, mas ela deve vir por esses dias.”

“Matt, aconteceu alguma coisa?” Disse preocupada, aquilo estava muito estranho.

“Sim.” Ele desviou o olhar de mim.

“O que foi?” Acho que minha voz soou com mais medo e nervosismo do que eu gostaria.

“Aconteceu que...” Ele respirou fundo e me olhou. “Eu estava morrendo de saudades.” Senti meu rosto suavizar e sorri.

“Mas, está tudo bem com Megan mesmo?”

“Está sim, não tem com o que se preocupar.”

“Certo, então... Podemos ir para casa?” Aproximei-me dele que me beijou de novo.

“É tudo o que eu quero agora.” Ele sorriu entre o beijo e fomos andando pegar sua mala. “Como estão as coisas na empresa?” Ele falou sentando no banco do passageiro do meu carro.

“Ah, você sabe, uma loucura como sempre.” Sorri. Lembrei do incidente com as fotografias, mas decidi não contar nada ainda porque não queria estragar o nosso momento. Amanhã eu conto tudo... É melhor.

“Quase não recebi ligações no feriado, algo me diz que você resolveu todos os problemas para não chegarem até a mim...”.

“Fazia tempo que você não via sua família, achei que merecia uma trégua.”

“Você é incrível e eu um sortudo.” Ele pegou minha mão e a beijou.

“Eu concordo com as duas afirmações...” Sorri e levei minha mão até seu cabelo o alisando, enquanto a mantive a outra no volante.

“Vamos pro seu apartamento?” Matthew perguntou e eu deduzi que provavelmente, Ethan estaria lá, então afim de evitar a terceira guerra mundial...

“A gente pode ir para o seu. Você deve estar cansado e eu posso ajudar a desfazer a mala, a gente pode jantar, dormir juntinho...”

“Hum... Jantar, dormir junto... Parece que esse relacionamento tá ficando sério.” Ele disse tentando parecer sério.

“Mas está ficando sério.” Me fiz de ofendida. “Eu quero andar de mãos dadas e tudo.”

“Isso é um grande avanço!” Ele falou surpreso.

“Não me zoa...” Bati em seu braço e ele começou a rir.

Chegamos em seu apartamento e subimos, de mãos dadas e sorrindo como dois idiotas. Entramos, ele colocou a mala próximo a porta e me puxou começando a me beijar, eu sorri e coloquei os braços ao redor do seu pescoço o puxando para mais perto e fomos andando até o quarto. Tirei sua blusa e alisei suas costas, passando as unhas com força e ele gemeu em reposta. Deitei em sua cama e ele deitou por cima de mim, ficando entre minhas pernas e começou a distribuir beijos por todo meu pescoço enquanto abria o zíper do meu vestido, quando o fez, tirou ele fora e o jogou no chão. Ele começou a beijar minha barrigae subiu beijando entre meus seios, por cima do sutiã.

“Linda.” Ele me mordeu e me olhou nos olhos. “E minha.” Senti-me arrepiando ao ouvir ele me chamando de ‘Minha’.

“Sua.” Disse, ele sorriu e voltou a me beijar com mais intensidade e vontade do que nunca.

Ouvi uma música tocando, Matthew bufou e começou a apalpar os bolsos tirando o celular de dentro dele. Ele olhou para a tela, vendo quem era, arregalou os olhos, desligou o celular e o guardou no bolso de novo. Levantei um pouco e apoiei-me em meus cotovelos.

“Quem era?” Perguntei sem entender nada da cena que havia acabado de ver.

“Ninguém importante. Você tá com fome? Eu tô com fome... Acho que vou comprar alguma coisa pra comer. O que você quer comer?” Ele se levantou e começou a se vestir.

“Espera...” Sentei e cruzei as pernas. “Faz mais de uma semana que a gente não faz sexo, você acabou de chegar de viagem, eu estou semi-nua em cima da sua cama e você quer sair pra ir comprar comida?” Isso soava mais patético ainda falando em voz alta.

“Eu acho que sim...” Ele passou a mão nos cabelos. “O que você vai querer?”

“No momento? Que você volte pra cama.” Sorri irônica e cruzei os braços.

“Sushi então. Tem um lugar aqui perto que faz um ótimo.” Ele se aproximou me beijou rapidamente, saiu andando para a sala e eu fui andando atrás dele.

“Matthew, o que está acontecendo?” Andei mais rápido e parei em sua frente, séria.

“Eu estou com fome, só isso.”

“Não é só isso. Quem era no telefone?”

“Eu já disse, ninguém importante.”

“Se não era importante, por que eu não posso saber?” Disse impaciente.

“Por que você não conhece...”.

“Matthew... Melhor começar a falar, antes que eu perca a paciência que eu pouco tenho.”

“Meu Deus Sophie... Era Charles.”

“Quem é esse Charles?” Disse confusa.

“Como eu disse, você não conhece e como eu disse também, não é ninguém importante.” Ele sorriu com sarcasmo e eu o olhei feio. “Não olha pra mim assim...” Ele me puxou e me abraçou forte. “Eu só estou com fome, de verdade.” Ele me soltou e beijou minha testa. “Eu só vou comprar o jantar, em 30min sou todo seu.” Ele esboçou um sorriso e saiu.

É isso mesmo? Eu fui rejeitada na cara de pau! Eu nunca fui rejeitada! Comecei a me questionar se eu tinha feito alguma coisa errada, mas passei e repassei nossos passos e não me recordo de ter dito ou feito algo incorreto. Será se é o que eu estou vestindo? Andei correndo até o espelho mais próximo e me avaliei, conjunto preto, sutiã sem alça, com renda branca... Não tem nada de errado com essa lingerie, é uma das minhas preferidas... Sempre fez sucesso. O que deu errado hoje? Comecei a avaliar meu corpo, virei de lado, de costas... De todo jeito, procurando por imperfeições. Tá, não é nenhuma modelo da Victoria Secrets, mas... Ah fala sério, eu sou gostosinha, no mínimo. Se eu fosse homem, eu não me largaria só de calcinha e sutiã em cima de uma cama. Bufei frustrada. Será que é meu cabelo? Devia ter deixado solto né? Soltei ele e balancei de um lado para o outro, depois de passar mais alguns minutos me olhando no espelho, cheguei a conclusão de que aquela cena era patética.

“Sophie, ele sequer sabe direito a cor do seu cabelo, dirá notar se está preso ou solto.” Disse para meu reflexo com um olhar de reprovação. Homens não reparam nesses mínimos detalhes, é óbvio que ele não ia ligar se meu cabelo está preso ou solto.

Depois de perceber que essa minha discussão interna, não iria levar à lugar algum, fui até seu armário, peguei uma blusa de botões preta, prendi meu cabelo em um coque e voltei para a sala. Sentei no sofá, encolhi minhas pernas em cima dele e peguei meu celular. Abri uns e-mails que eram mais urgentes, comecei a responder alguns, peguei meu outro celular e liguei para Emily para tratar sobre um investimento problemático.

“O problema é que parece que ninguém me escuta Emily, eu tenho que repetir a mesma coisa, 100 vezes para aquele pessoal para ver se algo entra na cabeça deles...”.

“Eu entendo senhorita. Eu estou vendo os relatórios agora e me parecem que não temos lucros com esse investimento há pelo menos 6 meses.” Emily disse.

“Isso é um absurdo!” Gritei. “Quer dizer que eu tenho que sair perguntando de um a um, que investimento me dá retorno e qual não dá, por que minha equipe não me avisa dos problemas?” Ouvi a porta abrindo, Matthew entrou com algumas sacolas e me olhou preocupado, mas desviei o olhar dele. “Como posso consertar algo que eu não sei que está quebrado?”

“Eu também não entendo o que aconteceu, mas eu vou verificar isso agora, nunca tivemos esse problema antes, não sei como não fomos avisados sobre esse investimento.”

“Eu sei por que não fomos avisados, é isso que dá trabalhar com gente incompetente. Eu imagino o prejuízo que eu estou tendo com isso até agora, investindo dinheiro onde eu não tenho retorno.”

“Senhorita, se permitir, eu vou cuidar disso pessoalmente.”

“Tem minha autorização para resolver isso Emily e resolva rápido, por favor.” Apoiei a cabeça em minha mão e respirei fundo.

“Não se preocupe, em 24hrs está resolvido senhorita. Tenha uma boa noite e não se preocupe com isso.” Emily falou com aquele tom de calma que só ela tinha.

“Está bem Emily, boa noite.” Desliguei o celular, coloquei ao meu lado e voltei a ler os e-mails que eu tinha pendentes.

“O que houve?” Matthew sentou ao meu lado.

“Houve que eu não tenho estrutura emocional pra lidar com gente burra.”

“Ok, já chega. Hora do recreio.” Ele levantou e estendeu a mão para mim, levantei sem pegar sua mão e sentei no chão e abri os pacotes que ele trouxe. “Acho que você está chateada com alguma coisa...”.

“Eu? Nunca! Eu sou sempre bem humorada assim, você que não nota.” Disse irônica e comecei a colocar os molhos em cima dos sushis. E droga, não queria admitir, mas estava cheirando muito bom.

“Quer falar sobre?” Ele sentou ao meu lado cautelosamente.

“A essa altura, achei que já sabia que não sou boa em discutir a relação.” Falei e ele tentou conter a risada.

“Por que não tenta?” Ele disse e eu o encarei.

“Fiz alguma coisa errada?”

“Como assim?” Ele me olhou confuso.

“Fiz algo, ou disse algo que de alguma forma, em algum momento te chateou ou te irritou?”

“O quê? Claro que não, de onde tirou isso?”

“Tirei de você praticamente fugindo de mim há uns minutos atrás.”

“Sophie...” Ele esboçou um sorriso. “Eu só fui comprar comida.”

“Está bem.” Suspirei e comi um sushi mastigando lentamente.

“Ei, é sério.” Ele me puxou e pôs em seu colo. “Estamos bem agora, a gente tá se resolvendo aos poucos, isso não é bom?”

“É ótimo. Por isso que eu tenho medo.”

“Por que tem medo? Você é Sophie Trammer, fora elevadores e outros lugares fechados, você não teme nada.” Ele disse rindo e me fez sorrir.

“Na verdade eu tenho medo de palhaços também. E de borboletas. E de altura. E escuro. E daquela moça...”.

“Que moça?”

“Daquele filme, ‘O chamado’.”

“Sério? Então você é mais mulherzinha do que eu pensava.” Ele gargalhou.

“Não ria de mim!” Me fiz de ofendida. “Então, estamos bem?” Perguntei receosa.

“Deixe-me ver...” Ele cerrou os olhos e pôs a mão no queixo. “Eu tenho uma linda mulher em meus braços, que além de ser linda é a mais incrível e maravilhosa de todas e ela me quer tanto quanto eu a quero. Sim, estamos bem. Estamos ótimos, aliás.” Ele sorriu e eu suspirei aliviada.

Nos beijamos e ele começou a alisar minha perna, subindo pela minha coxa até minha bunda e a apertou com força, me fazendo gemer. Agarrei seu cabelo com uma mão, mordi seu lábio inferior e comecei a alisar seu pênis por cima da calça, ele foi abrindo os botões da blusa, um por um, quando ele por fim terminou e me puxou pela cintura pra mais perto, eu me afastei ofegante e ele me olhou com a testa franzida.

“Você tinha razão, estou com fome.” Sorri inocentemente e sai de cima dele, voltando a sentar no chão e voltei minha atenção para o nosso jantar que estava em cima da mesa da sala. Se ele achava que realmente ia ter me largado na cama e não ter nenhuma consequência pelo o que fez, ele estava completamente enganado.

“Você tá brincando comigo né?” Ele me olhou incrédulo, mas com diversão.

“Não faço ideia do que você está falando.” Coloquei outro sushi na boca. “Você devia experimentar, está muito gostoso.”

“Vai me castigar por causa disso até quando?”

“Enquanto você estiver vivo.” Sorri e voltei a comer.

Conversamos durante todo o jantar, como sempre o assunto fluía naturalmente. Rimos de algumas besteiras, demos sushi na boca um do outro, um pouco de shoyo acabou caindo em seu queixo e eu o lambi lentamente, afim de torturá-lo. Por fim, terminamos de comer, ainda estava com a blusa aberta, levantei e me espreguicei.

“Vem.” Estendi a mão para ele, ele estendeu a sua para mim e ficou de pé.

“Cama?” Ele disse animado.

“Sim, dormir.” Sorri.

“Dormir? Não... Dormir não.” Ele cruzou os braços.

“É o que eu tenho pra oferecer, se você quiser ficar ai sozinho...” Dei de ombros e comecei a andar em direção ao quarto. Ele pôs as mãos em minha cintura, me abraçando por trás e começou a beijar meu pescoço.

“Eu estou completamente ciente do que você tem pra me oferecer.” Ele me virou, fiquei de frente para ele e me encostou na parede me beijando.

“Sabe que dá ultima vez que você me beijou aqui, você vomitou em mim depois.” Disse rindo, ele gemeu e escondeu o rosto em meu pescoço.

“Sério que você tem que lembrar daquela noite triste?”

“Claro, por que foi engraçado.” Falei ainda rindo.

“O que teve de engraçado em eu vomitar em cima de você? É vergonhoso, no mínimo.”

“A graça é que você bêbado é um chato. Agradeça a Deus esse seu charme, só por causa dele eu ainda falei com você depois daquela noite.”

“Então você me acha charmoso.” Ele sorriu triunfante.

“Só um pouco. Bem pouquinho, quase nada.”

“Ha ha, muito engraçada.” Ele voltou a me beijar e me pôs no colo me levando de volta para o quarto.

Deitamos lado a lado, nos beijando devagar, aproveitando cada minuto daquele momento. Enrolei minha perna em seu corpo, ele tirou o resto de sua blusa que estava em mim e desabotoou meu sutiã. Ele me puxou me fazendo ficar por cima dele e suas mãos alisavam minhas costas de cima a baixo.

“Vai sair correndo de novo?” Perguntei séria.

“Nunca.” Ele alisou meu rosto. “Você vai?”

“Não existe outro lugar no mundo onde eu queria estar agora.” Ele sorriu, voltou a me beijar e dessa vez não ouve telefonemas, ou outras interrupções.

Acordei com Matthew beijando minhas costas e sorri involuntariamente, virei ficando de frente a ele e ele começou a alisar meus cabelos.

“Eu podia me acostumar com isso...” Ele falou sorrindo.

“Com o quê?” Disse ainda sonolenta.

“Você acordando na minha cama todo dia.” Ele beijou minha testa me fazendo sorrir.

“Até que não é tão ruim...” Deitei minha cabeça em cima de seu peito e enrolei o braço em seu corpo. “São que horas?”

“6h30min.” Ele falou beijando minha mão.

“A gente tem que levantar...”.

“Eu sei.” Ele choramingou.

“Já já a gente levanta.” Falei e ouvi seu riso.

“Só mais 10 minutinhos.” Ele disse e caímos no sono de novo.

Acordamos quase meia hora depois e fomos tomar banho juntos. O banho demorou mais que o tempo necessário, óbvio, mas eu podia nos dar o luxo de chegar atrasados de vez enquando. Vesti o mesmo vestido da noite anterior, por que não tinha levado roupas limpas para lá e peguei uma cueca emprestada de Matthew.

“Eu tenho roupas na empresa, quando chegar lá eu me troco.” Expliquei para ele enquanto abotoava meu sutiã.

“Acho que eu prefiro ver você tirando a roupa, não pondo.” Matthew falou me observando, ele estava só de calça e com os cabelos molhados e desgrenhados.

“Mais tarde você mesmo pode tirá-la.” Aproximei-me dele, o beijei rapidamente e coloquei meu vestido.

Fomos em carros separados, por que afinal, ninguém podia saber que estávamos juntos. Cheguei ao prédio apenas uns instantes antes que ele, quando Matthew entrou e nossos olhares cruzaram, foi inevitável não sorrir.

“Bom dia Sr. Davis.” Disse educadamente e formal.

“Bom dia Srta. Trammer. Como foi o seu natal?” Ele sorriu e fomos andando lado a lado, mas com uma boa distância entre nós.

“Foi maravilhoso, obrigada por perguntar.” Falei.

Estávamos chegando perto dos elevadores e comecei a notar que as pessoas passavam nos encarando, sem qualquer pudor, quando entramos no elevador, o mesmo aconteceu com as pessoas que estavam dentro dele. Olhavam e cochichavam.

“Por que todo mundo está olhando pra você?” Sussurrei para Matthew.

“Eu acho que não é para mim que estão olhando.” Ele disse com a mandíbula cerrada. “É para você.”

“Para mim?” Repeti em choque e então me veio a cabeça o que poderia ser. Não meu Deus, por favor, que eu esteja errada. “Emily!” Fui andando até ela praticamente correndo quando saí dos elevadores.

“Eu estava tentando falar com a senhorita há horas...” Ela disse visivelmente nervosa.

“O que aconteceu?” Perguntei no fundo já sabendo qual era a resposta.

Ela me entregou o tablet com uma noticia aberta que dizia:

Vazam supostas fotos nuas da empresária Sophie Trammer.

Não... Isso definitivamente não pode estar acontecendo comigo.


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