Were you really surprised? - Cobrade escrita por HJ


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal!! Gostaria realmente que vocês me dissessem o que estão achando da fic. É bem importante para mim! O cap de hj tá meio... bom, vcs vão ver! Só peço que não me matem, ok?



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Assim que Thawik voltou para loja, encontrou o QG destruído e o Cobra furioso. Tão logo ele passou pela porta, Cobra o alcançou, suspendeu o ajudante pela camiseta e o prensou contra parede.

– O que você fez com a Jade? - O ódio era visível nos olhos do Cobra. Como não obteve resposta nenhuma, o empurrou novamente. - Fala, desgraçado!

– Ficou maluco, Cobra? - Thawik empurrou-o para longe de si. - Não te devo satisfação, mas só para o teu governo, eu não fiz nada pior do que tu fez! - Nisso foi acertado por um soco do lutador.

– Cala a boca! Não fala do que tu não sabe!

– Pode me dar quantos socos quiser, Cobra, mas não vai mudar o que aconteceu. Você deixou a garota sair daqui chorando, naquele estado, e vem me cobrar explicação, cara? Eu só tentei consertar o que você fez! Fui lá, consolei... - Foi acertado de novo. - Qual é, Cobra? Se me der outro soco, eu vou esquecer que tô no meu local de trabalho e vou revidar! Eu tô avisando!

– Ah, sim, agora eu fiquei com medo! - Cobra riu com desdém. - Você sabe muito bem, que numa luta eu te destruo, cara! Agora, me diz, o que rolou com vocês? - Cobra estava com medo da resposta que poderia vir, mas perguntou mesmo assim.

– Nada. - Cobra suspirou aliviado. - Por enquanto. Eu ofereci uma carona e ela aceitou. Mas me disse que vai no campeonato do fim de semana, torcer por mim. - Cobra não pode evitar de pensar nas vezes que ela tinha ido às lutas, torcer por ele, e aquilo doeu. Thawik percebeu que Cobra ficou abalado e tentou mudar de assunto: - Vem cá, o que passou por aqui? O furacão Katrina?

O furacão Jade, pensou Cobra. Mesmo assim respondeu:

– O meu descontrole passou por aqui, cara.

– E quando você vai arrumar tudo? - Perguntou Thawik.

– Nunca. Quem vai arrumar é você. - Quando o ajudante olhou para Cobra, pôde ver que o mesmo falava sério.

– Ah, mas não vou não.

– Ah, mas vai sim. Eu não to perguntando a tua vontade, babaca, tô só te comunicando. E vai ser agora, caso contrário, você já sabe o que acontece. - Nisso, virou-se e foi para o seu "quarto" nos fundos do QG, deixando para trás um Thawik com cara de besta, arrumando tudo.

***

Os dias passaram e o fim de semana se aproximava. Jade sequer olhava para o QG, mas isso não impedia que Cobra fizesse o contrário. Não tinham se falado depois da briga, entretanto o lutador ainda a via passar todos os dias, em direção à Ribalta, na companhia daquele ator que vivia tirando a camisa e daquela atriz maluca.

Certo dia, Cobra e Thawik estavam parados na frente da loja. Depois daquele dia, eles não voltaram a brigar. Também não se tornaram melhores amigos, porém estavam convivendo em clima de paz. Avistaram então, a bailarina indo em direção à Ribalta. Jade sabia que Cobra iria vê-la e foi tomada por uma vontade incontrolável de provocá-lo. O lutador entrou na loja e a viu acenando em direção ao QG. Por um minuto chegou a pensar que era para ele, mas viu Thawik retribuindo alegremente ao aceno.

Logo após a dançarina entrar no prédio da Fábrica, Thawik fez o mesmo e entrou na loja, sorrindo, porém o seu sorriso se desfez assim que viu a cara de Cobra.

***

Finalmente, sábado chegou. De um lado, a Khan, de outro, a Academia de Lutas do Gael. Quando se viram, Cobra e Duca se cumprimentaram com um balançar sutil de cabeça, afinal, apesar do trato feito, para todos eles ainda eram inimigos mortais.

Algumas lutas já haviam acontecido quando Jade chegou. Automaticamente, lembrou-se das vezes que tinha servido de amuleto da sorte para Cobra. Ela não sabia bem qual seria sua reação ao ver o lutador, mas tudo o que ela tinha imaginado nem se comparava ao aperto no peito que ela sentiu. Ele estava ali, tão perto, tão concentrado, tão irresistível. Lembre-se do que ele fez. Lembre-se do que você veio fazer aqui. Sentou-se, finalmente, na arquibancada. Estava entendendo muito pouco do que estava acontecendo, mas pelo que parecia, a próxima luta seria um clássico: Cobra x Duca.

Minutos antes da luta começar, Cobra varreu a arquibancada com os olhos, procurando por ela, já que Jade sempre havia sido sua única torcida e mesmo que ela não torcesse por ele, sua presença o acalmava. E então ele a encontrou. Ela parecia mais interessada no seu celular do que na luta dele, portanto ele foi se preparar para lutar. Assim que o início foi autorizado, seus olhos voltaram para Jade. Agora ela estava com o celular direcionado para ele, como se ela estivesse tirando fotos da luta. Que diabos ela está fazendo?. Devido esse momento de distração, ele foi atingido. Tentou se concentrar novamente na luta, mas sua atenção sempre voltava para Jade. Ela continuava com o celular na sua direção.

– Se concentra, Cobra! - sussurrou-lhe Duca.

Pela reação da Khan, Jade percebia que a coisa não estava muito bonita para o Cobra. De repente, Cobra foi derrubado pelo Duca. O que tá acontecendo com você? Reage, garoto!. Por que ele tava dando aquele mole todo, principalmente em uma luta contra o Duca? Os dois se odiavam e ele não aceitaria perder para o atleta do Gael.

– Termina logo com isso, Duca! - Sussurrou Cobra.

– Por que? - Duca não estava entendendo nada.

– Porque eu não aguento mais. - Nesse momento, olhou para Jade. Ela estava com uma cara de pena. Ele queria que aquilo acabasse de uma vez, já que não tinha mais nenhum controle sobre o seu emocional. Duca começou uma sessão de golpes, deixando Cobra imobilizado pelos 10 segundos regulamentares.

A vitória foi atribuída ao Duca e Jade ficou sem entender. O Cobra havia perdido? Ele deve estar mal... Mas esse pensamento logo a deixou quando ela viu o Cobra sendo consolado pelas lutadoras da Khan. Elas estavam dando o maior mole e ele estava aceitando, afinal ele não deixaria a Jade pensar que a sua presença tinha o atrapalhado em alguma coisa. Assim que sentiu o sangue ferver, Jade decidiu que era hora de ir embora. Estava já na porta, quando Thawik a chamou:

– Ei gata! - Ele veio sorrindo na direção da garota. - Não ganho meus parabéns?

Jade não havia assistido a luta dele, mas pelas palavras deduziu que ele tinha ganhado. E agora, o que fazer em uma situação dessas? O Thawik estava sendo um fofo com ela nesses últimos dias, mas olhou para Cobra, rodeado das lutadoras da Khan e pensou que sua vingança já estava em mãos. Não queria usar o Thawik como ela tinha sido usada, por isso disse:

– Claro, parabéns! - Deu-lhe um beijo na bochecha. - Agora eu vou indo, tenho muita coisa para fazer em casa. Tchau!

Foi para casa e abriu o vídeo que havia feito da luta do Cobra. Ele tinha apanhado feio e certamente ficaria mal com o que ela iria fazer, mas quem se importava? Ela. Ela se importava, e muito, com ele. Mas não é retribuída, querida, lembrou-se. Agora, estava com a chance de humilhar ele na mesma medida que ela se sentia humilhada. Na Ribalta tinha ouvido muitos "eu te avisei" e muitos olhares de pena durante a semana, por causa do rompimento dos dois. A hora da vingança tinha chegado, e ela, mesmo com o coração doendo, não deixaria passar.

***

Depois que Cobra chegou em casa, Cobra percebeu o quanto estava exausto. Resolveu ligar o computador, para ver se relaxava um pouco. Automaticamente acessou o "SinceriJade". Assistir os vídeos da sua dama tinha virado o seu passatempo preferido. Notou que havia uma postagem nova e foi abri-la. Enquanto as cenas da sua luta passavam na tela, ele pode ouvir a voz da Jade dizendo:

"É Cobrinha, parece que deu ruim!

O Duca te fez rastejar pelo ringue, ou tatame, ou...

Ah, sei lá! Não entendo nada de luta mesmo!

E olha que até eu, que não entendo nada, percebi que a coisa foi feia para o teu lado!

Tá machucado, tá? Chama as lutadoras que ficaram na tua volta depois da luta, vamos ver se elas vão cuidar de ti como e...

Enfim! Tô aqui só para registrar mais uma vitória do lutador mais gato das lutas de Muay Thai... Duca!

Era isso! Beijos!

Fui divar!"

Aquilo já era demais para o lutador. Ele estava sendo humilhado, para quem quisesse ver. Essa garota tá brincando comigo... Pena que eu já passei da idade de brincar.

***

Já era noite quando Lucrécia apareceu toda arrumada e comunicou a Jade:

– Filha, eu vou sair um pouco. - Diante da cara de espanto da filha, a professora se explicou: - É que o Ed quer que eu me divirta um pouco, relaxe, para ver se eu me esqueço da minha doença.

– Concordo plenamente com o Ed, mãe! - Jade sorriu. - É isso mesmo, você precisa sair, conhecer gente nova, se divertir um pouco. Não é porque você tá doente que a vida para, não é? Pode ir tranquila, porque eu vou ficar por casa mesmo.

– Tá bem. Fica bem, viu? - Beijou a testa da filha.

– Tá. E você... - Apontou para a mãe com o dedo indicador e falou, séria: - Juízo, certo? - Lucrécia riu e saiu de encontro ao Ed, que a esperava na portaria.

Alguns minutos depois, a campainha tocou e como Jade não estava esperando ninguém, deduziu que a mãe tinha esquecido de alguma coisa. Já falava, enquanto abria a porta:

– Mas a dona Lucrécia esquece de tud... - Deteu-se quando viu quem estava plantado na sua frente. - Cobra? O que você tá fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!



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