Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Oláá gente bonita, sorry o atraso, mas agora to de férias e as postagens finalmente serão em dia! AHEAU Então vou deixar rapidinho aqui para vocês mais um capítulo e vai ter bônus de Natal também! haha

Boa leitura e divirtam-se!



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Capítulo 33 — Marcos

Luiza

Quando cheguei em casa no sábado de noitinha, minha mãe me avisou que o Gabriel tinha estado ali. Eu acabei contando para ela tudo que aconteceu.

— Filha, o Gabriel esteve aqui.

— Não importa.

— O que aconteceu? — ela viu minha cara de choro.

— Terminei com ele. Ele me traiu.

— Ah, minha querida... Eu não acredito! Ele parecia te amar de verdade!

— Mas não me amava.

— Calma amor, isso vai passar. Você precisa se divertir! — ela disse tentando me animar.

— Eu vou fazer isso mãe. Vou para a praça daqui a pouco ok?

— Uhum. Tudo bem. — ela disse e me deu um beijo na testa.

Subi para o meu quarto e fui tomar um banho, saí do banheiro, coloquei um shorts jeans, uma blusa branca e um casaquinho xadrez azul fraco por cima, calcei minhas rasteirinhas e peguei meu celular. Não queria sair com a Vic, porque incomodaria ela e o Kauã outra vez, Lê devia estar com o Pi e Pati com o Edu, eles namoram agora. Pensei no Edu e lembrei do Marcos. Eu tinha o número dele ainda então liguei.

Alô? — Ele atendeu no segundo toque.

Oi, lembra de mim?

— E tem como esquecer sua voz, Luiza?

— Ah, então lembra... — sorri para mim mesma, ele me reconheceu pela voz.

— Claro, e então, o que quer?

— Está ocupado hoje a noite?

— Não... mas... você não tem namorado?

— Tinha.

— Hum.. então, quer sair comigo? — ele me convidou.

— Por isso liguei... — eu ri um pouco.

— Ok. Quer que eu passe na sua casa?

— Não precisa não, a gente se vê na praça?

— Ok. Meia hora?

— Pode ser... ah, Marcos...

— Oi...

— Eu só quero conversar, tudo bem para você? Estou precisando de um amigo agora e achei que talvez você...

— Tudo bem, Luiza, eu entendo. Vou ser só um amigo hoje, ok? — ele disse e eu agradeci.

— Obrigada.

— Que isso... meia hora e eu estou lá.

— Ok. Tchau.

— Tchau.

Desliguei o celular e terminei de me arrumar. Agradeci por Marcos aceitar sair comigo como amigo apenas. Desci e dei tchau para minha mãe. Saí de casa e fui andando para a praça, cheguei lá e sentei em um banco de um lado da rua. Uns dez minutos depois vi o Gabriel chegar no carro do Diogo. Nossa, como aquilo doeu. Ele desceu do carro e estava fumando, acho que era um cigarro apenas mas não tenho certeza. Diogo olhou para mim e eu desviei o olhar, Gabriel não me viu, eles foram para um lado um pouco mais escuro da praça. Será que ele vai cheirar? Minha vontade era ir até lá e dizer que o perdoo, era esquecer que ele me traiu, mas eu não vou fazer isso. Ele errou. Ficou com outra dizendo que amava. Meus olhos já estavam cheios de lágrimas outra vez. Senti uma mão no meu ombro.

— Oi. —Marcos disse e sorriu.

— Oi... — falei e abaixei a cabeça.

— Quer ficar aqui ou quer ir lá para o meio da praça onde tem menos gente?

— Acho melhor lá na praça... — falei com uma lágrima já escorrendo.

— Você viu ele?

— Sim.

— Hum... Vamos. — ele me abraçou como um amigo e fomos sentar nos bancos no meio da praça. Realmente não tinha muita gente lá, a maioria do pessoal fica nas escadas e na rua mesmo. Sentamos em um banco.

— Então, você viu ele te trair? — Marcos perguntou.

— Vi. — falei e minhas lágrimas começaram a surgir lembrando a cena.

— Hei, calma. — ele disse e encostou minha cabeça em seu peito.

— Mas dói tanto!

— Eu sei.

— Então... já foi traído por alguém que amava? — perguntei curiosa.

— Já fui sim.

— Sério? Quem foi?

— Adriana... Uma menina que conheci há uns dois anos... Comecei a namorar com ela e dois meses depois vi ela se agarrando com um cara...

— Hum... o mesmo que aconteceu comigo..

— Pois é. Mas você viu mesmo?

— Claro que sim... Ele estava jogando bola, eu cheguei lá no fim do jogo e vi ele beijando a Cecilia.

— Ah, aquela lá... — Ele balançou a cabeça.

— O que tem ela?

— É uma vadia...

— Eu sei, ela ainda se fazia de minha amiga...

— Pois é... mas fica bem... isso vai passar.

— Vai... mas dói.

— Eu sei que dói. — ele segurou meu rosto e olhou nos meus olhos.

— Marcos... Eu... Eu não posso...

— Por quê? Você é solteira agora...

— Eu sei, mas não me sinto bem.

— Entendo... mas se você se sentir bem para isso, eu estou aqui ok? — ele sorriu brincando.

— Obrigada — agradeci.

— Pelo que?

— Por estar sendo assim comigo, estar me dando um ombro, uma força e por me fazer rir um pouco. — eu sorri e ele ficou me encarando.

— Eu não te esqueci desde aquele beijo na boate.

— Eu também gostei. — confessei.

— Deixa eu te fazer esquecer ele?

— Eu não sei se você vai conseguir.

— Eu posso tentar?

— Não sei.

— Ok. Então só vou ficar aqui te abraçando, pode ser? — ele sorriu e eu achei lindo o sorriso dele.

— Pode. — retribui sorrindo.

Ele me aconchegou em seu peito e eu fechei os olhos por alguns minutos. Uma brisa soprou e nossos olhos se encontraram.

— Me desculpa... mas eu não posso simplesmente te olhar. — Ele sussurrou.

Então aproximou nossas bocas, iniciamos um beijo lento, ele segurou minha nuca e foi me beijando devagar, um beijo um pouco diferente do da boate. Era mais calmo. Era bom. Mas na minha cabeça só vinham imagens do Gabriel. Dos beijos dele, da nossa primeira vez e de todas as outras. Dos carinhos, dos sorrisos, do abraço, do cheiro. Eu estava beijando o Marcos, mas tinha o Gabriel na minha cabeça. Então, no meio do beijo escutei meu nome.

— Luiza. — Gabriel disse baixinho mas eu pude ouvir, me separei rapidamente de Marcos.

— Gabriel. — falei um pouco assustada.

— Você... ele... ele sabe que eu não te traí. — ele disse estranho ainda paralisado por ter me visto beijar o Marcos.

— Gabriel... — eu estava sem saber o que falar, vi uma lágrima cair no rosto dele. Eu nunca imaginaria aquilo, queria pedir desculpas, eu não queria tê-lo traído, mas... eu não traí... eu terminei... Mesmo assim eu queria explicar.

—Foda-se. — Ele murmurou alguma coisa e virou as costas.

Espera. ele disse que o Marcos sabe... Sabe o quê? Levantei e fui atrás dele, Marcos veio atrás de mim.

— Gabriel, espera! — gritei mas ele não parou, entrou no carro do Diogo. — Marcos, me ajuda! Você está de carro né?

— Sim. — Ele estava me olhando preocupado.

— Por favor, eu preciso ir atrás dele.

— Vamos.

Entramos no carro do Marcos que estava ali mesmo na rua, conseguimos ver o carro do Diogo e fomos seguindo. Eu estava muito nervosa, mas lembrei que o Gabriel tinha dito que o Marcos sabia.

— Marcos, o que você sabe? Do que o Gabriel estava falando?

— Lu, desculpa, eu sabia e não falei a verdade.

— Como assim? Do que você está falando?

— Desculpa... Eu queria ficar com você e...

— Fala logo, Marcos! — eu disse já irritada.

— Eu estava no ginásio. Ele não te traiu.. ele tentou ir para o vestiário.. Cecilia parou ele, aí ele pegou afastou ela, mas ela ficou tentando parar ele, aí ele foi saindo do ginásio fardado mesmo, mas ela segurou ele e beijou... e na hora você chegou...

— E por que você não me contou?! Você viu que eu estava sofrendo! E eu achando que ele tinha me traído! Droga Marcos! Eu ainda fiquei com você!

— Lu, desculpa.

— Cala a boca e segue eles! Pelo menos faça isso! — eu disse chorando.

Ele não me traiu e eu não acreditei nele! Vi o carro do Diogo subir uma colina, era o Morro do Beg, o que eles foram fazer lá? Chegamos lá em cima e eu vi que era um racha. Vi o Gabriel sentar no banco do motorista do carro do Diogo e o Diogo sair. Desci do carro do Marcos e fui correndo até o Gabriel, ele e mais um cara pararam os carros na frente de um sinal, corri até lá e sem querer saber de nada abri a porta do caroneiro e entrei.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar o que estão! :D

Até sexta ou sábado coisas bonitas :D

PS: Nem pensem em perder o próximo capítulo porque ele vem aloka :p

beeeijos!