Um Sonho a Dois escrita por Mary Andrade


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Aqui vamos nós, eu no caso kkkk me aventurar em mais uma fic Captain Swan, não se preocupem não abandonarei as outras.Espero que gostemBoa Leitura!



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As luzes perfeitas da cidade cintilavam nas casas e nas lojas, e eu mais uma ano sozinha nesta cidade, Nova York nunca pareceu tão grande como hoje, véspera de natal, e eu não conseguia voltar para casa depois de um dia longo na delegacia, todos os anos eu escolhia ficar no plantão de natal mas esse ano infelizmente um novato metido a besta ocupou meu lugar, na certa era um solitário como eu.

Enquanto vagava pelas ruas observei um casal sentado na frente de casa sorrindo e percebi que nunca tive essa sensação, nunca tive alguém para dividir o panetone na ceia de natal, estava tão distraída olhando o casal que nem me dei conta da moto que se aproximava de mim e por pouco não me atropela.

– Ei moça, quem morre de véspera é peru - quando ele tirou o capacete esqueci até os xingamentos que tinha ensaiado mentalmente para dizer a ele, o rapaz era alto, cabelos pretos, traços finos e olhos encantadores, eu também tinha olhos encantadores mas os dele me fascinaram.

– Desculpe estava distraída.

– Eu percebi, estava olhando ou melhor bisbilhotando aquele simpático casal - ele apontou em direção a casa onde os pombinhos estavam se beijando.

– Eu só estava... Estava... Indo ao mercado comprar as coisas que faltam para minha ceia, deixei a casa cheia de gente me esperando - notei que ele olhava atento para as minhas mãos na certa a procura de aliança.

– Mercado aberto a essa hora? Acho pouco improvável, assim como seria improvável você ir ao mercado sozinha - ele me olhou de cima a baixo e me deu um pouco de medo.

– Verdade, é bobagem minha, afinal já tem tanta coisa em casa é melhor eu voltar - dei as costas e vi ele me acompanhando na moto devagar

– Aceita uma carona? - Ele parou a moto novamente ao meu lado me oferecendo o capacete.

– Não ando com estranhos.

– Esqueci de me apresentar, desculpe senhorita meu nome é Ki...

– Não me interessa saber seu nome, e eu não quero carona obrigada -acelerei o passo em direção a um restaurante que sempre ficava aberto e fui celebrar mais uma noite de natal na companhia de garçons e outros solitários como eu.

Depois da meia noite as pessoas estavam na rua celebrando e desejando feliz natal umas as outras no tumulto senti um braço envolvendo minha cintura e me virei assustada.

– Não é possível, está me seguindo? - Desvencilhei dos braços dele indo em direção a minha casa e senti os passos largos dele atrás de mim.

– Realmente tinha muita gente na sua ceia até garçom você contratou - ele puxou meu braço me obrigando a virar para ele.

– Você pode me soltar, por favor, ou vou ter que chamar a polícia?

– Pode chamar, eu sou a polícia - ele tirou o distintivo e era igual ao meu.

– Não é possível, você é o substituto?

– Não gosto dessa palavra "Substituto", soa muito reserva, sabe não gosto de ser reserva também Emma Swan.

– Você me conhece?

– Claro, mandaram eu ficar de olho em você, para caso tentasse se matar sabe como é, né? Final de ano, sensibilidade, você lembra que está sozinha pode pensar em fazer besteira e você é a melhor policial com potencial a ser promovida a delegada distrital de Nova York e eu desejo que você esteja viva para que isso aconteça, dessa forma eu sou efetivado.

– Você quer minha vaga de policial?

– Não, eu quero que você seja promovida.

– Quem te passou todas essas informações? Não diga... Eu já sei, Ruby.

– Delegada Ruby, gosto dela.

– Não precisa se preocupar eu não vou me matar, estou bem e vou para minha casa se o senhor...

– Jones, Killian Jones.

– Okay Jones, tenha uma boa noite e feliz natal.

– A carona ainda está de pé.

– E a resposta ainda é a mesma.

Fui em direção ao meu apartamento e deixei ele parado na rua, ainda senti que ele me observava mas não virei para me certificar.

Cheguei ao meu apartamento que estava uma zona por sinal, podia fingir tranquilamente que tinha rolado uma festa por ali e arremessei minha bolsa e o casaco junto a uma pilha de roupas em cima do sofá, até tenho vontade de arrumar a bagunça, mas ninguém entra aqui além de mim.

Tomei um banho e fui até o meu closet amarrotado de roupas que eu nunca usei e nunca usaria, pilhas de lingeries e camisolas ainda com etiqueta e com minha vida amorosa a beira do precipício elas iam continuar sem uso, joguei um blusão velho em cima de mim, prendi meu cabelo em um coque e fiz pipoca enquanto assistia aqueles filmes deprimentes de natal.

Vi que minha secretária eletrônica tinha recados, provavelmente de alguma operadora telefônica desejando Feliz natal, de fato havia duas mensagens com aquelas musiquinhas chatas mas quando ouvi a voz da terceira apaguei sem ler.

A última coisa que eu precisava ouvir hoje era sermão, desliguei as luzes e fui dormir, eu odiava dias de folga eram sempre longos, só estava a um dia longe do trabalho e já estava entediada e para completar ainda tinha confraternização da delegacia, adormeci pensando na roupa que ia usar e em que presente eu compraria.

O sol clareava todo meu quarto, eu no mais alto patamar da minha inteligência deixei as cortinas abertas e não era só o sol que queimava ali dentro, meu corpo inteiro estava em brasa graças a um sonho erótico que tive com Killian Jones, como eu pude conhecer um cara e no mesmo dia ter um sonho daqueles com ele? Fui ao banheiro tomei um banho gelado e me troquei já estava com o uniforme em mãos quando lembrei da confraternização, separei um vestido, um dos poucos que eu tinha e coloquei na bolsa junto com um sapato Prada vermelho, presentes que eu nunca tinha usado, peguei as chaves do carro e passei no shopping para comprar o presente do amigo oculto, como ia ser tirado na hora o presente tinha que ser unissex, comprei algo que gostaria de ganhar, uma garrafa de uísque dos bons, mandei embrulhar e fui para a delegacia.

Tantos policiais para eu encontrar e quem abre a porta para mim? Exatamente Killian Gostoso Jones.

– Bom dia Swan, vejo que não se matou - ele deu um sorriso malicioso para mim e eu ignorei.

– Pode por gentileza tirar suas coisas da minha mesa? - Falei irritada.

– O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo?

Revirei os olhos e esperei ele recolher as pastas, o jeito despojado dele era intrigante, não conseguia tirar os olhos dele e isso não era bom.

Fui tirada dos meus devaneios quando Ruby chegou imponente na sala largando sua arma em cima da mesa.

– Uau! Vejo que já foram apresentados - Ruby lançou um olhar furtivo em minha direção e deu um selinho no Killian.

Eu definitivamente não esperava ver essa cena e fui até a sala ao lado para deixar os dois mais a vontade, entrei tão atordoada na sala que nem percebi que Graham e Regina estavam se pegando por lá também, Graham era subdelegado e Regina era a secretária da delegacia como eu não percebi que rolava algo entre eles antes?

Saí discretamente e Ruby me chamou.

– Então Emma, animada para o barzinho hoje a noite?

– Barzinho? Achei que ia ser uma social aqui mesmo.

– Ela não é dada a celebrações - Killian chegou abraçando a Ruby por trás e se metendo na conversa.

– Você não sabe com quem está falando, não sabe de nada sobre mim - olhei intensamente para ele nessa hora e senti seus olhos me despirem.

– Vamos acalmar os ânimos - Ruby voltou a sua postura autoritária de sempre.

– Não temos uma grande equipe por aqui então é bom socializar com os que tem - Killian falou piscando para mim.

Não entendia como Ruby vendo tudo aquilo aceitava seu namorado ou seja lá o que fosse, cortejar uma mulher na sua frente.

– A conversa tá boa, mas é hora das rondas - falei pegando meu equipamento.

– Killian vai acompanhar você, ele precisa aprender os setores das rondas - Graham falou ajeitando a blusa.

Peguei as chaves da viatura e joguei em cima dele.

– Você dirige.

Ele não tirava o sorriso do rosto e eu com minha curiosidade sem tamanho fui perguntar o porquê, na mesma hora me arrependi da pergunta.

– Viu o passarinho verde?

– Não, eu vi e estou vendo a loira mais linda de Nova York - ele abriu a porta da viatura e eu entrei sem olhar para ele.

– Você deveria ter um pouco mais de respeito pela Ruby.

– Eu sabia, sempre soube - Killian estava triunfante.

– O que você sabia? - Falei um pouco irritada.

– Você está com ciúmes.

– Eu? Só se for nos seus sonhos.

– Não se preocupe eu e Ruby temos uma relação... Como posso dizer... Aberta - ele lançou aquele olhar penetrante que deixava cada parte de mim excitada.

– Não me interessa, sua vida sentimental não diz respeito a mim.

– Vamos ver até onde você vai resistir.

Não estiquei o assunto pois sabia que era exatamente isso que ele queria, continuamos a ronda durante um tempo em absoluto silêncio, até que ele colocou um pen drive no carro para ouvir música e na mesma hora eu tirei.

– Se você não está lembrando aqui não é passeio é trabalho - entreguei o pen drive e ele guardou no bolso.

– Você é muito chata, e sabe o que eu acho de mulheres chatas?

– Não, não sei e não quero saber.

– Falta de sexo.

Olhei abismada para ele, indignada como ele podia ser tão ousado com uma pessoa que ele acabou de conhecer.

– Você é muito indelicado - Ele parou o carro e me encarou.

– E você é muito fresca, mimada na certa teve sempre tudo nas mãos, namorou playboys que esbanjavam dinheiro e de uma hora para a outra teve que trabalhar e encarar a vida, ora por favor Emma Swan você é uma mulher comporte-se como tal.

Ele me puxou para mais perto e juntou nossos rostos em frente ao retrovisor.

– Olha só que casal atraente, vamos ter filhos lindos - dei um tapa no rosto dele e desci do carro.

Não era pelas cantadas que eu estava triste, ele sem saber tocou em um assunto extremamente delicado para mim, senti a mão firme dele nos meus ombros e me virei.

– Desculpa eu me excedi.

– Tudo bem eu mereci.

– Vamos voltar às rondas?

– Desculpe Emma prometo não te incomodar mais.

Saímos em silêncio e terminamos as rondas daquele dia, cheguei na delegacia e vi Ruby e Regina arrumadas.

Já tinha esquecido da confraternização, fui ás pressas me arrumar e saímos todos juntos, me senti um pouco vela no meio dos dois casais, mas nada que uma bebida não resolvesse.

– Vamos tirar logo esse amigo secreto. - Regina falou animada

– Pode começar então - Ruby entregou os papéis dobrados e ela tirou passando o resto para os demais.

Assim que abri quase caí da cadeira, não era possível que eu tinha tirado ele, soltei um suspiro longo e desejei que aquela festa acabasse logo.

– Bom, a pessoa que eu tirei é mandona, mas tem um bom coração - Regina falou sorrindo para Ruby.

– Espero que o presente seja bom,do contrário vou colocar você para preencher todos os relatórios da delegacia .- Ruby abraçou-a e abriu o presente

Era uma caneca de porcelana com um distintivo da Policia impresso, Ruby agradeceu e pegou seu presente.

– Eu tirei um homem, ele é meu parceiro há alguns anos e um ótimo amigo - ela entregou um envelope ao Graham e abraçou.

Eram duas passagens para a Grécia, com certeza ele levaria a Regina.

Graham pegou uma caixa grande e não fez rodeios beijou de leve o rosto da Regina e entregou o presente.

– Não poderia ter sido pessoa melhor - ele sorriu e esperou ela abrir o presente.

– Um Quadro?! Adorei- ela deu um selinho - Bom eu já entreguei meu presente falta só vocês dois.

Peguei a caixa embrulhada com Uísque e entreguei a ele sem falar nada.

Ele abriu e sorriu.

– Prefiro Rum, mas se você me acompanhar na primeira dose eu abro uma exceção - Ele me puxou para um abraço apertado e eu senti o perfume dele entranhar em mim.

Killian pegou um pacote vermelho e me entregou, fiquei surpresa ao abrir e ver um conjunto de lingerie vermelha.

– Eu não acredito - observei todos na mesa lançando olhares curiosos porque eu guardei rápido, agradeci baixinho a ele e voltamos a jantar.

Na saída do barzinho aproveitei cinco minutos a sós com Killian e questionei o presente.

– Isso é presente que se compre?

– Vermelho combina com você

– E se tivesse tirado o Graham?

– Ele daria a lingerie para a Regina, deixa de drama eu sei que você adorou e vou esperar você para abrir esse presente - ele mostrou a garrafa de uísque e nossa conversa foi interrompida quando Ruby nos chamou para ir embora.


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Notas finais do capítulo

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