Preces de Braun escrita por hwon keith


Capítulo 11
Desventuras natalinas problemáticas


Notas iniciais do capítulo

Especial de Natal e de 1 ano de fic!
Nunca escrevi tanto na minha vida. To morrendo.



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O Natal daquele ano foi o único do qual me recordo com máxima clareza. Não quero que você pense que sou um stalker, mesmo que eu seja, mas, mesmo que eu não estivesse realmente presente naquela data, a sinto como eu tenha sido uns dos protagonistas mais ativos. Vejamos, eu sinceramente gostaria de tê-lo participado, porém, desconheciam de mim ainda. Não, eu não estava grudado no vidro da janela embaçada da sala de jantar, nem do vidro engordurado da cozinha: Ao mesmo tempo que estava dentro da casa ali eu não estava. É complicado quando não se tem corpo físico – ainda.

Retomando para o foco central e deixando de lado minhas explanações sobre o ser ou não ser, me surpreendendo que hoje estou bem carinhoso e não xinguei ainda, aquela manhã, tarde e noite me marcou como uma bola de ferro dentro de uma meia vinda num golpe contra minha face (você ainda se lembra?) – Inesquecível e impactante. Por alguns motivos ali fizeram a data comemorativa ser a minha preferida por longas décadas: Sempre me divertir relembrando-a, mesmo que as memórias ao passar dos anos tornaram-se nubladas.

Ser eterno é um cu. Opa, lá se foi meu diálogo suave.

Enfim, enfim, lá se vai o que eu vi: Oh, um adendo. Não me considerem doentio. Observar faz parte do meu trabalho e eu preciso disso para desempenhar minhas funções corretamente. É preciso conhecer para perseguir corretamente.

A luz ainda fraca do começo da manhã, precisamente ainda seis horas e uns quebradinhos, empurrou metaforicamente o espaço das cortinas amareladas para fazer sua aparição no quarto desarrumado. Iluminou desde parte da cama embolotada por trilhares de cobertores até um comecinho do guarda roupa antiquíssimo – coloque ênfase – de cerejeira. Espalhou-se pelo chão de madeira, permitindo ser visível pequenas partículas de poeira que flutuavam acima do tapete felpudo em forma de Pusheen. Subiu por um pé para fora da cama, esse muito que bem cianótico por um frio incômodo que ainda não acordara seu dono. Era duvidável o porquê de o membro estar ali tão desprotegido: O medo do garoto de o diabo puxá-lo aumentara consideravelmente depois que conhecera a figura em pessoa.

Nick Braun rolou sonolento pela cama, até deslizar pela beirada perigosamente, caindo da cama com um baque abafado dos cobertores e acordou-se num susto que lhe rendeu um gritinho.

– Ô inferno – e começou o dia maravilhosamente bem.

A irmã encontrava-se odiosamente contente. Locomovia-se pela cozinha recém arrumada e polida com passinhos suaves e meio giros (porque mais do que aquilo enjoaria e foderia seu humor todinho), passando pela toda extensão do cômodo atrás de uma porcaria de cerâmica e uma bosta de colher para comer seu cereal matinal radical. Nick desenhou sua irritação numa careta desgostosa, prontamente ignorada pela parente.

– Caiu da cama, aposto – apostou a garota, sorrindo pequeno na imaginação do garoto de cara no piso.

O bruxo simplesmente desconsiderou a fala e retomou a ação primária de bebericar seu café, enchendo a boca do líquido já amornado quando a irmã começou um disparate de comentários do que faria para a data, assim privando-se de uma réplica que ele sabia que seria desnecessária, porque a garota cagava para qualquer consideração, apenas querendo falar e falar até encher o saco dela mesmo e assim parar.

Percebendo a inaptidão momentânea de comunicação do irmão, Noka fingiu uma surpresa e aproveitou o momento perfeito para comentar algo que planejara há muito:

– Ilhoon vai vir.

Nick cuspiu cada partícula ínfima do café na mesa outrora lindamente limpa, engasgando-se no ato e encarando a irmã, que agora sustentava um sorrisinho apreciativo, com choque, o tal lidando espaço com uma alegria crescente e um pavor considerável.

Noka apoiou o rosto numa mão, expirando lentamente.

– Tive que subornar. Ele não queria vir por nada nesse mundo – acrescentou, profundamente (pelo que parecia) triste – Por causa do Dong. Mas nada que uma trégua com o Cleitin não resolva – afastou a face do membro superior, encostando-se para trás na cadeira, um sorriso venenoso agora totalmente perceptível.

Nick mostrou-se completamente incrédulo.

– Cleitin nunca vai dar trégua.

Com aquilo, a bruxa de cabelos rosados riu.

– Eu sei. Por isso menti. E por isso ele veio.

Balançando a cabeça, prevendo brigas surpresas naquela que devia ser uma noite tão calma, o loiro suspirou, esquecendo-se do surto de antes.

– Não vale a pena, manada.

Noka pareceu considerar as palavras, depois desconsiderou com um gesto da mão.

– Claro que vale. É hoje que tu perde o bv! – Comemorou, batendo palmas.

Recebeu um olhar carregado por descontentamento.

– Não sou bv, não se faça.

– Eu sei. Quase esqueci – debochou a outra, relembrando notoriamente o belo dia do beijo com Satoru, algo que Nick queria afundo esquecer - Mais animo, bebê. É hoje que aquela trakinas se confessa! – preencheu a boca com cereal, alguns segundos depois sinceramente relembrando algo – Se Ilhoon vem, o bando vem. Mais Soo pra tu beijar e mais Zi pra eu apalpar. Melhor noite.

Desaparecendo com a poça já fria de café sobre o mármore, Nick afundou o rosto nas mãos.

O primeiro momento do dia extinguiu-se com Jamie fazendo a faxina memorial de Natal (lê-se A Pior Limpeza Do Ano, aka Jamie, ISSO JÁ TA LIMPO, PARA DE PASSAR PANO), botando os irmãos Braun para trabalhar no que ela considerava o único momento dos 365 dias. Não que não fosse verdade. Ninguém além da demônia tinha saco pra passar uma vassoura no chão, porque, obviamente, eles podiam usar MAGIA para aquilo. A loira também podia, mas visivelmente preferia ela mesma cuidando fisicamente da situação – e colocando os outros para fazer o mesmo. “Porque assim eu tenho certeza que ta limpo”, respondia. Era apenas uma desculpa, mas ninguém contrariava. Eles iam acabar limpando do mesmo jeito, então, pra quê.

Finalmente podendo se atirar no sofá (agora aspirado), Nick observou a irmã discutir alegremente com a amiga sobre a vinda de Kim. O garoto notou em como a moça parecia estranhamente nervosa, jogando os cabelos finos para as costas, coçando o couro cabeludo. Jamie parecia divertir-se, mantendo nos lábios um sorriso irônico, provavelmente relembrando as longas noites que passara ouvindo a bruxa reclamar do homem (porque Nick escutara a lamúria infinita no seu próprio quartinho).

E olhem ela agora, debochou internamente Nick, toda caidinha, não para de falar daquele orelhudo que parece um macaco. Só falta colocar um pôster no quarto.

Como se captasse o desgosto alheio, Noka virou o rosto lentamente para o irmão, fitando-o com irritação.

Nick, inabalado, apenas balançou os ombros, venenosamente sorrindo.

Nem perto das sete horas, onde nem mesmo o agraciado Gabriel havia iluminado a todos com sua presença belíssima, Nick Braun encontrava-se bêbado.

Ingerir altas doses de álcool foi a maneira mais simples e efetiva que o garoto encontrara de privar-se na arrumação final: E surtira efeito instantâneo. Tal logo o rubor inundara suas bochechas foi que Noka e Jamie o jogaram de lado no sofá, o garoto rolando de cara para as almofadas douradas enquanto abraçava algumas com alegria desconfiada, apertando-as e comentando brevemente que estava treinando para a sessão de amassos com Dong (isso despertou a preocupação das garotas, porque para chegar ao ponto de usar a palavra “amasso” ou talvez demonstrar suas intenções tão abertamente com um tom de voz fofinho que gerou náusea nas mulheres, talvez o desequilíbrio do jovem fosse alto demais para chegar à ceia ainda desperto). Então, foi firmemente e contra sua vontade grudado ao móvel com magia breve da irmã, onde começou a se arrepender da bebedeira assim que sua bexiga se dilatou em níveis perigosos.

Se mijar no sofá na noite de Natal não seria uma boa recepção para seus crushes. Não mesmo.

Tão breve constatou e imaginou seu horrendo fim de carreira, tratou de avisar Noka, onde ela teve a boa vontade de trazer um bico de papagaio para o irmão urinar, porque obviamente ele não sairia daquele sofá nem morto, já que “pode tropeçar na escada e rolar por ela e cair no chão, tentar se levantar, tropeçar de novo no carpete e cair sobre a FAIXA QUE DEMOREI TREZENTOS ANOS PRA ARRUMAR E TU NÃO VAI ESTRAGAR”.

O bruxo nem se deteve na reclamação: Podendo pelo menos sentar-se, mas não sair do móvel, tratou de urinar no treco mesmo, aliviando-se em seguida.

E foi quando terminou de colocar o metal no chão, onde preparou-se para fechar o cós da calça, que Gabriel abriu sem cerimônia a porta de entrada e chegou na sala com uma interessada expressão facial.

Interessada expressão facial rapidamente transformada em horror abissal, tão logo assimilou a cena na sua frente.

Permaneceram calados por alguns segundos. Tão logo despertaram do momento, Nick tratou de fechar logo aquele zíper e Gabriel se atirou na primeira poltrona que viu, o rosto branco e a pressão arterial lá no saco.

Assim que a BFF do garoto chegou na sala, pulando alegremente, percebendo a cena um tanto quanto estranha e notando o estado psicológico do caçador, já indagando o que ocorrera, ao mesmo tempo que o irmão afundou pela segunda vez do dia o rosto nas mãos, foi que Gabriel fracamente engoliu em seco, amedrontado pelo que vira.

Gabriel permanecera mudo até lá perto das dez da noite. Nick havia se recuperado do susto, também já ganhando uma raiva bem crescente, meio a meio lutando contra o sentimento de vergonha e o sentimento de querer esganar o amigo da irmã. Mas não podia negar que estava contente em ver o quão mal o homem estava pela simples visualização de algo que Nick julgava não ser tão ruim assim.

Não haviam explicado para Noka nem para Jamie o que ocorrera, então até o presente momento as duas divagavam tremendas hipóteses para o que poderia ter acontecido, desde prováveis declarações súbitas de amor vindas de Nick ou Gah um para o outro, até revelações absurdas sobre tramas de séries que Nick nem sabia existir.

Enquanto agora as duas garotas reclamavam da season finale de Supernatural, o som da campainha percorreu o hall e colocou o loiro bruxo de pé, correndo para atender, jamais tão prestativo.

Quando abriu a porta foi que soltou um grito histérico de fúria, porque quem estava lá do lado de fora era simplesmente Cleitin, não um dos boys amáveis e lindos que Nick queria beijar até cair a boca.

Cleitin pareceu assustado com a recepção, tão logo entrou na casa e contou para os outros, sem a presença de Nick, porque esse já havia corrido rapidamente e loucamente para seu quarto, entretanto tropeçando nas escadas com algum tipo de vingança maligna ou carma do destino, rolando pela escada abaixo, levantando tonto, tentando voltar para a escada, tropeçando mais uma vez e em vão procurando manter-se de pé apoiando-se em algo, algo que relevou-se a maldita faixa, que foi arrancada da parede e levou tanto o garoto tanto quanto o objeto para o chão.

Enquanto Noka gritava horrorizada e Jamie soltava impropérios furiosos, um Cleitin sentava ainda confuso numa poltrona vaga e Gabriel levantava os olhos para Nick rolando que nem uma bola com a faixa que de alguma maneira havia enrolada no seu corpo, mais outro alguém atravessava o hall através da porta da frente aberta, rapidamente assimilando o que ocorria e colocando-se para gravar a comoção, assim que rapidamente puxou o celular do bolso.

– DESLIGA ESSE INFERNO, KIM – berrou Nick, notando-o, inutilmente ainda tentando livrar-se da porcaria de faixa. Kim caminhava de um lado para o outro ao redor do bruxo, visivelmente buscando todos os ângulos e luzes para uma melhor filmagem – DESLIGA ESSA BOSTA OU EU ARRANCO O CANUDINHO DE GOMA FINNI QUE TU CHAMA DE PAU. DESLIGA – arrastou a última palavra para um falsete perfeito, tão fino que latejou os próprios ouvidos, mas que não gerou nenhuma reação no demônio que agora gargalhava abertamente e chegava ao ponto de dobrar-se de tanto rir.

Noka foi a primeira a se recuperar da surpresa. Controlando um surto de riso que sabia que traria vinganças malignas de uma certa pessoa ao chão, tratou de chegar até um Kim risonho e começar a puxá-lo para trás, assim abrindo caminho para ajudar o irmão a libertar-se. No primeiro segundo que pôs suas mãos espalmadas nas costas duras do homem, protegidas por um suéter vermelho vivo de lã que caía muito que bem no corpanzil demoníaco, sentindo a tremulação do corpo do outro causada pelos risos ainda incontroláveis, Noka furiosamente sentiu um rubor contra sua maldita vontade espalhando-se em seu rosto.

Nick notou-o.

– FICA ENVERGONHADA TOCANDO NO MACHO, MAS TER VERGONHA NESSA CARA PARA SALVAR O IRMÃO... CANCELADO.

Empurrando um Kim que havia virado para a bruxa, os olhos arregalados de surpresa e um sorriso ainda nos lábios, Noka colocou-se de joelhos na frente do bruxo.

– Vai te catar – reclamou ela, começando a rasgar o tecido, propositalmente beliscando o outro.

Na primeira oportunidade que se viu livre do objeto, Nick chutou com força a perna, mirando um alvo. Kim, o qual pego desprevenido, acertado numa perna, perdeu o equilíbrio e caiu para frente, onde um Nick já havia escapado sorrateiro, pondo-se em pé. O demônio, então caindo por cima de uma Noka ainda de joelhos, fez a cair para trás de costas e levando-o para cima de si.

– Sem pornô aqui meninos, muito cedo – comentou o Braun, espanando com cuidados as roupas, como se não estivesse há poucos segundos atirado no carpete enrolado num tecido brilhante nomeado por “Natal o que, eu quero é F-COMER"

Tradicionalmente, a Ceia dos Braun (porque já virara até nome próprio) só poderia ter seu início nos exatos 60 segundos antes de virar a meia noite. Não era simplesmente um lembrete vago, o aviso do primeiro Braun, um demônio muito que aclamado e filho da puta (o último substantivo podendo referir-se a todos de viriam a tornar-se parte da família), gravado em sangue puríssimo de alguma vítima com muita pouca sorte dele, revelava um “Aqueles possuidores da magia e sangue compartilhado meu, os quais desrespeitarem a regra da qual imponho civilizadamente, conspirarão de boa vontade sua alma e a ofertarão livremente no exato momento após traírem-na para mim: A acolherei nos aconchegos sutis do vasto lamurio do inferno” bem direito. Ninguém até hoje soube que tipo de patologia mental o Primeiro Braun possuía, porém, não ousaram desrespeitá-lo, pelo menos não depois do conhecimento da história de um certo primo de algum grau que virara farofa bruxuleante diante dos olhos de parentes há alguns encontros natalinos passados.

– Eu vou morrer de fome – então ditou-se o choro faminto de Nick, ilustrando o que todos sentiam na espera até as onze e cinquenta e nove minutos da noite, porém diferenciando-se na sua voz por impregnar um tom enrolado característico de pessoas alcoolizadas.

Noka simplesmente ignorou-o. O irmão ACABARA (insira um grito abissalmente agudo de exasperação feminina aqui) com seu estoque de licor. Obviamente Nick Braun não suportaria até o dia seguinte vivo se não bebericasse uns QUINZE (outro guincho) copos da bebida. Era até invejável como não caíra desmaiado ou até mesmo num coma alcoólico ali mesmo: Surpreendeu a todos. Mas não é como se de algum modo não esperassem, não depois do aviso bem claro do bruxo:

– Eu não vou morrer até catar Soo ou Dong. Não – suspirou a última palavra, arrastando-se mais para cima do sofá onde residia deitado e sozinho, os olhos dos amigos acompanhando seus gestos hora com irritação hora com resquício de trauma (você já deve imaginar de quem).

Com aquilo, Cleitin soltou um som surpreso. Não sabia das intenções do bruxo a respeito do arqui inimigo, do modo mais clichê possível, do bando rival de lobisomens da cidade.

– Você só arranja pretendente bosta – comentou Cleitin, soltando uma risada divertida.

Nick, ultrajado, tentou jogar a garrafa vazia de licor na cabeça do lobisomem, mas com mais um riso entretido o homem desviou, e a garrafa deslizou pelas costas do sofá e aterrissou com um som muito fofo no carpete.

A respeito dos convidados da casa, Kim parecia bem interessado nos acontecimentos.

– Ele sempre fica acabado assim mesmo? – virou-se para Noka, a qual envolvia num meio abraço, um braço ao redor dos ombros da bruxa, os dois sentados sozinhos num sofá de dois lugares – Bem patético?

Enquanto Nick reclamou num guincho dos comentários, Noka tomou mais um gole de sua vodka caríssima (o adjetivo que a moça sempre empregava à bebida).

– Tem vezes que é pior – respondeu ela, afastando sem realmente perceber o ato uma mexa escura de fios que insistia em cair sobre os olhos do demônio, os dedos dela suavemente deslizando da testa para a bochecha alheia, descansando logo após num ombro.

Kim pareceu levemente transtornado com o gesto carinhoso. A bruxa jamais fora carinhosa, nem mesmo bêbada. Para falar a verdade, ele esperava que embriagada a moça fosse ainda mais hostil.

Percebendo a confusão num maremoto nos olhos escuros dele, Noka abriu um sorriso apreciativo e bêbado, revelado pelo brilho anormal em seus próprios orbes. Afastou o copo de si, descansando ele no metro quadrado de chão mais próximo, aproximando-se então do homem, envolvendo-o pelo pescoço, aproximando seus rostos.

Ela pôde ver a mudança nos olhos dele, o brilho surpreso de antes transformado numa luz inconstante e perigosa, porém apreciativa. Assim que o irmão da bruxa já começava a gritar em protesto às cenas românticas na noite de Natal da qual ele passava solitário e sozinho, e que em os lábios de ambos bruxa e demônio estavam há poucos milímetros de distância, os dele já entreabertos, como se esperassem o ato, Noka desviou a face para o pescoço do moço, descansando seu rosto no vão entre o maxilar e o membro que abraçava, agora apertando-o.

– Tu é tão fofinho – comentou ela numa vozinha risonha e estranhamente doce.

E foi ali que o demônio infernal Kim, o que sem remorso algum e com doses de sarcasmo entrava em lutas físicas com bruxas debochadas, começou a ficar com medo.

O loiro de cabelos sujos já pensava que sua noite não poderia tomar um rumo pior assim que tombara na frente de todos, enrolado numa faixa natalina. Entretanto, como estava enganado. Depois daquilo houvera um Gah sumido da sala de convivência, provavelmente chorando no banheiro; um Cleitin muito que bêbado e num tempo surpreendente; uma Jamie surtando na Sky porque havia episódio especial de Supernatural; um Kim e uma Noka se agarrando sem pudores normais em plena vista de todos (ninguém se importava, de todo o caso, tinham coisas melhores pra fazer); e logo após isso mais um Kim e Noka em turbulência, onde a garota parecia de algum modo fofa e romântica e Kim residia aterrorizado, pedindo por olhares ajuda de todos, mas que ninguém realmente tinha vontade de ajudar, apenas de rir da cena (e claro que Nick foi o que mais debochou, de prontidão já gravando o momento).

Em um certo tempo, Noka pareceu cansada de seu surto, afastando-se então do demônio, o qual observou-a com ainda horror. A bruxa sentou-se corretamente no sofá, deslizando as mãos pelos cabelos finos e embaraçados, ajeitando-os. Piscou pares de vezes, por fim parecendo focar.

– Caralho. Eu não devia ter tomado aquela vodka... – disse para si mesma, virando-se lentamente para Kim, o qual parecia mais a vontade agora que ela parara de tentar sufocá-lo – Desculpa. Eu não sou assim.

Nick soltou um suspiro aliviado.

– Que bom, porque você não é kawaii. É ridícula mesmo.

Noka jogou uma almofada certeira no rosto do irmão.

Kim subitamente riu. Aproximou-se da garota, envolvendo seus braços na cintura da outra, puxando-a para si enquanto abria um sorriso malvado.

– Eu meio que curti – admitiu ele, respirando ofegante e provocativo na orelha dela – Me agarrando desse jeito... Podemos repetir.

Noka deu um tapa na cara dele, afastando-o para longe.

– É Natal. Agora não. Controla.

O homem gargalhou, não afetado pelo golpe e parecendo redobrar suas forças. Puxou Noka para si rapidamente, abraçando-a, jogando-a de costas no sofá e subindo pra cima, beijando-a em seguida.

Enquanto Noka fingia desgostar do ato e tentando afastar o rosto do dela apenas para ter o demônio puxando-a de volta com outro beijo, Nick observou os dois com uma careta bem explícita de nojo.

Mas ninguém dele parecia notar: Jamie gritava histérica assistindo o episódio, Cleitin já estava observando o teto com interesse gerado por três garrafas inteiras de whisky ingeridas e Gah ainda estava no banheiro, fazendo sei lá o que (talvez se afogando na banheira).

Implorando aos céus por um milagre, o bruxo recebeu de resposta o tintilar característico da campainha.

Soo adentrou o hall lentamente, como que envergonhado. Não que não fosse a situação: Havia um pequeno rubor espalhado em suas maçãs do rosto, crescendo após Nick cumprimentar lhe com beijinhos na região. Para todos os demais membros do bando de lobisomens do Sul, Nick ensaiou um aperto de mão bem hétero, o máximo que seu corpo conseguia demonstrar.

Ilhoon cumprimentou-o com um aceno de cabeça, entrando na mansão do Braun rapidamente, pois já nevava lá fora. Chanwoo seguiu-o, sorrindo amigável para o bruxo Braun, o qual considerava bastante após sua irmã e ele salvarem-no de sua doença terrível. Por último juntou-se Zi, esse arrumando os cabelos pretos despenteados. Pararam no meio do hall, sem saberem ao certo o que fazer. Nick sorriu para ambos, ainda um pouco tonto, mas tentando esconder ao máximo seu estado precário de lucidez. Guiou-os com um gesto para dentro da casa, alertando-os brevemente.

– Não se assustem com a cena grotesca da minha irmã e o namorado dela se comendo no sofá. Não pude fazer nada. Ninguém me ouve nessa casa – choramingou.

Com os rapazes ao menos parecendo assustados, Nick surpreendeu-se ao ver o tal sofá vazio, nem mesmo um vislumbre horrível da parente e do homem se pegando a vista.

– Ue – soltou o loiro, descrente – Pra onde foi o casal pornô?

Gah, recém retornado do banheiro onde havia se trancado por boas horas, foi o que lhe respondeu.

– Subiram para o quarto.

Nick ouviu o ofego de Ilhoon, esse perto das suas orelhas. O ato gerou uma queimação boazinha no estômago do Braun.

– Eu conheço você – foi tudo que o loiro alto disse.

Com aquilo, Gabriel soltou um sorrisinho prepotente.

– Difícil não conhecer – respondeu arrogante, ajeitando-se na poltrona onde residia.

Nick sorriu-lhe.

– Rola – relembrou-o. O sorriso de Gabriel apagou-se na hora.

Rindo, Nick guiou todos os convidados para a sala, onde acomodaram-se onde havia espaço vago. A casa de estar dos Braun não era pequena: Redonda, com pelo menos uns dois sofás de três lugares, um de dois e várias poltronas e pufes espalhados. Daria para todos colocarem-se de boa, porém nenhum pretendia sentar-se no sofá onde um casalzinho estava se comendo tão abertamente, segundo fontes colhidas.

Após um silêncio vago instalar-se na cena, apenas cortado por alguns gritinhos abafados de uma Jamie totalmente alheia ao mundo e vidrada na tela plana da televisão, Cleitin virou-se para os recém chegados, naturalmente parecendo pela primeira ver nota-los.

– Ilhoon – o lobisomem viu-o, curioso – Há quanto tempo não vejo você.

O lobisomem loiro trincou os dentes, e o clima da sala passou para níveis alarmantes de provável briga peludo em segundos.

– Sim – respondeu o outro, mantendo um sorriso falso – Muito tempo mesmo.

Cleitin sentiu o tom de ironia, balançando a cabeça então.

– Você que começou aquela briga – comentou, um pouco triste. Ilhoon arregalou os olhos – Sabia aonde ia chegar. A culpa não é minha se você é uma bichinha fracota – acrescentou.

Quando Ilhoon já se levantava, o rosto claro inundado de vermelho e os olhos escuros já mudando para tons esverdeados, Jamie virou o rosto para ele, a expressão facial séria.

– Se vocês não calarem a porra dessa boca e me deixarem assistir o episódio eu esfrego essa cara de lobisomens de vocês lá no asfalto – ameaçou, os olhos azuis brilhando perigosamente, o Poder envolvendo a garota como uma nuvem tempestuosa carregada de raios, os quais o mínimo contato explodiriam os lobisomens todinhos ali.

Ilhoon, desgostoso, sentou-se de volta no sofá. Nick sorriu divertido para um Soo sentado ao seu lado, o qual retribuiu encarou-o com um sorriso nada afetado pelas ameaçadas. Ali Nick começou a pensar que o apelido Satansoo não fosse tão equivocado, porque todos os outros da casa, em exceção do humano e do bruxo estavam, no mínimo, aterrorizados.

Zi até podia estar mijado. Com o pensamento, o loiro riu novamente.

Eram onze horas passadas. Nenhum sinal de Dong, o que revelou-se na realidade quando receberam uma mensagem de SMS (o homem era antiquíssimo mesmo) revelando que não poderia juntar-se à festividade pois havia trabalho extra no escritório. Nick recebeu a notícia com súbito desânimo, porém logo esquecido quando Soo começou a mostrar sinais de embriaguez, muito mais receptivo à sua proximidade e até mesmo retribuindo os contatos físicos misteriosos que o loiro lhe dava.

Quando os dois já estavam há tempos sentados lado a lado, muito próximos, rindo um para o outro de comentários maldosos a respeito do irmão lobisomem do moço, ouviram passos pesados da escada, logo visualizando um Kim descendo com o rosto afogueado e os cabelos muito que despenteados.

Seu cunhado olhou-o depreciativo.

– Olhar para você me faz desejar ser cego.

Kim riu, chegando ao pé da escada, tendo a atenção de todos sobre o estado de suas vestes amassadas.

– Vai cuidar da tua vida, fuxiqueiro. Opa – pareceu espantado – Esqueci que não tem vida sexual ativa. Continue lutando. Talvez um dia você consiga inicia-la. Se tem gente que come fastfood, alguém come outras porcarias também.

Noka desceu rapidamente os lances de escada com a companhia do grito furioso do irmão.

– Que que eu perdi? – indagou, apoiando-se nas costas largas do demônio, a qual olhou-a com um sorriso crescente. Ela fitou-o, prevendo – Para de arrasar meu irmão. É meu trabalho.

– Desculpa – ele pediu, rindo baixinho, puxando-a pela mão até o sagrado sofá de dois lugares, despertando apreensão nos expectadores da sala.

O demônio penteou com os dedos os cabelos para trás, fitando brevemente cada um.

– Fiquem tranquilos, não vai ter sessão de orgia hoje nessa sala. Pelo menos não agora – transformou seu rosto interessado numa expressão misteriosa.

Noka chutou-o na canela, soltando um gritinho no moço.

– Ignorem. Ele não sabe a hora de calar a boca – resmungou, voltando sua atenção para a tela do grande relógio de pé – Onze e quinze ainda – choramingou. Colocou-se de pé num salto, assustando o namorado – Vamos jogar um jogo.

Enquanto a garota encaminhava-se para a cozinha sem mais explicações, Soo ajeitou-se no sofá interessado.

– Se fosse que nem Jogos Mortais tornaria essa ceia muito mais divertida– comentou, abrindo um sorriso estranho.

Noka riu ouvindo aquilo. Nick começou a pensar que o pretendente talvez fosse mais estranho do que deveria ser, para sua segurança.

Quando a garota retornou, trazia consigo uma garrafa de vidro transparente, do qual ajeitou-a no chão e já ficou por lá, sentando-se na frente.

No silêncio que carecia demais de explicações, ela expirou exasperada.

– Puta merda, todo mundo conhece esse jogo – jogou os braços para cima, quase gritando – Verdade ou consequência – abaixou-os os membros lentamente, pousando-nos no colo. Seu namorado começou a achar que ela ainda estava meia bêbada – É clichê sim, mas o verdade e consequência de bruxos é muito mais interessante – cruzou os braços, balançando para frente e para trás. Parou de repente – Bosta, fiquei enjoada...

Nick levantou do sofá, suspirando.

– É, é – sentou-se defronte à irmã – Quem recusa a responder ou causar o ato que lhe foi imposto é amaldiçoado pelo resto da vida, tendo que cagar pregos por todo sua eternidade... – comentou indiferente – É bem legal.

Kim e Soo soltaram um riso divertido.

– Gostei – e com aquilo, foram-se para o lado de cada nam – AMIGO.

Todos os outros, é claro, encararam-se com um sentimento crescente de que aquela noite estava decaindo de mal a pior.

Menos Cleitin, o qual voltara a observar o teto.

Primeiramente, deu-se logo de cara Jamie para Noka.

A demônio já terminara seu episódio natalino de Supernatural após, é claro, gravá-lo para a amiga. Agora perto da garota, observando-a com um sorriso que demonstrava que ia vir bosta, a loira inclinou-se para a bruxa.

– Relaxa, vou pegar leve – a mais alta riu, notando a desconfiança da outra – Ta. Tu pegou o Ko? Sério, de verdade?

Noka engasgou com o oxigênio, logo mantendo-se.

– EU JÁ TE FALEI ISSO – exclamou incomodada, de propósito evitando o olhar fixo que Kim lhe lançava – Não... – soltou baixinho.

Jamie pareceu surpresa.

– Sério? Pensei que tinha rolado algo – a demônio arrumou a franja, já distraída.

Nick parecia incrédulo.

– O QUE – gritou ele, já se irritando – E aquele papinho todo de “Ko é tão gostoso, eu dava pra ele rapidinho”? TU NEM SEQUER BEIJOU ELE... NOSSA...

Noka chutou o irmão rapidamente, nem ao menos se prestando a corar de vergonha.

– NÃO CONTA ISSO – tentou impedi-lo, mas o garoto afastou-se para trás.

– Meu bem, eu não to guardando dinheiro, quanto mais o teu segredo.

A bruxa sentou-se novamente, frustrada.

– Era só marketing. Tenho que ter ego inflado. Só isso – respondeu de contragosto, evitando a aproximação sorrateira de um Kim que se ria todo – SAI.

Nick pareceu um pouco iluminado: Não era só ele que estava na seca, então.

Em seguida, o que surgiu foi Ilhoon para Nick. O bruxo controlou a dimensão do sorriso que insistia em surgir na sua face.

Como não se conheciam muito bem, o lobisomem tentava pensar em alguma pergunta trivial, mas quando já se localizara, estava soltando um “você é gay?”.

Nick riu com a pergunta.

– Você é meio lerdo – comentou o loiro, sorrindo – Sim.

Enquanto Ilhoon parecia desconcertado, em companhia de um Zi e de um Chanwoo, enquanto todos os outros não pareciam nem ao menos interessados, Nick captou um olhar estranho de Soo, o qual sustentou até que o de cabelos pretos abaixou os olhos, sorrindo pequeno.

Algo se movendo grotescamente na barriga e certa coisa batendo forte no peito, Nick desviou o rosto.

Depois daquilo foram algumas indagações normais e ações engraçadas dos presentes, até que a garrafa apontou uma consequência de Nick para Zi.

O garoto apoiou-se nos cotovelos, indo para trás. Sua face detonava malignidade pura. Com aquilo, Zi engoliu em seco, prevendo o pior.

Mas Nick já estava novamente sob efeito do álcool, então nada de muito horrendo – com sorte – viria.

– Dá aqueles giros loucos – pediu o loiro, a fala novamente enrolada – Soo disse que tu faz artes marciais. Aqueles giros lá... Girando... – balançou a cabeça, tentando clarear a mente.

Soo, preocupado, tentou impedir o irmão, mas o estrago já estava feito: Como o humano previra depois da longa convivência com o lobisomem distraído e burro, e que agora estava perigosamente afetado por um mísero copinho de vodka que Noka insistiu que ele bebesse, o homem até tentou o giro pulo etc, e conseguiu, porém, na aterrissagem...

Noka levantou-se gritando, quase matando um Cleitin que já estava há algum tempo adormecido no chão, desperto num susto.

– MINHA CRISTALEIRA. A PORRA DA MINHA CRISTALEIRA.

O clima desceu consideravelmente depois que Zi derrubou a cristaleira, quase chorando ao pedir desculpas, onde uma bruxa lançou-lhe soslaios raivosos, mas já esquecidos quando Kim tratou de acalmá-la com beijos.

Obviamente, a garota se aproveitou: Fingiu mais raiva, apenas para receber os ósculos. Durou bastante, até Kim perceber e começar de propósito a evitar o contato da outra, rindo ao esquivar-se.

Até ali já batera 23:59, todos colocando-se postos na mesa de cerejeira na sala de jantar, com Jamie trazendo os trezentos quilos de chester, peru, tender, farofa, arroz (sem passas, obrigado), vinhos, mais whisky e vodka (para a alegria de Cleitin), algumas mais porcarias. Iniciaram a ceia, os tormentos de antes já esquecidos, até Zi já parando de fungar e afastar as lágrimas que no fim caíram, pobrezinho, com no fim um Ilhoon bem social para um Cleitin, o último lobisomem pondo-lhe whisky antiquíssimo, talvez iniciando uma trégua. Todos os presentes já estavam comentando bobagens, rindo à toa, tendo uma Noka questionando sobre a saúde atual do lobisomem Chanwoo, o qual respondera que se encontrava maravilhosamente bem, agradecendo-a mais uma vez. Até ignoraram um Nick debochado soltando um “já ta pronto pra ganhar umas dst”, o garoto esquecendo o próprio comentário quando iniciou uma conversa muito que agradável com Soo, os dois rindo um para o outro, deixando um Zi que residia ao lado do irmão perdido na conversa.

Quando já passara uma boa meia hora, ouviram um estilhaço de algo quebrado na sala de estar e passos sorrateiros indo até a de jantar. Com o silêncio súbito, o recém chegado rompeu no cômodo com confusão facial clara.

Reconhecendo-o, Nick e Noka pularam da mesa e foram abraça-lo.

– Ue – comentou o Patriarca Braun, coçando a cabeleira ondulada e rosa, provavelmente pintada. Nunca soube o real tom de cabelo dele – Tanta gente. Olá Jamie, olá Gah, olá Cleitin – cumprimentou-os com um aceno distraído, os três retribuindo o gesto com olas embuchados – O resto não sei. Meu deus, Noka, Nick – virou para os filhos, sinceramente chocado – Tudo isso de namorado? Como vocês conseguem distribuir?

Os Braun mais novos riram, com Nick entrando de braços abertos na brincadeira.

– Ah, cada dia da semana é um. O final de semana a gente sorteia. Fica mais fácil, entendeu? Todo mundo tem espaço no meu coração e na minha cama.

O Patriarca considerou, concordando com a cabeça.

– Deve ser complicado. Enfim, vim aqui só para buscar um livro. Está tendo briga lá na Escócia, em algum lugar tem um livro de feitiço que preciso para apartar... Só não me lembro onde... Na biblioteca – comentando para si mesmo se foi para o cômodo dito, ainda coçando a cabeleira.

Os irmãos voltaram para a mesa, cada um ainda risonho.

Kim ainda observava o ponto que o Patriarca Braun sumira. Logo virou-se para a namorada, a que agora voltava a comer.

– Esse é seu pai? – ela concordou rapidamente – Acho que já o vi em algum lugar.

Nick interrompeu-o, presunçoso.

– Ele é um dos dez maiores bruxos existentes. Claro que já deve ter ouvido falar dele. Rei, poderosíssimo, destruidor. Imperador.

Kim levantou uma sobrancelha.

– Ah é? – bebericou seu whisky.

Gah riu, lá da sua ponta da mesa.

– Bah – acrescentou. Kim lhe sorriu.

Antes que certa pessoa pudesse solta mais um lembrete horrível de cena que compartilhara com o caçador mais cedo, ouviram o grito do Braun mais velho de algum ponto do quintal. Estranharam. Indo até fora da casa, todos tentando descobrir o porquê do som, estacaram de chofre na visão do homem de pé no telhadinho do poço, soltando pelos dedos Poder mágico que subiu pelo céu da noite e transformou-se em fogos de artifícios mágicos, muito mais coloridos e brilhantes contra o plano de fundo escuro.

O Patriarca Braun riu, o sorriso característico dele alojando todos os 32 dentes enquanto mantinha os olhos fechados, seu rosto denominando muita mais jovialidade que ele já possuía.

E ali, todos apreciando a explosão multi colorida que venceria de longe contra fogos de festejo do ano novo em muitas cidades famosas, Soo na escuridão e longe de todos os olhares envolveu lentamente sua mão na de Nick. O bruxo, sentindo, girou.

Estouraram centenas, talvez milhares de fogos criados pelo pai, todos brilhando tão belos, assim como a cena que decorria, enquanto o bruxo beijava o humano.


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