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Anteriormente em “What If”:

– Ryan, Esposito. – ela fala. – Levem esta foto para Tori e vejam se encontram algo que prove a falsificação.

– Falsificação? – pergunto aterrorizado. – Está foto é verdadeira rapazes.

– Isso é o que veremos. – ela fala enquanto me fecha dentro da cela. – Espero que goste desse lugar Mr.Castle.

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Kate POV.

Uma foto? Que humilhante, passar por todo aquele trabalho só para dizer que nos conhecia. Pelo comportamento louco de Castle até só posso dizer uma coisa: ainda bem que eu não o conheço há quatro anos, porque eu teria enlouquecido.

– Kate, nós temos um problema. – sou tirada dos meus pensamentos quando ouço a voz de Espo.

– O que houve? – pergunto já esperando qualquer coisa, até porque essa manhã havia sido cheia de surpresas até agora.

– A foto. – ele começa e eu já penso lá vem... – É verdadeira.

– O QUE? – pergunto pegando o celular das mãos dele. – Como assim?

– Tori examinou a foto e disse que é verdadeira. – ele fala calmo. – E ainda me disse que a foto tem duas semanas assim como ele disse.

– Como isso pode ser verdade? – pergunto.

– Eu não sei. – Espo responde. – Mas acho que ele pode explicar não? – vejo que pela sua cara ele também esta confuso com o que esta acontecendo aqui. Afinal, quem não estaria?

– Acho que sim. – respondo confusa. A foto era verdadeira? Como poderia? EU NÃO CONHECIA RICHARD CASTLE.

Rick POV.

Estou rodando dentro da cela quando a vejo vindo em minha direção. Automaticamente abro um sorriso: finalmente eles tinham parado com o teatro.

– Acabou? – pergunto rindo enquanto saio da cela.

– Acabou o que Sr. Castle? – ela pergunta enquanto bate a porta e se vira para mim. – Agora você nos deve uma explicação.

– Kate... – começo e novamente percebo a burrada. – Beckett, eu não tenho como explicar isso de outra forma, a não ser pelo fato de conhecer vocês.

– Olha... Eu não sei o que está acontecendo aqui. – ela começa enquanto olha para a pequena janela. – Mas eu gostaria de ouvir de você. – ao ouvi-la falar isso abro um sorriso.

– O que você quer saber? – pergunto a encarando nos olhos.

– Ah... – ela desvia o olhar para o chão. – Você poderia contar um pequeno resumo sobre esses últimos quatro anos. Pode ser?

– Claro. – respondo sorridente. Isso seria barbada.

Assim que sentamos-nos à mesa de Beckett eu vejo Ryan e Esposito se aproximando para escutar também.

– Então. – tento começar, mas vejo todos me encarando e travo. – Eu conheci vocês há quatro anos, na festa de enceramento de Derrick Storm.

– A sua saga de livros. – Kate me interrompe.

– Exatamente. – continuo com um pequeno sorriso no rosto. Você chegou e me abordou. – aponto para Kate. – Na época seu cabelo era curto, mais ou menos aqui. – me aproximo dela e toco próximo a sua nuca. Posso ver os arrepios e sua reação ao sentir o toque. – Eu fui chamado porque havia um psicopata copiando as cenas dos meus livros na vida real. – continuo a contar a história, desde a resolução do caso até a parte que eu voltei como conselheiro.

– Ok... Deixe-me ver se entendi. – Espo começa. – Ela é a sua nova inspiração para um livro. - ele aponta para Beckett.

– É. – respondo. – Nikki Heat.

– Nikki Heat? – Ryan pergunta. – Que tipo de nome é esse?

– É a minha saga de livros. – respondo sem pestanejar, mas por um momento paro e penso: se eu não conhecia Beckett então eu nunca... Eu nunca escrevi Nikki Heat. Então que eu fazia da minha vida?

– Sr. Castle. – Beckett me chama a atenção. – Você nunca escreveu uma saga de livros chamada Nikki Heat, pelo contrário, seu novo personagem é James B...

– Não fale! – solto um pequeno gritinho e posso ver que ela se assusta. – Dá azar.

– Ok. – recebo um olhar de repreensão dos três. – Você está no terceiro livro da saga. É o maior sucesso.

James Bond. Eu iria escrever sobre o agente britânico se nunca tivesse conhecido ela. Obviamente, há dois anos quando Paula me ofereceu a proposta nem havia passado pela minha cabeça aceitar, não pelo sucesso da saga Nikki Heat, mas pelo fato de que eu estava cada vez mais apaixonado por ela, ou melhor, por Kate Beckett.

– Obrigada Ryan. – tento sorrir, mas não consigo. Aquilo estava realmente acontecendo, não era um sonho.

– Mas você estava contando sobre o seu tempo com a gente. – ela interrompe Ryan e me encara furiosa.

– Nós passamos por milhares de coisas. – rio ao lembrar. – Sobre o que você quer saber exatamente?

– Primeiro: como pode saber tudo sobre a nossa cena do crime?

– Fácil. –rio. – Porque eu estava lá.

– Você estava na cena do crime? – Espo levanta furioso. Posso ver que ele não está gostando nada da situação. Claramente.

– É, junto com vocês. – Percebendo a burrada que acabei de fazer me levanto emburrado. O QUE ESTAVA ACONTECENDO?

– Onde você pensa que vai? – Beckett levanta me encarando.

– Para casa. – respondo. – Estou vendo que nada que eu fale vocês vão acreditar então para que perder meu tempo?

– Ok. – ela olha para o chão. – Acho bom para você ir embora mesmo.

– Até mais detetive. – digo tentando reunir um sorriso no meu rosto.

– Tchau... Castle. – a ouço falar.

Pego um táxi, assim como normalmente, e vou até o loft. Minha vida está de cabeça para baixo, me sinto como um adolescente que acabou de sair da casa dos pais. O que eu faço da minha vida? Afinal meus melhores amigos não me conheciam, minha saga de livros aparentemente não existia e nem mesmo minha mãe filha se lembram do pessoal do distrito. Se isso era um sonho ruim, então, por favor, ALGUÉM ME ACORDE!

Abro a porta do apartamento me deparando com um silencio reconciliador, não pensando em mais nada vou em direção ao meu escritório. Aquele era meu cantinho especial. Entro no cômodo porem as mudanças são no mínimo gritantes. Ao invés de existirem pôsteres da minha musa inspiradora o que consigo ver é um desenho do agente britânico feito em tamanho real logo atrás de mim.

– O que está acontecendo? – pergunto a mim mesmo puxando um livro azul da prateleira. Começo a ler, no entanto não consigo prestar atenção aos parágrafos e quando me dou conta já são 15h00mins da tarde. Resolvo simplesmente desistir e fazer a única coisa que eu sabia melhor que ninguém: ser seu parceiro.

Kate POV.

Ele sai da delegacia deixando nós três abismados. O que acabou de acontecer aqui? Sento em frente ao quadro branco encarando minha vítima em busca de respostas para o caso, já que para mim mesma eu não conseguia.

– Hey. – Ryan diz caminhando até mim. – Talvez tenhamos uma pista importante.

– Há essa altura do campeonato. – rio. – Pode falar.

– Estava checando as contas bancárias de Ashley e me deparei com algo estranho. – ele aponta para mim o papel bancário.

–O que houve? – pergunto. – Não estou vendo nada de anormal.

– Eu também não vi no primeiro momento. – ele coloca a mão no bolço. – Mas ai eu vi isso nos seus pertences.

– Chame Esposito. – falo enquanto pego a chave na mão. – Nós temos que visitar um pequeno apartamento novamente.

Após se passarem 50 minutos voltamos, cada um de nós com um homem algemado. Assim que Ryan me mostrou as finanças de Ashley, juntamente com a chave em seu bolço a ideia martelou minha cabeça: Porque alguém iria comprar dois outros apartamentos se morava sozinha e não tinha família? A resposta também não demorou muito a chegar à minha cabeça, assim que adentramos o local pegamos cada um deles esbaldando luxúrias.

– Beckett. – ouço o capitão me chamando assim que piso no 12 distrito.

– O que houve? – pergunto confusa.

– Preciso falar com você. – ele olha para Ryan e Espo. – Em particular.

– Vocês os levam para dentro? – pergunto me virando para Espo.

– Pode deixar. – Ryan responde já indo em direção à sala.

Entro na sala do capitão e ele me convida para sentar. O que ele queria comigo? Será que fiz algo errado?

– Aconteceu alguma coisa capitão? – pergunto.

– Claro que não Beckett. – ele sorri. – Na realidade precisamos da sua ajuda.

– Minha ajuda? – pergunto ficando cada vez mais confusa. Minha ajuda para que?

– Exatamente. – ele responde se levantando e automaticamente me levanto também. – Você tem um novo membro em sua equipe. – ele aponta para as minhas costas e eu congelo... ELE NÃO FEZ ISSO! – tento pensar.

– Boa tarde detetive. – ouço sua voz e me enfureço.

– O que ele está fazendo aqui? – pergunto brava olhando para o capitão.

– Beckett... – o capitão começa enquanto sorri. – Quero que conheça seu novo parceiro: Richard Castle.