Uma Nova Vida escrita por IROAKA


Capítulo 2
Capítulo 2




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Capitulo 2: Vultos na Noite

A noite caiu sobre aquelas terras. Um grupo de ninjas avançava em alta velocidade. Os quatro estavam concentrados, queria terminar aquela missão o mais rápido possível para voltarem para konoha. Shikamaru ia a frente impondo o ritmo, no entanto quando eles atravessavam um denso bosque o jovem jounin os fez parar.
- O que aconteceu Shikamaru? – perguntou Kiba.
- Não se mexam – avisou o Nara.
- Mas o que foi? – perguntou Sakura.
- Observem atentamente a frente.
Todos fizeram o que Shikamaru dizia e com muito esforço conseguiram enxergar finas linhas que atravessaram toda extensão do bosque. As linhas eram tão finas que mal podia ser vista, apenas com muita paciência e concentração. O grupo parou. Shikamaru tirou sua Kunai e com velocidade atirou cortando uma das linhas, os outros ninjas o imitaram e alguns segundos não havia mais nenhuma. Sakura recolheu uma amostra e a examinou, havia um veneno em toda extensão dos fios.
- O que é? – perguntou Shikamaru.
- É um veneno especial, feito de uma planta rara. Quando ele entra em contato com a pele ele se dissolve e entra na corrente sangüínea, fazendo seu corpo ficar lento.
- Então isto quer dizer que eles provavelmente preparam uma emboscada a frente! – falou Shikamaru.
- Exato! – respondeu Sakura.
- O que faremos? – perguntou Chouji.
- Vamos tomar um caminho diferente! – falou Shikamaru – iremos pela estrada leste.
- Mas essa estrada é uma das mais movimentadas da região? – falou a kunoichi.
- Sim, mas se irmos por aqui provavelmente eles estarão nos esperando! E eu já tenho um plano, não há com o que se preocupar.
Os quatro ninjas rumaram para leste, sem se dar conta que alguém os observavam. Quando eles estavam suficientemente longe o homem encapuzado saiu do seu esconderijo, ele trazia um sorriso no rosto.
“Você não mudou nada, Shikamaru” pensou ele “na verdade nenhum de vocês, boa sorte nessa missão, seja lá qual for!” O homem se afastou, nesse instante pode se ver atrás dele um corpo, aparentemente era um shinobi, ele vestia um uniforme ninja vermelho com uma mascara preta que deixava os olhos abertos. “Infelizmente você não irá se encontrar com seu chefe, meu rapaz!”
Ele fez um buraco na terra e enterrou o corpo, depois retomou seu caminho para Konoha. Começou a correr rápido, afinal queria chegar o quanto antes para poder dormir.

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A madrugada já ia alta nos limites de Konoha. Na pequena cabana, Hinata dormia um sono agitado, desde a briga com o pai ela tinha chorado muito, mal conseguira preparar seu jantar. Ela ficara deitada na cama lembrando-se daquele dia maldito.
“Por que tudo tinha de ter terminado daquela maneira?” perguntou a jovem. A garota já não possuía nenhuma lágrima a mais para derramar, então ela ficou ali deitada de bruços, sem vontade de fazer nada. A vontade de se matar votou novamente, ela já tinha pensado nisso durante várias vezes nesses últimos anos, mas nunca a idéia estivera tão forte quanto agora. Depois do encontro com o pai, ela estava ciente de que não havia mais nada para ela, se continuasse viva a única coisa que teria seriam dor e solidão. Lembrou-se de Naruto, o único homem que já amou. Lembrou-se de como foi a infância dele, sempre só, sendo desprezado por todos, sem entender o por quê? E agora ela vivia a mesma situação, só que de uma maneira ainda pior. Ela era alvo de todos, ás únicas pessoas que acreditaram nela foram Neji e Tsunade e essa era a única razão de ela ainda estar viva, no entanto isso não fazia a menor diferença, ela não queria mais viver, queria ir embora desse mundo. Com esse pensamento sombrio Hinata foi pega pelo sono, duas horas depois ela ainda dormia.
Lá fora uma sombra esgueirava-se pelos campos, ele não fazia a menor questão de esconder sua presença, ele possuía cabelos prateados e olhos azuis e trazia uma enorme katana nas costas, tinha uma estatura mediana, seu objetivo era apenas observar Konoha, mas mais cedo quando olhava a vila ele vira uma linda jovem andando por ali.
Ele se sentira atraído e resolvera observa-la. “Ela e realmente é uma gracinha, acho que posso me divertir um pouco, pensou o homem” pensava ele ao se aproximar da pequena cabana. Nas suas investigações ele descobrira que aquela garota fora proibida de morar dentro da vila, por isso vivia naquele lugar.
Satoro (esse era o nome do homem), sabia muito bem que aquilo que estava prestes a fazer, poderia por sua missão abaixo, mas ele não conseguiria resistir, precisava de uma mulher, já estava a mais de um mês sem por as mãos numa. Além disso ele conhecia alguns genjutsos bons e poderia usa-los na garota para faze-la esquecer dessa noite. O homem sorriu, aquela garota com certeza poderia diverti-lo bastante.
Aproximou-se vagarosamente da cabana, tirou uma kunai e com ela forçou a fechadura da porta, não demorou muito para a fechadura (que estava velha) ceder. O homem adentrou na pequena casa silenciosamente.
Hinata despertou de repente, alguma coisa a fez despertar, não sabia se era o pesadelo que tivera e se sua intuição, mas o que ela sabia era que algo não estava certo. Levantou-se e ativou o Byakugan, imediatamente localizou alguém rondando a cabana. “Essa não, o que eu vou fazer agora?” pensava Hinata. Nesse instante ela viu o homem forçar e abrir a porta.
Satoro caminhou devagar, afinal não queria acordar sua presa. Preferia que ela acorda-se só quando fosse a hora certa. Seus passos lentos não produziam nenhum som quando tocavam o velho assoalho, ele chegou a porta que dava para o quarto.
Sorriu ao olhar a cama, a garota dormia como um bebe. Aproximou lentamente e como um gato saltou sobre ela agarrando-lhe o pescoço. Nesse momento a Hinata que ele segurava explodiu se transformando em um travesseiro. Quase no mesmo segundo uma mão veio em sua direção, mas Satoro segurou o soco, mas a jovem usou a outra mão para atingir o braço dele. Os dois se separaram.
- Então esse é o famoso Juuken! – disse Satoro – realmente é impressionante, meu braço já começou a ficar dormente.
- Quem é você? – perguntou Hinata.
- Você não precisa saber isso garotinha.
No mesmo tempo ele atacou com um soco, Hinata se defendeu com os braços, mas o homem foi mais rápido aplicando-lhe uma rasteira. A jovem perdeu o equilíbrio e caiu. Satoro a pegou pelo pescoço e a ergueu.
- Sabia que você é uma gracinha! – disse ele – vou adorar brincar com você!
Satoro põe a mão por baixo da camisola de Hinata e começa a acariciá-la. Nesse momento algo desperta na Hyuuga, uma fúria incontida, algo que ela experimentara uma única vez. Juntando toda força na mão esquerda Hinata dá um golpe com toda força. O homem é arremessado de encontro a parede, a jovem cai sentindo uma dor forte na garganta. Ignorando a dor ela se levanta, Não ia permitir que aquele homem terminasse o que viera fazer! “De novo não!” era o pensamento dela.
Ela se pôs em posição de combate, o homem já se levantara e a encarava com ódio.
- Sua putinha desgraçada! Você vai pagar por isso!
Ele se atirou sobre ela, Hinata tentou acertar seus teketesus, mas Satoro bloqueava todos os seus ataques. A jovem então mudou de tática, ela afastou-se e tentou acertar um chute, Satoro pegou sua perna, era o que a jovem queria, com um movimento rápido ela golpeou-lhe o pescoço com toda força. Satoro foi arremessado para trás, e por alguns segundos Hinata teve a certeza de que vencera, de que ele não resistiria aquele golpe. Mas ela viu com assombro que o homem tinha recuperado o equilíbrio. Satoro golpeou a jovem com toda sua força, o golpe fora tão forte que Hinata atravessou a fina parede de madeira da cabana. A jovem caiu a alguns metros da casa, no meio do capim alto.
Hinata tentava se levantar, mas era impossível, seu corpo todo doía, seu tornozelo estava torcido e ela ainda estava debilitada por não ter se alimentado direito e pelas poucas horas de sono. Ela pode ouvir nitidamente o homem se aproximar, ele vinha devagar, como se estivesse aproveitando ao máximo cada momento daquilo.
- Agora acho que não poderá fazer mais nada, putinha! – disse Satoro rindo, ao chegar perto de Hinata.
O ninja se sentou perto de onde ela estava caída e começou a acariciar seus cabelos. Hinata sentiu o sangue ferver, mas não tinha condições de fazer nada. Satoro aproximou sua boca do ouvido de Hinata.
- Eu vou gostar muito disso! – disse ele – vou fazer você sentir muita dor!
 
A primeira coisa que fez foi dar um forte tapa no rosto da garota, então a prensou contra o chão, rasgou a camisola e começou a explorar todo corpo de Hinata com a língua. A jovem tremia, ela nunca sentira tanto nojo, mas agora não poderia fazer mais nada. Satoro parou e tirou sua calça.
- Agora é que a diversão vai começar – disse ele deitando em cima de Hinata. Quando ele ia começar a penetrá-la, algo muito rápido o agarrou e o atirou longe com uma força inacreditável. A única coisa que ele pode ver fora um raio dourado tão rápido como a luz.
Hinata abriu os olhos, o homem que estava sobre ela tinha desaparecido, a única coisa que ela conseguia ver era o céu, que estava sem uma nuvem naquela noite. Com muito custo ela virou a cabeça e viu um estranho com capa preta há alguns passos de distancia.
- Você está bem? – perguntou o estranho.
Hinata não conseguiu responder, apenas assentiu, o estranho tirou sua capa e a colocou sobre o corpo nu da garota. Hinata notou que o estranho possuía cabelos loiros e olhos azuis e vestia uma camiseta branca e uma calça preta. Nesse momento Satoro recuperou-se do ataque do estranho e pôs frente e veio até eles. O jovem voltou-se para ele.
 
- Não foi uma boa idéia bancar o herói, garoto! – disse ele – você vai morrer!
- Acha mesmo! – disse o estranho.
Satoro partiu pra cima o estranho tirou um par de espadas das costas. Satoro tentou chuta-lo, mas o jovem bloqueou com uma das espadas e com um movimento rápido desceu na outra espada no braço do oponente. Satoro sentiu o sangue jorrar e afastou-se segurando o braço ferido.
- Como eu lhe disse, você não sabe analisar seu oponente – disse o jovem.
- Isso veremos! – respondeu Satoro juntando as mãos – Suiton, Suishouha.
Poderosas ondas de água sairão da boca de Satoro indo em direção ao seu oponente, o ninja fez rápidos movimentos com as espadas dispersando todo ataque.
- Acha que me derrotará com isso?
Nesse momento o jovem percebeu que havia algo muito errado a água atirada por Satoro estava misturada com sangue, mas não era simples sangue, pois em um segundo aquele sangue começou a se espalhar e a grudar em Naruto.
- E agora herói, o que vai fazer? – perguntou Satoro.
- Essa técnica é? – falou o jovem – uma técnica do clã Sakara.
- Estou surpreso por você conhecer o meu clã. É sim essa e famosa linhagem avançada do clã Sakara, que permiti que aumentemos a quantidade de sangue dos nossos corpos para usa-lo em combate.
O corpo do estranho já estava quase todo tomado pelas manchas de sangue. Satoro sorriu.
- Como se sente tendo sua pele sendo corroída pelo sangue fervente. Satoro olhou nos olhos do estranho e para seu total espanto o seu oponente sorria.
- Qual é a graça? – perguntou Satoro.
- Você, acha mesmo que eu seria derrotado por um genjutso desse nível. Você nunca foi um Sakara, já que eu lutei com último deles há alguns meses atrás.
- Impossível – respondeu Satoro – você não pode ser o homem que derrotou o grande Hyuu.
- Então você o conhece? – perguntou o jovem – gostaria de poder lutar com ele novamente. Quem sabe um dia?
- Seu desgraçado! – mas Satoro não teve tempo de agir. Rapidamente o jovem fez um movimento com a mão e todo sangue desapareceu. O jovem apenas riu, pegou as duas katanas que tinham caído no chão. Satoro fez alguns selos para usar mais um jutso, mas não teve tempo de usá-lo. Com um movimento rápido o jovem se pôs atrás de Satoro e com um movimento das katanas usou o Kaze Kiri(vento cortante) praticamente fatiando Satoro em vários pedaços.
Os pedaços do shinobi cairam no chão. O jovem guardou suas espadas e se aproximou da garota, ela mantinha os olhos abertos.
- Você está bem? – perguntou ele.
Hinata teve receio de responder, ele então sorriu e disse:
- Não precisa ter medo! Não sou como aquele cara!
O jovem pegou a garota no colo e levou-a até sua cabana. Deitou-a na cama. Depois com extrema habilidade usou um ninjutso médico para curar ela. Hinata não disse nada, pois quando aquele estranho sorriu ele ficou parecido com o...
- Terminei, eu não sou exatamente um ninja médico, mas sei alguma coisa de primeiros socorros. Você agora precisa repousar e em breve estará boa. Agora seja uma boa garota enquanto eu vou lá terminar uma coisa.
O ninja foi até o corpo de Satoro, rapidamente fez uma cova e com habilidade colocou os pedaços do corpo dentro. Cobriu e voltou para a cabana. A jovem tinha se enrolado na capa dada pelo estranho.
- Bem agora vamos dar uma olhada nesse seu tornozelo.
Ele afastou a capa e com cuidado, colocou o pé dela no seu colo e examinou.
- Nenhuma fratura, em breve você poderá andar de novo.
A jovem olhou para o homem e pela primeira vez em muito tempo corou. O ninja a olhava também. “Ela bem bonita” pensou o jovem “ pelos olhos ela é uma Hyuuga e como tem o selamento, provavelmente é da família secundária.”
 
Naruto ficou observando a garota que mantinha a cabeça baixa, parecia que ela chorava em silencio.
- Você está bem? Sente alguma dor?
A jovem se virou para ele, as lágrimas banhavam seu rosto. Hinata olhava atentamente “Aquele sorriso, é igual!”
- O que foi? – perguntou ele.
- Por que você me ajudou? – perguntou a garota – eu sou uma completa estranha!
O jovem a encarou ele a olhava seriamente. Ele levantou-se e caminhou pelo pequeno quarto até que seus olhos pousaram sobre um haytate. Ele pegou o haytate e mostrou para ela.
- Isto quer dizer que você é uma shinobi de Konoha! Pode não parecer, mas também sou um ninja da vila. Você não é uma estranha, é uma companheira! E mesmo que não fosse e não ia deixar que àquele desgraçado encostasse em você.
Hinata olhava cada vez mais impressionada. Aquele estranho falava com entusiasmo e com uma certeza que só uma vez ela conhecera. A garota estava paralisada “Não pode ser, ele é...”
Ela foi interrompida pelo som da barriga do estranho que roncava. Ele olhou para baixo vermelho.
- Me desculpe, é que estou a noite toda viajando e faz muito tempo que comi!
- E-eu t-tenho comida a-ali, s-se v-você quiser!
- Se não for incomodar! – disse o jovem e pensou “Esse jeito de falar não me é estranho!”
Hinata levantou-se com dificuldade e pôs de pé e tentou caminhar, mas logo nos primeiros passos ela perdeu o equilíbrio e já ia cair, quando o jovem a amparou. Deixando os corpos dos dois muito próximos, Hinata corou. O estranho simplesmente disse:
- Você tem que tomar mais cuidado!
“Definitivamente ela me lembra alguém!” pensou o estranho enquanto a levava a cozinha. A cozinha era extremamente pequena, assim como o resto da casa (que era composta apenas por três cômodos). A garota chegou até um velho armário, abriu-o e tirou lá de dentro algumas embalagens de ramen. Os olhos do jovem cintilaram a vê-las. Hinata pôs água para ferver para preparar o ramen e depois sentou-se numa velha cadeira o estranho a imitou. Enquanto esperavam nenhum dos dois se atreveu a falar nada. Hinata estava corada, nunca tinha recebido visitas ainda mais uma como aquela. As poucas missões que recebiam vinham de um pássaro mensageiro. O jovem cansado do silêncio disse:
- Então você vai me dizer quem era aquele homem que te atacou?
Hinata levou o maior susto. A voz do estranho era decidida e firme. Hesitante ela respondeu:
- E-eu não s-sei, n-nunca o vi p-por aqui.
O ninja apoiou os dois braços sobre a mesa pensativo e depois de algum tempo respondeu:
- Isso não me cheira bem.
- Por que?
- Antes de eu o matar ele citou um ninja com quem lutei alguns meses atrás. Esse ninja com quem lutei não era um qualquer, era bem forte. Acho que ele veio há konoha por algum motivo especial.
- Eu n-não entendo o-onde v-você quer c-chegar! – falou a tímida garota, mentalmente ela se perguntava o que estava fazendo ali falando com um cara que nem conhecia, sobre um assunto sobre o qual não tinha a menor idéia.
- A principio eu pensei que ele fosse um enviado de Hyuu, mas isso era impossível devido a como o cara reagiu quando falei sobre Hyuu. A intenção dele aqui era outra. Tenho que descobrir o que é! Ele por acaso disse alguma coisa?
Hinata balançou a cabeça negativamente. O jovem fechou os olhos, pensativo.
- Devia ter extraído informações dele antes de matá-lo – disse ele dando um soco na mesa, assustando a garota, depois disso a expressão dele se suavizou e ele voltou a falar:
- Bem o que está feito, está feito. Não podemos chorar pelo leite derramado. E você? Por que está aqui sozinha, não deveria estar com sua família?
Hinata lembrou-se do pai e da irmã e respondeu cabisbaixa:
- E-eu n-não t-tenho f-familia.
O jovem percebeu que a garota respondeu aquela pergunta com uma voz amargurada.
“O que será que aconteceu com ela” se perguntava ele. No instante que ele ia perguntar, Hinata se levantou e foi até o fogão, pegou a água e despejou o conteúdo da embalagem de ramem. Depois de estar pronto ela colocou sobre a mesa, os olhos do jovem se concentravam no prato a sua frente.
- Você nãoo vai comer? – perguntou ele. Olhando pra Hinata.
- E-eu não tenho f-fome! P-pode comer sossegado! – respondeu Hinata.
- Se você diz! Itadamakisu! – o jovem atacou a tigela de ramem como se ela fosse sumir a qualquer momento. Ainda com a boca cheia ele encarou a jovem e disse:
- É mesmo! Você aqui sendo gentil, dando-me o que comer e eu nem me apresentei! Que mal-educado eu sou! Muito prazer, eu sou Uzumaki Naruto!
No momento em que ele disse seu nome, Hinata estremeceu. Era ele mesmo? Ela se perguntava. Naruto observava a garota, ela parecia estar em choque! O rosto dela o encarava. “É ele! Ele está aqui na minha frente!”
A face da garota foi ficando cada vez mais vermelha.
- Ei, você está bem? – perguntou Naruto.
Hinata levantou-se, ainda não acreditando no que via. Naruto abandonou seu ramem e foi até ela. Colocando sua mão na testa? O que estava acontecendo ali, ele lembrava-se daquela cena. Há alguns anos atrás isso acontecia com freqüência, quando ele se aproximava demais da Hinata. Ele olhou para a jovem novamente e então levou um susto, como não havia percebido aquilo antes, ela não tinha mudado tanto assim, a não ser o cabelo, que agora ia até o meio das costas e o selo. Era ela o mesmo rosto angelical, a mesma delicadeza, a mesma timidez. Era ela com certeza, como pudera ser idiota de não perceber isso antes.
- Hinata! – disse ele a abraçando com carinho - a quanto tempo!
 
Foi a deixa para a jovem Hyuuga estremecer e peder os sentidos de vez. Naruto a segurou antes que ela caísse. Ele observou orosto de Hinata e sorriu, mas sua atenção fixou-se no selo na testa da garota.
“Mas por que Hinata seria selada como um membro da bouke?” ele se perguntava mentalmente. Pelo que sabia ela era da família principal, o que acontecera para ela ter sido selada. Naruto decidiu que iria perguntar isso pra Hinata quando acordasse. Com muito cuidado ele a levou para cama e a colocou lá, cobrindo-a com um grosso cobertor, pois fazia frio. Em seguida foi até o buraco feito na parede e saiu pra fora, olhou em todas as direções, fechou os olhos e começou a se concentrar. O corpo de Naruto começou a ser envolvida por linhas de chakra, em seguida Naruto as espalhou em todas as direções, demorou mais ou menos dois minutos até que ele tivesse a resposta. Sorriu, não havia ninguém nas redondezas, pelo menos ninguém que representa-se uma ameaça. Voltou para dentro, fez um bushin e mandou ele vigiar Hinata enquanto terminava seu ramem. Em poucos minutos ele terminou a refeição e voltou ao quarto. A jovem dormia um sono profundo. Naruto desfez o bushin, ele queria muito entrar em konoha, mas decidiu ficar ali, não podia deixar Hinata sozinha. Ele sentou-se numa cadeira e fechou os olhos.

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Enquanto isso o grupo de ninjas criminosos contratado pelo país da terra espreitava pelas árvores, eles estavam tensos. Afinal os ninjas de Konoha já deviam estar ali e nem sinal deles. O chefe do bando(quese chamava Ban) já estava ficando nervoso, esperava que os shinobis da folha já tivessem caído na armadinha, e ausência do rapaz que ele enviara para verificar, só aumentava sua preocupação.
Será que eles tinham notado a armadilha? Isso era a única explicação, se fosse assim eles teriam de lutar com tudo, já que a fama dos ninjas de Konoha era a de lutadores implacáveis, que não deixavam nenhum inimigo vivo. Ele já ia mandar mais alguns homens irem atrás quando algo chamou a atenção dos homens, alguém estava vindo, parecia ser um jovem. Ele devia ter entre dezenove e vinte anos, era bem gordo, possuía cabelos vermelhos e pele branca, usava uma armadura sobre a roupa. Ele trazia um embrulho na mão. O chefe do bando não estava gostando daquilo, aquele jovem parecia não ter sido vitima do veneno. “Algo está errado!” pensou o Ban, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa. Vários homens saltaram dos seus respectivos esconderijos e cercaram o invasor. O jovem pareceu surpreso, mas logo um sorriso brotou de sua face. “Mais um plano brilhante Shikamaru.” Pensou ele.
Quase imediatamente uma chuva de kunais caiu sobre os assaltantes, matando a maioria deles. Chouji fez suas mãos e braços crescerem e agarrou mais dois ninjas que estavam em árvores próximas, esmagando-os. O chefe viu seus bando reduzido pela metade, a mais sabia decisão era recuar, mas quando ele ia se mexer não conseguiu.
- Você não vai a lugar nenhum! – disse uma voz a alguns metros dele. Era um jovem de vinte anos, cabelos negros presos num rabo de cavalo, ele vestia o colete jounin de Konoha. Então o Ban notou uma extensa sombra ligando ele a o outro ninja. Parte da copa da árvore tinha desaparecido.
- Renda-se, você não tem a menor chance – disse Shikamaru.
Vários ninjas que estavam perto, vendo que seu líder tinha sido capturado, atacaram tentando acertar Shikamaru. Porém antes que algum deles o acerta-se, dois pequena furacões saíram da mata e começaram a derrubar os ninjas. “Bem a tempo!” pensou Shikamaru. De relance ele pode ver Sakura lutando com quatro shinobis de uma só vez. “Em breve isto estará terminado.” Ele virou-se para o homem sacando uma kunai o ninja fez o mesmo.
Shikamaru correu diagonalmente o homem o seguiu. Depois ele começou a atirar as kunais, Ban o imitou, as kunais atingiram as árvores eliminando mais dois ninjas, que tentavam fugir. Quando certificou-se de que todos os bandidos estavam mortos Shikamaru fez com que o homem atira-se todas as kunais. Em seguida tirou do bolso uma kunai banhada em veneno paralisante.
- Acabou! – disse ele atirando a kunai, a arma acertou o estomago do criminoso. Alguns segundos depois ele estava inconsciente. Shikamaru o amarrou e foi se encontrar com seus amigos que também já haviam acabado com seus oponentes.
 
Shikamaru chegou ao centro, seus amigos tinham juntado todos os corpos num único local. Ele deu uma olhada e sorriu.
- Parece que vocês se divertiram!
- Você só pode ta de brincadeira – falou Kiba – esse fracotes não deram nem pro cheiro! Como é que a Hokage diz que esse homens são famoso grupo de ladrões?
- Por que não são eles! – falou o Nara.
- Como assim – perguntou Sakura.
- Esses aqui são só uma distração! Os verdadeiros não são fracos assim!
- Acha que o cheiro que Kiba sentiou antes pertencem a eles? – perguntou Sakura.
- Não! – disse Kiba – o cheiro que eu senti me parecia familiar.
- Bem, sendo ou não, temos de a agradecer ao olfato do kiba, pois graças a ele conseguimos surpreender estes daqui! – falou Sakura.
- Lembrem-se que os verdadeiros ladrões ainda virão, fiquem alertas!
- Hai – responderam todos.

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No castelo dentro da cratera, dois vultos podiam ser vistos caminhando pelas dependências do castelo. Um deles era a jovem a quem Shishio chamava de Haya, o outro vulto era de um homem de mais ou menos trinta anos, ele possuía cabelos azuis escuros longos e olhos da mesma cor. Vestia uma blusa vermelha de manga comprida e caças pretas, tinha um kanji desenhado na testa. Era ligeiramente mais alto que a garota.
 
Ambos pararam diante da grande porta que dava para os aposentos de Shishio, Haya educadamente deu três batidas na porta.
- Entre! – disse uma voz lá dentro.
Ambos empurraram a porta. O homem ficou impressionado com a grandeza da sala, por todo canto que se olhava via-se desenhos e escrituras, a sala era iluminada por uma grande quantidade de velas. Havia um enorme tapete que ia da porta até o fundo da sala onde estava o trono.
Sentado no trono estava Shishio, ele polia uma longa katana. A única coisa que se podia ver dele eram os olhos, o resto do corpo estava coberto por um manto. “Então esse é, Makoro Shishio, realmente é uma pessoa assustadora, só de olhar pra ele me dá medo.” Os dois visitantes se aproximaram, Haya se ajoelhou diante do trono, o homem a imitou. Shishio largou a espada e olhou os dois a sua frente.
- Então você é o homem de quem Satoro me falou! O Sakara, Hyuu Sakara!
- Hai, Shisho-sama! – respondeu Hyuu.
- É qual é seu objetivo em vir até mim? – perguntou Makoro.
- Eu queria pedir que a vossa senhoria, permitisse a mim me tornar um de seus soldados.
- Que interessante! – falou Makoro se levantando – mas creio que esse não seja seu verdadeiro objetivo. Fale-me agora a verdade, o que você quer? Se mentir novamente eu o matarei!
Hyuu tremeu da cabeça aos pés, não tinha sentido uma intenção assassina tão grande!
- Perdoe-me lorde Shishio – falou Hyuu abaixando a cabeça até encostá-la no chão –queria pedir a vossa senhoria poder! Queria que aumentasse meu poder, para que todos os inimigos tremam diante de mim.
- Agora está melhor! – falou Makoro com a voz mais calam – se queres poder, eu lhe darei, mas saibas que há um preço a pagar!
- Estou disposto a fazer qualquer coisa! –falou Hyuu convicto.
- Ótimo! Siga-me! – Makoro caminhou para trás do altar. Ali existia uma pequena passagem escavada na rocha. Hyuu teve que se abaixar, pois a passagem era bem estreita. Eles seguiram por aquele túnel escuro por um bom tempo, parecia que o túnel descia continuamente. Hyuu pensava que o túnel não ia acabar mais, até que se mais nem menos eles desembocaram em uma enorme sala oval. A sala não estava na escuridão total. Uma estranha luz azul brilhava nas paredes, ela era alta, o teto era sustentado por quatro enormes pilastras. Em todas as paredes havia símbolos de língua há muito morta.
Shishio se aproximou do centro da sala, só nesse momento Hyuu percebeu a enorme estátua que tomava todo centro da sala. A estátua possuía uns cinco metros de altura, era uma clara representação de um demônio antigo: Ela possuía três chifres no alto da cabeça, um par de asas, possuía garras gigantescas, o rosto tinha uma expressão de ódio. A coisa estava agachada com as mãos estendidas, na ponta delas havia uma mesa de pedra retangular.
Shishio já estava aos pés da estatua, ele se ajoelhou e fechou os olhos fazendo uma pequena prece. Hyuu o imitou. Depois disso Shishio se levantou e olhou em Hyuu.
- Ainda dá tempo de desistir! – disse Makoro.
- Shishio-sama eu já tomei minha decisão.
- Como quiser! Deite nessa mesa.
Hyuu obedeceu, Shishio ficou em pé em frente à mesa. E começou a realizar uma série de selos e a pronunciar palavras em uma língua que Hyuu nunca ouvira. O Sakara olhou para o rosto da estátua e teve a clara impressão que eles estavam abertos, de que eram terrivelmente vermelhos. Das mãos da estátua começou a sair uma estranha luz arroxeada.
- Ei, o que está acontecendo? – pergunto Hyuu. Agora ele podia ver claramente os olhos da estátua, mas não era só isso, Hyuu sentia que algo estava drenando suas forças, ele tentou escapar, mas seu corpo não se movia. Então veio a dor. Uma dor tão alucinante que fazia toda consciência de vida desaparecer. Hyuu gritou, gritou como um bebe, implorando para aquilo parasse.
Makoro Shishio ria incontrolavelmente, estava achando aquilo muito divertido.
- E então Sakara o que está achando da dor? E maravilhoso não é? E simplesmente a dor divina. Quando isso acabar você mais forte do que jamais sonhou!

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Notas finais do capítulo

Essa fanfic foi criada pelohttp://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=11485571099965715396



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