Ctem - Homens de Branco escrita por Anna_Rosa


Capítulo 7
Quando uma coelha muda quase tudo...




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-Ei, – disse um Gregory meio histérico – não mexa nessa coelha, ela mor... de!

 

-Me desculpe – disse Rosa soltando a coelha no cercado – eu achei ela bonita e peguei um pouquinho, eu não sabia que não podia mexer...

 

-Não, tudo bem – respondeu ele sorrindo meio confuso, embora fosse um comensal, Gregory tinha um rosto amável, era alto, aparentava ser forte, tinha cabelos loiro médio e olhos azuis escuros – pode brincar com ela. É só que a Florinha nunca gosta de ninguém, ela geralmente morde as pessoas.

 

-Hum! – respondeu a ruiva timidamente – Então, eu posso pegar ela?

 

-Claro – disse ele pegando a coelha amarela e branca e entregando-a a menina – ela gosta de comer dente-de-leão.

 

-É mesmo? – perguntou à ruivinha acariciando a cabeça da coelha – Ela é sua?

 

-É sim – respondeu ele observando a cena – eu não sabia que você gostava de coelhos, aliás, eu nem sabia que você falava.

 

Rosa apenas sorriu, mas deu pra notar que suas bochechas rosaram um pouco.

 

-Nossa! – exclamou Gregory – Olha só a minha educação! – e abaixou-se para ficar da altura da menina, e estendeu-lhe a mão – sou Gregoryo Rauld, mas aqui todos me chamam de Gregory.

 

-Sou Rosa Weasley – disse a menina segurando a mão de Gregory – Rosinha, mais o senhor já sabia!

 

-É já – disse rindo e olhando a volta – então, o que achou do BOSB?

 

-Muito bonito e grande, mas é meio isolado do resto do mundo né?

 

-Ah, nem tanto – falou o homem pensativo – só o bastante para que os aurores não nos encontrem.

 

-Então, todos os comensais da morte moram aqui?

 

-Não!- respondeu o homem rindo- Somos em bem mais, na verdade estamos divididos em quatro setores A, B, C e D, um em cada parte do país.

 

-Entendo – disse ela meio sem jeito – hum, vocês, é, desse setor, moram todos aqui?

 

-Moramos, cada um tem um quarto, ou dois dividem o mesmo, por isso aqui é tão grande, somos em muitos.

 

-Mas então vocês não vão pra casa? E não tem saudades?

 

-Saudades eu sinto – respondeu ele endireitando-se – mas meus pais moram no Brasil, já faz tempo que não os vejo, mas somos uma família aqui, é tudo mais fácil se estivermos sempre juntos, o BOSB, acaba se tornando nossa casa.

 

-Legal! O que quer dizer BOSB?

 

-Base Operacional do Setor B – respondeu Raffiane de repente – e acho que já chega de perguntas Rosa.

 

-Raffiane! – exclamou um contente Gregory – eu não vi você chegar.

 

-Estava vendo onde essa conversa ia terminar – respondeu a mulher com frieza – e pelo jeito ela ia longe, não é?

 

-Olha, – chamou Rosa estendo os braços para Gregory e entregando-lhe a coelha – eu já vou, até logo Sr. Gregoryo.

 

Gregory observou a menina ir em direção a casa, até que seus cabelos vermelhos desaparecessem na entrada, encarou a mulher na sua frente com um sorriso e disse:

 

-Já reparou que essa menina tem muito medo de você?

 

-Já, e não posso fazer nada, se ela não fosse tão mimada e, essa é a minha intenção, que ela tenha medo mesmo.

 

-Raffiane – disse Gregory com voz doce pondo Florinha no cercado – essa menina é uma graça, não é nem um pouco mimada, isso é implicância sua, até a Florinha gostou dela!

 

-Eu reparei que essa traidorazinha estava com a peste, digo, Rosa.

 

-Viu só, isso é pura implicância – disse ele saindo do jardim – mas eu gosto de você mesmo assim.

 

E dizendo isso, virou as costas e foi em direção a casa, deixando Raffiane sozinha com seus pensamentos no jardim. Raffiane era uma mulher alta, de pele morena clara, cabelos negros, ondulados e compridos, olhos verdes claros, um gênio um tanto parecido com a da mãe, Bellatriz, era decidida e definitivamente cabeça dura e como todos que descendem da família Black, tinha um ar arrogante, muito arrogante.

 

Era bem verdade – pensou Raffiane enquanto andava pelo jardim – implicava com aquela mini aprendiz de bruxa, já havia perseguido-a algumas vezes, mais isso não por implicância, mais porque era seu trabalho... No entanto o verdadeiro motivo pelo qual não gostava daquela ruivinha que sabia encantar as pessoas, ela não sabia, aliais, nem sabia se realmente não gostava dela... ‘Não, claro que não!’- continuou a pensar, parando sobre a sombra gélida de uma grande árvore – bem no fundo até sentia algo, mais definitivamente não gostava da menina. A verdade é que Raffiane não conhecia Rosa Weasley fora das fichas técnicas.

 

-Credo!!! – exclamou a mulher chacoalhando a cabeça – eu eim... que é que deu em mim... – com isso virou-se e foi em direção a casa.

 

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

 

 -Ah, ela não mordeu você? – ia dizendo Narissa tristemente, mais tarde quando Raffiane entrava na sala – Que pena!!

 

-Olha como você fala mocinha – ameaçou Gregory – depois não reclame se você acordar sem cabelo!

 

-Experimente que eu deixo você com o nariz desfigurado...

 

-Essa eu quero ver – disse ele pegando a varinha e ficando em pé - vamos lá...

 

-Anna! – exclamou ela arregalando os olhos.

 

-Parem os dois! – disse Anna - o Luis está demorando para voltar, será que só eu e a Ketlin nos preocupamos?

 

Mais cedo, logo após falar com Hermione, Raffiane havia pedido para Luis e Aquiles irem procurar os Potter na floresta, Aquiles demorar era mais que normal, já Luis, ele nunca demorava.

 

-Ele já volta mãe – disse Raffiane – e traz alguém com ele, você sabe disso, já o Aquiles..., e quanto a Ketlin, ela que pare dar chilique!

 

Ketlin era uma mulher de pele morena clara, cabelos lisos, curtos e louros, de olhos negros e amendoados, estatura alta e sempre com uma expressão seria no rosto. Já Aquiles era um homem de pele escura, forte, grande e com cara de mal, mais na verdade não passava de um grande babaca, falava quando, onde e o que não devia, deixava os outros na mão para salvar a pele e geralmente tinha desculpas esfarrapadas para seus erros, mas, contrastando com tudo isso, era um excelente estrategista e se dava muito bem com fugas.

 

-To falando serio garoto!

 

Ouviu-se uma voz no hall, parecia que tentava explicar algo a alguém que não queria entender.

 

-Anda garoto – continuou a voz – entra! Eu não tenho o dia todo!

 

-Eu... eu não vou entrar! – respondeu uma voz de menino – me, me prove que meus primos estão aqui, e que estão bem, que eu entro!

 

-É o Luis – exclamou Ketlin no andar de cima – anda Anna, vamos lá.

 

-Essa voz – falou Hugo entrando na sala der repente – é o Tiago!! ROSINHA – gritou o menino sorridente – O TIAGO, ELE ESTÁ AQUI!!!!

 

Um barulho de pezinhos correndo no corredor indicou que Rosa estava chegando.

 

-O Ti? – perguntou ela animada olhando em volta – Onde?

 

-Lá em baixo – respondeu Narissa – com o Luis!

 

Houve certa agitação enquanto Ketlin, Anna, Gregory, Raffiane, Narissa, Hugo e Rosa desciam rapidamente as escadas. No primeiro andar, enfrente a porta, podia-se enxergar Luis, um homem alto, forte, de cabelos louros médio, olhos castanhos claro, pele morena clara e uma expressão sempre seria no rosto, e ao seu lado estava Tiago Potter.

 

-TIAGO!!!! – exclamaram Hugo e Rosa correndo na direção do primo.

 

-Hugo, Rosinha...?- exclamou Tiago meio perguntando – Achei que fosse mentira dele.

 

Ao mesmo tempo em que as crianças conversavam alegres, os outros também falavam em um tom mais serio...

 

-Aconteceu alguma coisa Luis? – perguntou Anna preocupada – você demorou.

 

-Nada de mais – respondeu ele entrando na casa – só foi difícil achar o Potter, e na volta acabei encontrando alguns homens do CTEM, e com esse garoto falando sem parar, tive que vim por um caminho mais longo.

 

-Hum – respondeu Anna – menos mal, mas e o Aquiles, se tem gente do CTEM...

 

-Aninha, - disse Luis sorrindo enquanto abraçava Ketlin – você não muda mesmo, sempre se preocupando de mais com os outros.

 

Anna encarou o homem com um olhar só dela, mas sorriu. Luis conhecia Anna desde que ela tinha quase oito anos e chegou ao quartel general dos comensais da morte, onde foi, digamos que, aluna de Bellatriz, o que segundo Luis não foi suficiente para transformá-la em uma pessoa má. Na época, Luis era um novato com vinte e dois anos que havia deixado a família para trás, ele e Ketlin acompanharam praticamente toda a vida de Anna, e ele a tinha como uma irmãzinha que podia quebrar a qualquer momento, e Anna o via como o irmão mais velho que não teve.

 

-EU DESISTO!!!! – gritou Aquiles aparecendo do nada na porta – DESISTO!

 

-Desiste do que homem? – perguntou Raffiane

 

-Aquela pirralha – respondeu ele furioso – ela me bateu!

 

-Você apanhou de uma menininha? – caçoou Gregory

 

-Se está achando tão engraçado – bradou Aquiles – vai você atrás daquela menina, vai, quero só ver.

 

-Eu? – perguntou o outro sarcástico – Você é que devia trazer ela, francamente apanhar de uma menininha...

 

-Você é um inútil! – disse Raffiane – Inútil!

 

-Inútil!? – escandalizou-se o Homem – Tem idéia de que quando eu cheguei perto dela e disse pra ela vim comigo que estávamos com a família dela, ela tirou a bota, que era bem pesada, e começou a bater em mim, gritando coisas sem sentido, e não parou mais.

 

Quando o homem parou de falar, vermelho de raiva, todos o olhavam em silencio, até Tiago não agüentar e cair na gargalhada, sendo acompanhado pelos outros, todos imaginando a cena onde Lílyan Potter com 1,30 m batia em um homem com quase 1,90 m.

 

-Você apanhou da minha irmã!! – exclamou Tiago se dobrando de rir – nem eu apanho dela!

 

-Olha como fala garoto – disse Aquiles

 

-Tá, tá... – disse Gregory enxugando os olhos – eu vou atrás da lutadorazinha!

 

Dizendo isso saiu em direção à floresta para procurar Lílyan.

 

-Todo mundo para cima! – disse Anna rindo – vamos, vamos!

 

E foi na escada que Rosa fez a pergunta que acabou com o riso de todos.

 

-Mais e o Al? Quem está procurando por ele?

 

-Achei que ele estava com a Lily – disse Tiago – quando sai correndo estávamos juntos, mas quando dei por mim no meio do nada eu estava sozinho.

 

-Não – disse Aquiles – a estressada da tua irmã estava sozinha também.

 

-Vocês perderam o Alvo? – perguntou Hugo.

 

-Não exatamente – disse Tiago sem graça – ele simplesmente sumiu, junto com a Lily.

 

-Hum... – disse Aquiles coçando a cabeça – eu vou procurar o seu irmão.

 

-Não – falou Luis – você já apanhou de mais hoje, eu vou.

 

-Mas você acabou de chegar – argumentou Ketlin preocupada

 

-Eu sou capaz de encontrar um garotinho perdido e sozinho! - disse Luis voltando para entrada e indo novamente para a floresta.

 

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

 

-E ai, eu continuei correndo – Narrava Tiago aos primos – pensei em voltar ao rio, era o mais lógico, segui-lo até ele dar em algum lugar...

 

-E se não desse em lugar nenhum? – perguntou Hugo provocando.

 

-Pelo menos de sede eu não morria! – retrucou Tiago.

 

-Tá, tá! – disse Rosa impaciente – Pode continuar a história?

 

-Claro – disse Tiago – Han, sim, quando cheguei ao rio e fui falar com os meus irmãos, vi que estava sozinho, e acredite ou não me deu o maior medo.

 

Rosa riu com a confissão do primo, não era normal Tiago Potter admitir que houvesse estado com medo.

 

-Continuando, – disse ele amarrando a cara para a garota – continuei andando perto do rio, sério, achei que eles seguiram pra lá, ai, perto das margens tinha uma ruína, acho que tinha sido uma casa...

 

-Nossa!! - interrompeu Hugo – Uma ruína no nada, que aventura!

 

-É, foi sim. – continuou o primo – O fato, é que só entrei ali por que tava muito frio e me pareceu mais seguro. Então, quando acordei de manhã ouvi passos, eu nem ousei me mexer, os passos sumiram depois de alguns minutos, então sai correndo, e mais de tarde ouvi passos de novo, corri e dei de cara com esse Luis, daí em diante vocês já sabem.

 

-Também ficamos com medo – disse Hugo – mas pelo menos estávamos juntos, isso me deu certa segurança.

 

Tiago balançou a cabeça concordando e os três olharam pela janela, começava a entardecer.

 

-Será que vão encontrar o Al logo? – perguntou Rosa.

 

- Claro que vão Rosinha – disse Tiago confiante – se ele me encontrou!

 

-E a Lily? – perguntou Hugo rindo – Acham que o Sr Gregoryo vai encontrá-la?

 

-E trazer ela até aqui sem apanhar? – continuou Tiago também rindo.

 

-É claro que vai! – falou Rosa.

 

-E como você tem tanta certeza? – perguntaram os meninos.

 

- Porque ele é legal, e tem uma coelha – disse a ruiva como se aquilo terminasse o assunto.

 

-Coelha? Legal? – exclamou Hugo revirando os olhos.

 

-Ele é um comensal da morte! – exclamou Tiago incrédulo - Comensal da morte!

 

-I daí? – respondeu ela simplesmente – Eu gosto dele, e acho que ele vai trazer a Lily sim.

 

Tiago e Hugo apenas trocaram um olhar, realmente começando a duvidar da sanidade da menina.

 

 


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Notas finais do capítulo

Acho que empolguei com esse cápitulo, espero que gostem.
Comentem por favor, isso faz bem sabem...



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