What If escrita por 12th Precinct


Capítulo 25
Photographs on the window.


Notas iniciais do capítulo

Booooa noite meus queridos! Estou de volta depois de muitos dias com o capítulo 25 prontinho, e particularmente eu acho que vocês irão ama-lo, assim espero. Agora algumas coisinhas importantes:
— Essas 4.000 e poucas palavras são divididas entre fofuras e partes chorosas, então aconselho pegarem um lencinho antes de começarem a ler.
— Neste capítulo há uma passagem de alguns meses, mas eu deixo isto bem claro então nós já veremos os preparativos para um casamento quase todos prontos, incluindo o nosso querido "white dress"...
— Como já havia comentado antes, esta fanfic está quase no final, e é com dor no coração que eu venho avisar o seguinte: este é o penúltimo capítulo da fanfic. CALMEM! Vocês ainda tem este capítulo e mais um pela frente, este o qual já está sendo preparado para ser perfeito para vocês, afinal, vocês merecem!! E... Falando em merecer coisas boas, queria agradecer vocês pela marca de 11.600 visualizações: muito obrigada, e o agradecimento especial da vez vai para serenapgaiola por favoritar a fanfic, muito obrigada amor sz

Agora, eu espero que vocês aproveitem este penúltimo capítulo e, nos vemos nos comentários!!



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Anteriormente em “What If”:

‘ R.C belong to K.B’ – era o que estava gravado no dele.

‘ Always’ – estava gravado no meu.

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Rick POV.

Organizar um casamento: com certeza era uma das piores e ao mesmo tempo melhores coisas da vida. Claro, quando você está simplesmente e perdidamente apaixonado pela noiva tudo fica mais fácil. – penso enquanto olho para Kate que agora vem na minha direção correndo.

– Ufa! – ela suspira. – Cheguei a tempo!

– Boa tarde. – sorrio e ela me dá um selinho. – Como foi lá?

– Depois te conto. – ela sorri. – Agora eu quero é colocar minha cara nesses bolos.

– Quem diria em. – rio. – Beckett tem seu lardo gordinho também.

– Só vem! – ela me puxa e nós nos sentamos no aguardo da chef.

Não demora mais do que 20 minutos para que na minha frente estejam 15 pratos com um pedaço de bolo em cada um. Talvez esta seja a melhor parte: comer os bolos. Nas últimas duas vezes, e que péssimas vezes, Meredith e Gina vieram sozinhas ou acompanhadas de uma amiga, no entanto desta vez era diferente: Kate e eu não desgrudávamos um do outro, tudo que era relacionado ao nosso casamento nós fazíamos juntos.

– O que você achou desse aqui? – ela pergunta apontando para o prato vermelho.

– Muito doce. – respondo e ela concorda com a cabeça.

– Vamos testar este aqui... – ela se espicha e puxa o prato marrom desta vez. – Ele está me encarando faz tempo.

– E ai? – pergunto assim que ela coloca o pedaço de torta na boca.

Os olhos arregalados dela e a boca cheia me dão uma ideia de que este será nosso bolo. - É PERFEITO! – ela solta e pega outra garfada. – Prova.

– Calma am... – sou interrompido por ela que já colocou o pedaço na minha boca. Hm... Ela estava certa, era simplesmente delicioso. Parecia que tinham arrancado um pedaço do céu e colocado em um prato. Era este! - Nossa! – exclamo. – É maravilhoso.

– Eu falei. – ela ri me encarando.

– O que foi? – pergunto.

– Você ta todo sujo. – ela começa a rir.

– Culpa sua. – reclamo.

– Vem aqui. – ela tira um pouco do glacê do canto da minha boca com o dedo e come.

– Agora quem está suja é você. – digo brincando e a puxando pela mão.

– A é... – ela entrelaça as mãos atrás do meu pescoço. – Aonde?

– Bem aqui ó. – dou um selinho nela e depois me distancio só um pouco para ver o sorriso se formando no rosto dela. Colo nossos lábios de novo em um beijo apaixonado. Os dedos de Kate começam a brincar com os meus cabelos enquanto minhas mãos apertam a sua cintura e a puxa um pouco mais para perto de mim.

– O que acharam dos bolos? – ouço uma voz e retiro as mãos da cintura dela e desgrudo nossos rostos.

– Este aqui é maravilhoso. – respondo sentindo minhas bochechas queimando de vergonha.

– É verdade. – Kate fala e eu olho para ela. O rosto dela estava todo vermelho e ela estava com aquele sorriso típico de menina.

– Então está escolhido? – a chef pergunta e nós nos olhamos e concordamos.

– Isto mesmo. – sorrio.

Kate POV.

Meu um e único seria Richard Castle. Quem diria em? A vida tem suas ironias também, ainda mais depois de tudo que nós passamos. Eram mais de quatro anos juntos e finalmente agora eu podia simplesmente me sentir livre ao lado dele, eu podia simplesmente me virar e beija-lo porque, agora... Bom agora ele é meu noivo. Desde pequena eu já pensava em como seria organizar o meu próprio casamento, e minha mãe vivia me mostrando todos os detalhes e vídeos do seu casamento com o meu pai. Porém, após a morte dela eu me fechei para este mundo onde eu ainda teria a opção de ser feliz e construir minha própria família, quem estava mudando tudo isto era Rick, porque céus.... Eu me sentia tão bem ao lado dele que conseguia esquecer todo o sofrimento que eu já passei e me entregar a felicidade.

Fazia quatro meses que eu e Castle tivemos nossa primeira noite, e depois disso eu posso dizer que sair do quarto foi difícil por algumas semanas. Com ele não era só sobre sexo, era aquela entrega total, a conexão que nós dois temos dentro e fora das quatro paredes, com ele é quase como se a cada beijo ou gesto meu coração ia saltar para fora do corpo.

– Posso saber o que se passa nesta cabecinha? – ele pergunta brincando com a minha mão.

– Pensando sobre eu mesma na realidade. – respondo com um leve sorriso no rosto.

– E você gostaria de contar para o seu noivo sobre o que? – ele pergunta com um sorriso no rosto. Noivo, mesmo depois de todos estes meses e das preparações para o casamento eu ainda sentia borboletas no estômago ao ouvi-lo falar isto.

– Toda esta rotina de arrumar os detalhes para o casamento me fez lembrar do meu tempo de infância. – respondo e ele abre um sorriso. – Minha mãe e eu fazíamos planos para o meu futuro casamento.

– E você acha que ela aprovaria? – ele pergunta e posso ver a sua preocupação.

– É claro que sim. – sorrio. – Afinal, foi ela que me fez conhecer você.

– Como? – ele pergunta. Merda! Castle já tem o ego do tamanho do universo e se soubesse sobre o meu fascínio pelos seus livros...

– Nada demais. – pego a sacola branca que estava na bancada e sigo para o quarto procurando fugir da pergunta.

– Volte aqui! – ele me segue e me puxa pela ponta da blusa branca que eu usava.

– Melhor você não saber. – brinco e ele fica sério me encarando. – Sério? Porque eu tinha que te contar!

– Você ainda não me contou nada. – ele senta na ponta da cama e me puxa. – Mas eu quero saber agora.

– Ok. – desisto. – Minha mãe adorava os seus livros, na realidade você era um dos autores favoritos dela.

– O QUE? – ele arregala os olhos. – Sua mãe era fã dos meus livros?

– Deixa eu continuar. – rio. – Um certo dia eu e meu pai estávamos encaixotando os pertences dela quando eu achei um livro assinado por você e resolvi pegar para ler. E bom, o resto você já sabe pelo Will.

– Pelo Will? – ele pergunta surpreso.

– Não se finja Castle. – sorrio. – Eu sei que ele já te contou.

– Me contou o que? – ele pergunta de novo. – Eu não sei de nada Kate, eu juro.

– Mesmo? – pergunto confusa. Podia jurar que na primeira oportunidade Sorenson iria contar para Rick sobre minha paixão platônica pelos seus livros.

– Eu juro Kate. – ele balança meu braço. – Agora conta!

– Naquela mesma noite eu peguei o seu livro pela primeira vez e resolvi ler algumas páginas. – respiro fundo me lembrando da cena. – E em consequência disto eu não dormi durante toda aquela noite. Parecia que a cada página virada ou a cada capítulo terminado eu ficava mais próxima dela. – uma lágrima se aloja no meu olho.

– Depois de terminar seu primeiro livro eu comprei todos os outros, e aos poucos eles me ajudaram a diminuir o vazio que ela deixou.

– Kate... – ele solta como um sussurro. – Eu não sei nem o que dizer.

– Você não precisa dizer nada. – sorrio e me aproximo de Rick que continua sentado na minha frente. – Só precisa saber que com certeza ela iria apoiar.

– Meu deus! – ele solta sorrindo e levantando ao meu encontro me dando um beijo rápido. – Eu estou casando com uma fã.

– Não se ache Castle! – rio espantando o clima que havia se instalado no cômodo.

– Só um pouquinho vai... – ele brinca.

– Amor? – o chamo e ele levanta o olhar para encontrar o meu. – Preciso passar na casa da Lanie.

– É sobre o que eu penso? – um sorriso malicioso toma conta do rosto dele.

– Não ficará sabendo. – brinco e dou um beijo na bochecha dele. – Nos falamos mais tarde?

– Claro. – ele sorri. – Vou sentir saudade. - Eu também. – sorrio e dou um beijo nele. Nós parecíamos dois idiotas apaixonados.

Rick POV.

Assim que a porta do loft bate eu já pego o telefone e digito o número dos meninos. Por incrível que pareça eles estavam se mostrando muito preciosos quando o assunto é ajudar na organização do meu casamento com Kate.

– Eai Castle. – ouço a voz de Espo.

– Boa tarde meninos. – rio. – Acabamos de chegar em casa.

– Decidiram então? – é a vez do irlandês falar.

– Claro que sim. – sorrio. – Agora só faltam os detalhes.

– Nós estamos felizes por vocês. – Espo fala.

– Eu sei. – sorrio. – Mas eu liguei por outro motivo.

– Fale bro. – o detetive diz. - Queria saber se Kate estava aí mais cedo. – a pergunta sai como uma afirmativa.

– Aqui na delegacia? – Ryan pergunta. – Ela não passou aqui.

– Ah... – penso. – Ok rapazes, depois nos falamos então.

– Até mais Castle! – eles se despedem e eu finalizo a chamada. Onde a Kate foi se não na delegacia? Sabia que ela estava muito estranha, e está saída para a casa de Lanie em uma tarde onde nós teríamos o loft praticamente para nós dois.... Ela estava me escondendo algo.

– Boa tarde kiddo! – minha mãe entra no loft.

– Boa tarde mother! – digo sorrindo para a ruiva.

– Onde está Katherine? – ela pergunta largando a sacola em cima do sofá.

– Na casa da Lanie. – respondo. – E onde a senhorita estava?

– Estava no teatro. – ela senta na bancada da cozinha e eu a sigo. – E como foi com a chef?

– Decidimos o bolo. – sorrio. – Agora está quase tudo pronto.

– Ansioso? – ela pergunta e eu respiro fundo.

– Muito. – admito. – Quero que tudo fique perfeito.

– E vai ficar. – minha mãe fala me tranquilizando. – Querido, você e Katherine foram feitos um para o outro.

– Eu sei. – sorrio bobo. – Parece que este um mês está tão longe.

–O tempo passa voando. – ela ri.

– Espero eu que sim. – sorrio. – E onde está minha garota?

– Alexis me ligou dizendo que estava vindo para casa. – ela responde.

– Bom... – encaro a sala vazia do loft. Parecia estranho me ver sem ela dentro desta casa já que nos últimos meses eu e ela vivíamos algemado um ao outro.

– É estranho para mim também. – minha mãe fala me chamando a atenção.

– O que? – pergunto.

– Ver este loft sem ela. – a ruiva me responde.

– Acho que vou aproveitar para escrever. – digo saindo da cozinha.

– E eu vou descansar um pouco. – minha mãe pega a bolsa e sobe as escadas.

Kate POV.

Não preciso tocar mais de uma vez na campainha para a morena me abrir a porta com um sorriso no rosto e já ir me puxando para dentro. Lanie estava fazendo dieta a meses só para poder caber no vestido da madrinha.

– Você foi buscar? – pergunto assim que largo a bolsa em cima do sofá.

– Mas é óbvio! – ela solta um gritinho e corre para dentro do seu quarto. – Que tipo de madrinha você acha que eu sou?

– A melhor de todas pelo visto. – sorrio entrando no cômodo.

– Ele é mesmo lindo né? – sinto as lágrimas se acumularem nos meus olhos. O vestido do meu casamento estava bem na minha frente e só de ver os detalhes brilhosos no enorme tecido branco fazia meu coração acelerar. Ver isto de perto me fez perceber o quão perto eu estou de usá-lo.

– Não me faça chorar junto. – Lanie fala me fazendo rir.

– Eu não acredito que daqui um mês eu vou estar casada. – solto.

– É... – Lanie brinca. – Tem tempo de desistir ainda.

– Nunca. – sorrio. – Eu só quero que esses 31 dias passem logo.

– Ai meu deus! – Lanie grita. – Você está totalmente apaixonada por ele menina!

– É, acho que é verdade. – mordo o lábio inferior em um sorriso e Lanie sorri também.

– E você só passou aqui para ver esta belezura? – a morena pergunta.

– Na realidade sim. – fecho os olhos com medo da reação dela.

– É assim agora não? – Lanie grita brincando. – Só me usando para o casamento.

– Não me xingue. – pego a bolsa. – Eu sei que você está adorando!

– Mas é claro! – ela exclama. – Decidiram o bolo?

– Sim. – rio. – E eu vou ter que me manter afastada dele porque meu deus...

– Ok ok... – ela me interrompe. – Fique quieta em educação a sua amiga que está de dieta a mais de 2 meses.

– Desculpa. – rio. – Bom Lanie.... Até mais. -

Até! – dou um beijo na bochecha dela e saio do apartamento.

Ao invés de ir para o carro eu resolvo caminhar um pouco sozinha. O dia estava lindo e eu realmente precisava de um tempo sozinha para pensar em tudo. Na esquina da rua de Lanie eu dobro a esquerda e continuo a caminhar, já sabendo onde este caminho iria me levar. Fazia meses que eu não ia até meu antigo apartamento e acho que eu precisava exatamente disto agora.

– Boa tarde. – o porteiro fala assim que me vê. – Quanto tempo em!

– Boa tarde Marcel! – sorrio. É... Fazia muito tempo mesmo que eu não vinha para cá.

Meu apartamento continuava o mesmo, no entanto era estranho pensar que algum dia eu já morei aqui dentro. Nos últimos meses o loft vem se tornando minha casa e eu já me acostumei a chama-lo disto. Largo minha bolsa em cima do sofá e pego o celular na mão. Já se passaram 70 minutos desde que eu saí de casa, opa, do loft.

Caminho até meu antigo quarto e resolvo abrir a tão famosa janela encarando a foto da minha mãe e de seus colegas. Todos eles estavam mortos, mas graças a Castle eu consegui descobrir o responsável, e com certeza em um futuro próximo eu iria faze-lo pagar pelo que ele fez. Bracken não era imortal e eu sempre estarei esperando por um deslize dele. Encaro todas aquelas informações espalhadas em meio as fotos e de repente tudo aquilo parece estar errado do meu ponto de vista. Em um passado não tão distante isto era o meu combustível, era o que me movia a levantar da cama a cada dia e ir atrás de pessoas como ele, porém isto foi há tempos distantes, porque faz mais de 1 ano e meio que minha motivação para levantar da cama tem sido, pura e simplesmente, Castle.

Puxo a foto do beco e simplesmente resolvo tira-la da janela. Isto não era mais minha motivação, e eu já memorizei tudo que está escrito nestes papéis há muito tempo atrás, não precisava mais mantê-los. Eu sabia que onde quer que eu estivesse ela estaria comigo, se não em pessoa, estaria como um anjo da guarda. A parede começa a aparecer conforme a pilha de fotos e papéis ao lado do meu corpo vai aumentando.

Ainda conseguia me lembrar quando há anos atrás Castle apareceu aqui pela primeira vez. As flores em mãos e aquele olhar preocupado fizeram eu parar de chorar e conseguir abrir um sorriso. Ele simplesmente entrou e começou a falar sobre seu plano de invadir a delegacia só para pegar os documentos do caso, o caso de minha mãe. Ele estava tão animado com tudo aquilo que por um momento eu parei para pensar se seria uma boa ideia mostrar para ele e estragar toda a engenharia.

“ O que foi? ” – foi a última coisa que ele me perguntou antes de eu decidir que queria dividir tudo aquilo com alguém, e esse alguém deveria ser ele. Nós caminhamos lado a lado até a janela, a mesma janela que eu estou parada na frente agora.

Você sabe, as vezes eu esqueço que você vive com isto todo dia.” – foi o que ele disse assim que eu parei ao seu lado. Sorrio ao me lembrar daquele dia, depois de tudo que eu passei por conta deste caso, de algum modo, Castle conseguiu aliviar este peso. E depois de muitos cafés, ele acabou tomando conta de uma parte que antes era só sofrimento e me fez acreditar que eu podia esquecer dele por um momento.

Limpo as lágrimas que descem pelo meu rosto enquanto encaro a foto da minha mãe com o peito sujo de sangue. Está na hora de eu guardar tudo isto em uma caixa e me preparar para nova fase na minha vida.

– Sabe mãe. – falo sozinha enquanto encaro a foto. – Eu finalmente vou me casar, e ele é perfeito para mim mãe. Você com certeza iria aprovar. – Sorrio em meio as lágrimas ao pensar que se minha mãe estivesse viva, talvez eu e Castle já estaríamos juntos a algum tempo.

– Kate? – ouço sua voz abafada e balanço a cabeça. Estava ficando louca já! Levanto do chão com a pilha na mão e resolvo ir até a sala buscar uma caixa para coloca-la. O chão gelado faz meu pé descalço congelar a cada passo.

– Você está ai? – ouço a voz de Castle de novo e largo a caixa. Ele estava na minha porta?

– Castle? – pergunto alto dentro do apartamento.

– Sou eu. – ouço a resposta dele e corro até a porta sem me preocupar com as lágrimas e com a minha aparência neste momento. Eu só precisava sentir seus braços ao redor do meu corpo me trazendo a segurança de que tudo iria dar certo, e que nosso futuro juntos estava apenas começando. Abro a porta e o encontro há menos de um passo de distância de onde eu estava.

– O que aconteceu? – ele pergunta olhando para mim. – Está tudo bem Ka...

Eu o interrompo jogando meu corpo contra o seu. Automaticamente as mãos de Castle envolvem meu corpo e eu me aconchego em seu peito molhando a camisa social pelas lágrimas que ainda desciam dos meus olhos. Ouço a porta de metal batendo e os braços agarrando meu corpo e caminhando comigo até o sofá da sala onde ele senta comigo ainda abraçada nele. Eu consigo ouvir o coração dele batendo aceleradamente e os batimentos do meu se misturarem aos dele formando uma sinfonia frenética.

– Você quer conversar? – ele pergunta e eu balanço a cabeça negando. – Ok então nós vamos ficar aqui a noite toda abraçados?

– Exatamente. – sorrio engolindo a saliva que se acumulava na minha boca por conta do choro. Apesar de estar com a cabeça enterrada em seu peito eu sabia que Castle estava sorrindo neste momento. Olho pela janela e vejo as luzes dos prédios iluminarem uma Nova York que já encontrou a noite. Quanto tempo eu fiquei aqui dentro? E a quanto tempo eu estava abraçada com ele?

– Kate... – ele solta baixinho. – Seus pés estão congelando.

– Eu sei. – rio baixinho e levanto a cabeça encontrando o olhar dele. – Me desculpe.

– O que aconteceu? – ele pergunta enquanto mexe nos meus cabelos e passa os dedos pelo meu rosto limpando as lágrimas.

– Venha aqui. – me levanto e estendo a mão para ele que a agarra.

– Novidades no caso da sua mãe? – ele pergunta assim que nós paramos na frente da janela que estava fechada.

– Não é bem isso. – sorrio e abro a janela revelando a vista que meu quarto tinha da cidade de Nova York. Faziam quase 15 anos desde que eu coloquei aqueles papéis no lugar, e eu tinha até esquecido o quão bonita era minha vista antes de tudo aquilo. E agora eu estava me lembrando...

Depois de abrir o outro lado da janela eu paro ao lado de Castle, exatamente como há anos atrás, porém desta vez eu estou o encarando e tentando buscar na sua expressão uma reação para tudo aquilo. Ele parece estar chocado e ao mesmo tempo consigo ver o brilho dos seus olhos então abro um sorriso.

– Kate... – ele solta depois de algum tempo. – Você tem certeza disso? Quer dizer, este caso faz parte de você.

– Cas... – suspiro e agarro sua mão. – Eu sei cada palavra dele de cor e salteado, não preciso de papéis para me lembrar do que aconteceu. E já estava mais do que na hora deles saírem daquela janela.

– Você tem certeza? – ele pergunta sorrindo e eu concordo com a cabeça. - Eu estou muito feliz de você amor!

– Eu também. – suspiro em meio ao seu abraço. – Obrigada, eu não conseguiria fazer isto tudo sozinha.

– Always. – ele diz baixinho e eu abro um sorriso.

– Always. – repito enquanto nós dois ficamos abraçados um a outro em frente a janela.

Rick POV.

Me abaixo pela milésima vez trazendo a última caixa que continha o passado de Kate. Me sento no chão e vejo ela vir na minha direção com duas colheres em mão e uma panela se sentando ao meu lado.

– O que você tem ai? – pergunto sorrindo e ela me estende uma colher.

– Feche os olhos. – ela morde o lábio e eu a encaro sério. – Só feche.

– Ok ok... – brinco cerrando os olhos. Sinto a mão de Kate se apoiar na minha coxa enquanto ela estende a colher para mim. Abro a boca e em menos de segundos já me fecho mastigando algo delicioso. Parecia um pedacinho do céu em formato de doce... Era como um chocolate, porém derretido e ao mesmo tempo sem ter gosto de chocolate.

– Que coisa deliciosa é essa? – arregalo os olhos enquanto ela começa rir e pega a sua colher e coloca na boca.

– Minha mãe fazia todos os domingos para mim. – ela sorri.– Você gostou?

– Claro que sim. – sorrio e pego mais um pouco. – O que acha de passar a receita?

– Segredinho. – ela ri. – Vamos começar logo com isso?

– Se você faz questão. – sorrio malicioso e abro uma das caixas olhando a primeira foto dela que cai.

– Você era adorável. – sorrio. – Quantos anos você tinha nesta foto?

– 19. – ela responde e se aconchega ao meu lado.

Depois de terminar 3 caixas inteiras nós estamos na última. A maioria das fotos eram de Kate com sua mãe, e através destas pude perceber o quão próximas elas eram. Deve ter sido muito difícil para Beckett lidar com a morte da mãe dela, e isto me faz abraça-la cada vez mais forte arrancando risadas da morena. Meu deus, como era bom ouvir ela rindo depois de toda aquela situação com os papéis na janela e, como era bom ver Kate mais solta.

– Essa eu não quero nem ver. – finjo estar bravo assim que uma foto de Kate e Sorenson aparece na pilha.

– Ciumento. – ela ri. – Esta foto foi tirada nas últimas semanas do nosso namoro.

– Hm. – me limito a dizer.

– Ok... – ela rasga a foto ao meio me surpreendendo. – Feliz?

– Você não precisava fazer isso. – eu digo e ela me encara séria. – Ok, eu estou feliz!

– A partir dai só tem fotos minhas com os meninos. – ela diz pegando uma foto onde um Espo e Ryan mais novos aparecem ao lado dela na antiga delegacia.

– Você mudou o corte de cabelos milhões de vezes! – rio fazendo ela rir também. Me abaixo pegando a minha colher e encontrando o fundo oco da panela onde antes o doce estava.

– Já acabou? – pergunto lambendo a ponta da colher.

– Claro. – ela ri. – Nós estamos aqui a horas.

– Pelo menos estamos terminando. – sorrio levemente enquanto encara o amontoado de fotos espalhadas pelo tapete. Mesmo dentro de todas estas caixas nenhuma foto eu estava... – não conseguia parar de pensar nisso.

– E finalmente vamos ao último álbum. – ela puxa um pequeno álbum vermelho e me oferece com um sorriso no rosto.

– Hm... Vejamos o que temos aqui. – sorrio ao ver uma foto de Kate abraçada com Montgomery. Eu me lembrava bem deste dia, até porque eu que tirei a fotografia.

– Você tirou esta foto no dia... – ela começa.

– No dia que nós fomos para o Old Haunt. – eu completo e ela abre um sorriso. Passo uma foto para o lado e meu coração para assim que vejo uma foto minha e de Kate na delegacia. Na fotografia eu estava sentado na minha cadeira observando enquanto ela fazia a papelada final de algum caso.

– Achava que não iria aparecer Castle? – ela ri e eu a encaro. Como aquela mulher podia ser tão perfeita?

– Quem tirou? – pergunto simplesmente.

– Ryan. – ela responde. – Eles tiraram milhões de fotos nossas ao longo desses anos.

– Vou querer ver todas em. – brinco e passo para a próxima foto onde agora eu e Kate estávamos abraçados. Eu estava de terno e ela estava com um vestido cinza, aquela foto foi tirada no...

– Casamento do Ryan. – ela completa os meus pensamentos.

– Nossa! – eu exclamo. – Você não está entendendo o quanto eu me controlei naquele dia.

– É mesmo Rick? – ela morde o lábio e toma o álbum da minha mão. – E porque você não me fala.

– Quando você me puxou para dançar eu queria gritar para o mundo todo um grande foda-se e te agarrar ali mesmo. – respondo sincero e ela começa a rir.

– Admito que essa parte não foi fácil. – ela vira uma foto para mim onde nossos corpos estão colados um ao outro durante a dança e nossos olhares parecem estar disparando lasers em direção ao outro.

– Posso fazer uma pergunta? – peço.

– Claro. – ela sorri.

– Neste dia... – penso antes de formular a frase. – Quando nós chegamos na porta do seu prédio e eu estava carregando os seus sapatos e você estava com o meu paletó. – sorrio ao me lembrar. – O que você realmente ia falar?

– Sabia. – ela ri. – Eu ia convidar você para subir Castle.

– E depois? – pergunto e ela já larga o álbum sabendo o que eu queria como resposta.

– Não sei. – ela solta. – Nós ficaríamos conversando por mais algum tempo até que eu criaria coragem de fazer isto. – ela se aproxima de mim e puxa meu lábio inferior me provocando a colocar a mão ao redor da sua cintura e beija-la de volta.

– E depois? – pergunto entre beijos ao sentir a mão dela desabotoar minha camisa.

– Nós iriamos achar coisas mais interessantes para fazer. – ela morde o lábio inferior e eu a empurro contra o tapete ficando por cima dela. Nós dois começamos a rir assim que o cabo da panela bate contra o metal da mesinha de centro. Ver os cabelos castanhos espalhados pelo tapete e o sorriso no rosto dela me faz sorrir também.

– Esqueceu como se passa desta parte? – ela pergunta maliciosa.

– Com você? – mordo o seu pescoço. – Nunca.

Final do POV.

As fotos já estão espalhadas em votla dos dois corpos que agora mais parecem um só, já as roupas estão jogadas em qualquer canto da sala e o sorriso nas duas fases é algo único. Assim que ele se inclina e beija ela novamente um sussurro se espalha.

– A propósito. – a detetive diz. – O nome é brigadeiro.


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Notas finais do capítulo

O caso da mãe da Kate fora daquela janela... É um grande passo para o nosso casal, e agora? Sugestões para o "grand finale" e para a cerimônia de casamento?

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