Um Sonho a Dois escrita por Mary Andrade


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite!
Obrigada a Dag e LoveColifer que favoritaram
e agradecer os comentários da CaptainSwan e Dag



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Ele mostrou a garrafa de Uísque e nossa conversa foi interrompida quando Ruby nos chamou para ir embora. Ainda bem que eu morava perto do bar e não demorei a chegar em casa, soltei minhas chaves na mesa da cozinha, bebi um copo com água e fui até a secretária eletrônica na esperança que pelo menos uma vez ela não tivesse aqueles recados e quando liguei aquela reconhecida voz estava lá.

"Emma sou eu de novo, por favor me escute..."

Desliguei antes de terminar e fui tomar um banho, nem lembrava mais do pacote que carregava na bolsa com a lingerie que o Killian me deu, depois do banho experimentei ela e fui olhar no espelho, há tempos não tinha uma boa noitada, um cinema, um botequim, respirei fundo e me troquei coloquei um blusão fiz um coque e voltei ao espelho, agora sim estava me reconhecendo. Liguei a Tv e assisti o noticiário antes de dormir.

As vezes eu penso como seria bom não acordar sozinha, nem que fosse uma vez por mês, estava cansada de não ter perspectivas de não encontrar saída para meus problemas, enquanto todos dizem que há uma luz no fim do túnel, no meu caso tem muito túnel na minha luz, acordei mais do que atrasada e nem tomei café, me arrumei nas pressas e corri para delegacia, só estava a Regina por lá lixando as unhas e eu estranhei.

– Bom Dia Regina, cadê todo mundo?

– Graham e Ruby foram a um congresso não sei aonde e o novo que ainda não aprendi o nome...

– Killian.

– É esse, ele está na sua sala.

– Minha sala? E você deixou?

– Ah eu não ia deixar, mas ele olhou com jeito tão meigo que não resisti.

Revirei os olhos e saí fumaçando até minha sala, e ele estava sentado na minha cadeira, com os pés apoiado na minha mesa.

– Pode procurar outro lugar para ficar - Falei tirando os pés dele da mesa

– Bom dia Swan! Aposto que esse mal humor todo é porque não tomou café, ou não dormiu bem esta noite - ele lançou um olhar sexy com aquela sobrancelha arqueada e quase que eu perco o rumo da conversa.

– Nem venha com gracinhas - tirei minha bolsa e coloquei em cima da mesa.

– Olha só a maravilha estamos sem patrão hoje o dia inteiro - ele pegou minha mão de surpresa e me rodopiou.

– Isso nos deixa ainda mais atarefados se é que você ainda não percebeu - fui até a porta e o convidei a sair.

– Qual é minha companhia é tão ruim assim? - Ele ajeitou a gola da farda olhando para mim.

– Killian eu tenho uma pilha de boletim de ocorrência para dar andamento, procure o que fazer.

Antes que ele saísse da minha sala Regina transferiu uma ligação para o ramal de emergência.

– Delegacia Distrital do Chelsea, Policial Swan falando - assim que atendi a ligação ouvi uma voz feminina chorando.

– Por favor, preciso de ajuda meu filho de apenas dois anos desapareceu.

– Calma senhora, já se passou as 24hs?

– Não, eu não posso esperar 24hs, me ajude por favor.

– Senhora eu...

– Você é mãe?

Engasguei ao ouvir aquilo e pedi para o Killian atender, eu não estava passando bem, enquanto Regina me amparava ele continuou o atendimento.

– Policial Jones ao seu dispor.

– Meu filho desapareceu, eu preciso de ajuda - a mulher suplicava ao telefone.

– Tudo bem Senhora, vamos lhe ajudar mas preciso que venha pessoalmente a delegacia e traga uma foto recente do seu filho.

Olhei atenta para ele, não podíamos agir antes das 24 hs, ele desligou o telefone e veio até mim.

– Regina, pode voltar ao seu posto, eu assumo daqui - Regina saiu e ele permaneceu de pé na minha frente.

– Não podemos fazer nada antes das 24 hs você sabe disso- falei buscando fôlego.

– O que aconteceu Swan? O que ela te disse que te deixou tão nervosa? - Ele se ajoelhou apoiando seus braços nas minhas coxas.

– Nada, é só que mesmo depois desse tempo todo lidando com isso, eu ainda me sensibilizo com alguns casos.

– Não, não é isso, é mais - ele levantou-se e foi pegar mais água para mim.

– Killian eu... - ele me entregou o copo e se apoiou na parede.

– Tudo bem Emma, seus segredos podem ser seus - ele abriu a porta e saiu me deixando sozinha com meus pensamentos.

Não podia deixar isso acontecer de novo, não podia deixar meu coração me trair mais uma vez precisava de um objetivo de vida maior para ocupar meu tempo e minha cabeça. Observei a Senhora entrar na delegacia e Killian gentilmente a escutou, lhe deu água,por inúmeras vezes abraçou-a, era comovente ver a delicadeza com que ele estava tratando-a nem parecia o Killian, atravessei a porta de vidro e me juntei a eles.

– Policial Swan essa é Srª Andrews, ela é mãe desse garotinho o Arthur - ele mostrou-me a foto daquela criança linda e tive que me conter para não chorar.

– Srª Andrews, quando foi a última vez que viu seu filho? - Segurei as mãos dela que estavam frias e perguntei.

– Ele brincava com meu filho mais velho no jardim de casa e eu acho que a culpa foi minha, eu esqueci de trancar o portão - ela chorava e eu abracei tentando confortá-la.

– Não se preocupe encontraremos seu filho - olhei fundo nos seus olhos e ela agradeceu.

Deixei-a preenchendo uns papéis com a Regina e me juntei ao Killian.

– Está comigo nessa? - Falei encarando e estendendo a mão.

– Estou - ele não apertou, segurou de leve e beijou o dorso da minha mão.

Na mesma hora liguei para Ruby pedindo autorização e ela concedeu, Killian arrumava tudo na viatura e Regina mandou os panfletos com as fotos para o conselho municipal espalhar e ela ficou na delegacia para caso alguma informação surgisse.

Saímos na viatura vasculhando as quadras do bairro,parando com a foto do garoto mas ninguém sabia dele, encostamos o carro na frente de uma lanchonete e fomos almoçar.

– Já devíamos ter alguma pista, há horas procuramos e nada - falei baixando minha cabeça na mesa.

– Relaxa, nós vamos encontrar - senti ele acariciando meus cabelos e levantei na mesma hora.

– Quanto tempo você trabalha na polícia? - Perguntei curiosa.

– Me formei há quase três anos em direito e minha família queria que eu fosse juíz, mas eu gosto disso, gosto da prestação de serviços entende?

– Entendo, e por isso veio para Nova York?

– Eu morei minha vida inteira no Canadá e achei que não ia sair de lá, até que em uma festa da Delegacia Federal eu conheci a Ruby e ela me ofereceu o emprego e aqui estou eu. - Ele falou sorrindo

– Minha família sempre morou em Boston, mora aliás - falei sem entusiasmo.

– E você veio para Nova York por quê?

– Aconteceu muita coisa na minha vida e... - ouvi o celular tocar, era Regina atendi e fiz sinal para Killian abrir a viatura.

– O que aconteceu? - Ele perguntava enquanto eu era monossilábica com a Regina.

Desliguei o celular e pedi para ele seguir as coordenadas que a Regina me passou, era um parque e como tinha muitas crianças nos separamos para procurá-lo.

Minhas esperanças desapareceram quando eu vi que aquela busca era inútil, com certeza a informação era falsa, sentei-me no banco do parque e comecei a chorar, senti uma mão pousar sobre meu ombro e quando me virei Killian estava com o Arthur nos braços sorrindo, me levantei e abracei os dois.

– Graças a Deus - beijei de leve a face do garotinho e levamos ele até a delegacia.

– Olha Swan, Arthur adormeceu ele estava no banco de trás do carro enquanto eu dirigia.

– Como você o encontrou, Killian?

– Ele era o único que estava brincando sozinho perto do balanço, quando olhei a foto reconheci a criança e o resto você já sabe.

Quando chegamos a delegacia presenciamos um reencontro emocionante da mãe com seu filho e me tranquei na sala para chorar.

– Ei, Swan o que está havendo? - Killian abriu a porta e perguntou preocupado

– Estou sensível hoje acho que é deve ser a TPM, meus hormônios estão em alta - falei tentando me livrar do assunto.

Senti os braços dele passarem pelos meus ombros e encostei minha cabeça em seu peito chorando ainda mais, mas Killian me acalentava em silêncio, acho que ele entendeu que o que eu precisava naquele instante era de carinho e não de perguntas.


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Notas finais do capítulo

Então...
Me falem a opinião de vcs
;*