Correndo no escuro

Shirley e Carl haviam pensado em tudo. Sua relação era uma obra prima da racionalidade e da lógica. Teria sido perfeito se os dois não tivessem se esquecido do detalhe mais importante: nem tudo sai como planejamos.

Eles não contaram com as duvidas, com suas diferenças, com a própria natureza humana.  Ambos acharam que poderiam controlar suas emoções e sentimentos, que poderiam ser objetivos sobre eles. Tempestades que não poderiam prever, planos despedaçados. Eram só humanos tentando controlar algo maior, esquecendo que o destino se encarrega de seus desígnios de maneiras curiosas. E alguém decidiu que eles iriam ficar juntos.

Apesar de toda racionalidade e todos os planos, estavam só correndo no escuro, sem saber para onde ir, e mesmo assim, corriam um para o outro.