Em Queda escrita por Um Alguém


Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá, anjinhos! FELIZ DIA DO LEITOR!!!
Em homenagem a esse dia maravilhoso temos hj o primeiro capítulo duplo, narrado pela Alice e pelo Eathan. Espero que gostem ;)



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ALICE

– Alice! - ouvi Tessa gritar. Levantei-me apressada. Eathan levantou também.

– Meu Deus, você está bem? - perguntou Sarah preocupada parando a minha frente junto com as meninas.

– Estou, estou bem. - assegurei.

– Eathan? - Rose parecia chocada.

– Oi, Rose. - cumprimentou ele gracilmente.

– Eathan? - disseram Tessa e Sarah em uníssono.

– Meninas, esse é o Eathan. - apresentei. - Eathan, essas são Tessa e Sarah.

– Prazer. - disse ele com um pequeno sorriso.

– O prazer é meu. - replicou Tessa.

– O que está fazendo aqui? - perguntei.

– Te salvando. - disse ele com um sorriso. - De novo. Você parece ter uma ímã para acidentes, hein?

– Pois é, esses últimos dias tem sido difíceis. - comentei. - Acho que estou sem sorte.

– Desculpa perguntar, mas o que aconteceu com seu olho? - perguntou Sarah com uma careta.

– Ah, o namorado ciumento de uma amiga me bateu. Nada de mais.

– Ralf fez isso? - Tessa estava chocada.

– Aquele idiota. - resmunguei.

– Não fale assim. - pediu Eathan calmamente. - Ele não fez por mal. Dizem que uma pessoa só sente ciúme quando ama. Ele te deu uma prova de amor.

– É, e te deu um olho roxo. - retruquei.

– Você está sendo má. Não devia julgar tanto o seu namorado.

– Eu estou sendo má? Ele que te bateu e eu que sou má? - exaltei-me.

– Ei, relaxa. - Eathan segurou meus ombros. - Estou só dizendo que o que ele fez não foi tão grave assim. Se quer terminar o namoro, tudo bem, mas não use o que aconteceu ontem como desculpa.

– Eu nem sei mais o que eu quero. - confessei. - Estive pensando no que você disse ontem quando saímos da casa do Kyle.

– Pois então não pense. Eu só falo besteira. - ele abriu um pequeno sorriso. Seus olhos tão escuros quanto a noite me consumiam.

– Na verdade as coisas que você diz tem me ajudado a pensar.

– Esqueça isso, Aly. Você não deve pensar, deve sentir. - ele soltou meus ombros e com uma das mãos prendeu uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. - Sua mente não consegue ver as coisas com clareza suficiente, mas seu coração consegue.

– Não sei o que estou sentindo. - minha voz saiu quase um sussurro.

– Concentre-se e saberá. - ele deu um suspiro. - Eu preciso ir. - Eathan depositou um beijo na minha testa. Seus lábios mornos transmitiam uma sensação de paz. - Fique bem.

– Obrigada. - agradeci ainda meio avoada.
Eathan lançou um sorriso de lado para todas nós e virou as costas, afastando-se a passos largos.

– Ei! - chamei-o Ele parou onde estava, virando-se para me olhar. - Você tem celular ou para te achar eu preciso estar em perigo? - perguntei-lhe com um sorriso.

– Depende. O que quer comigo?

– Conselhos.

– Não sou um bom amigo.

– Isso eu decido.

– Certo. - ele fez uma careta. - Amanhã às quatro horas na praça perto da sua casa.

– A praça é grande. Como vou te achar?

– Não se preocupe. Eu te acho. - ele virou as costas de novo e voltou a andar. Mas antes de estar longe de mais gritou por sobre o ombro. - Até mais, Aly.

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EATHAN

– Cara, você vai cair. - disse Mason tranquilamente enquanto comia pipoca. Estávamos no cemitério, sentados em uma cripta. Mason me arrastara até ali depois que deixei a Alice.

– Por que acha isso?

– Você ainda pergunta? Você já parou para ver o que está fazendo?

– Mas eu não estou fazendo nada. - disse inocente.

– Claro que não, você só está se apaixonando pela sua protegida. - ironizou ele olhando o saco de pipoca agora vazio.

– Não estou me apaixonando pela Aly. Só estou sendo um amigo.

– Amigo, sei.

– É sério, Mason. O que que tem demais eu ser amigo dela? Eu era amigo do Harry também. - lembrei-o.

– Pois é, e ele está morto e você quase caiu. - retrucou ele amassando o saco de pipoca vazio.

– A minha amizade com ele não teve nada a ver com isso. E eu não vou deixar a Aly morrer, de jeito nenhum. - pontifiquei.
– Você já está chamando ela de Aly, Eathan. - comentou. - Eu vi como você olha para ela. Confessa logo que está apaixonado.

– Eu não estou apaixonado! - exaltei-me.

– Certo, não importa. Só não caia por favor. Não quero ficar sozinho. Já perdi a Mary, não posso perder você também, irmão.

– Não se preocupe, não vou cair. - garanti. - E você não perdeu a Mary.

– Claro que perdi. - disse ele triste. - Quase não a vejo mais. Morro de saudade.

– Eu também, Mase. - disse Mary aparecendo atrás de nós. Mason levantou-se e deu um abraço apertado na Mary.

– Oi, Mary. - cumprimentei-a.

– Oi, lindinho. - ela sorriu. - Do que falavam?

– Da queda iminente do Eathan. - disse Mason voltando a se sentar. Mary sentou-se ao lado dele.

– O que você anda fazendo para cair, Eathan? - perguntou ela curiosa.

– Nada. Isso é exagero do Mason. - reclamei.

– Ele está apaixonado pela protegida dele. - contou Mason com um largo sorriso.

– Uau. - exclamou Mary. - Vai cair por amor. Isso é tão romântico. - ela fez biquinho.

– Eu não vou cair! - repeti pela trigésima vez;

– Ei, sabem quem está quase caindo? - perguntou Mary abaixando o tom de voz.

– Quem? Quem? - quis saber Mason curioso.

– Rael. - contou.

– O quê? Por quê?

– O protegido dele foi assassinado. - explicou Mary. - Parece que um sócio do cara o matou.

– E o Rael? - perguntei.

– Eu não sei da história toda. Só o que me contaram é que o Rael era um guardião visível. O protegido dele pediu para ficar a sós com o sócio e pronto, morreu. - disse ela.

– Que bizarro. - comentou Mason.

– Vão expulsa-lo? - quis saber.

– Não sei. Acho que ainda estão decidindo.

– Que bizarro. - repetiu Mason distraído.

– Se eu fosse você ficava esperto, Eathan. - sugeriu Mary.

– Não se preocupe, sei o que estou fazendo. - garanti. Pelo menos eu acho que sei.

– Que bizarro. - disse Mason de novo.

– Cala a boca, Mason! - dissemos Mary e eu ao mesmo tempo.

– Tudo bem, tudo bem. Mas que é bizarro, é.



A noite foi tranquila. Quando voltei para casa da Alice, ela estava dormindo. E felizmente não teve nenhum pesadelo, então pude ficar sossegado. Observei-a dormir. Depois de ouvir Mason falando tanto sobre eu estar apaixonado pela Aly, comecei a pensar se aquilo era verdade ou não. Claro que não é verdade. A Aly é linda, inteligente, charmosa, extremamente teimosa, mas é só a minha protegida. Só. Tudo que eu sentia por ela (preocupação, afeição, carinho) era estritamente profissional. Fiquei mais calmo ao ter certeza que o Mason estava errado.

De manhã, Alice acordou atrasada, para variar. Pelo menos dessa vez era só um pouco atrasada. Ela se arrumou correndo e saiu, terminando de comer um sanduíche. Conseguiu chegar no colégio antes do sinal da entrada tocar. Ralf a estava esperando no portão.

– Bom dia, amor. - disse ele assim que ela se aproximou.

– Oi.

– Ainda está brava comigo? - perguntou ele com aquela cara de cachorro que caiu da mudança.

– Não. - disse ela calmamente. - Eu pensei muito ontem e ...

– E... - incitou ansioso.

– E eu resolvi te desculpar. - disse ela afinal.

– Obrigado, amor. Não sei o que eu faria sem você.

Ralf sorria de orelha a orelha. Alice também ostentava um sorriso, mas não era tão animado quanto o do Ralf. Eles se abraçaram e se beijaram.

– Parabéns, Eathan. - disse Mason parando ao meu lado a alguns metros do casal. - Conseguiu uni-los de novo. Sabe, se você cair mesmo pode virar cupido. - ele riu.

– Maravilha. - respondi-lhe sem animação.

– O que foi? Não gostou de ver o seu amor fazendo as pazes com o namorado, né? Fica assim não, amigo. Aposto que logo logo ela vai terminar com ele para ficar com você.

– Você é louco. - comentei fitando Alice e Ralf se beijarem.

– Um pouco. - ele alargou mais o sorriso. - Só não esqueça de me chamar para ser o padrinho de casamento, hein?


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar, anjinhos.
Bjs ;D



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