Por Acaso escrita por ViicksMartins


Capítulo 1
Sob A Minha Pele


Notas iniciais do capítulo

Nossos corações se encontram antes mesmo dos nossos olhos se cruzarem.- Por Acaso.



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O dia correu como o planejado no hospital, estava tudo certo e pela noite eu viajo para o lugar mais lindo desse Brasil.

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No estúdio estava tudo bem o dia todo, o que eu achava estranho, pois Vanessa sempre dava ataque de ciúmes com os comentários nas minhas fotos do Instagram. Vanessa chega a me sufocar com esse ciúme doentio.

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Clara saiu do hospital e foi direto para o aeroporto onde encontraria os pais para se despedir deles. Ela não acreditava que em menos de duas horas ela estaria finalmente livre.

– Olha lá, hein filha, não vai arrumar outro idiota pra destruir teu coração hein – disse meu pai, me tirando dos meus devaneios.

– Ihhh pai, a última coisa que eu quero saber nessa vida é de homem e relacionamentos – disse dando ênfase na palavra.

Me despedi dos meus pais e logo adentrei no avião. Em menos de duas horas cheguei ao Rio, peguei um taxi e fui para um hotel na barra. Cheguei, tomei um banho e logo me deitei; pois o dia amanhã será cheio, já que vim a trabalho também.

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Estava deitada no chão do estúdio, até que ouvi a voz de Vanessa que estava completamente bêbada. Levantei rapidamente e fui ajuda-la a subir as escadas. Enquanto subíamos a escada Vanessa tentou se soltar de mim, dizendo que estava com raiva e que queria dar um ponto final na nossa relação. Quando Vanessa tentou se soltar novamente rolou escada a baixo. Chamei Flávia que logo apareceu no topo da escada.

– Flavia, me ajuda aqui, please – Fiz uma voz manhosa. Logo ela desceu correndo e me ajudou a colocar Vanessa no sofá. – Olha, vou subir e colocar uma roupa pra gente levar ela no hospital, ok? – Falei tirando totalmente a atenção da morena que não parava de olhar para os meus seios.

Reparei que Flavinha me olhava diferente, eu estava de shorts e de sutiã.

– Flavinhaaa tá ai? – disse estalando os dedos.

– Ahhh... cla... claro Marina vai lá, te espero no carro. – Disse a morena já levantando Vanessa. Subi e optei por colocar uma calça jeans clara e uma blusa preta. Desci e peguei as chaves, fui pra fora da mansão e dei partida.

Olhei no relógio do carro e vi que eram 5h45 da manhã. Puta que pariu, hein Vanessa, xinguei a ruiva mentalmente.

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Meu celular despertou. Eram 6h15. Levantei rápido e fiz minha higiene matinal. Coloquei uma calça e uma blusa preta de manga longa, peguei minhas coisas e parti pro hospital o mais rápido possível, pois estava atrasada no primeiro dia de trabalho.

Porra Clara, cê é lesada hein mulher, me xinguei mentalmente.

Entrei no hospital correndo e fui pegar meu crachá na recepção. Foi quando eu ouvi uma gritaria vindo do corredor...

– Porra, mas cadê essa médica?! Vai chegar amanhã?! Cheguei primeiro que ela nessa porra!

Vi uma moça de calça jeans clara, com uma blusa preta transparente e com um coque mal feito gritando no corredor.

– Bom dia – falei. – Bem, a porra da médica que você tanto esperava chegou, desculpe o atraso.

Quando ela virou pra me encarar senti meu corpo todo tremer. O que era uma expressão de raiva, caiu como um sorriso que brotou nos lábios daquela mulher.

– Bom dia – ela disse se aproximando, meio sem graça. – Se eu soubesse que a médica era linda assim, tinha feito o escândalo ontem – ela disse e eu só balancei a cabeça positivamente.

– Em que posso ajudar? – disse quebrando o silencio que pairava entre nós duas.

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Quando ouvi aquela voz, uma paz me preencheu e quando eu virei para encarar aquele rosto lindo... Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

– É que... A minha namorada caiu hoje de madrugada da escada, e esta reclamando de muita dor nas costas – respondi à médica da maneira mais simpática do mundo.

– Ahn... Me acompanhe vocês, eu preciso que alguém preencha a ficha dela – disse a mulher me entregando um papel. Eu sinceramente não estava nem ai pra aquele papel, queria aquela mulher na minha cama pra 2012.

– Tudo bem, Flavinha, preenche ai. Vou levar a Van pra sala dela – disse me virando para minha assistente e ela balançou a cabeça positivamente para preencher a ficha da Van.

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A palavra “namorada” me deixou um pouco confusa, triste... não sei.

– Vem cá – disse para a moça que estava com a namorada apoiada nos ombros dela. Entramos na sala e eu logo pedi pra que Vanessa se deitasse para eu poder examina-la. Tirei um raio-x e vi que estava tudo bem com ela e com as costas dela. Passei as informações para a namorada dela e fui fazer uma receita dos remédios.

Enquanto eu explicava sobre os remédios, notei que ela não parava de olhar para os meus lábios e morder os dela lentamente. Aquilo realmente estava me deixando excitada.

– Você vai ter que fazer massagem no corpo dela duas vezes ao dia. – Disse encarando-a fixamente.

– Massagem no corpo todo é? Hmm... Preferiria fazer me outra pessoa – comentou ela em um tom muito sedutor. Senti meu sexo pulsar só com aquelas poucas palavras.

– Dá pra vocês pararem de flertar e dizer logo o que eu tenho que fazer pra passar a dor? – disse a ruiva já levantando da cama e se sentando ao lado da morena.

– Ok, Vanessinha, relaxa que vai ficar tudo bem com você, sua fresca – disse a morena dando um beijo casto na ruiva.

– Ahn... É... Então é isso, qualquer coisinha que precisar é só chamar – disse entregando um cartão meu e Vanessa logo tratou de se levantar e deixar nós duas sozinhas naquela sala.

– Meu nome é Dra. Clara – disse estendendo uma mão para a morena e ela, em um movimento rápido, me puxou de minha cadeira e me sentou em seu colo.

Encarou-me por alguns segundos e me beijou. Assim que terminamos o beijo, eu levantei e arrumei minhas roupas. Senti alguns passos atrás de mim e ela colocou a mão na minha cintura, dizendo:

– Prazer, meu nome é Marina.

Saiu da sala como a Dona do Mundo e me deixando destruída – com a sensação de que precisava sentir aquela mulher.

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Enquanto ela me passava às informações do que fazer com a Van, provoquei aquela mulher de todas as maneiras possíveis e impossíveis. Mas a vadia resistia. Até que eu não aguentei mais quando ela estendeu a mão para se despedir. Puxei ela pra cima do meu colo e a beijei por alguns minutos.

Quando saí da sala da médica, Flavinha e Vanessa estavam paradas na frente da porta me esperando.

– Ai que susto, gente, nossa – disse desviando o olhar das duas.

– Aham, susto né? Marina, limpa a boca que teu batom tá borrado, amor! – disse a ruiva já sumindo da minha frente.

– Vanessa não vai me estressar uma hora dessa manhã com esse ciúme besta dela, né? – perguntei olhando para o relógio e vi que já eram 9hrs da manhã.

Olhei pra minha assistente que fez sinal para irmos embora e a segui até o carro. Entramos e Vanessa já estava com aquela cara de quem queria ouvir tudo o que aconteceu. Dei partida ignorando minha namorada totalmente.

Quando chegamos ao estúdio, fui direto para o meu quarto. Tomei um banho e, quando saio, me deparo com Van nua na minha cama. Nua. Na. Minha. Cama!

– Amor, faz aquela massagem que só você sabe fazer, faz? – pediu com uma voz manhosa e me chamando para deitar. Claro que ela não queria massagem nenhuma.

Cheguei perto da cama e fiquei olhando o corpo dela todo, sentindo que eu realmente não sentia nenhum prazer por ele. Por ela.

Tirei minha toalha que mal cobria o meu corpo e me deitei em cima da ruiva. Beijei-a e logo desci meus lábios para os seus seios.

Quando subi o meu rosto, não foi o rosto de Vanessa que vi gemendo de olhos fechados. Foi o de Clara.

Me assustei e levantei-me rapidamente.

– Amor, sabe o que é? Acabei de lembrar que estou cheia de fotos para selecionar. Fica pra mais tarde, ok? – disse, entrando no closet.

Procurei uma roupa. Optei por uma calça preta apertada e uma camiseta arregata transparente da cor preta. Quando eu saio do quarto, Vanessa já não estava mais lá.

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Depois do que aconteceu mais cedo, eu não consegui trabalhar direito, ficava pensando naquela mulher o tempo todo. Era 15h50 quando decidi ir para casa, tomar um banho e caminhar um pouco na praia.

Saindo do hospital, me despedi de algumas meninas.

Cheguei em casa e tomei um banho. Coloquei um short, biquíni e uma camiseta por cima. Peguei meu celular, as chaves do carro e fui.

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Quando desci para o estúdio, as meninas ficaram me encarando por algum tempo, até que Flavinha quebrou o silencio.

– Que isso Marina? Alguém morreu? – disse dando uma risada junto com as outras.

– Hahaha, muito engraçada você viu, fiquei sem opção de roupa... só isso – disse me sentando e pegando o notebook.

– Na-na-na-não, nada de trabalho hoje... Vamos pra praia. Vai! Sobe e troca essa roupa de funeral! – disse Flavia tirando o aparelho do meu colo e me levando até as escadas.

Não tive outra opção. Subi as escadas e coloquei uma saia de renda e um tomara-que-caia bege. Quando desci, ouvi um coro:

– Ahhhh, agora sim... Bem melhor!

Das três, dei um tapa de leve no ombro de Flávia e peguei as chaves e uma sandália que encontrei jogada ali.

– Vamos peoples? – disse para as meninas e, logo depois de elas afirmarem, partimos.


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Notas finais do capítulo

E ai gatalhada? oque acharam? Paro ou continuo? depende de vocês!
(Nunca escrevi uma fic, primeira fic . :D) Beijos e a té a proxima!



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