Medo de amar escrita por mayarodri, Mary


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey amores ^^
Falei que não ia demora-ar u.u kk

Boa Leitura *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576025/chapter/25

– RUUUUUU!

Já estou á meia hora rosnando pra ver se essa guria do meu lado desconfia. Já faz essa média de tempo que essa senhorita inconveniente cochilou em cima do meu caderno no meio da aula, estou perdendo todas as anotações, desse jeito me formo rapidinho pra não falar o contrário. Minha educação já está tomando um belo e curto caminho para o além, se ela estivesse apenas dormindo até aturava, mas essa coisinha tá babando nos meus papéis, pera! Ela tá babando nas minhas anotações da aula passada.

Após arregalar os olhos de raiva o rapaz, simplesmente, mete a mãozada na cabeça da garota que logo após dá um grito chamando a atenção de toda a classe. Eu quero matar essa guria! Pensa o rapaz rangendo os dentes.

– Você está maluco? – gritou.

– Eu? Maluca está você gritando parecendo uma louca, e além de maluca é folgada! Você dorme em cima do meu caderno sem minha autorização, baba as minhas anotações e ainda se acha no direito de me xingar?

– Enzo relaxa! – diz Lionel que está sentado do outro lado do rapaz.

– Relaxa um...

– Enzo Givonneli, suponho que você não seja exemplo para estar corrigindo os outros já que você já dormiu em muitas das minhas aulas. – diz o professor sorrindo debochadamente para o rapaz.

– Ah desculpa! Esqueci que o motivo de ela estar assim deve ser porque você a comeu a noite inteira.

– O que você disse? – rosna o professor.

– Ah qual é! Todos dessa universidade sabem que vocês tem um caso, até sua esposa, a psicóloga educacional, sabe – diz o rapaz piscando pro mais velho.

– Acho bom o senhor me respeitar se não o tiro da minha sala.

– Não se dê ao trabalho, eu mesmo faço esse favor. – Diz o mais novo pegando seu caderno e mochila e saindo da sala.

~*~

“Minha cabeça está uma loucura!”

Repete o rapaz várias vezes em sua mente, o que é uma verdade em várias áreas da sua vida.

Já havia uns vinte minutos que o rapaz estava ali sentado no café tomando apenas uma xícara de café expresso. Enquanto isso ele pensava e rebobinava tudo que estava acontecendo ultimamente: Em primeiro lugar a faculdade que não andava nada bem, principalmente por atitudes como essa que tomara há pouco; segundo por seu pai que andou sabendo das notas e terceiro e maior de seus problemas, Diana.

O garoto estava realmente indignado pela noite passada, era a hora perfeita de dizer o que sentia, aquele olhar dela foi extremamente significativo, era a hora. Desperdiçada.

O celular do rapaz toca e ele olha o visor e logo todo sintoma de esperança que aquele dia fosse bom se esvaiu naquele exato momento.

– Alô.

Eu posso saber o porquê de você se envolver em uma discussão com seu professor de matemática? – o rapaz massageia suas têmporas e responde.

– Também é um prazer conversar com você pai, e sem dúvida acho que seus informantes merecem um extra por te passarem uma informação tão importante e significativa em menos de uma hora. Dessa vez eles se superaram.

Pare com seu sarcasmo e deboche e me responda de uma vez.

– Olha, não estou em um bom dia então...

E só por isso você tem que descontar em segundos?

Desculpa, esqueci que quando falo com você não tenho nem mesmo direito de terminar minhas frases.

– Hoje não estou pras suas gracinhas Enzo...

O sino de boas vindas do café toca e Enzo direciona seu olhar a porta e encontra aqueles cachos.

– Vou desligar, tchau.

Enzo! Não terminei de...

Desliga.

O rapaz fica observando a moça entrar junto com seus colegas e rir como boba sobre uma piada qualquer que alguém deve ter soltado. A menina então o vê. Ela abre com mais expressão os olhos e lhe joga um sorriso, retribuído por um desvio de olhar que volta logo a ela novamente. A moça toca o braço de um de seus colegas e diz algo que todos parecem questionar, porém ela ri, toma sua bolsa em mãos, acena e se levanta.

Será possível que ela esta tão incomodada com ontem à noite a ponto de ir embora só porque estou aqui? O garoto logo cala a mente ao perceber que a menina caminha em direção a sua mesa e se senta em sua frente.

– Tem uma mosca em seu café.

– O quê? – a menina ri e repete.

– Tem uma mosca em seu café.

O rapaz rapidamente desce seu olhar para o café e realmente, há uma mosca boiando ali dentro, ele olha pra menina que solta uma risada.

– Para ela estar morta tenho duas suposições: a primeira que esse café deve estar realmente muito quente e a segunda que você está há um bom tempo sem tocar nessa xícara, embora, eu admito, aposto na segunda opção, acertei? – diz jogando sua bolsa sobre a mesa.

– Se eu responder a essa pergunta o que ganho?

– A satisfação de ter uma amiga vencedora. – o rapaz ri.

– Isso não tem serventia, pelo menos não pra mim.

– Obrigada por me desmerecer. – fez cara de ofendida e os dois riram.

O celular tocou.

– Não vai atender?

– Não é nada importante. – diz o rapaz desligando o celular.

– Entendi. Você ainda vai tomar seu café com surpresinha ou já podemos ir?

– Você não vai comer nada?

– Não estou com fome, comi um salgadinho mais cedo.

– Okay.

Os dois saíram juntos do café em direção à faculdade, um ao lado do outro. O rapaz com as mãos nos bolsos e a moça segurando sua bolsa com as duas mãos a frente de suas pernas. Os dois calados, apenas andando e sentindo a presença um do outro. Em uma poça d’água o mais velho dá a mão para a mais nova se apoiar e pula-la, logo após as separando novamente.

– Então, ouvi sobre seu problema de hoje cedo.

– As coisas realmente correm rápido na boca das pessoas não é mesmo?

– O que você queria En? Você falou pra todo mundo ouvir sobre o caso do Johnson com a Abigail.

– Isso não era novidade para ninguém, convenhamos.

– Mas ninguém havia se atrevido a falar isso pros quatros cantos do mundo.

– “Uma ameaça não pode causar nenhum mal, se não for aceita”.

– Paulo Coelho. – os dois sorriem – No entanto, isso não justifica suas palavras e sua atitude, tem certas coisas que devemos guardar para nós mesmos.

– Como sentimentos por exemplo. – ele se vira para a moça que continua olhando para frente.

– Sim, esse é um exemplo.

– Entendi.

E depois dessa palavra, todo o caminho foi silencioso.

~*~

– Seu carregador madame. – o rapaz joga o carregador em cima da cama da moça que está procurando algo em sua cômoda.

– Nada disso! – disse ela ao se virar e ver seu carregador em cima da cama. – O coloque onde pegou. – o rapaz levanta com má vontade e se dirige a cama. – E enroladinho assim como pegou.

O rapaz enrola o carregador, e vai para trás da moça que se vira subitamente dando de cara com o mais velho.

– O que você está fazendo?

– Colocando onde peguei. – o rapaz toma a mão da moça, á abre com cuidado, coloca o carregador ali e a fecha novamente, logo após sobe seu olhar para os olhos da garota que o encaram misteriosamente. – Obrigado.

– Hãn.. – o rapaz a vê puxar um cacho de seu cabelo e o jogar para trás, ela faz isso quando está nervosa. – De nada. – ela sai da frente dele e vai colocar o carregador em seu devido lugar, o moço, porém, levanta seu olhar e dá de cara com o mural de fotos que uma vez a viu fazendo.

– Quem são esses?

Pergunta ele apontando para uma foto onde ela estava no meio com mais uma menina e um bebê e um homem e uma mulher mais velhos ocupavam o canto da foto. Eles pareciam estar em uma feira ou algo do tipo, pois havia carrinhos de variedades atrás deles.

– Essa é minha família. – o rapaz se vira e encontra uma reação não muito agradável, ela observava a foto e segurava as lágrimas. – Sabe esse carrinho aqui atrás? – a moça anda até seu lado e aponta para ele uma das barraquinhas na foto. – Tiramos essa foto no dia que meu pai o ganhou, seria nosso sustento a partir dali, mas ele o apostou e perdeu para o dono da mercearia.

– E o que houve?

– Bem, ele teve que voltar ao seu trabalho de vendedor e minha mãe continuou sendo babá... Ele tinha certeza que daquela vez ia ganhar... Não foi daquela vez.

– Sinto muito.

– Tudo bem já faz um tempo isso.

– Tem muito tempo que vocês não se veem?

– Sim.

– Hum. – nenhum de nós tirava os olhos da foto. – Também tenho problemas com meu pai, ele quer que eu seja perfeito, tão bom quanto ele foi, me obrigou a cursar advocacia assim como ele cursou, e quer que eu me desenvolva como ele se desenvolveu, mas as coisas não são assim.

– Isso não é de todo ruim.

– Não vejo algo bom nisso. – fala o rapaz agora olhando pra moça.

– Se você fracassar, ele briga com você e você volta pra cá. Quando você é de uma família sem tantas condições, você não tem essa opção de poder ser ruim, você TEM que ser bom, ainda mais quando você é responsável por sua família. Enzo – ela vira seu olhar para ele e agora os dois se encaram lado a lado. – seu pai só quer o seu bem, ele luta dessa forma não para que você seja como ele, ele quer que você seja melhor do que ele, ele só quer que você possa dar aos seus filhos o que ele não te deu. Desculpe a pergunta, mas... Você tem mãe?

– Claro que eu tenho mãe, que pergunta é essa?

– Não é que normalmente, atitudes dessa forma são tomadas por pais solteiros.

– Meus pais são casados, mas tem uma relação complicada. – o rapaz anda até sua cama e se senta virado para a cama da moça que senta logo a sua frente. – Eles vivem em grandes conflitos religiosos.

– Religiosos?

– Bom, meu pai é ateu, minha mãe cristã, missionária pra ser objetivo, ela trabalha pra com o dinheiro que conseguir viajar para tratar povos feridos, inclusive já fui a muitas dessas viagens, o que não me deixou ser como pai acredito. Meu pai, porém, não entende isso tudo, ele acha perca de tempo, para ele basta mandar o dinheiro e pronto, com essas divergências de pensamento acaba que quando ela não está viajando há brigas constantes, principalmente em relação a mim já que minha mãe não gosta de toda essa cobrança. Ás vezes me pergunto por que ainda estão juntos.

– Isso me parece um casal que é casado carnalmente, mas não espiritualmente.

– Deve ser isso. O ponto é que não os entendo, cada um pensando de um jeito, cada um andando pro seu lado, cada um com seus planos, não sei se isso é uma família.

– Existem muitos tipos de famílias.

– As melhores são as felizes.

– Cada um encontra sua felicidade em coisas diferentes.

– E pra mim quais podem ser essas coisas?

– Somente seu coração poderá dizer.

– Ele está calado

– Eu sinto muito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eita que o negócio tá começando a mudar kkk Não darei mais detalhes, até maaaaais *-*
Making Off: Os capítulos normalmente são escritos á meia noite e levam 2 hs cada para ser escrito. (Tão vendo porque demora a sair kkkkkk sou lerda mesmo u.u )
Beijos da Tia Angel e da Tia Mary :3