Em Queda escrita por Um Alguém


Capítulo 21
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse é o último :(
Aproveitem ;D



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1 Ano e Meio Depois - ALICE

– Já vai? - perguntou Mason atrás de mim.
Virei-me para vê-lo. Era aniversário do Kyle que resolvera dar uma festança. Mason estava encostado em um dos muitos carros parados enfrente a casa do Kyle.

– Já. Mas não se preocupe, posso ir para casa sozinha. - assegurei-lhe.

– Tudo bem. - concordou. - Mas e se ao invés de ir para aquele seu micro apartamento dormir, você fosse para outro lugar?

– Ei, não fale mal do meu apartamento. - reclamei.

Depois de tudo que aconteceu com Eathan, Ralf, Rael, meu pai, eu resolvi me mudar. Não queria mais ficar naquela casa. Morei um tempo com a Tessa. Mas depois saiu a herança do meu pai e eu comprei um apartamentinho (bem inho) no centro da cidade. Mark foi um péssimo pai, mas pelo menos fez algo útil e guardou uma boa quantia em dinheiro.

– E para que outro lugar eu poderia ir a essa hora além da minha adorável cama? - perguntei-lhe olhando a hora no celular. Quatro da manhã.

– Para a cama de outra pessoa. - sugeriu ele com um sorriso safado.

– Mason! - repreendi-o.

– Calma, calma. - ele levantou as mãos em sinal de rendição. - Não estou te convidando para a minha cama, não. Eu nem tenho uma cama. Mas...

– Mas o quê?

– Preciso que confie em mim. - pediu fazendo cara de santo.

– O que você está tramando? - perguntei desconfiada.

– Descobri onde o Eathan estava morando e achei que fosse querer ir lá. - disse ele inocente.

– Eathan? - uma empolgação dominou-me instantaneamente.

– É. Ele provavelmente não mora mais lá, porque ele fica pouco tempo em casa lugar. Mas talvez ele tenha deixado algo lá para você.

– Por que acha isso?

– Porque ele sabe que eu tenho tentado encontra-lo. Então ele pode ter deixado algo para você. - ele fez uma pausa encarando-me.

– E então, vai querer ir lá?

Eu estava morrendo de saudade do Eathan. Adoraria vê-lo de novo. E mesmo o Mason dizendo que ele provavelmente não estaria lá uma parte de mim fervilhava de esperança.

– Me dá o endereço.

Mason deu. Chamei um táxi e esperei ansiosa. Quando o carro parou perto de mim, entrei apressada e passei o endereço ao motorista, um velhinho que parecia o papai Noel. O tal endereço não era exatamente perto. Quarenta minutos depois o táxi entrou em uma rua sem saída e parou enfrente a uma casa que parecia abandonada, com atinta descascando, janelas quebradas e com várias pichações.

Paguei o táxi e saltei do carro. caminhei meio insegura até a entrada da casa. A porta estava destrancada. Por dentro o lugar parecia ainda pior. Havia lixo por todo lado. O cheiro era horrível. Não podia imaginar o Eathan morando ali. Percorri lentamente todos os cômodos da casa sem achar nada.

Quando cheguei a porta dos fundos vi um vulto do lado de fora. Em um ímpeto de coragem e burrice saí da casa. Mas não havia nada além de uma varandinha com uma cerca baixa. Do outro lado da cerca via-se uma casa pequena e simples cujo todos os cômodos estavam com as luzes apagadas menos uma janela no segundo andar. Janela na qual havia uma silhueta, uma pessoa me observando.

Devia ficar com medo. Ao invés disso sentia-me impelida a ir até aquela casa. A pessoa na janela levantou uma mão e fez um sinal, como se estivesse me chamando. Abandonando o bom sendo, pulei a cerca, atravessei o gramado da casa e entrei pela porta dos fundos. Essa casa era totalmente diferente da outra. Tudo era limpo, arrumado e exalava um perfume doce e suave.

Atravessei a cozinha e a sala até chegar a uma escada. Subi. No andar de cima, todas as portas estavam fechadas menos uma no final do corredor. Caminhei até lá lentamente, parando à porta. A tal pessoas ainda estava perto da janela, mas agora a luz estava apagada e a pessoa virada de frente para mim.

– Aly.

Uma palavra. Só precisei de uma palavra para saber quem era aquela pessoa. A mesma voz aveludada e serena que parecia me acariciar. Senti meu coração bater fora de compasso.

– Eathan! - corri até ele,q ue me encontrou no meio do caminho envolvendo-me em um abraço apertado. - O... que está acontecendo? - perguntei-lhe afastando-me só o suficiente para olha-lo. Estava escuro, mas eu podia ver com clareza seu rosto, seus olhos, sua boca.

– Eu sou seu, Aly. - disse ele acariciando meu rosto. - Nunca mais vou te deixar sozinha.

– Como assim, Eathan? Mason me disse que você não pode falar comigo, nem com ele.

– Eu não podia. Agora posso fazer o que quiser. - disse ele eufórico. - Fiz uma troca.

– Que tipo de troca? - perguntei-lhe preocupada.

– Troquei tudo que ainda tinha para ficar com você.

– Você pode ser mais específico? - pedi impaciente.

– Quando se é anjo se tem muitos poderes. Quando um anjo caí ele perde as asas, mas continua com alguns poderes, não todos. Eu abri mão disso e em troca os arcanjos me liberaram do meu "castigo". - explicou.

– O que isso significa? Você é o que agora, um caído sem poderes?

– Não exatamente. - disse ele um pouco hesitante. - Na verdade eu virei humano.

– O quê? - não consegui conter minha surpresa.

– Abri mão da imortalidade, linda. - contou ele me fitando nos olhos. - Agora eu sinto sede, fome e sono. Posso adoecer, envelhecer e não preciso que alguém me ataque com uma adaga celeste para eu morrer. Sou tão humano quanto você. - ele abriu um pequeno sorriso. - Isso quer dizer que eu não tenho poderes nem regras de anjos. Posso ficar com você até ficarmos velhinhos. Se você quiser.

– É claro que eu quero! - gritei empolgada.

Sem mais palavras ou preocupações, ele me beijou. Sem arcanjos, anjos ou caídos. Sem medos ou qualquer coisa do tipo. Naquele momento não existia nada além de nós dois. Nada além do que eu sentia por ele e do que ele sentia por mim. Ninguém no mundo me fazia tão feliz. Ninguém no mundo.

Ainda me beijando, ele me puxou consigo para a cama, onde me colocou deitada depois se debruçou sobre mim, colando nossos corpos. Sua boca estava em todos os lugares, cobrindo-me de beijos. Meu coração estava a ponto de explodir.

– Você estava errado. - comentei interrompendo um beijo.

– Errado? - ele pareceu confuso. - Está falando do quê?

– Daquele bilhete. - mostrei-lhe minha mão direita com o anel que ele me dera. - Você disse que eu não ia te amar para sempre e que nós nunca poderíamos ficar juntos.

– Você lembra.

– De cada palavra.

– Pois esqueça. Eu estava errado. - ele esboçou um sorrio de lado. - Nós vamos ficar juntos para sempre e ninguém nunca vai me amar como você.

– Tem razão. - concordei dando-lhe um selinho.

– Para sempre?

– É, para sempre parece tempo suficiente.

Ele abriu um largo sorriso e me beijou. E tudo ficou bem.


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Notas finais do capítulo

Boooom, quero agradecer a todos que leram, todos que acompanharam a história do começo ao fim e principalmente a todos que comentaram. Muito obrigada mesmo :)
Ficarei um tempinho afastada do Nyah mas prometo que volto.
Espero que tenham gostado. Deixem comentários dizendo o que acharam do final da história, hein?
Vejo vocês por aí.
Beijinhos :D



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