The Family escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 13
Cada vez mais uma Fernandes


Notas iniciais do capítulo

Driblando os deveres da universidade para escrever a fic e posso dizer, que foi ótimo para relaxar. Aliviou a tensão que eu estava.



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Gisele chegou no endereço que foi passado por Marina, olhou o local e entrou, encontrou a prima sentada olhando vários tipos de aliança diferente.

Gisele: Oi?

Marina: Gi, que bom que você chegou, vem senta aqui e me ajuda. - Falou rápido. - Alguém te perguntou onde você esta indo?

Gisele: Não. Vanessa ainda esta babando pelo Kevin, Flavinha esta concentrada na finalização de umas fotos e a Clara disse que iria levar o Leo para conhecer umas escolas de judô e capoeira. - Marina abriu um sorriso de orelha a orelha quando ouviu a última parte. - E agora você esta aí, babando pelo seus amores.

Marina: E como eu não vou babar Gi? Você já viu o xodó daqueles dois. Parece que o Leo é filho da Clara e não do Alvey. - Ele fechou os olhos, sentiu dor ao constatar o que acabará de falar.

Gisele: Esta tudo bem Marina. Não é como se você tivesse traindo o Alvey. Você não tem culpa do que aconteceu.

Marina: Eu sei Gi. É que eu olho para o meu filho e não consigo ver o pai. O Alvey foi muito importante para mim. Dói saber que tudo aconteceu daquele jeito.

Gisele: É claro que dói. Mas, e se não tivesse acontecido? Se ele estivesse vivo, talvez você nunca conhecesse a Clara.

Marina: Não. Eu teria conhecido a Clarinha sim. Eu sinto, aqui. - Apontou para o peito – Fomos feitas uma para outra e tenho certeza que de um jeito ou de outro, eu e a Clara ficaríamos juntas. Por isso que digo que o Leo parece mais filho dela do que do Alvey. O jeito com eles se parecem, quando acordam a mesma felicidade de um é a felicidade do outro. O andar dele é parecido com o dela, o sorriso, o jeito de comer. Até o jeito de fazer dengo é o mesmo. É lista sem fim.

Gisele: Bom, só sei que eles saíram empolgados, felizes e fazendo planos. - Gisele olhou para as alianças. - Mas, você me chamou aqui...

Marina: Ah sim, … estou na dúvida.

Gisele: Vai pedir a Clara em casamento?

Marina: Vou. - Mordeu os lábios. - Nos já moramos juntas, agora vamos mudar para uma casa maior, eu gostaria de ir para nossa nova casa já como a esposa da Clara. Você acha que fica melhor como: Marina Fernandes Meirelles ou Marina Meirelles Fernandes?

Gisele: Nem bem ela aceitou e você já esta adotando o sobrenome dela.

Marina: Eu já sou dela Gi.

Gisele: Sim, mas você vai adotar o nome dela até artisticamente, caso ela aceite casar com você.

Marina: Primeiro, eu e a Clarinha somos alma gêmeas, então eu sei que ela aceitará casar comigo. Segundo, vou adotar com muito orgulho o nome da minha mulher, o que incluí colocar o sobrenome dela no meu nome artístico.

Gisele: A muito tempo que eu não te vejo tão viva, tão decida.

Marina: Acho que eu nunca este tão bem em toda a minha vida. Agora chega de conversa, me ajuda logo a escolher. Olha essa daqui, será que ela vai gostar? - Disse mostrando uma das alianças para Gisele.

ESCOLA DE ARTES MARCIAIS.

Clara tinha levado Leo em uma escola de arte marciais, lá tinha judô, karatê, muah tay, boxe, capoeira, mma, kung fu, jiu-jitsu e outras lutas. Leozinho olhava curioso e fazia muitas perguntas.

Clara: E aí filho, gostou de alguma?

Leozinho: A do tambô.

Theo: Muitos pais gostam de colocar os filhos ainda pequenos na capoeira, eles dizem que é uma das modalidades que mais ajuda a disciplinar a criança. Outra quem também eles gostam por causa da disciplina é o Kung Fu. Mas, artes marciais em geral contribui na criação de uma criança. Ajuda na noção de responsabilidade, respeito, convivência. Meu filho faz duas capoeira e jiu-jitso, é uma criança bem tranquila, até na escola ele melhorou.- Theo era responsável pelas matrículas.

Clara: Eu quero acho ótimo na educação de uma criança, ela praticar esportes. Aí fico mostrando ao Leozinho, vários tipos diferente para ver se ele se interessa por algum.

Theo: Quando anos ele tem?

Clara: Três, faz quatro no final do ano. Mas, não pretendo colocar ele agora, vou mostrando as opções aí se ele se interessar, ano que vem entra. Porque três anos ainda é muito novinho.

Theo: Bom. Nós temos várias opções, espero que ele goste e a escola vai ficar de portas abertas caso ele se interesse.

Leozinho: Mãe, eu também quero uma luva.

Clara: Mas, você gostou mais de qual?

Leozinho: Da do tambor. Mas, eu quelo a luva para brincar.

Clara: Entendi. Então, quando a gente chegar em casa, a gente conversa com a mamãe e fala sobre seus interesses.

Leozinho: Tá bom. Eu tou cansado. - Levantou os braços para ela, que o pegou no colo.

Clara: Theo, ele se interessou pela capoeira, eu vou conversar com minha mulher e aí a gente vai trazendo ele, só para ele ir assistindo as aulas, vendo o ritmo, até começar mesmo.

Theo: Pode vir sim, esperaremos vocês.

Eles se despediram do rapaz e foram em direção ao estacionamento, colocou Leozinho no acento de criança e foram para casa de leilões. Uma vez no mês ela se reunia com a irmã, a mãe e a tia Juliana, para ver os orçamentos como estavam, já que era uma das sócias.

Clara: Oi todo mundo! Trouxe meu pequeno para reunião. - Disse sorrindo com o menino no colo.

Helena: É bom, que assim ele já se acostuma com os negócios da família. - Helena deu um beijo na bochecha do menino.

Leozinho: Tia Leninha, posso comer o bolo de chocolate?

Juliana: Igualzinho a Clara quando era pequeno, não aguentava ver um bolo de chocolate.

Clara: Não aguento, querida tia. Também quero um pedaço.

Chica: Vem com a vovó, que eu pegou bolo para você.

Chica pegou Leo do colo de Clara e sentou na mesa com ele. Todos sentaram na mesa e Leninha começou a falar sobre alguns assuntos de trabalho, enquanto Clara e Leozinho comiam o bolo de chocolate. A reunião não durou muito, a Casa de Leilão estava bem, logo elas começaram falar sobre outros assuntos.

Clara: Em breve, nós vamos mudar.

Juliana: Para onde?

Clara: A reforma da casa de Santa Tereza já acabou, então logo vamos para lá.

Juliana: O que inclui você?

Clara: Eu não vou conseguir ficar longe dos dois. - passou a mão no cabelo de Leozinho, ainda no colo de Chica.

Chica: Mas, é vontade sua ir minha filha?

Clara: É sim. Se ela fosse para Europa, para China, ou qualquer outro lugar, eu iria.

Helena: Engraçado, há um ano atrás, a Clarinha estava com viajando sem rumo pelo mundo, hoje, tem uma família linda.

Clara: E nunca estive tão feliz.

Chica: Bom, então vamos fazer um brinde. - Pegou o copo de suco e todos imitaram o movimento, principalmente Leozinho que adorou.

O relacionamento de Clara e Marina ficava cada vez mais forte, elas não escondiam de ninguém que estavam juntas e felizes. Assim que deixaram Leozinho na escola, as duas foram para estúdio, chegaram sorrindo, mas logo o sorriso de Marina desapareceu.

David: Depois que eu li isso aqui, eu fico pensando no meu filho, como você pode criar o filho dele no meio de uma safadeza com essa daí?

David jogou a reportagem em cima da mesinha, nele continha uma reportagem falando sobre o relacionamento das duas com filho. Tinha fotos delas com o menino na praia, falava sobre o fato do garoto se referir as duas como mãe.

Marina: Não acredito que o senhor saiu de Nova York para me falar essas estupidez.

David era pai de Alvey, que por coincidência, estava no Brasil naquela semana a negócios. No entanto a reportagem que ele tinha era da Page Six, a esposa ligara para ele falando sobre a notícia, o empresário não perdeu a oportunidade de confrontar e importunar Marina.

David: Jamais eu saíra dos Estados Unidos por sua causa e nem por causa desse menino. Eu estava aqui a negócios. O que eu quero saber é como você dizia amar meu filho e agora estar com essa daí.

Marina: Não devo satisfação da minha vida para você. Não me venha cobrar nada, eu e meu filho não temos ligação com o senhor. Amei o Alvey, ainda o amo e a ele eu respeito. Tenho certeza que ele onde estiver esta feliz sabendo que eu e o filho dele estamos bem e felizes.

David: Não fale em nome do meu filho.

Marina: Você que não deve falar em nome dele. Nunca conheceu de verdade o homem maravilhoso que ele era. Portanto não venha para dentro do meu ambiente de trabalho exigir nada. Quando o Alvey morreu eu procurei vocês não por dinheiro, por isso, eu tenho mais do que vocês. Eu procurei pelo meu filho, para que ele tivesse uma figura paterna mesmo que em memória, para que ele tivesse uma ligação com a família do pai. Mas, você e sua esposa deixaram claro que nunca aceitariam que o nome da família fosse para o Leo, nunca se importaram em sequer conhecer o neto.

David: Ele não é meu neto! - Ele tinha ódio na fala. - É um bastardo que o meu filho teve com uma vadia, que anda grudada em uma sapatão.

Clara perdeu o controle, levou o punho com força até o rosto de David, que teve um corte no canto da boca.

Clara: Já chega! Você esta falando da minha mulher e do meu filho, ou respeita os dois por bem ou por mal.

David: Você não passa de uma aberração. - Saiu do estúdio xingado o mundo.

Marina: Não acredito que ele teve coragem de aparecer aqui.

Vanessa: Ele invadiu o estúdio. Não adiantou a gente mandar ele sair. Sujeitinho detestável.

Flavinha: O soco que a Clara deu nele, era o que eu queria ter feito e nunca fiz.

Clara: Esta mais calma? - Passava a mão nos braços de Marina, que assentiu com a cabeça e recostou nos ombros dela, enquanto a abraçava.

Marina: Ainda bem que o Leozinho não estava aqui. - Foi tudo o que conseguiu dizer. Deixou que Clara a consolasse e depois de um tempo respirou fundo. - Vem comigo até a área da piscina?

Clara: Ta bom. - Saíram andando, a morena tentava adivinhar o que se passava na cabeça de Marina.

Marina: Esse tumulto de hoje, me deu coragem para tocar em um certo assunto com você.

Clara: Não precisa ficar nervosa amor.

Marina: O Leozinho te ama e eu vejo que você também o ama.

Clara: Você nem faz ideia do quanto.

Marina: As vezes, eu fico pensando na morte do Alvey, como aconteceu tão depressa e... isso pode acontecer com qualquer um, a qualquer momento.

Clara: Onde você quer chegar.

Marina: A Gi é madrinha do Leo, o ama, mas se acontecer alguma coisa comigo, eu quero que ele fique com você.

Clara: Marina, que absurdo é esse que você esta falando? Nada vai acontecer com você. Ou esta escondendo alguma coisa? Alguma doença... - Clara esta começando a ficar nervosa.

Marina: Se acalma, não tem nada comigo.

Clara: Acho bom, porque eu não vou suportar ficar sem você.

Marina: Não vai ficar. Deixar você não é parte dos meus planos.

Clara: É bom mesmo, viu? - Roubou um selinho dela.

Marina: A questão toda é, eu posso estar me precipitando, mas é que eu gostaria de falar com meus advogados sobre colocar seu nome na certidão do Leozinho.

Clara: Você esta falando sério?

Marina: Estou. Se você aceitar é claro. Eu gostaria que ele fosse reconhecido legalmente como seu filho.

Clara: Marina... amor... é pelo amor de Deus, ver isso o mais rápido possível. É lógico que eu quero ser mãe dele legalmente. - Clara tinha lágrimas no olhos. - Eu amo você. - Ela não resistiu e deu um beijo de tirar o fôlego na namorada.

Clara estava voando por dentro, Leozinho, a criança que ela amava como filho se tornaria oficialmente seu filho. Queria correr, contar ao menino isso, mas Marina queria que fosse surpresa. A fotógrafa, cada vez mais entregue a relação com Clara fazia o possível para agradar a morena. Como por exemplo, passar a ter aulas com Chica e Rosa para aprender a fazer as comidas favoritas de amada. Leozinho também adorava, já que junto com a nova mãe ele enchia a barriga. O que a morena não esperava é que as surpresas continuasse.

Naquele dia, elas não foram trabalhar, Clara foi questionada se aceitaria jantar com a fotógrafa e prontamente aceitou. Leozinho vibrou quando soube que dormiria com a vovó Chica, já que Ricardo estava viajando. A morena estranhou o fato de Marina pegar o rumo para Santa Tereza, mas logo entendeu, a decoração da piscina estava linda. A cor vermelha era predominante, nas luzes que cobriam todo o local, nas almofadas espalhadas pelo chão, na toalha da mesinha, cor das taças. Afinal, era esta a cor do amor, da paixão e do batom de Marina. A mais branca deu um sorriso, calma e estendeu a mão para namorada.

Clara: Amor, esta tão lindo aqui.

Marina: Vem, tira o sapato. - Disse fazendo o mesmo e pisando no enorme tapete ali presente.

Sentaram no chão, com várias almofadas ao redor e uma mesa baixinha a frente. Mas, uma vez Marina tinha ido até Rosa e Chica aprender um dos pratos que Clara tanto amava, um filé regado no conhaque e que a morena aprovou.

Clara: Esta tudo uma delícia, tudo muito lindo, fofo, romântico. Olha, eu digo até que você já pode casar. - Disse fazendo graça.

Marina: É a minha ideia. - Piscou para ela e Clara abaixou a taça da boca, colocando na mesa.

Clara: Sua ideia.

Marina: Vamos mudar de casa, você vai assumir o Leozinho. … Você sabe que eu não me canso de falar para você que eu te amo. Você foi um presente na minha vida. Justamente quando eu já não acreditava que poderia encontrar um amor, você veio de surpresa e quando eu me dei conta, já estava te amando. E eu poderia ficar falando e falando, mas não vou ter palavras para te dizer como você é importante, especial, indispensável para mim. Eu te amo e quero estar sempre contigo. Então, não vou ficar dando voltas. … Clara Fernandes, você aceita casar comigo? - Disse abrindo a caixinha vermelha e mostrando as alianças para a namorada.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos povo lindo!



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