O tal BOSB era um lugar de aparência fantástica, uma construção de três andares, com muitas janelas, uma área em volta da casa, com um telhado alto, uma escadinha na entrada, com um jardim bem cuidado, cercada por cerca - viva e um lago que corria atrás da construção e se escondia por entre as árvores da magnífica floresta que rodeava o lugar.

Ao entrarem na casa, perceberam que ela era tão bonita por dentro quanto era por fora, logo na entrada havia um pequeno cômodo onde se deixavam os sapatos e defronte a porta de entrada havia outra porta, que se abria para uma sala enorme, com televisão, DVD, rádio, computador, sofás, pufes, uma mesa central e varias mesinhas com quatro lugares espalhadas por ela, e seguindo em linha reta havia o caixilho de outra porta, que dava para um corredor que levava a três quartos, dois banheiros, para a cozinha, que era grande, com uma mesa enorme, muitas cadeiras, cercada de armários e a pia, o fogão e a geladeira, e para a escada do segundo andar. O segundo andar era cheio de quartos dos dois lados do corredor e também tinha vários banheiros, ao lado da escada havia uma salinha com TV e DVD, uma mesinha e sofás, e no fim do corredor, perto da escada tinha outra escada que levava ao terceiro andar, o que havia la? Isso ainda era algo a se descobrir.

- Vocês devem ter um pergaminho selado – disse Anna algum tempo depois quando estavam na salinha ao lado da escada – ou algo do tipo para enviarem aos seus pais, dizendo que estão bem, certo?

Rosa fez que sim com a cabeça e Anna continuou:

-Então escreva a eles e diga que vocês estão conosco e que vamos ajudar vocês e seus primos.

-E aproveite pra dizer que não estamos muito informados sobre o CTEM – disse Gregory ao sair da salinha.

Hugo pegou um pergaminho branco do bolso do casaco e o entregou a irmã junto com uma pena-caneta. Rosa abriu o pergaminho que já estava endereçado à mãe (em algum lugar da Grã-Bretanha) escreveu:

“Mamãe

Estamos bem, eu e o Hugo nos separamos dos outros, o Sr. Sergio se apavorou quando os homens de branco nos atacaram e sumiu, ai os comensais da morte nos acharam e resolveram ajudar, estamos com eles, em um lugar bem bonito chamado BOSB agora.

O Hugo está dizendo pra eu te dizer, escrever, que eles não sabem muito sobre os homens de branco nem sobre o que está acontecendo no mundo da magia e se você pode explicar.

Acho que eles vão procurar os outros, pelo menos foi o que eu entendi.

Ah, e mamãe, você e o papai estão bem? E o padrinho, a madrinha e os outros? E nós, vamos ficar aqui, ou eles vão levar agente pra casa da Vovó quando encontrarem os outros?

Com saudades Hugo e Rosinha”

Terminando ela fechou o pergaminho que quase instantaneamente sumiu em meio a uma luz azul clara.

Logo após o ocorrido, Raffiane entrou na salinha.

-Vocês não podem dormir no mesmo quarto – começou ela – então você – e apontou para Hugo – fica com o Luis, e você comigo.

-Ta brincando né? – perguntou Hugo – minha irmã, com você!

-Não, eu não estou brincando – respondeu a bruxa – e, eu não mordo, alem do mais garoto, se eu resolvi ajudar quer dizer que eu não vou fazer nada a ela.

-Vendo por esse ângulo... – disse o menino trocando um olha com a irmã.

-Há algumas regras para seguirem aqui – disse Anna – vocês devem dormir antes das onze, 10h30min pra você que é mais nova. Acordar ate 08h30min no máximo, não subir no 3º andar, nem ficar na sala grande do 1º andar, não saiam dos limites desse terreno e se quiserem ir até a floresta nos avisem.

- É - continuou Luis – os outros não vão entender o porquê vocês estão aqui, e não atormentem a Ketlin – Ketlin era, se assim pode-se dizer a esposa de Luiz -, ela não tem muita paciência. Os outros não vão machucá-los, mas fiquem longe, OK.

-Agora – disse Raffiane – já está tarde e vocês ainda precisam de um banho, um bom banho, vamos, para os quartos.

Saindo da sala, Raffiane e Rosa entraram no primeiro quarto, Anna andou mais um pouco e entrou em um quarto do outro lado do corredor, e Luis e Hugo foram praticamente até o fim do corredor e entraram em outra porta do mesmo lado que Anna.

-Então – perguntou Raffiane à Rosinha – você tem tudo que precisa?

Rosa fez que sim com a cabeça e continuou a observar o quarto, um lugar grande com duas camas, uma de solteiro e outra de casal, varias prateleiras com caixas e alguns brinquedos, uma escrivaninha com computador e a um canto uma porta que levava ao banheiro.

-Ótimo – falou Raffiane depois de um tempo – você fica nesta cama – indicou a cama de solteiro – o banheiro é ali e eu tenho certeza que você não trouxe tudo dentro de um urso!

Nesse instante ouviu-se uma batida na porta, que se abriu e Hugo entrou timidamente por ela.

-Desculpe – disse o menino com as orelhas vermelhas – é que meu pijama está na sua mochila Rosinha.

-Isso já é de mais – exclamou Raffiane – malmente cabe uma blusa dentro de um bicho de pelúcia, como pode...

- As nossas foram aumentadas por magia, feitiço indetectável de extensão! – disse ele como se fosse a coisa mais normal do mundo – Ah! Aqui, valeu maninha, até amanhã, boa noite!

- Boa noite! – respondeu baixinho – Até amanhã!

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Bem cedo na manhã seguinte Raffiane encontrava-se ajoelhada em frente à lareira conversando com ninguém menos que Hermione Weasley.

- Você tem certeza – perguntava Mione – que vai poder ficar com eles? Com os cinco?

- Claro – respondeu Raffiane – se estou me oferecendo é por que consigo.

- Certo, então vou mandar algo para reforçar a segurança de vocês...

- Como?

- O que? Você acha que não precisa, porque se não...

- Não, não é isso só é estranho ouvir você falar em reforçar a nossa segurança.

- Ah! Claro! A Rosa disse que vocês não estão muito informados sobre o CTEM.

- É, aconteceram uns probleminhas com os arquivos, – respondeu Raffiane meio sem graça – só isso.

- Tá eu mando uma carta em alguns minutos informando o que você precisa saber sobre o CTEM e as crianças.

Falando isso desapareceu e o fogo voltou a crepitar normalmente.

- Probleminha é – comentou Gregory sarcasticamente.

- Cala boca – disse Raffiane rindo ao sair.

Na verdade, certa vez, Raffiane colocou fogo na maioria dos arquivos em um ataque de raiva enquanto os arrumava. E grande parte das anotações não tinha sido recuperada.

-Olha Gregory – disse Narissa com ar vingativo entrando na salinha – sua coelha metida à poderosa e anti-social acaba de ser domada por uma garotinha.

-O que! – exclamou ele olhando pela janela – eu não acredito que ela está mexendo com a minha coelha!

-Larga de ser ranzinza bem feito pra você...

-Não é brincadeira Narissa, ela vai morder a menina – e saiu correndo escada abaixo, em direção ao jardim.

-Tomara que a coelha o morda – comentou ela para si mesma.

Era normal acontecer brigas entre Narissa e Gregory, ela era a comensal mais nova do BOSB, tinha 18 anos e um gênio difícil, era uma moça de estatura média, grega, de cabelos escuros, lisos e compridos, olhos negros e pele clara, na maioria das vezes era fácil faze - lá perder a paciência, aprendia rápido o que tinha que fazer, sem contar, que sempre acabava sabendo do que não devia, junto a isso havia o fato de que era uma garota tímida, o que fazia dela a vitima perfeita para as brincadeiras e provocações de Gregoryo.