Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oláá, olha que voltou in time again *O* Yeeeah. Estou aqui trazendo mais um capítulo quentinho para vocês devorarem!
Tem muita coisa para rolar ainda! :x

Boa leitura e divirtam-se!



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Capítulo 31 — Desilusões

Luiza

Idiota, idiota, idiota! Você é uma idiota Luiza! Você sabia que ele era como todos os outros, sabia que era um galinha! Você sabia e mesmo assim se apaixonou! Você se entregou para ele! Droga! Eu acreditei nas palavras e nos carinhos dele, acreditei em tudo! Idiota! Você foi uma otária mesmo! Droga, Gabriel!

Esses pensamentos batiam como ondas violentas se quebrando em rochedos na minha mente, doía tudo dentro mim, desde meus pensamentos até meu coração, cada parte do meu corpo doía de alguma forma. Eu me entreguei a ele, ele conseguiu o que queria e me jogou fora, eu devia saber, ele fez isso com todas! Porque com você seria diferente Luiza? Por quê?

Minhas lágrimas caiam sem parar, ele gritou, estava vindo atrás de mim, mas eu corri o mais rápido que pude e entrei num táxi no meio da rua.

— Vai, vai o cara quer me assaltar! — menti para o motorista arrancar o carro e não dar tempo do Gabriel chegar em mim. Eu o queria o mais longe possível.

— Moça, o que aconteceu? — ele perguntou preocupado comigo.

— Nada! Por favor, vá para esse endereço. — falei o endereço da casa da Vic ao motorista, eu precisava da minha amiga.

— Ok. — ele assentiu.

Em menos de dez minutos chegamos.

— Obrigada. — paguei o senhor e corri até a porta da casa da Vic.

— Amiga! — ela abriu a porta sorrindo, mas logo parou de sorrir. — O que houve, Luiza? — ela perguntou preocupada.

— Posso entrar? — pedi chorando.

— Entra! — ela me puxou para dentro já me abraçando. — O que aconteceu?

— O Gabriel... — eu disse entre soluços.

— O que ele fez? — ela perguntou mais aflita.

Subimos para o quarto dela e fechamos a porta, só estávamos nós duas na casa.

— Ele me traiu! — eu disse chorando mais ainda.

— O que? Como assim? Quando? Onde? Com quem? Como você sabe? — ela fez uma série de perguntas.

— Hoje, agora... no ginásio, ele estava jogando futebol... A gente ia ir lembra?

— Sim... e eu liguei avisando que não podia...

— É, eu disse que também não iria.. mas acabei indo.

— E você viu?

— Cheguei lá e ele estava beijando a Cecilia na porta do ginásio. — minhas lágrimas caiam sem controle.

— Amiga... — ela me abraçou e me confortou.

— Foi tudo mentira! Tudo!

— Calma, isso vai passar!

— Eu o amo tanto, e ele faz isso! Porque os homens brincam com o que a gente sente? Por quê? Isso dói tanto!

— Lu, calma! — ela estava nervosa pois eu soluçava sem controle.

— Eu não quero mais ver ele. Não quero!

— Tudo bem. Quer dormir aqui hoje?

— Sim.

— Ok. Vou ligar para o Kauã e avisar que você vai ficar aqui.

— Ah, não, deixa Vic, eu não quero atrapalhar... Esquece, eu vou para casa.

— Que nada! O Kauã vem aqui depois e a gente assiste a um filme, só nós três, pode ser?

— Mas...

— Sem mas... vai ficar tudo bem! — ela disse e me abraçou de novo.

— Por que ele fez isso? Por que ele não terminou então? — minhas lágrimas continuavam.

— Você precisa se acalmar, Lu!

— Ele estragou tudo! Tudo! Eu dei tanto apoio, tanta força, acreditei nele, em tudo que ele me disse. Eu sou uma tonta mesmo!

Nesse momento a campainha da casa da Vic tocou.

— Vou ver quem é.

— Espera! — peguei no braço dela. — Se for ele, você diz que não sabe de nada!

— Ok.

Ela desceu e eu fui até o corredor, não podia ver a porta, mas podia escutar tudo. Vic abriu, era ele.

— Vic! A Luiza! Onde ela está?! — ele disse com a voz trêmula.

— A Luiza? — ela fingiu não saber de mim — Eu não sei, o que aconteceu?

— Ela... eu... eu não a traí! Ela precisa saber! Eu não fiz nada!

— Como assim, Gabriel?

— Ela me viu beijar a Cecilia... mas... mas...

— Ela não está aqui! — Vic falou um pouco irritada, ele com certeza estava mentindo e ela deve ter sentido o que eu sentia naquele momento.

— Vic! Eu preciso falar com ela!

— Ela não está aqui, Gabriel!

— Ela está sim, eu sei que está!

Eu fiquei com medo de que ele entrasse na casa sem a Vic permitir.

— Vai embora, Gabriel! Esqueça ela! Já não chega o que você fez hoje?! Deixa ela em paz! — Vic acabou explodindo.

— Vic! Por favor! Eu preciso falar com ela! — ele parecia chorar agora.

— Sai, Gabriel! — ela bateu a porta forte e trancou.

— Luiza! Por favor! — ele gritou lá de fora ainda.

Vic subiu as escadas e me viu sentada ali no chão do corredor abraçada aos meus joelhos.

— Por quê? — eu disse não controlando meu choro, as lágrimas continuavam.

— Vem, amiga. — ela me levou para seu quarto e eu fiquei lá. Abracei o travesseiro e fechei os olhos, aquela cena dele me traindo vinha na minha cabeça a toda hora. Vic me deu um calmante. Depois de muito tempo eu adormeci. Acho que a Vic avisou o Kauã que não dormiria lá e ele veio para a casa dela, não sei. Depois de pegar no sono não sei o que aconteceu.

De manhã acordei querendo não abrir os olhos. Parecia que a ficha ainda não tinha caído. Ele me traiu, foi tudo uma mentira. Esse amor, tudo. Logo que levantei e depois de ter ido ao banheiro, desci. Vic estava no sofá abraçada com o Kauã. Ela me olhou e me deu um abraço.

— Está melhor? — Perguntou.

— Não muito. — sentei ao lado deles na sala.

Ficamos em silêncio, até que eu me lembrei que o Kauã deveria estar lá no ginásio com o Gabriel.

— Kauã!

— O quê? — ele me olhou sem entender.

— Você estava lá! Por favor, me fala a verdade!

— Lu, desculpa mesmo, mas eu não vi nada.. eu entrei no vestiário antes do Gabriel e fui direto para o chuveiro... desculpa mesmo, Lu... mas quer saber o que eu acho?

— Fala.

— Acho que ele não te traiu.

— Claro. Ele é seu amigo, você sempre vai defender.

— Você também é minha amiga. — ele disse.

— Mas ele era seu amigo antes né?

— Sim Lu, mas isso não tem nada a ver.

— Tudo bem, Kauã, mas eu vi! Eu não consigo simplesmente acreditar nisso. Eu vi ele com outra.

— Mas pode não ser bem isso.

— Esquece, Kauã... Eu sei o que eu vi. É melhor assim. Eu vou conseguir tirar ele daqui de dentro. Eu faço o que for.

— Como assim “o que for”, Luiza? — Vic perguntou preocupada.

— Calma. Não vou me matar. Mas se for preciso um novo alguém para tirar ele de dentro de mim, eu posso fazer isso. — Falei lembrando do Marcos da boate e do número dele que estava no meu celular gravado.

— Você vai se arrepender se fizer isso. — Vic falou balançando a cabeça.

— Agora eu sou solteira. Não tenho do que me arrepender. — falei e tentei ficar normal.

— Ei, vamos sair um pouco? — Kauã falou.

— É amiga, vamos?

— Não sei não...

— Vamos lá para a minha casa então? — Kauã sugeriu.

— Vamos então. — disse tentando me animar, porque era isso que Vic e Kauã queriam.

Fomos para a casa do Kauã e passamos a tarde toda lá. A noite eu decidi que sairia, ir para a praça, esfriar a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Sugestões e comentários sempre são bem-vindos!
:)