O Beijo da Inocência escrita por Dreamy Girl


Capítulo 1
Capítulo 1




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Chegava um momento na vida de todo homem em que sabia que foi caçado. Naruto Uzumaki ficou olhando o anel de diamantes e soube que o seu tinha chegado. Fechou a tampa e guardou o estojo de veludo no bolso da jaqueta.

Tinha duas opções. Podia casar-se com Hinata Hyuuga e conseguir seu objetivo de fundir sua companhia com os Hotéis Hyuuga para criar a maior e mais exclusiva cadeia de hotéis do mundo, ou podia negar-se e perder tudo. Tendo em conta as circunstâncias, só podia fazer uma coisa.

O porteiro do edifício em Tokyo se apressou para abrir a porta enquanto Naruto se dirigia para a rua, onde seu esperava o motorista. Respirou fundo antes de entrar no carro, e o motorista arrancou.

Essa ia ser “a” noite. Era o resultado do cortejo, de incontáveis jantares e beijos que foram se tornando cada vez mais apaixonados. Essa noite culminaria na conquista de Hinata Hyuuga e, então, pediria que se casasse com ele.

Sacudiu a cabeça ao reparar uma vez mais no absurdo da situação. Pessoalmente acreditava que Hiashi Hyuuga estava louco por obrigar sua filha a cair nas garras de Naruto. Tentou fazer o velho mudar de opinião sobre o fato de que sua filha se casasse com ele.

Hinata era uma moça muito doce, mas Naruto não tinha interesse em casar-se. Ainda não. Possivelmente em cinco anos. Então, escolheria uma esposa e teria filhos.

Hiashi tinha outros planos. A partir do momento em que Naruto se aproximou, Hiashi mostrou um brilho calculista em seus olhos. Ela era muito suave, muito inocente, muito… tudo, para ocupar-se dos negócios familiares. Estava convencido de que qualquer homem que

mostrasse interesse por ela, o faria para congraçar-se com o clã Hyuuga e sua fortuna. Hiashi queria que cuidassem de sua filha e, pela razão que fosse, estava convencido de que Naruto era a melhor opção.

Assim, incluíra Hinata como parte do acordo. A condição? Que Hinata não soubesse disso. O velho estava disposto a entregar sua filha, mas não queria que soubesse. O que queria dizer que não ficava nenhuma saída a Naruto além seguir aquele estúpido jogo. Recordou as coisas que disse e a paciência que teve ao cortejar Hinata. Era uma pessoa direta e todo aquele assunto o incomodava.

Hinata pensaria que faziam um casal perfeito. Era uma mulher de bom coração que preferia passar o tempo em sua fundação para proteção dos animais, que nos conselhos de administração dos Hotéis Hyuuga. Se alguma vez descobrisse a verdade, não ficaria satisfeita. E não podia culpá-la. Naruto odiava a manipulação, e se zangaria muito se alguém lhe fizesse o que faria a ela.

–Velho estúpido –murmurou.

O condutor parou em frente ao edifício de apartamentos, onde vivia todo o clã Hyuuga. Hiashi e sua esposa ocupavam o apartamento de cobertura e Hinata se mudou para um apartamento menor em outro andar. Vivia entre outros membros da família, desde primos a tios.

A família Hyuuga parecia estranha a Naruto. Tornou-se independente ao fazer dezoito anos e a única coisa que se lembrava de seus pais era a advertência de que não se metesse em confusões.

Toda a devoção que Hiashi mostrava por seus filhos lhe parecia estranha e o incomodava. Sobretudo desde que Hiashi decidiu tratar Naruto como um filho, agora que ia se casar com Hinata.

Naruto começou a sair quando viu Hinata correndo para a porta, com um amplo sorriso nos lábios e seu olhar aceso ao vê-lo. Ele se apressou para chegar junto a ela.

–Hinata, deveria ter ficado dentro –disse franzindo o cenho.

Ela riu em resposta. Suas gargalhadas soaram frescas na metade do som do tráfego. Usava os cabelos negros soltos, sem a presilha que costumava usar. Segurou suas mãos e as apertou enquanto lhe sorria.

–Vamos, Naruto, o que pode acontecer? Alex está aqui e está mais atento a mim que meu próprio pai.

Alex, o porteiro, sorriu a Hinata. Naruto suspirou e rodeou Hinata pela cintura.

–Deveria me esperar dentro e deixar que fosse eu quem te buscasse. Alex não pode cuidar de você. Tem outros deveres.

–Para isso tem você, tolo. Não imagino que alguém possa me machucar estando ao seu lado.

Antes que ele pudesse responder, uniu seus lábios aos dele. Aquela mulher não sabia controlar-se. Estava montando um espetáculo.

Mesmo assim, seu corpo reagiu à paixão de seu beijo. Seu sabor era doce e se mostrava inocente. Sentia-se como um ogro pela farsa que estava participando. Mas então recordou que os Hotéis Hyuuga seriam, por fim, dele.

Lentamente, afastou-se.

–Este não é o lugar, Hinata –a repreendeu– Temos que ir. Lee está nos esperando.

Ficou séria e durante uns segundos sua expressão se tornou triste, mas em seguida voltou a animar-se, mostrando um alegre sorriso em seu rosto.

Naruto se acomodou no assento traseiro junto a Hinata e ela, em seguida, se aconchegou ao seu lado.

–Onde vamos jantar hoje? –perguntou ela.

–Preparei algo especial.

–O que? –perguntou, equilibrando-se sobre ele.

–Já o verá.

Ouviu seu suspiro de desespero e o sorriso de Naruto se alargou. Uma coisa a favor de Hinata era que era muito fácil de contentar. Estava acostumado a mulheres que protestavam quando não cumpriam suas expectativas. Por desgraça, as mulheres com que estava acostumado a estar tinham altas e caras expectativas. Hinata parecia contentar-se com qualquer coisa. Estava certo de que gostaria do anel que escolheu.

Ela se acomodou ao seu lado e apoiou a cabeça em seu ombro. Suas espontâneas amostras de afeto seguiam incomodando-o. Não estava acostumado a pessoas tão abertas. Quando se casassem, lhe diria que contivesse um pouco o entusiasmo.

Uns minutos mais tarde, Lee se deteve no edifício de Naruto e saiu para abrir a porta. Naruto saiu e ofereceu a mão para ajudar Hinata.

–Esta é sua casa –comentou ela, arqueando uma sobrancelha.

–Isso mesmo. Venha, o jantar está nos esperando.

Passaram pela porta e se dirigiram ao elevador. Subiram e a porta se abriu no vestíbulo do apartamento. Para sua satisfação, tudo estava como o planejado.

A iluminação era tênue e romântica. Soava jazz de fundo e a mesa estava disposta junto à janela, com vista para a cidade.

–OH, Naruto! Isto é perfeito.

Uma vez mais se jogou em seus braços e o abraçou. Cada vez que o abraçava, sentia uma estranha sensação no peito. Soltou-se de seu abraço e a levou até a mesa. Puxou a cadeira para ela, abriu a garrafa de vinho e serviu duas taças.

–A comida continua quente! –exclamou ela, tocando seu prato– Como conseguiu isso?

–Com meus superpoderes –respondeu ele sorrindo.

–Eu gosto da ideia de um homem com superpoderes para cozinhar.

–Alguém me ajudou enquanto ia pegá-la.

Ela enrugou o nariz.

–É muito antiquado, Naruto. Não havia motivo para que fosse me buscar se íamos passar a noite em seu apartamento. Podia ter tomado um táxi ou pedido ao chofer de meu pai que me trouxesse.

Naruto piscou surpreso. Antiquado? Tinham-no chamado muitas coisas, mas nunca de antiquado.

–Um homem tem que estar atento às necessidades de sua garota. Foi um prazer ir te buscar.

Ela ruborizou e seus olhos brilharam.

–Sou?

–É o que? –perguntou ele, inclinando a cabeça enquanto deixava a taça de vinho na mesa.

–Sua garota.

Nunca tinha se considerado um homem possessivo, mas agora que decidiu que se converteria em sua esposa, descobriu que era.

–Sim, e antes que acabe a noite, não ficará nenhuma dúvida de que me pertence.

Um calafrio percorreu o corpo de Hinata. Como se concentraria no jantar depois de tal afirmação? Naruto ficou olhando-a do outro lado da mesa como se fosse saltar em cima dela a qualquer comento.

Sentia-se como uma presa. Era uma sensação deliciosa, absolutamente ameaçadora. Estava desejando que chegasse o momento em que Naruto desse um passo adiante em sua relação.

Desejava-o, ainda que o temesse. Como estar à altura de um homem que era capaz de seduzir uma mulher somente com um olhar? Fora todo um cavalheiro durante o tempo que estiveram saindo. A princípio, só lhe dera beijos inocentes, mas com o tempo se tornaram mais apaixonados.

Outro calafrio a percorreu por culpa daqueles pensamentos. Teria planejado fazê-la sua essa noite?

–Não vai comer? –perguntou Naruto.

De novo, ficou olhando o prato. Sentia a boca seca e estremeceu ansiosa. Moveu o camarão-rosa com o garfo para molhá-lo no molho, e lentamente o levou aos lábios.

–Não é vegetariana, é?

Ela sorriu ao ver sua expressão, como se a ideia acabasse de ocorrer, colocou o camarão-rosa na boca e mastigou enquanto voltava a deixar o garfo. Depois de engolir pegou sua mão.

–Se preocupa muito. Se fosse vegetariana, já teria dito. Muita gente acredita que não como carne por minha vinculação com a associação de proteção aos animais –disse ela e ao ver a expressão de alívio de Naruto, sorriu de novo– Como frango e peixe. Não gosto muito de porco e menos ainda de vitela, foiegras e similares. A ideia de comer fígado de pato me revolve o estômago.

–Terei em conta suas preferências culinárias para não servir — disse isso ele com solenidade.

–Sabe uma coisa, Naruto? –disse sorrindo – Não é tão empertigado quanto as pessoas pensam. A verdade é que tem um grande senso de humor.

–Empertigado? –perguntou, levantando uma sobrancelha– Quem pensa que sou empertigado?

Consciente de que tinha cometido uma gafe, meteu outro camarão-rosa na boca.

–Ninguém. Esqueça isso.

–Alguém a preveniu contra mim?

A repentina tensão em seu tom de voz fez que se sentisse inconfortável.

–Minha família se preocupa comigo –respondeu Hinata– São muito protetores, muito –concluiu.

–Sua família a advertiu para que tomasse cuidado comigo?

–Bom, não exatamente. Certamente meu pai não. Ele acredita que pode tocar a lua. Minha mãe também está de acordo com a relação, mas acredito que é porque meu pai a aprova.

Naruto se relaxou em seu assento.

–Então, quem?

–Meu irmão quer que tome cuidado, mas tem que entender que sempre que saio com alguém me diz o mesmo.

De novo, Naruto arqueou uma sobrancelha enquanto levava a taça de vinho à boca.

–Sei.

–Bom, já sabe, é um mulherengo. Tem uma mulher diferente a cada semana. Pensa que a única coisa que quer é me levar para cama.

Hinata sentiu as bochechas arder e inclinou a cabeça.

–Parece o típico irmão mais velho –disse Naruto– E tem razão em uma coisa: quero te colocar em minha cama. A diferença é que uma vez nela, vai ficar lá.

Hinata ficou surpreendida. Ele sorriu com altivez.

–Acabe de comer. Quero que desfrute do jantar. Mais tarde, desfrutaremos um do outro.

Seguiu comendo mecanicamente, sem reparar no sabor. O que as mulheres faziam em situações como aquela? Estava com um homem decidido a levá-la para cama. Deveria mostrar-se fria ou ficar na defensiva?

Conteve a risada. Estava começando a perder a cabeça.

Mãos fortes a seguraram pelos ombros. Hinata jogou a cabeça para trás e viu Naruto às suas costas. Como tinha chegado até ali?

–Relaxe, Hinata –disse brandamente– Está muito tensa. Venha aqui.

Com pernas trementes, ficou de pé. Lhe acariciou a bochecha com um dedo e logo afastou uma mecha de cabelo da testa. Por último, desenhou uma linha por seu rosto até chegar aos lábios enquanto aproximava seu corpo do dela.

Rodeou-a pela cintura com um braço e com a outra mão segurou sua nuca. Dessa vez, quando a beijou, não houve a contenção que tinha visto outras vezes. O beijo foi ardente e avassalador. Como podia um beijo provocar aquele efeito?

Com a língua roçou os lábios de Hinata, brandamente a princípio e com mais ímpeto depois, fazendo pressão para que abrisse a boca. Ela relaxou e se deixou levar por seu abraço. Ouvia seus batimentos cardíacos nas têmporas, no pescoço e no mais profundo de seu corpo. Desejava aquele homem. Às vezes tinha a sensação de que passara toda a vida o esperando. Era perfeito.

–Naruto –sussurrou– Há algo que tenho que te dizer, algo que deve saber.

Ele franziu o cenho e procurou seus olhos.

–Vá em frente, conte o que quiser.

Hinata engoliu em seco, mas sentiu que o nó em sua garganta tinha crescido. Nunca imaginou que fosse algo tão difícil de dizer e se sentiu como uma tola. Possivelmente não deveria falar nada e deixar que as coisas acontecessem. Mas, não, aquela seria uma noite especial e Naruto devia saber.

–Eu… Nunca fiz isso –disse nervosa, agarrando-se a seu braço– O que quero dizer é que nunca fiz amor com um homem. É o primeiro.

Algo escuro e primitivo brilhou em seus olhos. A princípio não disse nada. Logo, a beijou com ânsia, devorando seus lábios. A seguir se afastou e uma expressão de satisfação apareceu em seu rosto.

–Fico feliz com isso. Depois desta noite será minha, Hinata. Estou feliz de ser o primeiro.

–Eu também –murmurou ela.

A intensidade de sua expressão se suavizou. Inclinou para diante e a beijou na sobrancelha. Ficou assim durante longos segundos antes de tomá-la pelos ombros.

–Não quero que tenha medo. Serei muito suave com você, querida. Quero que aproveite cada momento.

Ela ficou nas pontas dos pés e o rodeou pelo pescoço.

–Então, faça amor comigo, Naruto. Passei muito tempo esperando por você.

Hinata ficou olhando Naruto, sem saber o que fazer. Ele não tinha esse problema. Deu-lhe outro beijo na testa antes de tomá-la em seus braços e levá-la até o quarto principal do apartamento. Ela suspirou e apoiou a cabeça em seu ombro.

–Sempre sonhei com que me levassem nos braços à cama quando chegasse o momento. Certamente pareço tola.

–Fico feliz de poder realizar suas fantasias, antes inclusive de te despir.

Ela ruborizou ante a ideia de que a despisse.

Depois de escutar muitas garotas no colégio e na universidade falar sobre quão medíocre foram suas primeiras vezes, Hinata se prometeu que sua experiência seria diferente. Possivelmente ao final fosse muito suscetível, mas se empenhou em escolher o momento e o homem adequado. Assim estava contente porque não podia ser alguém mais perfeito que Naruto Uzumaki.

Deixou-a junto à porta e ela olhou nervosa ao seu redor. O quarto era grande. A cama era enorme também. Parecia feita sob medida. Quem necessitava uma cama tão grande?

–Vou despi-la, querida –disse ele com voz sensual– O farei lentamente. Se sentir-se inconfortável em algum momento, me pare. Temos toda a noite. Não há nenhuma pressa.

Seu coração derreteu ante a doçura de sua voz. Parecia paciente e embora o agradecesse, estava desejando que se apressasse.

“Só há uma primeira vez”, disse a si mesma, repreendendo-se.

–Vire-se para que eu possa tirar seu vestido.

Lentamente se virou e fechou os olhos, enquanto ele afastava seu cabelo para o lado para poder abrir o zíper. Uns segundos depois, a única coisa que se ouvia no quarto era o som do zíper sendo aberto.

Hinata segurou o vestido sem alças um momento antes que caísse. Naruto a segurou pelos ombros nus e a beijou no pescoço.

–Relaxe.

Era fácil para ele falar. Certamente fez isso centenas de vezes. Aquela ideia não a agradava e se prometeu não pensar em quantas amantes tivera.

Naruto a fez girar e esboçou um sorriso que a derreteu por dentro. Lentamente a fez soltar o vestido até que esse caiu no chão, deixando-a só com a calcinha.

Ruborizou-se. Por que não vestiu um sutiã sem alças? Sentia-se como uma sem-vergonha por não usar nada, pois tinha seios grandes e o vestido lhe assentava como uma luva.

Tampouco sabia que ia seduzi-la essa noite. Tinha-o desejado todas as vezes que Naruto a convidou para sair, mas tinha deixado de predizer quando chegaria esse momento.

–Muito sexy –disse percorrendo-a com o olhar de cima abaixo.

Por sorte vestiu uma calcinha sexy de renda e não as brancas de algodão branco que costumava vestir.

–Está muito bonita.

Seu tremor atenuou, absorvido pela expressão de seu olhar. Os olhos não mentiam e podia ver a excitação e o desejo nos dele.

Naruto a tomou pelos ombros e brandamente a puxou para beijá-la novamente. Em segundos, o beijo passou de feroz a terno, como se estivesse dizendo que não ia afligi-la.

Embora fosse virgem, o desejo e a excitação não lhe eram desconhecidos. Naruto, com uma intensidade que beirava a obsessão, converteu-se numa fantasia que não a deixava dormir pelas noites.

Já tinha sido tentada no passado. Outros homens a cortejaram. Por alguns não havia sentido nenhum desejo, mas por outros experimentou interesse e se perguntou se aquilo conduziria a uma relação sexual. Ao final, nunca esteve segura e se negou a dar o passo final.

Com Naruto, isso não aconteceu. Do primeiro momento em que se apresentou com sua voz sensual e profunda, soube que estava perdida. Tinha passado as últimas semanas desejando que aquela noite chegasse. Agora que tinha chegado, todo seu corpo desejava que a fizesse dele.

Ele se separou um momento e ela ficou olhando-o com olhos frágeis. Naruto lhe acariciou uma bochecha com um dedo. Logo, voltou a beijá-la uma e outra vez. Seus beijos eram ardentes. Deslizou a língua entre seus lábios e brincou com a sua. Seu sabor era quente e delicioso, fazendo-a desejar mais. Naruto deixou escapar um gemido e suspirou junto a seu rosto.

–Me deixa louco.

Ela sorriu e seu nervosismo acalmou. O fato de que provocasse aquele efeito num homem tão bonito e atraente, aumentava sua auto-estima.

Continuou beijando-a pelo pescoço. Um calafrio de prazer lhe percorreu os ombros. Seus lábios continuaram descendo pela curva de seus ombros para o peito.

Ficou de joelhos frente a ela e sua boca ficou à altura do mamilo. Hinata conteve a respiração, desejando que a acariciasse. Não importava se era com a boca, os lábios ou a língua.

Ele baixou a cabeça e a beijou no umbigo. Logo subiu uns centímetros e continuou o percurso entre seus seios até que finalmente a beijou em cima do coração.

Um sorriso se desenhou nos lábios de Naruto.

–Seu coração pulsa depressa –murmurou.

Ela continuou em silêncio. Não precisava dizer nada. O coração estava a ponto de sair do peito. Mas suas mãos não podiam ficar quietas. Tinha os dedos afundados nas mechas de seu cabelo loiro. Segundo a luz, seus olhos se viam âmbar,

Acariciou seu cabelo. Usava-o um pouco revolto. Prestava tão pouca atenção a seu cabelo como fazia com outras coisas que considerava sem importância.

Naruto levantou o olhar.

–Está assustada?

–Um pouco – admitiu.

Seu olhar abrandou e a rodeou com os braços, atraindo-a para ele. A sensação do corpo nu contra o vestido, fez que sentisse um estremecimento.

–Estaria menos assustada se estivesse nu.

Ele piscou surpreso e logo riu, jogando a cabeça para trás.

–Está bem –disse ficando de pé ante ela– Fico feliz em te agradar.

Ela passou a língua pelos lábios úmidos, enquanto ele se afastava e começava a desabotoar a camisa. Em seguida, tirou as abotoaduras antes de tirar as mangas.

Ela permaneceu quieta, curtindo. Estava em boa condição física, mas sem ser musculoso demais. Um cacho de pelos salpicava seu peito e uma suave linha de pelo descia por seu abdômen e desaparecia sob a cintura das calças.

Desejava acariciá-lo, tinha que acariciá-lo. Fechou os punhos e franziu o cenho. Não havia regras na sedução, não? Podia tocar. Não havia nenhuma razão para permanecer quieta como uma estátua enquanto ele fazia todo o trabalho.

Estava começando a desabotoar a calça quando ela deslizou as mãos por seu peito e seus ombros. Ele ficou quieto e por uns instantes fechou os olhos.

Sua resposta a fascinou. Produziam-lhe suas carícias tanto prazer como as suas? Uma sensação de poder a invadiu. Aproximou-se ainda mais, desejando sentir sua pele nua junto à sua. Deixou escapar um gemido quando seus seios roçaram seu peito. Foi uma sensação elétrica que a fez desejar mais, muito mais.

–O que está fazendo? –perguntou com voz quebrada.

–Estou me divertindo.

Ele sorriu e permaneceu quieto, com as mãos no zíper da calça. Hinata lhe acariciou com as mãos abertas o peito, explorando cada músculo e desfrutando do contraste da fortaleza de Naruto e da delicadeza de seu próprio corpo.

–Tira isso — sussurrou.

–Acaso a tímida virgem se tornou toda uma sedutora?

Justo naquele instante se ruborizou e então ele sorriu e soltou suas calças para tomar seu rosto entre as mãos. Logo a beijou, atraindo com força seus lábios.

O repentino nervosismo fez que suas mãos se movessem com estupidez, enquanto procurava suas calças. Ele permaneceu paciente, acariciando seu rosto, com os olhos fixos nos dela enquanto Hinata lhe baixava as calças.

Engoliu saliva e se aventurou a olhar ali onde sua ereção se adivinhava sob a cueca. Era uma simples cueca boxer. Imaginou algo melhor, não o tinha imaginado com uma cueca tão simples, claro que não era um homem que se complicasse a vida. Sim, usava roupa cara, mas era roupa confortável. Só se sabia que era cara ao ver a etiqueta.

Dito de outra maneira, Naruto Uzumaki era um homem que tinha feito dinheiro, mas que não se preocupava em aparentá-lo. Em público, estava acostumado a estar à defensiva, como se

quisesse manter distância. Entusiasmava-a que confiasse nela o suficiente para lhe mostrar seu lado mais íntimo.

–Me acaricie –disse naquele tom sensual que a fazia derreter-se.

Tateando, colocou a mão sob a cintura de sua cueca e seguiu baixando até que se encontrou com a aveludada dureza de sua ereção. Animada pela expressão de desejo de seus olhos, rodeou com seus dedos a base e lentamente os deslizou para cima, percorrendo seu comprimento.

Naruto soltou seu rosto e impacientemente baixou a cueca até ficar completamente nu, enquanto ela continuava acariciando-o suavemente. Embora não tinha nada com o que compará-lo, exceto algumas fotos que tinha visto, parecia ter um tamanho adequado. Ao menos, não parecia tão grande para temer um problema de compatibilidade.

Puxou-a pelos pulsos e afastou as mãos de sua ereção, aprisionando-as contra o peito.

–Querida, está me deixando louco. Supõe-se que era eu o que ia seduzir e entretanto é você a que me escraviza com cada carícia.

Ela se ruborizou de prazer. Beijou-a de novo e a abraçou, fazendo-a caminhar de volta à cama. Deteve-a quando suas pernas estiveram a ponto de roçar a colcha. Logo, rodeou-a pela cintura e a jogou para trás até deitá-la no colchão.

A expressão de Naruto se tornou séria. Com suavidade, afastou-lhe uma mecha de cabelo da testa com um movimento suave.

–Se em algum momento fizer algo que te assuste, diga-me e pararei. Se quiser que vá mais devagar, diga-me isso também.

–OH! –exclamou, incapaz de dizer nada pelo nó que se formou na garganta.

O puxou para que a beijasse. Sentia-se desajeitada, mas não parecia lhe importar. Teria gostado de mostrar-se mais desinibida, mas não tinha experiência e não se arrependia de ter esperado até esse momento.

–Amo você –sussurrou Hinata, incapaz de conter por mais tempo aquelas palavras. Naruto ficou imóvel e, por um momento, Hinata temeu ter quebrado a magia do momento. Afastou-se com os olhos abertos como pratos, procurando em seu rosto alguma reação, alguma indicação de que tinha transpassado alguma barreira proibida.

Estava convencida de que estragou o momento mais excitante e maravilhoso de sua vida por ser uma linguaruda. Nunca foi capaz de conter-se.

–Naruto?

Tremeram-lhe os lábios e começou a afastar-se, sentindo-se envergonhada.

Em vez de respondê-la, Naruto se inclinou sobre ela e começou a lhe devorar os lábios. Logo, colocou a língua em sua boca e começou a jogar com a sua.

Seu corpo voltou para a vida e se arqueou contra ele. Hinata o rodeou pelo pescoço enquanto Naruto a estreitava contra ele. Seus corpos estavam tão ardentes como sua boca. Entre suas pernas, Hinata sentiu sua ereção.

Naruto agitou os quadris, como se fosse incapaz de conter o desejo de afundar-se nela. Hinata ofegou excitada, levada pelo medo e a excitação. Sua boca e suas mãos estavam por toda parte. Era um assalto sensual a seus sentidos. As suaves carícias se misturavam com toques mais

firmes. A puxou para baixo até que pôde tomar um de seus mamilos na boca. Logo, acariciou-o com a ponta da língua.

Hinata deixou escapar um grito, levada pelo efeito daquele simples toque. O prazer a invadia e se estremeceu com violência, lhe cravando as unhas.

Não satisfeito com a intensidade de sua reação, voltou a tomar seu mamilo na boca e o chupou com força.

Hinata sentiu que a visão nublava. Respirou fundo, mas não parecia capaz de encher de ar seus pulmões. Aquilo era o paraíso. Nem sequer encontrava as palavras para descrever aquela incrível sensação que lhe provocava sua boca lambendo seu seio.

Então, Naruto deslizou uma mão entre eles, por seu umbigo e mais abaixo.

Hinata conteve a respiração enquanto seus dedos acariciavam suas dobras até dar com o centro de seu prazer. Sabia melhor que ela como satisfazê-la, onde e como tocá-la. Cada carícia a elevava a novas alturas. Então, Naruto fechou os olhos e empurrou com seus quadris, afundando-se nela centímetro a centímetro. Em um dado momento se deteve e ela se agitou, protestando.

–Cale-se –murmurou, e a beijou no canto dos lábios– Me dê um momento. Não quero machucá-la. É melhor acabar com isso quanto antes.

Hinata assentiu, enquanto ele se separava para voltar a afundar-se de novo.

Abriu os olhos como pratos e um grito afogado escapou de sua garganta. Estava tentando controlar os sentimentos contraditórios que a embargavam.

Podia senti-lo em seu interior. Deixava-o preso. Não podia distinguir se a sensação ardente de seu interior era de prazer ou de dor. Queria mais, necessitava mais.

Gemeu brandamente e se agitou. Queria algo que não sabia descrever.

–Devagar.

Beijou-a, acariciando sua língua com a sua, e o beijo se tornou mais apaixonado. Levantou seu corpo separando-o do dela e arqueou os quadris antes de investi-la de novo.

Logo voltou a baixar, apoiando-se nos cotovelos, sem afastar o olhar do seu.

–Está bem?

–Muito bem –respondeu ela sorrindo.

–É linda, inocente, perfeita… Toda minha.

O tom possessivo em sua voz a fez estremecer e, logo, outra sacudida de prazer percorreu seu corpo.

–Sim, toda sua –sussurrou.

–Me diga se ficar muito. Quero que gozemos ao mesmo tempo. Não posso esperar muito mais.

–Então não o faça.

Sua voz tremeu. Mal podia pensar, muito menos falar. Tinha o corpo rígido. Seus sentidos estavam alterados e estava a ponto de deixar-se levar. Um só toque, uma carícia mais e…

Abraçou-a e voltou a afundar-se nela. A obrigou a separar as coxas um pouco mais, afundou-se mais profundamente e Hinata perdeu o controle. Era a sensação mais bonita e espetacular que podia ter imaginado. Superava em muito suas fantasias eróticas.

Quando voltou a recuperar a consciência, estava rodeada pelos braços de Naruto, que a beijava brandamente no pescoço. Estava em cima dele. Tinha o cabelo para um lado enquanto ele acariciava a curva do ombro.

Hinata levantou a cabeça para olhá-lo, sentindo-se um pouco aturdida.

–Como acabei aqui?

Ele sorriu e deslizou as mãos pelo corpo nu de Hinata, até parar em seu traseiro.

–Eu a coloquei aí. Eu gosto de tê-la em cima. Acredito que poderia me acostumar.

–OH!

–Ficou sem palavras? Você?

Olhou-o contrariada, mas não pôde replicar nada. Era muito evidente que ficou muda.

Naruto sorriu e a atraiu. Hinata se colocou sobre ele e aproveitou suas carícias nas costas.

–Eu a machuquei?

Ela sorriu ao perceber preocupação em seu tom de voz.

–Não, foi perfeito, Naruto, tão perfeito que não encontro palavras para descrever. Obrigada.

Afastou-lhe uma mecha de cabelo e brincou com ele entre seus dedos.

–Obrigada? Acredito que nenhuma mulher me agradeceu depois do sexo.

–Fez que minha primeira vez fosse especial.

–Que bom –disse, e a beijou na cabeça.

Ela bocejou e se acomodou a seu lado.

–Dorme –sussurrou ele– Quero que durma aqui esta noite.

Seus os olhos pesavam e estava quase dormindo quando reparou no que ele acabava de dizer.

–Eu também quero dormir aqui.

Seus dedos ficaram quietos entre seu cabelo e logo começou a acariciar seu corpo de um modo possessivo.

–Que bom, Hinata, porque de agora em diante dormirá todas as noites em minha cama.


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