Por Acaso escrita por ViicksMartins


Capítulo 2
Perdido na praia.


Notas iniciais do capítulo

Bom, mais um capitulo pra vocês amoressss!



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Assim que cheguei na praia, comprei uma água de coco e comecei a caminhar pelo calçadão. Minutos depois fiquei meio exausta e decidi me sentar na beira do mar e admirar a beleza daquele rio lindo. Fiquei pensando naquela mulher que não saia da minha cabeça em nenhum minuto.

Senti um cheiro que parecia familiar e não entendi porque até me virar para o lado...

E lá estava ela sentada, parecendo me olhar por um bom tempo. A troco de nada, decidi quebrar o silencio:

– Há quanto tempo você esta ai? – perguntei girando meus olhos para o mar.

– Acho que há uns 15 minutos – ela murmurou. – Sabe o que é mais bonito nessa paisagem? – perguntou de repente, e levantando para se sentar um pouco mais perto de mim.

– O que? – perguntei com uma cara irônica, e já sabendo a resposta dela.

– Você – ela respondeu e veio pra cima de mim. Quando nossos lábios chegaram perto um do outro, ouvimos um guincho.

– Marinaaaa, puta que pariu... Onde você estava? Ficamos rondando a praia toda atrás de você! – disse a ruiva se aproximando junto com uma morena, ignorando totalmente a minha presença.

– Ai Van, que isso? Deu pra ficar controlando meus passos agora é? – disse ela, levantando para conversar com a namorada.

Uma sensação familiar e incomoda tomou conta de mim. Ciúmes. Eu não podia sentir ciúmes. Não queria e não faziam nem vinte e quatro horas que conhecia essa mulher.

Levantei-me para ir embora; não ia aguentar ficar vendo aquilo. Mas quando me virei para ir, senti um puxão no meu braço esquerdo:

– Ei, aonde você vai? – ela perguntou com uma cara confusa.

– Vou embora – falei com firmeza. – Estou cansada e preciso muito descansar.

Ela me olhou de um jeito intenso.

– Tchau – sua voz saiu aguda.

– Tchau – respondi secamente. – Até mais.

~ * ~ ~ * ~ ~ * ~

Chegamos à praia e logo vi Clara em uma barraca de agua de coco. Assim que ela começou a se afastar da barraca, segui ela com meus olhos. Quando ela finalmente se sentou, decidi dar um “perdido” nas meninas.

Me aproximei e sentei, não muito perto, ela ainda não notou minha presença ali. Só depois de alguns longos minutos ela se virou e me olhou surpresa. Cheguei mais perto dela e ficamos ali conversando.

Quando eu finalmente estava prestes a selar meus lábios nos dela, Vanessa apareceu.

Me levantei para conversar com ela rapidamente, disposta a tirar ela do caminho para continuar conversando com Clara. Mas quando me virei para Clara, ela já estava indo embora.

Não podia deixar ela ir embora, não mesmo. Fui atrás dela e a puxei pelo braço.

– Ei, aonde você vai? – perguntei confusa.

– Vou embora – ela respondeu. – Estou cansada e preciso descansar.

Olhei ela intensamente, um pouco confusa.

– Tchau – foi só o que consegui dizer.

– Tchau – ela respondeu de pronto. – E até mais – ela me respondeu secamente e foi na direção de seu carro.

Virei-me para Vanessa, cruzei meus braços e fiquei a encarando. Ela me olhou de volta de um jeito bem cínico.

– O que foi? O que eu fiz? – ela perguntou se aproximando.

– Fez porra nenhuma – me esquivei dela, mas então dei outro giro. – E, ah, vou embora no meu carro hoje. Vocês podem pegar um táxi. Tchau.

~ * ~ ~ * ~ ~ * ~

Entrei no meu carro e fiquei olhando Marina de longe. Parecia bastante brava. Realmente brava com a namorada. Quando a vi entrar em seu carro e dando partida, fui pega por um impulso de segui-la.

E foi o que eu fiz, porque eu precisava daquela mulher.

Marina dirigia bem rápida e eu quase não conseguia acompanha-la. Continuei a seguindo normalmente, até que paramos em frente a uma casa enorme e linda. Ela desceu do carro para abrir o portão e eu logo tratei de estacionar meu carro.

Sai do meu carro e fui para o dela, me sentando no banco do carona, esperando ela voltar. Pensei em desistir, mas fiquei por lá mesmo assim.

“Aff, que loucura a minha. Deixa eu sair daqui. Não tem porque. Ela não vai nem gostar”, pensei comigo mesma. Mas quando abri a porta para sair, Marina saiu de dentro da casa, como se fosse um pressagio.

Ficamos ali nos encarando por alguns minutos até que ela começou a caminhar na minha direção.

– Me seguindo, Dra. Clara? – perguntou.

– Talvez, talvez... Mas o que te faz pensar que estou TE seguindo?

– Bom, o teu carro esta ali e você esta me seguindo desde quando eu saí da praia... Ah, e você esta aqui dentro do MEU carro. Queria roubar algo, Dra. Clara?

Só seu coração, pensei em falar, mas achei melhor não.

– Ok – respirei fundo. – Eu estava sim te perseguindo.

– Eu sei que estava – ela confirma com a cabeça. - E eu posso saber o por quê? – pergunta se aproximando.

– Ahn... – eu gaguejo. - Porque eu vi o seu carro saindo do apartamento do meu marido. – Sim, eu menti sobre ter um marido. Mas eu não sabia oque responder e respondi a primeira coisa que veio na cabeça. Julguem-me se quiser.

– Oi? Marido? – ela franze a testa. – Olha, eu sei que você me conhece a poucas horas, mas já devia saber que eu jogo no time contrario.

– Sim, marido – falo com firmeza. - Tenho um marido e eu não sou obrigada a saber nada da vida pessoal dos meus pacientes. - saio do carro e fico em pé, um pouco distante dela.

– Entendi... – ela me mede com os olhos. - Não é obrigada mais estava dentro do meu carro, procurando sabe oque.

– Já disse oque eu estava fazendo aqui – eu a lembro.

– Atá – ela ajeita os óculos na frente do rosto. - Clara, pelo amor de Deus. Se fosse mesmo esse motivo você teria me falado na praia.

– Eu não tinha visto teu carro – engulo em seco. - Nem na praia e nem no hospital. Depois que eu vi o seu carro comecei a seguir, mas não sabia que era você.

– Clara, chega – Marina respira fundo. - Eu não sei quem é e nunca vi teu marido. Me diz pelo menos o nome dele?

– Cadu – respondo. - O nome dele é Cadu. - Porra, Clara, sério? Seu primo?

– Nunca ouvi falar nesse nome – ela responde calmamente. – Aliás, meu interesse é outro - disse se aproximando mais.

– Ok, então acho que me enganei – dou de ombros. - Desculpa. Agora assim como eu sei da tua orientação, você sabe da minha. Vou indo, desculpa por isso, Tchau.

– Mas tá louca pra que eu mude isso né? - Ela me disse de repente, me empurrando contra o carro.

– Mudar o que? – engasgo. - Tá louca?

– Sim – ela confessa. - Estou louca por você assim como você também esta por mim - disse já me beijando.

– Marina, eu tenho que ir – me afasto dela a contragosto. - Tchau, até mais - disse quebrando o beijo. E o clima.

– Quando não é Vanessa que atrapalha, é você mesma! – ela reclama e bufa. - Deixa de coisa vem aqui – sua voz é insistente. - Eu sei que você me quer também – disse me puxando contra seu corpo de novo.

– Pois é – algo me ocorre e fecho a cara. – Vanessa – o cabelo ruivo vem na minha mente. - Sua namorada. Resolva com ela e depois eu vejo o que posso fazer.

– Hahaha! Não se esqueça de que você também tem alguém – ela aponta. – Clarinha – ela acrescenta com uma voz carregada de malicia.

– Clarinha? – repito.

– Sim. Não gostou?

– Gostei, mais acho que você ainda não tem certa intimidade pra me chamar assim – eu empino o queixo.

– Ui desculpa então, Dra. Clara – ela ri.

– Melhor assim. Agora vou indo.

– Ah, ok – ela acena. - Eu quero conhecer teu marido viu Clara.

– Dra. CLARA pra você. Ok! – exclamo. - Quem sabe te apresento ele.

– Mega difícil você hein, credo - disse entrando no carro.

– Pois é. Tchau, MARINA até mais.

– Tchau Dra. CLARA! – ela destaca. - Esse até mais quer dizer alguma coisa?

– Não engraçadinha – eu sorrio involuntariamente. - Bye! - disse já indo em direção ao meu carro.

– QUE PENA! – ouço ela gritar antes de dar partida. - Ah Dra, você não me escapa.


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Notas finais do capítulo

E ai? oque acharam?
beijossss e até a proxima :*



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