Bad Girl II escrita por Sweet Girl


Capítulo 12
Capítulo 11




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Por um momento tudo ao meu redor ficou escuro, tamanha a fúria que senti. Aquela fúria cega, que te impede de ver as coisas.


Adam havia passado dos limites com aquele bilhetinho. Ele podia me insultar do jeito que quisesse, mas em hipótese nenhuma poderia falar algo do meu cabelo. Meu amado cabelo com ombré hair fire, que deixara de ter seu tom natural há alguns meses, e me deixava com um visual mais rebelde.


Aquele desgraçado preconceituoso!


Rasguei o maldito bilhete em mil pedacinhos e atirei a peruca do outro lado do cômodo.


Saí dali fechando a porta com força e logo me encontrava no corredor, sem a menor ideia do que fazer a seguir. Eu não deixaria isso passar impune de jeito nenhum, e precisava pensar rápido em algo para revidar aquele ultraje. Algo que deixasse meu irmão com tanta raiva quanto a que eu sentia naquele momento.


Encostei-me à parede, uma confusão de pensamentos desconexos me rondando. Não conseguia ter nenhuma ideia que me agradasse. Nada...
Meu olhar se desviou para a sala, e neste instante foi como se houvesse um estalo em minha cabeça. Eu havia encontrado exatamente o que fazer.
Inevitavelmente um sorriso tomou conta de minha face enquanto a ideia tomava forma em minha mente. O que irritaria mais uma pessoa super limpa e organizada do que bagunça? Adam detestava isso!
Agora eu faria jus às acusações de ser folgada, de não seguir regras e de desrespeitar a família com meu comportamento, que Adam insistia em fazer contra mim.


Com esta decisão tomada, mesmo que fosse um pouco infantil - okay, talvez muito infantil (mas era assim que nós éramos, e se Adam não agia como adulto comigo, eu também não agiria) -, joguei meus sapatos de qualquer jeito e voltei para a sala.


Larguei meu corpo no sofá e liguei a televisão, zapeando pelos canais até achar algo que me interessasse. Um filme de suspense acabou chamando minha atenção e, durante o intervalo, peguei uma garrafa de cerveja na geladeira e um pacote de cheetos no armário. Adam podia até ser um mala, mas tinha bom gosto.


Algumas horas depois fui despertada, do sono em que havia caído, pelo som da porta sendo destrancada. Maravilha, meu irmãozinho querido havia chegado!


Rapidamente, antes que ele entrasse, coloquei meus pés em cima da mesinha de centro. Eu podia até imaginar a cena que ele veria assim colocasse os pés em casa: sua adorável irmã jogada no sofá, garrafas de cerveja espalhadas pelo chão da sala, e, para completar, farelos de salgadinhos no estofado caríssimo de seu sofá.


– Hey, irmãozão! Bem-vindo de volta ao lar! - Falei em tom arrastado, como se estivesse bêbada. Ele ficou parado por alguns instantes, provavelmente tentando processar que o furacão Anika havia passado por sua casa.


– Mas que diabos! - Sua voz parecia um rugido, e eu quase me encolhi. Note que eu disse quase, Adam não possuía a capacidade de me intimidar. Mesmo sendo uns 15 centímetros mais alto que eu - e olha que eu não sou baixa!


– Bom te ver também - sorri, me espreguiçando. - Como foi sua viagem? A minha foi uma maravilha.


Se olhares pudessem matar, certamente eu estaria morta neste exato instante. Adam parecia tão furioso, até a íris de seus olhos haviam escurecido. Bem, minha missão estava cumprida. Eu conseguira dar um gosto do seu próprio remédio, e a vontade de sorrir estava se tornando quase incontrolável.


Ele respirou fundo, tentando relaxar, seu peito subindo e descendo sob o terno risca de giz. Passando uma das mãos pelo curto cabelo escuro, Adam fechou os olhos por um momento e quando os abriu novamente, virou-se para me encarar enquanto se afastava da porta.


O habitual olhar verde glacial estava de volta.


– Sentindo-se confortável, Anika? - Ah, o sarcasmo também voltara. Eu adorava saber que eu tinha o poder de despertar isso nele.


– Muito, aliás, muitíssimo - respondi. - É muito bom saber que tenho um irmão que se preocupa comigo, a ponto de comprar uma peruca para mim - não pude evitar que minhas palavras escorressem com escárnio. - Foi adorável, apesar de eu não ir usá-la. Por isso, aproveitando sua hospitalidade, resolvi me habituar com o ambiente e me sentir confortável aqui. Afinal tu casa es mi casa, no?– Proferi minha última frase em espanhol, deixando minha língua saborear cada sílaba.


– Não sei como ainda consigo tolerar você! - Ele grunhiu.


– Não me diga! Isso é quase ofensivo. Eu sou a melhor a melhor irmã que você poderia ter.


– Se ter você como irmã é o que eu mereço, talvez meu carma seja maior do que eu imaginava.


– Oh, eu também te amo, maninho. - Ironizei, arqueando as sobrancelhas em desafio. Seus olhos faiscaram, com ainda mais raiva.


– Faça como quiser, Anika. Continue provando a todos que eu sempre estive certo, e que você não passa de uma imprestável. - Ele começou a se dirigir para o corredor, mas parou no meio do caminho e voltou novamente a me encarar. - Mas fique ciente de que seu reinado rebelde não durará muito tempo. Pode ter certeza disso.


O que ele quis dizer com isso?– Refleti quando ele desapareceu dentro de um dos quartos. O que Adam poderia fazer contra mim?

***

Observei meu reflexo uma última vez no espelho, sentindo o mesmo estranhamento da primeira vez. Era tão esquisito me ver assim. Eu não estava parecendo comigo. Meu cabelo estava preso de um coque apertado atrás da cabeça, e eu vestia um terninho preto com uma blusa de seda branca. A única coisa que me separava de ser uma cópia fiel da minha mãe neste momento - além da cor do meu cabelo - era que eu usava sapatos que ela consideraria escandalosos demais para um escritório: louboutin preto. O salto do meu sapato era tão alto que eu nem precisaria erguer a cabeça para olhar Adam olhos nos olhos.


Peguei minha bolsa em cima da cama e saí do quarto, já discando o número de Allie para que providenciasse um carro para me levar à empresa.


Vinte minutos depois, eu estava saindo do elevador e caminhando em direção à sala de reuniões do 18° andar. Allie seguia ao meu lado, calada, mexendo em alguns papéis que carregava. Seu silêncio era um pouco estranho, pois achei que fosse repassar os tópicos da reunião comigo. Deixei para lá e continuei andando, até encontrar a secretária de meu irmão em frente à porta da sala de conferências, como se fosse um segurança.


– Bom dia, Margareth - falei, e tentei passar, mas ela bloqueou minha entrada.


– Srta. Olsen, a reunião já começou, desculpe.


Como é que é?


Eu estava meia hora adiantada para o horário da reunião, segundo meu cronograma...


Maldito!


Aquele ser dos infernos!


Agora fazia sentido o silêncio de "minha" assistente. Allie era contratada por Adam, e se ele queria me ferrar, ela o ajudaria. Como, por exemplo, confirmando um cronograma falso.


– Como podem ter começado sem mim?! - Indaguei com o tom de voz alterado, tentando novamente passar por Margareth. Allie se juntou a ela para bloquear a porta. Cobras!


Margareth se empertigou em toda a sua altura, que não devia passar de 1,60 metro, e inclinou a cabeça para me encarar.


– O sr. Olsen pediu que o esperasse na sala dele, para que possam conversar após a reunião.


Foi só aí que minha ficha realmente caiu. Agora o que Adam falara na noite passada fazia sentido. Ele estava planejando algo, algo muito maior do que fazer eu perder uma mísera reunião com investidores, alterando os horários de meu cronograma. Tudo aquilo não passara de um jogo, para que eu não pudesse evitar, seja lá o que fosse que tivesse tramado. Mas, desde quando Adam-o-cara-certinho era dado a este tipo de jogos?


– Ah, então meu irmãozinho quer que eu o espere? - Repeti ironicamente. - Tudo bem, eu esperarei, não tenho nada programado, não é mesmo, capachos? - Encarando minha ex-assistente, disferi - Espero nunca mais ter que colocar meus olhos em você, Allie, pois eu odeio ser enganada, e não costumo deixar impune quem faz isso comigo.


Saí pisando duro, o único som reverberando no corredor sendo o barulho de meus saltos batendo no chão.

***

O tempo se arrastou enquanto eu esperava. Fiquei andando de um lado para o outro, depois comecei a vasculhar alguns arquivos que estavam em cima da mesa, mas eu não entendia muito dos termos técnicos dali e logo desisti. Por fim, me sentei em sua cadeira e coloquei os pés em cima da mesa. Peguei meu celular e escolhi um jogo para ver se me entretinha.


O que pareceu ser uma eternidade depois que eu havia entrado ali, Adam entrou na sala ostentando um sorriso enigmático. Me ajeitei na cadeira e coloquei meus pés no chão, endireitando a coluna passei a encará-lo com o mesmo olhar glacial que ele gostava de me dirigir.


– Vejo que também resolveu se sentir confortável em minha sala - ele comentou, ao fechar a porta atrás de si.


– Sua cadeira não é tão confortável quanto pensei. Para quem ganha tão bem quanto você, achei que escolheria um produto de melhor qualidade para a própria sala. Até a cadeira do salão de beleza da esquina deve ser melhor que esta. - Provoquei. Esta era minha estratégia quando me sentia acuada, e nunca, nunca mesmo, deixaria Adam perceber que estava preocupada com o rumo de seu joguinho. E eu estava mentindo, a cadeira era bastante confortável. Eu poderia até dormir nela se estivesse muito cansada e não acharia ruim.


– Uma pena não ter te agradado, eu a acho ótima - ele retrucou. - Mas, se a acha tão ruim, por que ainda está sentada nela?


– Não havia nada para fazer aqui, já que eu fui dispensada de uma reunião que foi tida como muito importante no e-mail que você me enviou. - Respondi, e me levantei, indo até onde ele estava. - Se minha presença não era necessária, irmãozinho, por que me fazer ter o trabalho de vir até aqui?


– Oh, mas sua presença é necessária, Anika. Só que sua reunião é comigo. Desculpe se tive que inventar algo para trazê-la até aqui, no entanto, era a única forma de eu ter certeza de que você viria. - Adam deu a volta na mesa e se sentou em sua cadeira, abrindo o paletó para ficar mais confortável.


Sentei-me em uma das duas cadeiras do outro lado e cruzei a pernas, tentando parecer séria.


– E que assunto tão importante é este que você tem para tratar comigo, afinal?


– Nem sei por onde começar - ele bateu no queixo, como se estivesse pensando. Mas, claramente, se Adam já tinha tudo planejado, aquilo era só mais um teatrinho. - Bem, vejamos... A data 27 de junho de 2013 lhe soa familiar?


Senti como se um peso de chumbo houvesse descido por meu estômago. Ele sabia. De alguma forma, que eu não tinha nem ideia, Adam havia descoberto meu maior erro. Algo que se eu pudesse voltar atrás jamais teria feito.


– Claro - respondi displicentemente, não lhe dando qualquer dica de que soubesse ao que ele se referia. - Qualquer data deste ano me soaria familiar, 2013 já passou. Mas não me lembro de ter nada de especial neste dia. Por acaso teve alguma reunião que eu perdi?


– Vamos lá, Anika! Não finja que não sabe do que estou falando. - Ao que parecia a paciência dele havia se esgotado, e o Adam impaciente de sempre estava de volta. Melhor assim. Com um Adam raivoso eu sabia lidar, com um enigmático e provocador, não.


Apertando minhas mãos em punhos, suspirei profundamente.


– Como você ficou sabendo? - Perguntei, um fio de derrota na voz.


– Digamos que recebi um telefonema muito interessante algumas semanas atrás. - Ele cruzou os braços atrás da cabeça, relaxando ao me ver desconfortável. - Lembra-se de Briana Macbeth, sua priminha por parte de mãe, que só vive se metendo em confusões?


Briana, oh, merda!


Eu havia me esquecido completamente desta chantagista. Andava tão consumida nos últimos dias, que não era de se estranhar que eu não me recordasse de sua existência. Mas que porra! Briana estava lá naquela noite, mas não imaginei que recordasse de muita coisa, pois estava mais chapada que eu.


– O que, exatamente, ela te disse? - Questionei, ao me dar conta de que Briana sabia de mais coisas do que simplesmente aquela noite. Aquela vadia sabia de tudo sobre o meu jogo, e vivia me chantageando por causa disso. Eu já perdi até as contas de quanto dinheiro já lhe dei, para que mantivesse a maldita boca fechada. - E por que ligou para você? Vocês não são nada um do outro.


– Ela foi presa, não que isto seja uma novidade. Foi pega roubando uma loja aqui em Nova York, e implorou para que eu pagasse sua fiança. Eu poderia tê-la deixado lá, mas vi nisso uma oportunidade perfeita para obter alguma informação valiosa sobre você. E eu não estava errado. Briana me disse muitas coisas interessantes...


– Fale logo de uma vez o que você está querendo com isso, desgraçado! - Esbravejei, me erguendo da cadeira e me inclinando sobre a mesa.
– Simples, quero que me venda suas ações para que eu seja o acionista majoritário e você deixe de ter algo a ver com a empresa.
– Maldito! Essa empresa é tão minha quanto sua. Foi escolha de nosso pai deixar a maior parte das ações para mim!


– Você não faz nada por esta empresa, Anika! Nada! - Adam também se levantou da cadeira; seu rosto estava vermelho com sua fúria. - Você e a vadia da sua mãe apenas pegam os lucros, mas sou eu, eu que tenho todo o trabalho aqui. Estou cansado desta injustiça. Se sua mãe nunca tivesse seduzido meu pai e engravidado de você, essa empresa seria só minha. Minha!


Afastei-me como se tivesse levado um soco. Apesar de não ter gostado do modo como ele falou, não posso tirar sua razão. Adam tinha um lar estável, feliz, pelo menos até completar 10 anos, quando tudo que ele conhecia desmoronou. E isto por causa da minha mãe.


Clarisse Macbeth tinha apenas 19 anos quando conheceu Richard Olsen. Ela era uma simples estudante de jornalismo, que, para conseguir pagar a faculdade, resolvera se candidatar para substituir a secretária de Richard durante sua licença maternidade. Não sei como ela foi escolhida, pois não tinha experiência nem referências, mas acabou por conseguir o emprego. Mamãe sendo ambiciosa, como sempre foi desde cedo, aproveitou-se da fama do Sr. Olsen de ter casos extraconjugais para dar em cima dele. Richard, como eterno mulherengo que era, não resistiu aos encantos dela, e eles começaram um caso. No entanto, Clarisse não estava interessada em apenas ser uma amante. Ela queria tudo; queria ser a Sra. Olsen; queria o prestígio que o sobrenome lhe daria quando se formasse, pois sabia que isso lhe garantiria uma carreira brilhante, do modo mais fácil. Por isso, deu um jeito de engravidar logo, embora papai sempre usasse proteção (um homem de uma família importante como a dele, e que tinha vários casos, não podia se dar ao luxo de ter filhos ilegítimos espalhados por aí, também não esquecendo de que ele não queria pegar nenhuma DST).


Minha nossa, eu sentia até náuseas ao recordar do que mamãe me disse ao contar essa história para mim. Sim, ela não tinha vergonha nenhuma em admitir o que fizera para subir na vida. Eu podia escutar com clareza as palavras dela soando em minha mente: – Você tem que aprender, minha filha, que ambição não é pecado. É ela quem move o mundo. Jamais estaríamos aqui, se eu não tivesse feito o que fiz.


Contudo - mesmo que mamãe houvesse arruinado a família de Adam quando gravidez veio à tona, e exigido que papai se casasse com ela, se não quisesse que a notícia chegasse aos ouvidos da imprensa -, eu não podia deixar que Adam me manipulasse assim. Eu tinha direitos, sim, sobre esta empresa. Fora este o último desejo de nosso pai. Se ele não quisesse que eu tivesse algo a ver com a Technologies Olsen, não teria deixado uma porcentagem de ações dela para mim. Teria simplesmente me deixado só os outros bens que recebi. Era por este motivo que eu lutaria pelo o que era meu por direito.


– Esta empresa é tão minha quanto sua, mesmo que eu não esteja envolvida diretamente. Foi o último desejo de nosso pai. E, mesmo que eu entenda sua raiva por minha mãe, não lhe dou direito falar dela assim. Não na minha frente! - Rebati com a voz uma oitava acima do normal. - Além do mais, o que fiz não é algo grave, com o qual você possa me chantagear. Até porque, eu já resolvi esse assunto. Quase que imediatamente quando aconteceu.


– Isso é o que você pensa! - Adam falou em um rosnado. - Eu sei tudo sobre o que você faz, Anika, só que não quis mostrar todas as minhas cartas logo de cara. Tenho provas materiais, pois mandei investigar. - Sua voz agora estava mais controlada. - Acredite, quando Briana me contou eu achei que ela estivesse inventando coisas, porque era muito doentio. Mas não, é verdade. O que as pessoas pensariam se descobrissem que a acionista majoritária da Technologies Olsen é uma psicopata? Pois é isso que você é, Anika. Já imaginou o que esse escândalo causaria à empresa? Nós iríamos falir, certamente, porque ninguém quereria mais nossos produtos.


Senti o sangue fugir de meu rosto enquanto me apoiava no espaldar da cadeira à minha frente. Era surreal. Adam sabia meu segredo mais obscuro. Sabia do meu jogo com os homens. E agora estava esfregando na minha cara o que a vingança que planejei a tantos anos poderia causar ao patrimônio da família. Eram os mesmos argumentos que Briana usava para me chantagear. Porra! Se eu imaginasse que ela abriria a boca, mesmo com todo dinheiro que lhe dei, jamais teria dado um centavo sequer!


– Isso é o melhor para todos, Anika. Se você estiver afastada da empresa, os danos serão menores se um dia sua história sórdida vier à tona. Não que eu queira isso, mas tenho que usar as armas que possuo, não é? - Ele continuou, quando não pronunciei nada. - E você não sairá perdendo. Vai receber uma boa quantia em dinheiro, que, se aplicada corretamente, vai te manter nos mesmos padrões atuais sem que precise mover um músculo para trabalhar. Não é maravilhoso? Todos saem felizes.


Não, não era maravilhoso. E o único que sairia feliz seria ele, que não precisaria mais se reportar a mim, algo que odiava. Eu perderia o controle, e controlar as coisas era vital para mim. Já não bastava que eu não tivesse mais controle de minha vida, com todo o drama que Could estava causando, ainda teria que abdicar da única certa que eu detinha poder máximo, onde poderia vetar a qualquer momento as decisões que não me agradassem.


– Só vejo você saindo ganhando com tudo isso. - Pronunciei entredentes.


– Não precisa me responder agora. Você tem até o fim da semana para me dar uma resposta. Ops, quer dizer, até quarta-feira, já que disse que não podia ficar até sexta. Lembra que pediu para Margareth alterar todas as reuniões para se encaixarem de acordo com sua disposição?


Meu rosto deve ter ficado vermelho de fúria, quando lembrei do papel de idiota que fiz com aquela ligação para Margareth. Ela com certeza deve ter rido horrores de minha ingenuidade e estupidez. E eu achando que estava controlando a situação... Como fui burra!


– Eu te odeio, Adam! Você é um ser desprezível! - Bradei, colocando a bolsa em meu ombro e me dirigindo para a porta da sala.


– Idem, irmãzinha!– Disse ele, rindo. Desgraçado. - Não se esqueça de pensar na proposta e me dar a resposta até quarta.


Fechei a porta com mais força que o necessário, causando um estrondo. Margareth ergueu os olhos assustada, de seu lugar na mesa. Nem olhei em sua direção, não iria perder tempo com uma reles peça insignificante daquele jogo.


Jogo...


Irônico, não é? Sempre fui eu quem fez os jogos; quem ditou as regras; quem se divertiu com o resultado. Agora eu estava do outro lado, sendo vítima de um joguinho perverso.


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Notas finais do capítulo

Pobre pp caiu em uma armadilha... O que acharam do Adam? E agora, como ela vai fazer para sair desta situação?



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