Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oláá gente bonita, tudo bem por aí? Muitos chocolates nessa páscoa? Se assim como eu, você está entupido(a) e continua comendo, bate aí õ/ porque chocolate é vida < por isso, deliciem-se!

Boa leitura e divirtam-se!



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Capítulo 13 — Impulsos

Luiza

Deitei na minha cama e lágrimas surgiram. Mesmo de olhos fechados, elas insistiam em cair. O que está acontecendo comigo? Por quê? Por que ele mexe tanto com meu coração? Por que quando eu fico perto dele meu corpo estremece? Eu não devo me apaixonar por ele, a Vic está certa, e se ele se drogar e quiser me bater? E se ele não se controlar? Como eu vou ter uma vida com uma pessoa assim? Ele vai trabalhar drogado? Vai bater nos nossos filhos? Poxa, eu não quero me apaixonar por alguém que não tem controle sobre a própria cabeça, por alguém com ideias fracas. Por quê? Justo por ele?! Ele é sal e eu sou açúcar. É como azeite e água, quente e frio. Somos tão diferentes. Por que eu me apaixonei por ele? Qual é destino, dá para parar de brincar com a minha vida? Isso já está me machucando bastante sabia? E ainda mais, me apaixonar por um cara que é apaixonado por uma menina perfeita, nem tenho chances contra ela. Ele precisa sair de mim, do meu coração.

Eu pensava isso enquanto minhas lágrimas caiam. Eu não queria mais chorar. Levantei e fui tomar um banho. Depois deitei de novo e consegui dormir.

Sábado. Dia de praia. Acordei melhor, aqueles pensamentos já eram vagos. Fiz minha higiene e esperei a Vic chegar ali em casa, não demorou a campainha tocou. Desci.

— Ei!

— Oi!

— Entra... — Convidei e Vic entrou, subimos para o meu quarto.

— Então, andou chorando é?

Abaixei a cabeça e mordi um pouco o lábio.

— O que houve ontem de noite na casa do Gabriel? Você saiu tão... estranha.

— Eu estou confusa. Vic eu estou apaixonada por ele, eu não queria, eu tentei, juro que tentei não me envolver, mas...

— Mas se envolveu... — Ela completou.

— É.

— Amiga... — Ela me abraçou.

— O que eu faço? Eu preciso esquecer ele, isso nunca daria certo!

— Eu te avisei né? Mas fazer o que, a gente não manda no coração...

— Eu queria tanto mandar no meu coração.

— Eu sei.

— Isso dói tanto, e o pior é saber que tem uma menina linda andando por aí que tem todo o amor dele só para ela. — Escorreu uma lágrima.

— Ei, para amiga, não vai chorar, hoje é dia de praia, e você vai tirar ele da cabeça!

— Como exatamente? Ele vai junto, vamos estar juntos o tempo todo.

— Pensa no Bruno então. — Ela deu de ombros.

— No Bruno? — Não entendi.

— Luiza, só você que não vê que o Bruno está caindo aos teus pés.

— Não, ele é só meu amigo.

— Ah, tá bom então... Por isso que ele quase morre quando o Gabriel chega perto de ti?

— Mas...

— Investe no Bruno... talvez você esqueça o Gabi...

— Não sei, Vic.

Ficamos ali conversando um bom tempo, Vic almoçou comigo e depois nós fomos encontrar o pessoal na esquina, eles já tinham nos ligado para dizer que estavam nos esperando. Chegamos lá e logo o Gabriel apareceu correndo.

— Ufa, quase perdi vocês.

— Estava fazendo o que? Batendo uma? — Vic perguntou rindo dele.

— Não, estava levando um papo com umas gatinhas pelo pc.

Ai, mas que merda. Eu preciso esquecer ele, preciso! — pensei ouvindo ele falar, aquilo me machucava.

Logo o Bruno chegou ali também.

— Vamos gente? — Bruno disse me dando um abraço por trás.

— Vamos. — Sorri.

Estavam todos ali já, eu, Gabi, Bruno, Vic, Kauã, Lê, Pi e Pati. Fomos para a praia, logo chegamos.

— Ah, o mar! Que coisa linda! — falei e abri os braços.

— Você acha? Vamos lá aproveitar ele então?! — Gabriel me pegou no colo e correu para a água comigo em seus braços, aquilo me deixou tão feliz, extremamente.

— Não, Gabi! Não! para! A água deve estar gelada! — falei enquanto ele corria para a água.

— Aguente! — Ele gritou.

— Eu vou te matar se você fizer isso! Me coloca no chão agora!

— No chão? Não pode ser na água não? — ele disse parando dentro da água do mar já.

— Gabi, não, eu te suplico! — Falei contendo o riso.

— Ok, eu não sou tão mau... — ele riu e me colocou de pé, estávamos dentro da água, ela batia na canela.

— Que susto! Achei que você fosse me molhar toda! — Eu disse aliviada.

— Eu ia te molhar? Eu vou, acha que eu esqueci o banho que você me deu?

— Você não vai me pegar. — Falei isso e saí correndo pela água, a galera já estava ali ''brincando'' também.

Ele veio correndo atrás de mim e nós dois caímos na beira da praia. Ele caiu por cima de mim e ficou me olhando nos olhos.

— Peguei! Agora eu vou te molhar toda. — Falou e deu um sorriso lindo.

— Vai nada, a água não vem até aqui.

— Ah, é... — ele disse se tocando.

Ficamos nos olhando mais uns segundos e ele foi aproximando seu rosto do meu devagar, eu já sentia sua respiração, fechamos os olhos e uma onda chegou até a metade de nossos corpos, fazendo-nos acordar.

— Ah, merda! Agora eu estou molhada! — falei e ele deitou do meu lado na areia, começamos a rir.

— Ainda bem que eu estava em cima, eu estou sequinho.

— Você me paga! — Falei, estávamos ali rindo muito e o Bruno parou no meu lado.

— O que você está fazendo aí, Lu? — ele perguntou sério.

— Rindo, não percebeu? — Gabriel disse irônico.

— Cala boca, não falei contigo. — Bruno encarou ele.

— Ih, o que foi, Bruno? Eu estou rindo aqui, só isso. Por quê? — perguntei não entendo o motivo do “ataque” de ciúmes dele.

— Posso rir também? — ele disse mudando o jeito.

— Claro. Deita e aí e da risada. — Eu disse rindo mais ainda.

O Bruno deitou do meu lado e ficou olhando para mim, eu estava no meio dos dois, olhando para o céu e os dois do meu lado olhando para mim. Fiquei com vergonha, eles estão olhando o que? Estou com salada no dente por acaso?!

— O quê? — perguntei olhando para o Bruno e depois para o Gabi.

— Que o quê? — Bruno perguntou confuso.

— Vocês dois aí, estão me olhando... Estou com os dentes sujos é?

— Não, é que você é linda. — Gabriel disse e ficou me olhando no olhos. Fiquei sem reação por alguns instantes e corei.

— Minha linda! — Bruno disse e me abraçou.

— Minha! — o Gabriel fez o Bruno ter que parar de me abraçar, porque ele me abraçou.

— Nossa, estou disputada aqui... Calma, tem Luiza para todos! — Eu disse brincando.

Os dois voltaram a deitar e olharam para o céu. Será que eles me acharam puta falando aquilo? Mas eu disse brincando, e eles eram meus amigos, aquilo era uma brincadeira totalmente boba, eles não tinham que levar a sério, pelo amor de Deus!

— Gente! — Os dois me olharam.

— O quê? — perguntaram juntos.

— Eu disse brincando né! Aff, homens! — virei os olhos.

— Mas eu não gostei. Você é só minha! — Gabriel disse e passou a mão no meu rosto.

— Não, é só minha! — Bruno tirou a mão do Gabriel do meu rosto.

— O que é isso agora? Eu sou amiga dos dois, vão brigar pela minha amizade agora é? — Eu levantei e fui lá com as meninas tomar banho de mar.

**

(enquanto isso — narrado por Gabriel):

Luiza levantou, Bruno ficou me encarando e com certeza pensamos a mesma coisa, eu falei:

— Não, nós vamos brigar pelo seu amor.

— O que? Vai dizer que ama ela?

— Amo. E eu faço tudo por ela!

— Pois então me aguarde, porque ela vai ser minha! escreve ai seu drogadinho, ela vai ser MINHA! — ele disse e se levantou. Fiquei com tanta raiva que só não quebrei a cara dele naquela hora porque a Sandra chegou ali para me encher o saco.

**

Narrado por Luiza:

Vi o Bruno e o Gabriel discutindo alguma coisa, o Bruno veio para a água e nisso a Sandra pegou no braço do Gabriel. Aquela vadia.

— Olha lá, Vic, aquela puta de esquina. — Falei para minha amiga.

— Amiga... esquece! — Ela virou os olhos.

— Mas... — fiz uma pausa — é, você está certa!

— Vamos aproveitar esse sol e essa água boa!

— Isso mesmo!

Ela começou a brincar comigo, Lê e Pati também, logo o Kauã o Pi e o Bruno começaram a jogar água na gente, o Gabriel apareceu ali e entrou na brincadeira. Que bom, pelo menos não ficou com aquela baranga despeitada.

— A minha vingança! — o Gabriel me pegou no colo e como eu já estava encharcada, não tinha desculpas para ele não me jogar na água com tudo.

— Aaaaaah, não! — Gritei rindo.

— Ahhhh Sim! — ele falou.

Já estávamos na água, mas ele me pegou no colo e entrou mais para o fundo.

— É melhor fechar o nariz. — Ele avisou.

— Gabi, não! — ele pulou dentro de uma onda pequena que vinha, prendi a respiração.

Voltamos a tona rápido.

— Eu te mato Gabriel! — falei rindo.

— Mata nada. — ele piscou.

— Vem aqui seu moleque! — peguei na cabeça dele e afundei ele na água.

— Socorro, a Luiza tá me afogando!

O pessoal veio ajudar na nossa criancice.

Sim, éramos os mais felizes da praia, ou os mais loucos. Se bem que pode existir muita felicidade em um pouco loucura.

Um bom tempo depois, resolvemos tomar sorvete no quiosque. Fomos todos até lá.

— Vão querer de quê sabor? — a moça que estava anotando nossos pedidos perguntou.

— Chocolate! — Pedi o meu sabor favorito.

— Eu também! — Gabriel acompanhou.

— Morango! — Bruno pediu.

— Dois. — Pati disse concordando.

— Dois de flocos. — Kauã pediu para ele e Vic.

— Uva! — Pi pediu.

— Amendoim! — Le disse para a moça, nós olhamos para ela e começamos a rir. — Que é? eu sou exótica... — Ela deu de ombros.

— Louca... — Pi falou.

— Vocês nunca comeram e estão falando aí... — ela respondeu dando de ombros.

— E existe sorvete de amendoim? — eu perguntei confusa.

— Existe, e é muito vendido até. — A moça falou.

— Eca. — Gabriel fez uma careta tão fofa.

Sentamos por ali mesmo e ficamos com nossos sorvetes. Acabamos eles e do nada o Kauã levantou e se ajoelhou na frente da Vic.

— Vitória, minha linda, meu amor, eu te amo! — Ficamos olhando para ele tipo assim: Hã?

A Vic não sabia o que dizer, ele estava se declarando?

— Eu te amo muito e você sabe disso, meus dias só são bons quando você está comigo, quando fica comigo, quando me beija, quando me abraça, temos um rolo né? ficamos aqui e ali... mas, com esse rolo eu acabei me apaixonando e já não sei mais viver sem te ter toda hora do meu lado, por isso, eu preciso te dizer que cansei, cansei desse rolo de criança, eu te amo e te quero como minha, só minha, quer namorar comigo? — ele disse e ela ficou sem reação, o Kauã, um gostosão do colégio, ajoelhado ali, no meio da rua pedindo a Vic em namoro, na frente de todo mundo. Eu e as meninas já estávamos quase começando a chorar.

— Eu... eu... ah, eu te amo! — ela disse e os dois se abraçaram e começaram um beijo tão fogoso, nossa, até me deu calor.

— A cena foi linda, mas eu me deprimi! — Falei e os dois não escutaram.

— Quer que eu de uma de Kauã? — Gabriel disse rindo, mas bem que eu queria.

— Eu posso te consolar Lu, vem aqui! — Bruno disse sorrindo e me puxando para o colo dele, o Gabriel ficou puto com aquilo, o que eu achei muito estranho.

— Para Bruno... — Falei para ele.

— Ah, Lu, você sempre senta no meu colo, que é que tem? — ele disse e me abraçou.

O Gabriel levantou ali do quiosque, olhou para o celular e disse que tinha que ir embora.

— Tenho que ir gente, até mais. — falou.

— Já, Gabi? — Pati perguntou.

— É. — ele disse.

— Tchau... — o pessoal se despediu.

— Gabi... — chamei, ele virou para mim mas não olhou nos meus olhos. — Nada... — ele virou e foi andando. — Bruno, pra que isso?

— O que eu fiz? — ele se defendeu.

— Vocês dois ficaram me enchendo a tarde toda, você e ele são meus amigos poxa, não precisa ficar me agarrando para mostrar que gosta de mim...

— Mas eu não fiz nada para ele... — ele deu de ombros.

— É, vai ver ele tinha que ir mesmo. — falei.

Ficamos ali mais um tempo, Vic e Kauã foram embora juntinhos e depois nós cinco fomos também.


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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem, quanto mais comentários mais rápido posto o próximo u.u aqui é na base do incentivo mesmo u.u auheuaehueha

PS: Desculpem os erros de português, não da tempo de revisar as vezes...

Beeeijos!